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012 Respostas Caso Concreto 106809 Teoria Geral do Processo CCJ0053

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Teoria Geral do Processo – CCJ0053
Prof. Marcelo Carneiro – marcelo.advogado@yahoo.com.br
Crevelino Pereira França Filho – crevelino.filho@hotmail.com – cel.: (22) 9955-3618
012 Respostas Caso Concreto 106809
1ª Questão - Paulo promove ação de conhecimento em face de Valdo. Postula na petição inicial o reconhecimento da paternidade e, ainda, pleito de condenação do réu a pagar alimentos, em conta que deles está necessitado, por ser menor impúbere em idade escolar e por ser portador de deficiência física que exige utilização de aparelho mecânico para se movimentar, o que exige gastos constantes de manutenção, sem contar a necessidade de ser suprido para sustento próprio. Indaga-se:
a) O caso manifesta um concurso de ações ou uma cumulação de ações ou de pedidos? Justifique.
Resposta: A hipótese é de cumulação de ações, porque os pedidos foram feitos no mesmo processo, não sendo necessário que o autor escolhesse entre um ou outro pedido, o que caracterizaria o concurso de ações, e quando atender o prescrito no art. 292, CPC.
Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1.º São requisitos de admissibilidade da cumulação:
I - que os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
•• Vide art. 250 CPC
b) Tratando-se de cumulação de pedidos, qual seria a sua espécie? Justifique.
Resposta: Cumulação sucessiva, porque o pedido de alimentos para ser acolhido depende da procedência do pedido declaratório de paternidade
A cumulação de pedidos no processo civil pode ser própria ou imprópria.
Será própria quando for possível a procedência de todos os pedidos formulados e será imprópria quando for formulado mais de um pedido, mas somente um deles puder ser concedido.
A cumulação própria pode ser simples (quando os pedidos forem absolutamente independentes entre si) ou sucessiva (quando a análise do pedido posterior depender da procedência do pedido que lhe precede).
Um exemplo de cumulação própria simples é a cumulação de danos materiais e morais. O juiz pode dar qualquer deles ou ambos.
Na cumulação própria sucessiva há uma relação de prejudicialidade entre os pedidos, sendo que se o anterior for rejeitado, o posterior perderá o seu objeto, ou seja, resta prejudicado. Exemplo: Uma criança entra com um ação contra um pai nunca presente (não há paternidade socioafetiva) pedindo a investigação de paternidade e alimentos. Nesse caso, se não for procedente a investigação de paternidade, está prejudicado o pedido de alimentos (passa a carecer de possibilidade jurídica o pedido - condição da ação).
Na cumulação imprópria, somente um dos pedidos cumulados pode ser acolhido, ou seja, na melhor das hipóteses para o autor, a procedência de sua pretensão significará o acolhimento de apenas um dos pedidos. Há duas espécies de cumulação imprópria: a subsidiária (eventual) e a alternativa.
Na cumulação imprópria subsidiária/eventual o segundo pedido somente será analisado se o primeiro não for concedido. Exemplo: autor pede rescisão integral de um contrato em razão da abusividade de determinada cláusula e, de forma subsidiária, no caso da improcedência deste pedido (principal), que lhe seja concedida a revisão apenas de determinada cláusula do contrato. Note, o segundo pedido (subsidiário) só é analisado se o primeiro (principal) for negado.
Destaque-se que esse tipo de pedido está previsto no artigo 289 do CPC, mas este artigo usa impropriamente o termo “sucessiva”: “É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior”. Isso acaba gerando muita confusão entre a cumulação própria sucessiva e a imprópria subsidiária/eventual. Para não cair em uma armadilha na hora do concurso lembre dessa impropriedade da lei e saiba bem o texto literal do artigo citado. 
Já na cumulação imprópria alternativa o autor cumula os pedidos, mas não estabelece ordem de preferência entre eles, de maneira que a escolha do pedido a ser acolhido fica a cargo do juiz, dando-se o autor satisfeito com o acolhimento de qualquer deles. Ex.: consumidor que pede a troca do produto defeituoso ou a devolução dos valores pagos. (por Lucas Gutierrez).
2ª Questão - Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito a perempção:
a) é condição negativa para o legítimo exercício da ação;
b) se apresenta quando o autor dá causa a três extinções do processo por abandoná-los por mais de 30 dias; Art. 268, § único, CPC.
c) o titular do direito jamais poderá alcançar a satisfação do crédito em relação ao réu;
d) basta abandonar o processo por duas vezes, por mais de 30 dias.
Art. 268. Salvo o disposto no art. 267, V, a extinção do processo não obsta a que o autor intente de novo a ação. A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado.
• Vide arts. 28 e 810 do CPC.
Parágrafo único. Se o autor der causa, por três vezes, à extinção do processo pelo fundamento previsto no n. III do artigo anterior, não poderá intentar nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.

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