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Psicopatologia RESUMO

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Historia da Psicopatologia
Conceito básico de loucura varia um pouco, da antiguidade até o presente: Ela é a perda da autonomia psicologica(implicando perda de liberdade e do autogoverno).
Idade média: Concepção demonista da loucura. Neste período a insanidade mental são explicados por conceitos metafisicos, entre eles o de possessão diabólica(qualquer classificação de loucura se reduz, a uma lista dos diferentes modos de atuação do demonio).
Renascença: O céu e a terra como explicação. Surge rene descartes, que se propunha investigar os dominios da subjetividade.
Séc. XVIII: As categorias mania e melancolia, dão lugar a numerosos generos e especies.
Séc. XIX: Tentativas de classificação e tratamento.
Pinel adaptou as categorias: mania,melancolia e demencia adicionando o idiotismo. Ele comprrende a doença mental, como a lesão do intelecto ou da vontade.
Kraepelin ensinava procurar atrás dos sintomas psiquiatricos as entidades mórbidas.
A loucura se divide em 2 linhas de pensamento: Uma mentalista(para a qual a loucura se deve a processos mentais, com ou sem manifestaçoes organicas), e uma organicismo( que explica a loucura, ora apegando-se aos dados da anatomia patologica, ora por processos organicos até metafisicos).
Séc. xix e inicio do séc. xx aparição dos guias DSM-IV e CID-10.
Inicialmente se baseava em 3 criterios: etiologico, sintomas e marcha. (caderno explica)
Pós- Guerra (hierarquização dos diagnosticos).
Com a puplicação do dsm-iii-r surgiu o conceito de comorbidade.
O DSM-IV é um sistema diagnostico e estatistico de classificação dos transtornos mentais, segundo o model categorial, destinado á prática clinica e a pesquisa psiquiatrica. O dsm-iv é correlaciona-do com a classificação de transtornos mentais e de comportamento do CID-1O. Ele agrupa 16 classes diagnosticas distintas e se distribuem por cinco eixos, são eles: Eixo1: Descreve os transtornos clinicos/Eixo2: Descreve o retardo mental/Eixo3: Descreve as condições medicas gerais/Eixo4: Trata dos problemas psicossociais e ambientais/Eixo5: Escala de avaliação globoal do funcionamento que recebe uma numeração.
Semiologia: É a ciência dos signos, é campo de grande importância para o estudo de todos os campos de conhecimento e de atividades humanas que incluam a interação e a comunicação entre dois interlocutores por meio de um sistema de signos. 
Semiologia Médica o estudo dos sintomas e dos sinais das doenças, estudo este que permite ao profissional de saúde identificar alterações físicas e mentais, ordenar os fenômenos observados, formular diagnósticos e empreender terapêuticas. 
Semiologia Psicopatologica é o estudo dos sinais e sintomas dos transtornos mentais.(Trata dos signos que indicam a existencia de sofrimento mental, transtorno e patologia).
3 campos da Semiologia: Pragmática relações entre os signos e usuarios. Semantica relações entre os sigos e os objetos a que tais signos se referem. Sintase as regras e leis que regem as relaçoes entre os varios signos de um sistema de signos.
O signo é o elemento nuclear da semiologia, o signo é um tipo de sinal. O signo é um sinal sempre provido de significação.Os signos em psicopatologia se subdividem em 2 categorias: 
Sinais comportamentais objetivos, verificáveis pela observação direta do paciente. Sintomas, isto é, as vivências subjetivas relatadas pelos pacientes, suas queixas e narrativas, aquilo que o sujeito experimenta e, de alguma forma, comunica a alguém.
Jakobson separa o signo em significante(suporte material: sinal comportamental, o veiculo do signo). Siginifcado: Aquilo que é designado e que está ausente, o conteúdo:sintoma do veiculo.
Existem 3 tipos de signo:
 O ícone: Evoca imediatamente o significado, isso graças a uma grande semelhança entre eles, como se o significante fosse uma “fotografia” do significado. 
No caso do indicador/índice, a relação entre o significante e o significado é de contigüidade; o significante é um índice, algo que aponta para o objeto significado.
 O símbolo, por sua vez, é um tipo de signo totalmente diferente do ícone e do indicador; aqui o elemento significante e o objeto ausente (significado) são distintos em aparência e sem relação de contigüidade. 
No sintoma psicopatologico há uma dimensão dupla: São tanto um indice quanto um símbolo.No momento em que recebe um nome, o sintoma adquire o status de símbolo, de signo lingüístico arbitrário, que só pode ser compreendido dentro de um sistema simbólico dado, em determinado universo cultural. 
A semiologia é dividida em 2 sub areas: Semiogenese e Semiotecnica:Procedimentos especificos de observação e coleta dos sinais e sintomas, assim com interpretação de tais sintomas.Nosologia: etiologia,sintomas e marcha.Etiologia.Nosografia: Sintomas e marcha.
Psicopatologia 
Trata da natureza essencial da doença mental - suas causas, as mudanças
 estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação.​Segundo Jaspers é uma ciência básica e destacada da psicologia e da psiquiatria.​Nunca se pode reduzir inteiramente o ser humano a conceitos psicopatologicos.​ A psicopatologia sempre perde obrigatoriamente aspectos essenciais do homem, principalmente nas dimensões existenciais, estéticas, éticas e metafísicas.​
Forma e conteúdo dos sintomas: 
Forma: estrutura básica, relativamente semelhante entre pacientes.​ Conteúdo: aquilo que preenche a alteração estrutural.​
Normal e patologico: Casos extremos mostram a barreira e casos limitrofes demostram a fragilidade.
