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interdição defesoria completa (3)

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Indicar Órgão de Atuação
EXCELENTISSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA, CEARÁ.
AÇÃO DE INTERDIÇÃO CUMULADA COM TUTELA DE URGÊNCIA (CURATELA LIMINAR)
MEIRICELE ALVES DE ARAÚJO, Brasileira, casada, dona de casa, portadora da cédula de identidade nº 91005009883, órgão emissor SSP-CE e devidamente cadastrada no CPF nº 422.448.113-87, enderenço eletrônico (NÃO POSSUI), residente e domiciliada na Rua Janaúba Nº 83, casa A, Mondubim, Fortaleza, Ceará, Cep: 60.762-820, vem por intermédio vem por intermédio da Defensoria Pública do Estado do Ceará, representado(a) pela Defensor (a) Público que ao final subscreve- se, vem mui respeitosamente, perante à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 1.768 do CC, combinado o art. 747 e seguintes do novo CPC, propor a presente AÇÃO DE INTERDIÇÃO CUMULADA COM TUTELA DE URGÊNCIA em face de ELIEZER DE ALBUQUERQUE, Brasileiro, Solteiro, Incapaz, portador(a) da carteira da cédula de identidade RG nº 2006002162628 , órgão emissor SSP-CE e devidamente cadastrado no CPF nº 039.071.433-02, enderenço eletrônico (NÃO POSSU residente e domiciliado Rua Janaúba Nº 83, casa A, Mondubim, Fortaleza, Ceará, Cep: 60.762-820, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA E DA DISPENSA DE INSTRUMENTO DE PROCURAÇÃO
Inicialmente, por ser legalmente pobre, requer os benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro nas disposições da Lei Complementar Federal nº 80/1994, da Lei Complementar do Estado do Ceará nº 06/1997 e da Lei Federal nº 1.060/50, alterada pela Lei Federal nº 7.115/83 e pela Lei Federal nº 10.317/01.
Oportuno ressaltar que aos membros da Defensoria Pública é conferida a prerrogativa de praticar atos processuais independentemente de outorga de instrumento formal de procuração pelos hipossuficientes, conforme Lei Complementar Federal nº 80/1994 e Lei Complementar do Estado do Ceará nº 06/1997.	
A autora não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, sob égide no Novo Código de Processo Civil, art. 98 e seguintes e pelo artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal. Desse modo, a autora faz jus à concessão da gratuidade de Justiça. Insta ressaltar que entender de outra forma seria impedir os mais humildes de ter acesso à Justiça, garantia maior dos cidadãos no Estado Democrático de Direito
II-PRELIMINARMENTE
II.1-DA LEGITIMIDADE DA AUTORA PARA A FIGURAR NO PÓLO ATIVO DA PRESENTE DEMANDA.
De acordo com o disposto nos artigos 1.768 do Código Civil junto ao artigo 747 do Código do Processo Civil de 2015, atentam sobre a legitimidade ao ajuizamento da ação de interdição aos genitores cônjuges, tutores, ou até mesmo para entes próximos do interditado, devendo somente o autor da ação, futuramente curador do incapaz, ter condições de oferecer ao interditado uma adequada qualidade de vida.
Nesse toar, evidente a importância e o caráter eminentemente protetivo e assistencial de tal instituto. Tem caráter supletivo da capacidade e, como bem resume ELIEZER DE ALBUQUERQUE, “a real necessidade da pessoa com algum tipo de doença mental é menos a substituição na gestão patrimonial e mais, em decorrência do princípio da solidariedade e da função protetiva do curador, garantindo a dignidade, a qualidade de vida, a recuperação da saúde e a inserção social do interditando”.
