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Legislacao aplicada 4

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TEMA 1 - OMC E TRIBUTAÇÃO
A Organização Mundial do Comércio (OMC) foi criada na Rodada do Uruguai no âmbito do GATT e iniciou suas atividades em 1995.
 Conforme o preâmbulo do Ato Constitutivo da OMC promulgado pelo Brasil pelo Decreto nº. 1.355/1994, o principal objetivo da OMC é a abertura comercial internacional por meio de um sistema multilateral de comércio.
 A organização está sediada em Genebra, na Suíça, e conta com 160 membros (Meira, 2011).
Os GATT/1994 e seus anexos regulam a OMC, por isso, os princípios inspiradores do GATT são perpassados para o OMC:
 Princípio do Livre comércio;
 Princípio da nação mais favorecida – equidade
 Princípio do tratamento nacional; Princípio da concorrência leal; 
 Princípio da proibição das restrições.
Expressamente, o GATT/1994 determina que a aceitação do acordo que criou a OMC implica na aceitação também dos Acordos Multilaterais a ele anexados,
Que nada mais são do que os acordos firmados nos anos de existência do GATT. Entre esses acordos, consta o Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias e o Acordo sobre Salvaguarda.
TEMA 2 - MEDIDAS ANTIDUMPING
A prática de dumping consiste em exportar um produto com o preço inferior ao preço normal praticado no marcado do país exportador, o que leva a eliminação da concorrência no país importador.
É considerada uma prática desleal no comércio internacional e enseja medida protetivas pelos Estados.
A aplicação de medidas antidumping está devidamente regulada pelo Decreto nº. 93.941/87,
Que promulgou o Acordo Antidumping do GATT. O Acordo padroniza os procedimentos para averiguar a existência de casos de dumping e estabelece as medidas que podem ser adotados.
Para a aplicação de medidas, não basta a existência de dumping, sendo imprescindível a ocorrência de dano ao mercado interno do país. 
A determinação da ocorrência de dano dependerá do exame objetivo: 
“a) do volume das importações objeto de dumping e de seus efeitos sobre os preços de produtos similares no mercado interno e
 b) do efeito destas importações sobre os produtores domésticos daqueles produtos”.
As medidas antidumping podem ser provisórias ou definitivas. As provisórias são aplicadas no curso da investigação, pelo menor período de tempo possível, não podendo exceder a quatro meses. Segundo o item 2 do Art. 10 do Acordo Antidumping:
Os direitos antidumping não configuram uma penalidade ou mesmo um tributo, são verdadeiras barreiras que elevam a tarifa aduaneira para neutralizar os efeitos do dumping ou preveni-lo, no caso de ameaça.
 As investigações para aferir a existência de dumping são realizadas pela pelo Departamento de Defesa Comercial (Decom) da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a medida antidumping aplicada por decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
TEMA 3 - MEDIDAS COMPENSATÓRIAS	
As medidas compensatórias têm como objetivo compensar subsídio concedido, direta ou indiretamente, no país exportador, à fabricação, à produção, à exportação ou ao transporte de qualquer produto, cuja exportação ao Brasil cause dano à indústria doméstica.
 As medidas compensatórias estão ligadas essencialmente à concessão de subsídios pelos Estados. Para que não houvesse dúvida sobre o que considerar como subsídio, 
O Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias definiu subsídio:
Definição de subsídio 1. Para os fins deste Acordo, considerar-se-á a ocorrência de subsídio quando: (a) 
(1) haja contribuição financeira por um governo ou órgão público no interior do território de um Membro (denominado a partir daqui “governo”), i.e.:
 (i) quando a prática do governo implique transferência direta de fundos (por exemplo, doações, empréstimos e aportes de capital), potenciais transferências diretas de fundos ou obrigações (por exemplo garantias de empréstimos); 
(ii) quando receitas públicas devidas são perdoadas ou deixam de ser recolhidas (por exemplo, incentivos fiscais tais como bonificações fiscais) 1 ;
 (iii) quando o governo forneça bens ou serviços além daqueles destinados a infraestrutura geral ou quando adquire bens;
 (iv) quando o Governo faça pagamentos a um sistema de fundos ou confie ou instrua órgão privado a realizar uma ou mais das funções descritas nos incisos (i) a (iii) acima, as quais seriam normalmente incumbência do Governo e cuja prática não difira de nenhum modo significativo da prática habitualmente seguida pelos governos; ou (a) (2) haja qualquer forma de receita ou sustentação de preços no sentido do Art. XVI do GATT 1994; e 
(b) com isso se confira uma vantagem.1
Foi na Rodada do Uruguai que surgiu essa classificação mediante a adoção dos referidos termos no Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias.
 São proibidos os subsídios vinculados de fato ou direito ao desempenho do exportador e os vinculados de fato ou de direito ao uso preferencial de produtos nacionais, nos termos do Art. 3º do Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias.
Conforme o Art. 5º do Acordo, são recorríveis os subsídios que causem efeitos danosos aos interesses de outros países. Assim entendem-se quando causem dano à indústria nacional de outro país, anule ou traga prejuízos às vantagens resultantes de concessões provenientes do GATT/94 e, por fim, causem grave dano aos interesses de outro Membro da OMC.
Assim como as medidas antidumping, as medidas compensatórias podem ser implementadas pelos próprios Estados após procedimento investigativo.
 Da mesma maneira que os subsídios considerados indevidos podem ser objeto de impugnação perante a OMC
TEMA 4 - MEDIDAS DE SALVAGUARDA	
A medida de salvaguarda é a única barreira à importação que não visa medidas ilegais ou desleais do comércio exterior. Tal instrumento destina-se a proteger o mercado interno de práticas leais que podem causar ou ameaçar causar deterioração geral significativa da situação de uma indústria nacional específica. 
É uma medida prevista no âmbito da OMC e tem sua aplicação regulada pelo Acordo sobre salvaguardas, integrante do GATT/94. Foi criada para diminuir o uso dos acordos de restrição voluntária às exportações, amplamente utilizados na década de 80
Apesar de ser a medida menos utilizada pelo Brasil, tem sua importância atualmente na proteção do mercado nacional contra os produtos chineses.
As medidas poderão ter prazo máximo de duração de quatro anos, podendo ser prorrogadas caso ainda necessária para prevenir ou remediar o prejuízo grave e desde que haja provas de que a indústria está em processo de ajustamento. 
O prazo máximo não poderá exceder oito anos. As medidas de salvaguarda não poderão fazer distinção à origem do produto, salvo quanto aos países em desenvolvimento, nos termos do Art. 9º do Acordo sobre Salvaguardas:
TEMA 5 - IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
O imposto de exportação é de competência da União, conforme o Art. 153, II, da Constituição Federal e criado e regulamentado pelo Decreto-Lei nº. 1.578 de 1977. 
Tal imposto tem aplicação muito restrita diante das diversas imunidades e isenções que desobrigam seu pagamento, bem como pela política de estimulação à exportação.
Assim como seu “imposto-irmão” o imposto de importação, a controvérsia gerada nos tribunais envolve o momento da ocorrência do seu fato gerador. 
O Art. 1º, § 1º, do Decreto-Lei nº. 1.578 de 1977 estabelece que apesar de considerar o fato gerador a saída do produto nacional ou nacionalizado do território nacional, considera-se ocorrido no momento da expedição da Guia de Exportação ou documento equivalente.
 O Regulamento Aduaneiro (Decreto nº. 6.759/2009), por sua vez, no Art. 213 prevê a ocorrência do fato gerador na data de registro do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).

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