Diversos conceitos de normal e patologico(caderno).
Criterios de Normalidade: 
1. Normalidade como ausência de doença:​ A saúde é o silêncio dos orgãos.​Definição negativa. 2. Normalidade ideal:​Socialmente construída e referendada, arbitrária, utópica.​3.Normalidade estatística:​Normal e frequência. Nem tudo que é mais frequente é mais saudável. 4. Normalidade como bem-estar:​ OMS define saúde como o completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente como ausência de doença.​ 5. Normalidade funcional:​ Quando se torna disfuncional, é patológico.​ 6. Normalidade como processo:​ Aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial.​ 7. Normalidade subjetiva:​ Percepção subjetiva do próprio indivíduo.​Falha quando encontram-se estados como o maníaco. ​8. Normalidade como liberdade:​Perda da liberdade existencial (henry Ey)​ A doença mental é constrangimento do ser, fechamento, fossilização das possibilidades existenciais.​ 9.Normalidade Operacional:​Assumidamente arbitrária.​
DSM IV TR e CID 10.​ Define-se a priori o que é patológico e normal.​
Consciencia, Atenção e Orientação
·	A consciência é a capacidade neurológica de captar o ambiente e de se orientar de forma adequada.​ Estar consciente é estar lúcido, com o sensório claro.​ É avaliada pelas funções da atenção e orientação.​
·	A consciência demarca um campo, no qual se pode delimitar um foco, ou parte central mais iluminada da consciência e​ uma margem (franja ou umbral) que seria a periferia menos iluminada, mas nebulosa da consciência.​
·	Segundo a psicopatologia clássica, é na margem da cs que surgem os chamados automatismos mentais e os estados ditos subliminares.​
A consciencia tem 3 acepções diferentes​: Definição neuropsicológica:estado de estar desperto, acordado, vigil, lúcido.​ 
Definição psicológica: dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade.​(soma total das experiencias conscientes​) 
Definição ético-filosófica: capacidade de tomar ciencia de deveres eticos e suas responsabilidades​.
Sono(Sono normal-REM e não-REM) Nao rem- diominuicaoatividade sistema nervoso autonomo simpatico e aumento relativo do tonus parassimpatico​. REM – sonhos e ativacao do córtex​.
Anormalidades da consciencia pode ser dividida em: Estreitamento, entorpecimento e obnubilação
Estreitamento: Consiste na redução quantitativa e qualitativa da cs; há um conteúdo menor e uma seleção sistemática dos temas. Ocorre em manifestações histéricas e em estados crepusculares epiléticos.​ A pessoa não se dá conta de que está fazendo uma observação.
Obnubilacao: Grau leve a moderado; lentidao da compreensao e dificuldade de concentracao​
Sopor – marcante turvacao, desperta com estimulo energico doloroso, evidentemente sonolento​.
Coma – nao é possivel qualquer atividade consciente; movimentos oculares errantes, co desvios lentos e aleatorios, anormalidade dos reflexos oculocefalicos (olho de boneca), ausencia de reflexo de acomodacao.​
Delirium – perda leve a moderada do nivel de consciencia – dificuldade de compreeensao, perplexidade, ansiedade, lentificacao psicomotora.​
Estado onirico – parecido com sonho muito vivido, marcado por agressividade do sonho. Comum em psicoses toxicas e sindrome de abstinencia, quadros febris toxico-infecciosos.​
Síndrome do cativeiro (locked in) – lesao na ponte, restam apenas movs oculares verticais.​
Alterações qualitativas da consciencia
Estados crepusculares – estreitsamento transitório do campo da cnsciência, afunilamento, conservacao da atividade psicomotora global mais ou menos coordenada, duracao variavel e permite atos automaticos.​
Dissociação – fragmentacao ou divisao do campo da cs, ocorrendo perda da unidade psiquica comum.​
Transe – assemelha-se a sonho acordado, atividade motora automatica e estereotipada acompanhada de supensa parcial de movs voluntarios.​
Hipnotico – cs reduzida e estreitada, atencao concentrada e sugestionavel.​
Entorpecimento ou Embotamento: Caracterizado pela diminuição ou perda da lucidez e da vigília.​O coma é o estado de maior gravidade e ocorre em traumas cranianos, encefalopatias, febres etc.​Não ocorrem sintomas produtivos acessórios. (Alucinações, delírios etc). Atenção dificilmente se forma e se mantém.