Ocorre que pelo o regimento do código civil brasileiro a curatela deveria ser designada para a genitora do incapaz, portanto a mesma padece de um problemas o psiquiátricos importante salientamos e mostramos, no caso a requerente sua madrinha e que vem tendo sua guarda, a mesma cuida do mesmo como seu filho fosse, mantendo o mesmo na humilde residência, tal instituto exige redobrada atenção quando da escolha do curador, sendo esse necessariamente aquele que represente a melhor adequação aos conceitos acima aduzidos. ESTE É O CASO DA AUTOR!
Destaca-se que a Demandante inclusive, já vem representando a Autor em diversos atos da sua inclusive a mesma é responsável pelo o seu acompanhamento médico há bastante tempo, tendo sido, por exemplo, procuradora de sua mãe no passado, conforme se atesta através da procuração anexa.
Nesse toar inclusive, importante destacar que a ordem legal da atribuição de curatela não é rígida e obrigatória, tendo como requisitos primordiais os interesses do interditando, como se comprova através da jurisprudência abaixo aduzida:
“DIREITO DE FAMÍLIA - AÇÃO DE INTERDIÇÃO - NOMEAÇÃO DE CURADOR - ART. 1775 DO CÓDIGO CIVIL - ORDEM LEGAL DE PREFERÊNCIA NÃO ABSOLUTA - PREVALÊNCIA DO BEM-ESTAR DO INTERDITADO. - Deve o julgador, quando da nomeação de curador, considerar a situação que melhor se adéqua aos interesses do interditado, não permitindo que eventuais questões econômicas, ou, ainda, interesses particulares se sobreponham ao seu bem-estar e às suas necessidades. - A análise da curatela deve, na maioria das vezes, observar as peculiaridades de cada caso, devendo ser deferida àquele que possua melhores condições de cuidar dos interesses do interditado, levando-se em consideração o disposto no art. 1.109 do Código de Processo Civil, que esobriga o juiz de decidir, nos procedimentos de jurisdição voluntária, de acordo com o critério de legalidade restrita, facultando-lhe, portanto, a adoção, no caso concreto, da solução que julgar ser a mais conveniente e oportuna. (Número do processo:1.0352.06.025627-3/001, Numeração Única: 0256273-82.2006.8.13.0352, Relator:            Des.(a) ELIAS CAMILO, 04/03/2010).”
“AGRAVO DE INSTRUMENTO - CURATELA PROVISÓRIA - NOMEAÇÃO COMO CURADOR O FILHO - ART. 1775 DO CÓDIGO CIVIL - ORDEM QUE ADMITE FLEXIBILIZAÇÃO - DECISÃO MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO. Não tendo a agravante demonstrado, de forma convincente, qualquer equívoco ou teratologia na decisão monocrática, recomendável sua manutenção, máxime ao considerar que a ordem de nomeação de curador, estabelecida no art. 1.775 do Código Civil, não é absoluta, e admite flexibilização em benefício do curatelado.” (Número do processo:1.0105.09.312318-7/001, Numeração Única: 3123187-21.2009.8.13.0105, Relator: Des. NEPOMUCENO SILVA, 28/01/2010).
“AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO, APÓS REJEITAR AS PRELIMINARES. INTERDIÇÃO. CURADOR PROVISÓRIO. NOMEAÇÃO SOBRE UM TERCEIRO. PRETERIÇÃO DO CÔNJUGE. ART. 1.775 DO CC/02. POSSIBILIDADE. 1. Há possibilidade de julgamento monocrático de recurso de apelação, nos termos do art. 557 do CPC, quando a fundamentação jurídica já encontrar decisão sedimentada junto ao órgão fracionário. 2. A ordem de preferência legal estabelecida no art. 1.775 do CC/02 não é absoluta, podendo o Julgador nomear um terceiro como curador provisório ao interdito, se a situação assim o recomendar (art. 1.109 do CPC). Precedentes. Decisão monocrática mantida. RECURSO DESPROVIDO. (Agravo Regimental Nº 70031151145, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Ataídes Siqueira Trindade, Julgado em 30/07/2009).”
