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TRABALHO JORNALISMO CIENTÍFICO

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Universidade Anhanguera Uniderp Matriz
Jornalismo
Jornalismo Científico
Fabio Alexandre 6059008914
Prª Angélica Sigarini
Campo Grande, 29 de setembro de 2015
Trabalho
Diferenciar o texto científico do texto de jornalismo científico
Introdução
O jornalismo científico é a especialização da atividade jornalística direcionada à cobertura de Ciência e Tecnologia.
Para Steve Mirsky, um conceituado jornalista científico, é a área que tem “o privilégio de ser o porta-voz da fronteira do conhecimento humano”.
Para Wilson Bueno, jornalista científico, trata-se da “Divulgação da ciência e tecnologia pelos meios de comunicação em massa, segundo critérios jornalísticos”.
Bueno, no entanto, faz uma ressalva: “nem tudo que fala sobre ciência e está escrito em jornais e revistas é jornalismo científico”. 
Diferença entre jornalismo científico e divulgação científica
Os textos ou artigos de anunciantes sobre Ciência e Tecnologia não podem ser considerados jornalismo científico.
Os textos jornalísticos ou outros materiais sobre o tema ciência e tecnologia que não são escritos em formato jornalístico são chamados de divulgação científica.
Ambos têm o objetivo de divulgar a ciência, mas o Jornalismo Científico, na verdade, é uma especialização da Divulgação Científica. Onde cada um tem um público-alvo diferente.
Um se destina ao público leigo (jornalismo científico). O outro, para a comunidade científica (divulgação científica).
Um dos exemplos de divulgação científica são os textos publicados na página do Grupo Cultivar, que é uma empresa especializada na transmissão de informações técnicas no campo do agronegócio.
Em um dos artigos técnicos sobre o Sistema ILPF (Integração lavoura, Pecuária e Floresta), os pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, Ramon Costa Alvarenga e Miguel Marques Contijo Neto, explicam o que é o sistema e seus benefícios.
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
A busca por sistemas agropecuários que sejam, ao mesmo tempo, produtivos, econômicos, intensivos e sustentáveis tem aumentado nos últimos tempos frente aos constantes acréscimos que se verificam no custo de produção.
Se até recentemente era possível produzir com rentabilidade apenas uma cultura mantendo o solo em pousio pelo restante do ano, hoje já se faz necessário intensificar o uso da terra com vistas ao aumento da produtividade para compensar a margem de lucro cada vez menor. O mesmo se verifica para o caso das pastagens que, via de regra, encontram-se degradadas e com produtividade muito aquém do seu potencial, havendo escassez de forragem durante o período seco do ano. O produtor florestal enfrenta dificuldades para manutenção dos maciços florestais, visto que há um período de vários anos de investimentos sem retorno econômico até que estejam prontos para colheita. 
Juntar estas três atividades numa só é a proposta do sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que agrega diversificação de atividades, intensificação no uso da terra e sustentabilidade, além de aumentar a biodiversidade. Na sucessão à lavoura, o período de pousio dá lugar à pastagem que permanece na gleba de terra até uma próxima safra de grãos ou forragem (silagem, feno), fibras etc., o que pode demorar um, dois, três ou mais anos, conforme o planejamento da propriedade rural. Certo é que o sinergismo entre lavouras e forrageiras (capins para pasto) modifica o ambiente físico, químico e biológico do solo com benefícios para ambas. Daí até o interesse em agregar o componente florestal, foi questão de muito pouco tempo. Hoje, sistemas ILPF têm ganhado importância dentro da propriedade agrícola, pois permitem a continuidade na produção de grãos e de pastagens num patamar maior de produtividade e o segmento florestal representa uma poupança para o agropecuarista, pois os custos deste são menores em razão das outras atividades associadas, sejam lavouras ou pastagens.