Obnubilação ou Turvação: Além do rebaixamento do nível de cs que ocorre no entorpecimento, há a presença de um conteúdo anormal.​Ocorre nos quadros de delirium. Acompanha-se de distúrbios sensoperceptivos e do pensamento, nas suas diferentes modalidades.​Comprometimento do juízo de realidade e presença de sintomas produtivos acessórios (alucinações, delírios etc).​
Observação delirium é diferente de delirio
Delirium= alteração da memória momentânea, se você sabe a causa passa o efeito. Ex: está intoxicado, faz coisas loucas, passou a intoxicação, volta ao estado normal.​
Delírio = julgamento errado, é doença e é permanente, patológico.​
​
Consciencia do EU : Refere-se à cs do eu corporal e psíquico. É a sensação subjetiva de convicção da existência pessoal, da diferenciação e limites entre o sujeito e o mundo, e inclui a sensação de autonomia. ​Alguns distúrbios na esfera do pensamento também podem ser descritos pelas alterações da cs do eu, como o bloqueio do pensamento, a publicação do pensamento e a leitura do pensamento.​
​Nos distúrbios da atividade do eu, o pc sente que não é o agente ativo de seus atos. A experiência transcorre como um acontecer automático. Há ausência da sensação normal do pp corpo.​
Nos distúrbios da unidade do eu, o pc tem noção de ser um e outro ou vários outros simultaneamente. Não devemos confundir com a experiência de personalidades múltiplas, na qual as mesmas ocorrem alternadamente.​
Nos distúrbios da identidade do eu, o pc não se reconhece como si próprio. O pc pode se reconhecer como outro ou apenas estranhar o seu próprio eu (despersonalização).​
Nos distúrbios da relação eu-mundo desaparecem os limites entre o interno e o externo. Há rompimento da dualidade do eu e o não-eu. São exemplos: a publicação, o roubo do pensamento e a sensação de estranheza ao mundo (desrealização).​
1)Despersonalização – o sujeito perde a noção da realidade. Caracteriza-se por um inconcebível e inexplicável sentimento de estranheza. O paciente é como um expectador da própria vida psíquica, estado de apatia.​ 2) Desrealização – vivência de que o próprio ambiente é irreal, estranho ou de que alguma forma está mudado. Pode fazer parte do humor delirante.​ 3) Disfunção do pensamento – o paciente sente que seus pensamentos não são exclusivamente seus e sim partilhados com outras pessoas. 4) Inserção do pensamento – os pensamentos para o paciente são introduzidos na sua mente a partir do meio exterior. Pode influenciar ou dirigir o comportamento do paciente.​ 5) Roubo do pensamento – seus pensamento estão sendo retirados de sua mente.​ 6) Sonorização do pensamento – os próprios pensamentos como sendo audíveis e, portanto, possíveis de serem ouvidos por outras pessoas.​ 7) Sensação de influência sobre o corpo, o comportamento etc – sente que seus pensamentos são impostos ou controlados por forças externas, e também tem a vivência que outros aspectos de seu ser estão sendo dirigidos ou influenciados a partir do meio externo.​
Atenção : É a capacidade de se concentrar em determinado objeto ou situação. Direção da Consciência.​
Sistema Reticular ativador ascendente – ativo nas áreas corticais e pré-frontais(direciona a atenção para uma coisa ou outra.
Porção anterior do Giro do Cíngulo – imptt para o controle da atenção.​
A atenção pode ser passiva ou espontânea (vigilância) ou ativa e determinada pela vontade ou afeto (tenacidade).​ A vigilância é determinada pelas mudanças e oscilações do exterior e depende da intensidade do estímulo, das variações e repetições, e do nível de cs do indivíduo.​Há hipervigilância em casos de exaltação do afeto, com concomitante hipotenacidade. A atenção espontânea torna-se extremamente excitável e inconstante.​Em casos de depressão pode ocorrer hipertenacidade em temas depressivos e hipovigilância em outros temas.​
Tomando-se em consideração a natureza da atenção, podemos discernir dois tipos básicos de atenção: Atenção voluntária, que exprime a concentração ativa e intencional da cs sobre um objeto, e ​Atenção espontânea, que é a aquele tipo de atenção suscitado pelo interesse momentâneo, incidental, que desperta este ou aquele objeto.​
Alteraçoes da Atenção 
Hipoprosexia – alteração mais comum e menos específica da atenção, é a diminuição global da atenção. Perda da capacidade de concentração. Há dificuldade crescente em todas as atividades psíquicas complexas como o pensar, o raciocinar, a integração de informações etc. ​Enfraquecimento da atenção, evolui para a aprosexia, é constante nos casos demenciais e deficitários.​
Aprosexia – total abolição da capacidade de atenção, por mais forte e variados que sejam os estímulos que se utilizem.​ Ausência de atenção tanto voluntária quanto involuntária​
Vamos diferenciar demência de deficiência.​ Demências – lesão no intelecto por acidente.​ Deficiências – No sentido intelectual, é aquele que em consequência de problemas no parto teve a capacidade intelectual limitada. ​
Hiperprosexia- é um estado de atenção exacerbada, no qual há uma tendência incoercível a obstinar-se, a se manter indefinidamente sobre certos objetos com surpreendente infatigabilidade.​ É o domínio espontâneo e exagerado da atenção. Característica é o exagero. A maioria substitui o período de “normalidade”, os demais pensam que a pessoa está normal, mas naquele momento a pessoa pode estar depressiva.​
A distração é um sinal, não de déficit propriamente, mas de superconcentração ativa da atenção sobre determinados conteúdosou objetos, com a inibição de tudo o mais.​
A Distraibilidade é, ao contrário da distração, um estado patológico que se exprime por instabilidade marcante e mobilidade acentuada da atenção voluntária, com dificuldade ou incapacidade para se fixar ou manter em qualquer coisa que implique esforço produtivo.​Em outras palavras, é o enfrequecimento acentuado da atenção voluntária e, consequentemente, predomínio da atenção involuntária.​
Orientação: É a capacidade de situar-se quanto a si mesmo e ao ambiente é um elemento básico da atividade mental.​ A avaliação da orientação é um instrumento valioso para a verificação das perturbações do nível de consciência.​O espaço e o tempo estão sempre presentes na atividade psíquica lúcida.​
A desorientação alopsíquica é relativa ao espaço e ao tempo. Diz respeito à capacidade de orientar-se em relação ao mundo, isto é, quanto ao tempo (orientação temporal) e quanto ao espaço (orientação espacial).​
A desorientação cronopsíquica é apenas relativa ao tempo. É o desconhecimento da data (dia, mês e ano) em pacientes cuja situação exterior lhes permite informar os dados do calendário. Ocorre quando há déficit no interesse pela realidade, na memória, na atenção, na capacidade intelectual ou alteração de cs. Apenas nos casos mais graves surge desorientação autopsíquica.​
A desorientação relativa ao próprio eu é a desorientação autopsíquica. Revela se o paciente sabe quem é, como se chama, que idade tem, qual sua nacionalidade, profissão, estado civil etc. O paciente não se situa no que diz respeito a própria identidade e suas relações com o grupo.​
Orientação espacial – o déficit de orientação topográfica e geográfica. O paciente não se situa quanto ao local em que se encontra.​
Orientação temporal - dependede uma adequada percepção da passagem do tempo, do registro e discriminação dos intervalos temporais, assim cimi da capacidade de apreender o tempo passado e “antever”o tempo futuro. O paciente não se situa quanto ao momento, a época em que vive.