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTERDIÇÃO. A curadora nomeada não é pessoa estranha ao interditando, mas sim sua enteada, não se podendo esquecer que a ordem legal de nomeação à curadoria objetiva dar ao interditando o amparo de pessoas leais aos seus interesses, o que autoriza a indicação daquela que tiver melhores condições para o seu exercício, não havendo, por conseguinte, direito absoluto dos interessados na nomeação segundo a ordem legal, que é relativa. Agravo improvido. (Agravo de Instrumento Nº 70007405178, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Antônio Carlos Stangler Pereira, Julgado em 03/06/2004).”
III-DOS FATOS.
Em primeiro plano cabe enaltecer, que autora em questão fica responsável, por todos tramites e procedimentos com relação ao requerido, a mesma é sua madrinha de batismo desde que soube que desse problema psiquiátrico a mesma sempre procurou cuidar do mesmo, já que a genitora do interditado,também começou padecer de insanidade mental, e no caso o mesmo náo tem filiação paterna, ficando dessa maneira a genitora completamente incapaz de responder por si mesma e pelo o requerido.
Diante disso a requerente passou a cuidar e presta assistência aos dois, desde de 2006, cuidado e fazendo seu acompanhamento, no caso em testilha o promovido sofre de um distúrbio mental sobre o CID F29 (ESQUIZOFRENIA, TRANSTORNOS ESQUIZOTIPICOS E TRANSTORNOS DELIRANTES) e também padece sobre a enfermidade sob CID F84 – (Transtornos globais do desenvolvimento), que no caso o mesmo está atestado no documento medico (ANEXO) 
O interditando exige uma atenção redobrada o mesmo e completamente impossibilitando de exercer simples tarefas diária, além disso o mesmo precisa de uma pessoa 24 horas ao seu lado pois somente dessa ovem fazendo com que o mesmo continue vivendo.
Além disso a requerente tem origens simples e está precisando da curatela do mesmo para representar em sua vida civil 
DO DIREITO.
IV.1. DA INTERDIÇÃO.
Como se sabe, a interdição ou curatela é uma medida de amparo criada pela legislação civil por meio do qual se declara a incapacidade para a prática dos atos da vida civil.
Nas palavras do Professor Silvio Rodrigues;
trata-se do “reconhecimento da inexistência, numa pessoa, daqueles requisitos que a lei acha indispensável para que ela exerça os seus direitos direta e pessoalmente”.
Demais disso, vale a lembrança de que a saúde mental, pela sua própria complexidade, reclama a adoção de políticas públicas intersetoriais protetivas da pessoa humana, de modo a promover e resguardar os direitos fundamentais das pessoas com transtornos mentais, inclusive com utilização de recursos públicos, consoante previsão do art. 198, § 2°, da Lex Mater.
Destaca-se ainda, que a condição senil por si só não implica em incapacidade, posto que está só ocorre quando não mais persistem do ponto de vista jurídico, possibilidade de manifestação de vontade do interditando, necessitando, para tanto, de representação, dando-lhe a devida proteção e zelando por seus interesses, regendo sua vida e administrando seu patrimônio.
A Curatela é extraordinária e restrita a atos de conteúdo patrimonial ou econômico, desaparece a figura da ‘interdição completa’ e do ‘curador todo-poderoso e com poderes indefinidos, gerais e ilimitados’”. (PABLO STOLZE apud DOURADO, 2015)
Nesse enlace, é fundamental para tal instituto a caracterização da ausência de entendimento para a prática do ato ou a impossibilidade de expressão da vontade determinada por uma causa duradoura. Essa caracterização é expressa, primeiramente em linguagem médica e, além do comportamento biológico, requerer-se a presença do elemento psicológico, como é o caso em testilha.
Procurando estabelecer uma evidente conexão com os artigos 3° e 4° do Código Civil, 
art. 1.767 apresenta o rol das pessoas sujeitas à curatela:
I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil;
II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade;
III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;
V - os pródigos.          