Dentre as várias vantagens que o sistema apresenta, uma merece destaque especial e diz respeito à redução na pressão pelo desmatamento, tanto na busca por novas áreas de cultivo quanto por madeira. Somente na região do Cerrado existem cerca de 50 milhões de hectares de terra sob pastagens degradadas passíveis de recuperação e inserção neste segmento produtivo. 
As possibilidades de combinação entre os componentes do sistema são enormes e os ajustes se fazem necessários, dependendo do interesse do produtor e dos aspectos edafoclimáticos e mercadológicos. Para energia (carvão), madeira para escoras, postes ou toras para serrarias, o número de árvores por unidade de área irá diminuindo, respectivamente, bem como aumentando os espaçamentos. Havendo maior interesse pela produção agrícola, é de se esperar maior espaçamento entre as linhas de árvores como forma de diminuir o sombreamento nas faixas de plantios das lavouras. O segmento animal é o que apresenta maior flexibilidade dentro do sistema, pois as pastagens se ajustam bem a diferentes arranjos das árvores. Entretanto, estas diferentes possibilidades não modificam a essência das tecnologias, podendo apenas interferir no período de ocupação de cada segmento em particular dentro do conjunto das atividades agrossilvipastoris.
A principal dificuldade em ILPF refere-se à complexidade do sistema, que exige planejamento e melhor gestão da propriedade rural para uma perfeita sincronização da produção e que minimize riscos. Com este objetivo, abaixo são apresentados aspectos relevantes para implantação destes sistemas ILPF.
PLANEJANDO O SISTEMA
Tão logo o produtor rural decida pela implantação de um sistema ILPF, é importante procurar assistência técnica para planejamento de todas as etapas. Dentre estas, quais as condições das terras para receber o empreendimento, quais investimentos deverão ser realizados (correção química e física do solo, máquinas e equipamentos), escolha da(s) espécie(s) e clone(s) florestal(is) com adaptação regional, qual(is) lavoura(s) a implantar no primeiro ano e nos subsequentes, qual(is) pastagem(ns) e qual será o tipo de exploração pecuária, embora esta possa variar de ano a ano.
Um perfeito conhecimento do mercado local ou regional é fundamental na comercialização dos produtos, especialmente quanto ao tipo de produto florestal a produzir. Nesta etapa, também são feitos os contratos de prestações de serviços e de fornecimento de mudas da(s) espécie(s) florestal(is) selecionada(s). Nunca é demais lembrar que deixar para comprar estas mudas por ocasião do plantio será uma tarefa árdua, pois os viveiros geralmente as produzem mediante contratos antecipados e dificilmente haverá disponibilidade para compras imediatas e, quando houver, o preço será alto. Além destas considerações, o produtor deve colocar em prática todas aquelas decisões comuns para implementação de um novo ano agrícola. Em resumo, o planejamento deve levar em conta tudo aquilo que o sistema irá demandar no intervalo de um ciclo completo das atividades, visto que pelo menos o componente florestal não poderá ser mudado após sua implantação e isso poderá demorar uma ou duas dezenas de anos.
IMPLANTANDO O SISTEMA
A adequação das condições químicas do solo deve ser feita tomando por base o segmento mais exigente, que são as lavouras. Nas condições das terras sob clima tropical, especialmente na região do Cerrado, os solos são pobres em nutrientes e há presença de alumínio tóxico às raízes das plantas, principalmente das lavouras. As condições são ainda piores naquelas áreas sob pastagens degradadas onde, além da escassez de nutrientes, a matéria orgânica do solo é muito baixa, a compactação e a erosão estão presentes em graus variados de severidade e existem plantas daninhas, muitas delas perenes. Na maioria das vezes, sãoterrenos nestas condições que estão disponíveis para este empreendimento. Embora existam alguns dados animadores quanto à correção química do solo em superfície, via de regra é necessário arar o solo para, além da incorporação de corretivos a maiores profundidades, eliminar camadas compactadas, sulcos de erosão, trilheiros de gado e cupinzeiros. Como estas etapas estão dentro de um cronograma pré-estabelecido, é desejável adequá-las para que sejam cumpridas ao final do período das chuvas (março–maio). Assim, o risco de erosão é reduzido pela ausência de chuvas erosivas neste período e a umidade ainda possibilitará o estabelecimento de uma cultura de cobertura de solo para o plantio direto das lavouras em novembro. O que se observa na prática é essa mobilização do solo imediatamente antes da implantação das lavouras e das árvores. Nestas condições, há maior risco ambiental.