A dupla orientação é a experiência do paciente em vivenciar simultaneamente dois mundos, o real e o psicótico. Nestes casos apesar da vivência psicótica, consegue agir, até certo ponto, dentro da realidade. Por exemplo: o paciente se diz um príncipe, mas vai às consultas médicas.​
Transtornos da orientação são muito frequentes em paciente com lesões cerebrais.​
A desorientação temporoespacial ocorre de modo geral em quadros psicorgânicos com lesões corticais difusas e amplas, como na doença de Alzheimer, no delirium, em lesões cerebrais bilaterais, em lesões do sistema límbico e em patologias que afetam o tronco cerebral e o sistema reticular ativador ascendente (comprometendo o nível de cs)​
Alteração da Orientação: Importante lembrar que, geralmente, a desorientação ocorre primeiramente quanto ao tempo, e só após o agravamento do transtorno é que o indivíduo desorienta-se quanto ao espaço e quanto a si mesmo.​
Desorientação por redução do nível de cs, também denominada desorientação torporosa ou confusa – o indivíduo está desorientado por turvação da cs. Essa turvação produz uma alteração da atenção, da concentração e da capacidade de integração dos estímulos ambientais, impedindo que o indivíduo apreenda a realidade de forma clara e precisa.​
Desorientação por déficit de memória de fixação ou desorientação amnéstica – o indivíduo não consegue fixar em sua memória as informações ambientais básicas.Não consegue ficar as informações, perde a noção do fluir do tempo, do deslocamento no espaço, passando a ficar desorientado temporo-espacialmente.​Não pode fixar e/ou evocar. Causada por alteração básica da memória.​
A desorientação demencial é muito próxima ã amnéstica – ocorre apenas por perda da memória de fixação, mas por déficit de reconhecimento ambiental (agnosias) e por perda e desorganização global das funções cognitivas.Ocorre nos diversos quadros demenciais.​
Desoriantação por apatia e/ou desinteresse profundos, ou desorientação apática ou abúlica – o indivíduo torna-se desorientado devido a uma marcante alteração do humor e da volição.​Falta de interesse, inibição afetiva ou da carência de energia psíquica. Desorientação do movimento, tira o gosto de fazer as coisas.​Não investe sua energia no mundo, por falta de motivação e interesse, via de regra é um indivíduo gravemente deprimido, não se atém aos estímulos ambientes e, portanto, torna-se desorientado.​
Desorientação delirante – ocorre em indivíduos que estão imersos num profundo estado delirante, vivenciando idéiais delirantes muito intensas, pelas quais crêem com convicção plena que estão “habitando” o lugar de seus delírios.Nesses casos é comum a chamada dupla orientação, na qual a orientação falsa, delirante, coexiste com a orientação correta. Exemplo: o paciente afirma que está no inferno, cercado por demônios, mas pode também reconhecer que está numa enfermaria do hospital​
Desorientação oligofrênica – ocorre em indivíduos com graves déficits intelectuais, por incapacidade ou dificuldade em compreender o ambiente e de reconhecer e interpretar as normas sociais (horários, calendários etc) que padronizam a orientação do indivíduo no mundo.​
Desorientação histérica – ocorre em quadros histéricos graves, geralmente acompanhada de alterações da identidade pessoal (fenômeno da possessão histérica ou desdobramento da personalidade), bem como por alterações da cs secundária à dissociação histérica (estado crepuscular histérico, estado oniróide etc).​
Desorientação por desagregação – ocorre em pacientes psicóticos, geralmente esquizofrênicos em estado crônico e avançado da doença, quando esse indivíduo, por uma desagregação profunda do pensamento, apresenta toda a sua atividade mental gravemente desorganizada, o que impede de se orientar adequadamente no ambiente e quanto a si mesmo.​
Desorientação quanto à sua própria idade – definida como uma discrepância de 5 anos ou mais entre a idade real e aquela que o paciente, relata, tem sido descrita em alguns pacientes esquizofrênicos crônicos, parecendo ser um bom indicativo clínico de déficit cognitivo na esquizofrenia.​
As vivencias de tempo e espaço: Constituem dimensões fundamentais de todas as experiências humanas.​O ser, de modo geral, só é possível nas dimensões reais e objetivas do espaço e do tempo.Portanto, o tempo e o espaço são, ao mesmo tempo, condicionantes fundamentais do universo e estruturantes básicos da experiência humana.​É inquestionável que a vida psíquica, além de ocorrer e se configurar no tempo, tem ela mesma um aspecto especificamente temporal e por isso é legítima a distinção do tempo em:​ Tempo subjetivo (interior, pessoal);​Tempo objetivo (exterior, cronológico, mensurável)​De modo geral, a passagem do tempo é percebida como lenta e vagarosa nos estados depressivos, e rápida e acelerada nos estados maníacos.​Ilusão sobre a duração do tempo: é a deformação acentuada da percepção da duração temporal. Ocorre sobretudo nas intoxicações por alucinógenos ou psicoestimulantes (cocaína, anfetamina etc), nas fases agudas e iniciais das psicoses e em situações emocionais especiais e intensas. Ocorre também quando se recebem, por exemplo, abundantes informações novas.​ Atomização do tempo: vivemos no tempo presente, em um “agora” que se vincula intimamente aos acontecimentos passados e às possibilidades do porvir. A alteração ou falta dessa experiência subjetiva “natural” de fluir temporal, decorrente da perda ou enfraquecimento de ambas as margens do tempo (passado e futuro), produz uma redução quase puntiforme ou atomizante do tempo, fazendo-o parecer uma sucessão de pontos presentes que não se articulam entre si.​O indivíduo não consegue se inserir naturalmente na continuidade do devir, adere a momentos quase descontínuos. (fuga de idéias ou distraibilidade intensa). Inibição da sensação de fluir do tempo (inibição do devir subjetivo): corresponde a falta da sensação do “avançar subjetivo” do tempo, no qual o sujeito perde o sincronismo entre o passar do tempo objetivo,cronológico, e o fluir de seu tempo interno.​
Atenção e sensopercepção
O elemento básico de sensopercepção é a imagem perceptiva real.