No presente caso, como se pôde aduzir em linhas pretéritas, trata-se de clássico caso de ausência de discernimento para os atos da vida civil, posto que conforme exposto, encontra-se o interditando em estado que a impossibilita a plena capacidade de compreensão da vida e do cotidiano, em decorrência de uma patologia permanente e progressiva, devidamente atestada, como já se comprovou, coadunando-se com a previsão disposta no inciso primeiro do artigo acima aludido.
Destaca-se que no caso em espeque, busca-se acima de tudo, a preservação e a proteção da dignidade da própria interditando, face às inequívocas necessidades existenciais da mesma, representando o presente instrumento um meio adequado para a satisfação de seus reais interesses de vida.
IV.2- DA NECESSÁRIA NOMEAÇÃO DA REQUERENTE COMO CURADORA DO INTERDITADO 
A curatela, como já se aduziu, constitui um instituto de interesse público, destinada, em sentido geral, a reger a pessoa ou administrar bens de maiores, porém incapazes de regerem sua vida por si, em razão de moléstia, prodigalidade ou ausência. Como o próprio nome diz, o instituto tem por finalidade preservar a defesa dos interesses do deficiente, cuidando de tudo que diz respeito à sua pessoa e aos seus bens, no limite da necessidade.
conforme bem acentua Maria Berenice Dias:
“A Curatela é um instituto protetivo dos maiores de idade, mas incapazes, isto é, sem condições de zelar por seus próprios interesses, reger sua vida e administrar o seu patrimônio.”
Além disso, possuem legitimidade para tal pleito, os entes descritos no texto do art. 1.768 do Código Civil, nos seguintes termos:
art. 1.768 .A interdição deve ser promovida:
I - pelos pais ou tutores;
II - pelo cônjuge, ou por qualquer parente;
III - pelo Ministério Público.”
Mormente destaca-se que na nomeação de curador o julgador deve ter em vista a situação que melhor se amolda aos interesses do interditado, não podendo permitir que questões econômicas e interesses particulares prevaleçam sobre o seu bem-estar.
A jurisprudência pátria vem entendendo que a análise da curatela deve se ater muitas vezes às peculiaridades do caso concreto, devendo ser deferida a quem tem melhores condições de zelar pelos interesses do interditado. Referida interpretação também encontra respaldo no art. 1.109 do Código de Processo Civil, que estabelece a desobrigação do juiz, quanto ao critério da legalidade restrita, sendo-lhe facultado adotar em cada caso a solução que julgar mais conveniente e oportuna.
A aplicação do art. 1.775 do Código Civil, que estabelece uma ordem legal de preferência para nomeação, não se mostra absoluta, sob pena de se subverter a própria finalidade do instituto da curatela, que visa, sobretudo, resguardar os interesses do interditado.
Nesse sentido, colaciona-se singular lição do ilustre jurista Humberto Theodoro Júnior:
"A jurisprudência, todavia, tem entendido que a graduação do artigo 454, (correspondente ao art. 1.757 do novo Código Civil), não é absoluta ou inflexível, podendo o juiz alterá-la na conveniência do interdito e em face das peculiaridades do caso." (Curso de Direito processual Civil, 31ª ed., Forense, Rio de Janeiro 2003, p. 400).
No caso em apreço, não resta qualquer dúvida de que a autora – madrinha do interditando - é a pessoa mais adequada para zelar pelos interesses do mesmo, conforme restou sobejamente comprovado nos autos, residindo, inclusive, sob o mesmo teto de sua genitora.
Desse modo, a Autora guarda em si, a solução mais conveniente e o real interesse do instituto da curatela, qual seja, a proteção e o amparo da pessoa incapaz de modo justo, zelando pela integridade tanto do patrimônio como do bem estar do mesmo, defendendo seus interesses e administrando seus bens da maneira realmente mais adequada.
DA CURATELA PROVISÓRIA EM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DE URGENCIA.