A imagem se caracteriza pelas seguintes qualidades: Nitidez – a imagem deve ser nítida e com contornos precisos; ​Corporeidade – a imagem deve ser viva, corpórea, ter luz, brilho e cores vivas;​Estabilidade – deve ser estável, não podendo mudar de um momento para o outro;​Extrojeção – a imagem que vem do espaço externo também é percebida nesse mesmo espaço externo;​Ininfluenciabilidade voluntária – o indivíduo não consegue alterar voluntariamente essa imagem percebida;​Completitude – a imagem tem um desenho completo e determinado, com todos os detalhes reais diante do observador.​
Representação: Pouco nitida, contornos são dificeis, contorno se perde facilmente, não tem a ''vida'' de uma imagem real, incompletos.
Imaginação: É uma atividade psíquica geralmente voluntária que pode ser uma lembrança de imagens percebidas no passado ou criação de novas imagens e ocorre, via de regra, na ausência de estímulos sensoriais;​
Fantasma/Fantasias: É um produto da imaginação. Pode ser consciente ou incons.
Alterações Quant.da Sensopercepção
Hiperestesia: É onde as percepçoes estão anormalmente aumentadas.
Hipoestesia: As percepçoes estão anormalmente diminuidas.
Alteraçoes Qualitativas da Sensopercepção
Ilusão: é a percepção deformada de um objeto real e presente. 
Dois tipos de ilusão a visual e a auditiva.
Alucinações: é a vivência de percepção de um objeto, sem que o mesmo esteja presente, ou seja, é a percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante real.​
Tipos de alucinaçoes
Alucinações Auditivas: é o tipo de alucinação mais freqüente, principalmente em esquizofrênicos, denominada também de audioverbal, na qual o paciente escuta vozes sem qualquer estímulo (som) externo real. 
​A sonorização do pensamento é muito próxima ao eco do pensamento e pode ser de duas maneiras:​ A sonorização do próprio pensamento, onde o paciente ouve o próprio pensamento no mesmo momento em que o pensa;​ A sonorização do pensamento como vivência alucinatório-delirante, que são pensamentos no qual o paciente ouviu, ou seja, depois de pensados, ele tem a nítida sensação de que os mesmos foram introduzidos em sua cabeça por uma outra pessoa, mas que não é real, e agora são ouvidos por ele;​
No eco do pensamento, o paciente ouve o seu pensamento pouco depois de tê-lo pensado;​
Na publicação do pensamento, o indivíduo tem a nítida sensação de que as pessoas ouvem o que ele pensa no mesmo momento em que ele está pensando.​
Alucinações Musicais: é uma alucinação relativamente rara, curiosa e intrigante, pois é descrita como a audição de tons musicais e melodias sem o correspondente estímulo interno.​
Alucinações Visuais: são visões nítidas que o paciente experimenta, sem a presença de estímulos visuais reais. Podem ser simples, onde o paciente vê cores, bolas, pontos brilhantes, denominados de FOTOPSIAS, ou complexas onde o indivíduo vê figuras, imagens de pessoas (vivas ou mortas), demônios, santos, etc. Podem ser cenas completas ( como um paciente que vê seu quarto pegando fogo), chamadas de ALUCINAÇÕES CENOGRÁFICAS, ou podem ser a ALUCINAÇÃO LILIPUTIANA, onde o indivíduo vê inúmeros personagens diminuídos e minúsculos entre os objetos e pessoas reais de sua casa.​
​Alucinações Táteis: o paciente sente espetadas, choques, insetos ou pequenos animais correndo sobre sua pele. 
Alucinações Olfativas e Gustativas: assim como as alucinações musicais são relativamente raras, onde o indivíduo sente o cheiro ou gosto de determinadas coisas sem qualquer estímulo olfativo ou gustativo presente.​
Alucinações Cenestésicas ou Cinestésicas:​
Cenestésicas – são sensações alucinatórias em várias partes do corpo como sentir que o cérebro está encolhendo, o fígado se despedaçando ou a percepção de alguma víbora no abdômen;​
Cinestésicas – são sensações alteradas dos movimentos do corpo, como sentir o corpo afundando, os braços se elevando e as pernas encolhendo.​
Alucinaçoes funcionais: Tem estimulo real e desencadeia a alucinação.
Tipos de alucinações funcionais:​
Alucinações Combinadas (ou Sinestesias) – ocorrem várias alucinações ao mesmo tempo. Ex: o paciente vê uma pessoa que fala com ele, o toca, etc.​
Alucinações Extracampinas – é quando o paciente ve uma imagem nas suas costas ou através de uma parede;​
Alucinação Autoscópica – é uma alucinação visual associada a componentes táteis e cenestésicos, onde o indivíduo se vê fora do seu próprio corpo;​
​Alucinações Hipnagógicas e Hipnopômpicas
Hipnagogicas fase em que o individuo está adormecendo. Hipnopompicas fase em que o inviduo está acordando.
Alucinose: a alucinose é um fenômeno pelo qual o paciente percebe tal alucinação como estranha a sua pessoa e ocorre com um nível de consciência preservada e apesar do indivíduo ter alucinações, percebe consciente que aquilo é um fenômeno estranho, patológico e não tem nada a ver com a sua pessoa.​
A alucinose é um fenômeno periférico ao eu, enquanto a alucinação é um fenômeno central ao eu.​
Afetividade e suas emoções
5 tipos básicos de vivências afetivas:​
Humor ou estado de ânimo.
A afetividade são só ideias, uma ideia que produz algo interessante.
Emoções não dura muito tempo. Reações afetivas agudas, momentaneas,desencadeados por estimulos significativos.
Sentimentos: São mais estaveis, se mantem por muito tempo, mais mental do que estavel, pode ser qualquer coisa e não necessariamente só ideia.
Paixão: Estado afetivo muito intenso. Inibe outras coisas.
O afeto é um pouco mais baixo que o sentimento. Qualidade e tônus emocional que acompanham uma idéia ou representação mental. Idéias que tem acoplada um colorido afetivo.​
Catatimia: a importante influência que a vida afetiva, o estado de humor, as emoções, sentimentos e paixões exercem sobre as demais funções psíquicas.​
Reaçao afetiva: Contexto relação eu mundo, e a afetividade se caract. pela reatividade ao que acontece. Pode ser: Sintonização afetiva: capacidade de o indivíduo ser influenciado afetivamente por estímulos externos. Irradiação afetiva: capacidade de o indivíduo de transmitir, irradiar ou contaminar os outros com seu estado afetivo momentâneo.​ Rigidez afetiva: o indivíduo não deseja, tem dificuldade ou impossibilidade tanto de sintonização quanto de irradiação.
Alterações patologicas da afetividade
Distimia: É a alteração básica do humor.
Disforia: uma distimia que acompanha uma tonalidade afetiva desagradável, mal-humorada.​
Euforia: predomina um estado de alegria intensa e desproporcional às circunstâncias.​
Elação: Sensação subjetiva de grandeza e de poder.
Puerilidade:: humor caracterizado por ser infantil e simplório, regredido
Moria: é uma forma de alegria muito pueril, ingênua, boba
Estado de êxtase: experiência de beatitude, de dissolução do eu no todo, de compartilhamento íntimo do estado afetivo interior com o mundo exterior, muitas vezes com colorido hipertímico e expansivo.​
Irritabilidade patológica: hiperreatividade desagradável, hostil, e eventualmente, agressiva a estímulos do meio exterior.​
ANSIEDADE, ANGUSTIA E MEDO
Ansiedade: estado de humor desconfortável, apreensão negativa em relação ao futuro, inquietãção interna desagradável, inclui somático e fisiológico.​
Angústia: sensação de aperto no peito e na garganta, de compressão, de sufocamento. Conotação mais corporal e relacionada ao passado.​
Medo: objeto mais preciso, medo de algo.​
Ansiedade: Futuro / Angustia: Passado / Medo: Presente
Alterações das emoções e dos sentimentos​
1. Apatia: diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. O paciente se queixa de não sentir a expressão normal de suas emoçoes.​
2. Hipomodulação do afeto: incapacidade de modular a resposta afetiva de acordo com a situação existencial, indicando rigidez na relação com o mundo.​
3. Inadequação do afeto ou paratimia: reação incongruente a situações existenciais, contradição profunda entrea esfera ideativa e a afetiva.​
4. Pobreza de sentimentos e distanciamento afetivo: perda progressiva e patológica das vivências afetivas. Dificuldade de viver alternâncias nos afetos.​
5. Embotamento afetivo e devastação afetiva: perda profunda de todo tipo de vivência afetiva.​
6. Sentimento de falta de sentimento: incapacidade para serntir emoções, geralmente vivenciada como torturante ou negativa pelo sujeito.​
Anedonia: incapacidade total ou parcial de obter ou sentir prazer com determinadas atividades e expriências da vida.​
Labilidade afetiva e incontinência afetiva: ocorrem mudanças súbitas e imotivadas do humor, sentimentos ou emoções.​
Ambivalência afetiva: Bleuler, sentimentos opostos em relação à um mesmo objeto, simultaneamente.​
Neotimia: Experiencia afetiva completamente nova (se apresenta apenas em pct em estados psicoticos).