Nesse caso em testilha o direito está bem nítido o (bom direito), veja o Fumus Boni Iuris, sendo dessa forma bem claro e evidenciado que existe sim a fumaça do bom direito como se diz na linguagem jurídica, sendo que a curatela nesse caso e excepcional e de suma importância, pois e precisa salve resguarda a dignidade da pessoa humana.
Podemos ainda demostrar que o caso está sobre Periculum In Mora ou seja “perigo na demora” (na linguagem jurídica) sendo de suma importância ressaltar que o mesmo precisar pedi sua auxilio juntamente ao INSS, uma vez que o mesmo tem direito e outra para sua existência, já que o mesmo precisa de medicamentos e atenção especial justamente para manter uma alimentação digna, e condições razoáveis, no seu ambiente que convive.
 As disposições gerais específicas da 'tutela de urgência' (quis, assim, o legislador, criar 'disposições gerais' relativas à 'tutela de urgência de natureza antecipada' 
Art. 300  A tutela de urgência será concedidaquando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
A prova inequívoca do transtorno mental da interditando deflui dos elementos de convicção coligidos aos autos – sobretudo a avaliação psicológica acostada e demais receituários e procedimentos medicamentosos, que demonstram a incapacidade do interditando para reger a sua pessoa e administrar sua vida civil.
A verossimilhança das alegações expendidas decorre da proteção exigida pelo ordenamento jurídico pátrio aos interesses do incapaz, conforme fundamentos já expostos, estando presente, portanto, o requisito do fumus boni iuris da demanda.
No tocante ao fundado receio de dano irreparável, conforme amplamente exposto ao longo da presente peça inaugural, restou fartamente demonstrado, a partir das alegações e documentos acostados que o interditando se encontra em situação frágil, em face da debilidade crescente a que é acometida.
Assim, mister a concessão de medida liminar de antecipação de tutela, de modo a nomear curadora provisória ao interditando, na pessoa que dentem os seus junto ao interditado, a Sra. MEIRICELE ALVES DE ARAÚJO sendo a pessoa mais indicada a assumir tal munus, pelas razões de fato e de direito já expostas.
DOS PEDIDOS
Ex positis, REQUER-SE:
1) Conceda-lhe os benefícios da Justiça Gratuita;
2) Intime o (a) Ilustre Representante do Ministério Público, para que atue como “custus legis”;
3) A concessão de liminar de antecipação dos efeitos da tutela, com a nomeação de MEIRICELE ALVES DE ARAÚJO como curadora provisória de ELIEZER DE ALBUQUERQUE, para que a Autora represente sua genitora nos atos da vida civil, tendo em vista que a mesma não têm condições de gerir e administrar sua pessoa, prestando para tanto, o compromisso legal com os devidos limites de atuação e demais providências do Art. 1.184, Código de Processo Civil;
4) A citação de praxe da interditanda, nos termos do Art. 1.181 do Código de Processo Civil;
5) Que, havendo necessidade de interrogatório da Interditanda, que esta se dê pessoalmente, através da condução de representantes deste Judiciário até a residência da mesma, tendo em vista sua dificuldade de locomoção e confusão mental gerada quando de mudanças de sua rotina;
6) Ao final, decretada a interdição, que seja a requerente MEIRICELE ALVES DE ARAÚJO nomeada CURADORA de sua genitora, transformando-se, portanto, de provisória em definitiva;
7) Que ao final seja julgado procedente o pedido, sendo proferida sentença de natureza declaratória reconhecendo a incapacidade absoluta da interditando.
DAS PROVAS 
Protestam provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente prova documental.
Dá à causa o valor de R$ 100.00 (cem reais).
Nesses termos.
Pede deferimento.
FORTALEZA, CEARA, 11 DE SETEMBRO DE 2017
NOME DO(A) DEFENSOR(A) PÚBLICO(A)
Defensor(a) Público(a)
Av. Pinto Bandeira, nº 1.111, Luciano Cavalcante, Fortaleza-CE
CEP 60.811-170, Fone: (85) 3101-3434

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