Medo patologico: Progressiva insegurança e angústia, sensaçao de impotência e invalidez crescentes, impressão iminente que acontecerá algo que queríamos evitar e que progressivamente nos consideramos menos capazes de fazer.​
Fobias: medos determinados psicopatologicamente, desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de perigo real oferecidas pelos desencadeantes.​
Pânico: é uma reação de medo intenso, de pavor, relacionada geralmente ao perigo imaginário de morte iminente, descontrole ou desintegração.​
Pensamento e suas alterações​
Conceitos: Não tem elemento de sensorialidade, elemento cognitivo. Exprimem-se apenas os caracteres mais gerias dos objetos e fenômenos.
Nos conceitos, temos dois passos para sua formação:​ Eliminação dos caracteres de sensorialidade: quando conceitualizo cadeira como tendo quatro pés, um assento e um encosto estou suprimindo a sensação. Generalização : síntese por abstração e genralização, de um número considerável de fenômenos singulares.​
Juízos: Estabelecimento de relações significativas entre os conceitos básicos.​
Raciocínio: Relaciona os juízos. Faz ligação entre conceitos, sequência de juízos, encadeamento de conhecimentos, derivando sempre uns dos outros.​
Processo de Pensar​
Curso do pensamento: como o pens flui.​ Forma do pensamento: sua estrutura básica, sua arquitetura, preenchida pelos conteúdos do sujeito.​Conteúdo do pensamento: temas predominantes, o assunto em si.​
Alterações dos conceitos:​
Desintegração dos conceitos: os conceitos sofrem um processo de perda de seu significado original. Ex: ateu significa “a teu comando”. Característica da esquizofrenia e síndromes demenciais.​
Condensação de conceitos: dois ou mais conceitos fundidos. Neologismos, coisas que só o paciente entende.​
Alteração dos Juízos​
Juízo deficiente ou prejudicado: deficiência intelectual, pela poobreza cognitiva do indivíduo, conceitos inconsistentes e o raciocínio pobre e defeituoso.​
Juízo de realidade ou Delírio: tratado posteriormente.​
Alterações do Raciocínio ou do Estilo de pensar.​
O pensamento normal é regido pela lógica forma, orientando segundo a realidade e os princípios de racionalidade da cultura onde o sujeito se localiza.​
Os princípios do pensamento lógico-formal, segundo a lógica aristotélica, são: Princípio da identidade: se A é A; e B é B; logo, A não pode ser B. Se as condições forem mantidas, as mesmas causas devem produzir os mesmos eefitos.​ Princípio da causalidade: se A é causa de B, então B não pode ser ao mesmo tempo causa de A.​ Lei da parte e do todo: Se A é parte de B, então B não pode ser parte de A. 
Tipos básicos de pensamento científico​
Indutivo: observação de fatos elementares, experimentação, comparação entre fenômenos, para chegar a conclusões e concepções mais gerais, hipóteses explicativas e classificações mais amplas.​ Dedutivo: parte de esquemas, axiomas, definições e teoremas já bem arquitetados, para, por meio de demonstrações lógicas, deduzir a sua verdade.​ A intuição: entendida como apreensão da realidade de forma direta e imediata.​
Tipos alterados de pensamento​
O tipo e estilo de pensamento comum, do indivíduo não acometido por doença mental, é apenas precariamente lógico.​
Pensamento mágico: fere frontalmente os princípios da lógica formal e os imperativos da reliadade:​
Lei da contiguidade: magia de contágio, coisas que estiveram em contato se mantém unidas. Ex: objeto de um sujeito utilizado como representante do próprio sujeito.​
Lei da similaridade: magia imitativa, um objeto representa o sujeito por ter sua forma, ex: boneco de vodu.​
O pensamento mágico pressupõe que uma relação puramente subjetiva produza associações objetivas.​ Comum em crianças, personalidades “imaturas” como esquizotípica, histriônica, borderline e narcísica. Obsessivos-compulsivos tb apresentam.​
Pensamento derreísta: o pensamento obedece lógica e realidade apenas naquilo que interesse ao desejo do indivíduo, distorcendo a realidade para que ela se adapte aos seus anseios. Identificação errônea dos próprios desejos com a realidade. Wishful thinking.​
Pensamento concreto ou concretismo: não ocorre distinção entre uma dimensão abstrata e simbólica e uma dimensão concreta e imediata dos fatos. Perda das metáforas, sujeito aderido ao sensorial, sem capacidade de ler entrelinhas.​
Pensamento inibido: inibição do raciocínio, com diminuição da velocidade e número de conceitos, juízos e representações que são utilizados no processo de pensar.​
Pensamento vago: impreciso, ambíguo, obscuro, falta de clareza e precisão do raciocínio.​
Pensamento prolixo: O paciente não consegue chegar a qualquer conclusão sobre o tema que está tratando, a não ser após muito tempo e esforço.​ Dois tipos: 
Tangencialidade: responde a perguntas de forma oblíqua e irrelevante. Circunstancialidade: digressão, roda em volta do tema, sem entrar nas questões essenciais ou decisivas. Eventualmente chega ao seu objetivo, diferente da tangencialidade.​
Presente em T de Personalidade (associado a epilepsia, deficientes mentais limítrofes, início da esquizofrenia e neuróticos graves como obsessivo-compulsivo).​
Pensamento deficitário: apresenta uma estrutura pobre e rudimentar, em geral o paciente é mais literal do que abstrato. 
Pensamento demencial: pensamento pobre, porém empobrecimento desigual, ao contrário do que ocorre no pens. Deficitário, que é mais homogêneo. Em geral imperfeito, irregular, sem unidade ou congruência. No começo a pessoa pode dissimular fingindo atos falhos.​
Pensamento confusional: Junto com turvação da consciência apresenta pens incoerente, tortuoso que impede que o indivíduo aprenda de forma clara e precisa estímulos ambientais, ficando impedido de processar seu raciocínio adequadamente.​
Pensamento desagregado: forma típica de pensamento radicalmente incoerente, no qual os conceitos e juízos não se articulam minimamente de forma lógica, a linguagem se apresenta como “salada de palavras”. Ocorre nas formas graves e avançadas da esquizofrenia.​
Pensamento obsessivo: predominam idéias ou representações que apesar de terem conteúdo absurdo ou repulsivo para o sujeito, impõem-se à consciência de modo persistente e incontrolável.​
Alterações do processo de pensar​
Curso do Pensamento:​ Principais são aceleração, lentificação, bloqueio e o roubo do pensamento.​
Aceleração: pens muito rápido, idéias se sucedem rapidamente. Mania, esquizofrenia, ansiedade intensa, psicoses tóxicas (anfetaminas e cocaína), e depressão ansiosa.​ Lentificação: pens lento e dificultoso.. Latência entre perguntas e respostas. Depressões graves, rebaixamento do nível de cs, intoxicaçoes por sedativos, quadros psicorgânicos.​Bloqueio ou interceptação: brusca e repentinamente interrompe o pens sem motivo aparente, quase exclusiva da esquizofrenia.​ Roubo do pensamento: nítida sensação de que o pensamento foi roubado por algo ou alguém. Típica da Esquizofrenia.​
Forma do Pensamento​
Fuga de idéias: secundária a uma aceleraçao do pensamento,perturbam-se as associações lógicas entre idéias. Deixa de seguir a lógica, pensamentos se produzem por assonância (amor, flor, cor ) Característica da mania.​
Dissociação do pensamento: passam progressivamente a não seguir uma sequência lógica, com o agravamento o paciente se torna incoerente e incompreensível.​
Afrouxamento das associações: associacoes mais livres, não tão bem articuladas, se apresenta nas fases iniciais da esquizofrenia e em TP esquizotípica.​
Descarrilhamento do pens: pens se extravia do curso normal, vários desvios. Observado na esquizofrenia, e eventualmente, em manias.​
Desagregação do pens: profunda e radical perda dos enlaces associativos, total perda de coerência. Formas avançadas de esquizofrenia e quadros demenciais. ​
De modo geral: 1. afrouxamento; 2. descarrilhamento; 3. desagregação.​
Conteúdo do pensamento​: Perseguição.depreciativos.​religiosos.​sexuais.​poder, riqueza ou grandeza.​ruína ou culpa.​hipocondríacos.​
Juízo de realidade e suas alterações. O delírio.​
O juízo é uma atividade humana por excelência.​ As alterações de juízo são alterações de pensamento.​
Distinção entre erro nao determinado por processo mórbido e as diversas formas de juízos falsos determinados por transtorno mental, a principal sendo o delírio.​
Erro simples vs. delírio​: Coisas parecidas por iguais ou idênticas/atribuirt coincidências ocasionais a força de relações consistentes de causa e efeito/aceitar impressões dos sentidos como verdades indiscutíveis.​
Erros são compreensíveis em virtude de ignorância, fanatismo religioso ou político, enquanto o delírio é caracteristicamente incompreensível.​
Preconceito: juízo a priori, sem reflexão, baseado em premissas falsas:​ Racismo, sexismo, etnocentrismo, classismo, preconceito religioso.​
​Crenças culturais e superstições​
​Idéias prevalentes:​ Idéias que tem importância afetiva e adquirem predominância na vida afetiva sobre os demais pensamentos.​Não sao obsessivos por serem egossintônicos.​Idéias errôneas por superestimação afetiva.​
Alterações patológicas do juízo.​
O Delírio:​ Jaspers: delírios são juízos patologicamente falseados.​O delírio tem origem na doença mental.​
Delirio é sempre uma crença impossivel; asocial, impossivel remover; crença algo impossivel; crença de um só individuo(associal); impossivel de remover empiricamente; certeza extrema.
Características:​ 1. convicção extraordinária , certeza subjetiva praticamente absoluta. 2. impossível a modificação do delírio pela experiência objetiva. Irremovível pela lógica ou empirismo.​3. O seu conteúdo é impossível. Aspecto mais frágil, pois pode vir a ácontecer. Mesmo assim ainda é patológico pela forma como se erige como sintoma.​ 4. É uma produção associal, a convicção de um só homem.​
1. Delírios simples: um só conteúdo, tema único.​ 2. delírios complexos: vários temas ao mesmo tempo.​ 3. delírio não-sistematizados: variam de momento para momento. Em geral se apresentam em sjs com baixo nível intelectual, deficientes mentais ou quadros demenciais.​ 4. delírios sistematizados: são delírios bem organizados, com histórias ricas e consistentes, que mantêm ao longo do tempo os seus conteúdos e detalhes. 
Surgimento e evolução do delírio: estados pré-delirantes.​
Delírios surgem , via de regra, após um período pré-delirante, denominado humor delirante (jaspers) ou trema (konrad).​ Caracterizado por aflição e ansiedade intensas, sente como se algo terrível fosse acontecer, mas não sabe exatamente o que. Perplexidade, sensação de fim do mundo, estranheza radical. Pode durar horas ou dias.​ Após a revelação do delírio o pcte muitas vezes se acalma.​
Delírios agudos: surgem de forma rápida e podem desaparecer em pouco tempo. Associados a transt de consciência, psicoses tóxicas ou infecciosas.​ Delírios crônicos tendem a ser persistentes e contínuos, de longa duração, pouco modificáveis ao longo do tempo.​
 
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