Cada segmento agronômico/florestal tem o seu manejo específico. Assim, adubações de base e de cobertura e os tratos culturais seguem as recomendações técnicas para cada cultura em particular. Também as máquinas e os equipamentos devem ser equipados com acessórios que impeçam interferência em outro segmento, como por exemplo a deriva da aplicação de herbicidas. As árvores devem ser plantadas primeiro, pois as suas linhas vão orientar o plantio das lavouras intercalares. Se as condições topográficas permitirem terrenos planos, a orientação das linhas de árvores deve ser no sentido leste-oeste, sentido que possibilita maior entrada de luz solar nas faixas de terra ocupadas primeiramente pelas lavouras e depois pelas pastagens. Caso contrário, estas deverão seguir a orientação de curvas de nível do terreno dotado de sistema de terraceamento para conservação do solo e da água. 
Qual espaçamento entre as linhas de árvores deve ser adotado? Esta é a indagação mais frequente. Com certeza, o produtor visualiza um sistema com maior número possível de árvores visando a obtenção de maior renda com a comercialização destas, sem perder de vista a produção das lavouras e das pastagens. Na prática, esta decisão dependerá da finalidade de uso da produção florestal, observando alguns quesitos que irão favorecer a operacionalização das atividades como um todo. Assim, o espaçamento deve levar em consideração a largura de operação dos equipamentos disponíveis, por exemplo a largura da barra de pulverização. É necessário contabilizar um espaço de 1 m de cada lado da linha de árvores, que deve ser mantida limpa para não haver competição. Árvores novas de eucalipto são bastante sensíveis à competição. Espaçamentos de 6 m, 15 m ou mais entre as linhas são possíveis, sendo bastante comuns aqueles entre 10 m e 12 m. Em casos em que pretende-se produzir lavouras por mais de dois anos, o espaçamento também é ampliado. Existem, ainda, clones de árvores com menor fuste (copa) que interceptam menos luz e, portanto, são mais apropriados a menores espaçamentos para uma mesma finalidade. Não deve ser ignorado o fato de que as plantas de eucalipto possuem um sistema radicular bastante desenvolvido lateralmente, especialmente os clones, o que permite à planta absorver nutrientes numa faixa maior e, assim, crescer mais rapidamente em sistemas agroflorestais.
No caso do eucalipto, normalmente o povoamento fica com 200 e 300 árvores por hectare quando a finalidade é a produção de toras para serrarias ou postes. No caso de postes, o corte se dá entre 10 e 12 anos de idade, podendo chegar a até 20 anos no caso de produção de toras para serrarias. Por exemplo, num espaçamento de 10 m entre linhas e 4 m entre árvores na linha, 40 m² por árvore, o povoamento é de 250 árvores/ha. Muitas vezes, adota-se um espaçamento menor na linha, por exemplo 2 m, e no terceiro ou no quarto ano retira-se a árvore intermediária para uso menos nobre com o objetivo de obtenção de renda intermediária.
Quando o objetivo é a produção de carvão, de mourões de cerca ou de escoras, adota-se um espaçamento menor dentro da linha e um espaçamento suficiente para cultivos intercalares. Os espaçamentos 9 x 1 m ou 6 x 1,5 m são apropriados, pois mantêm 1.111 plantas/ha, que é considerado adequado a esta finalidade. Para a produção de carvão, ainda são dados três cortes nas árvores aos 7, aos 12 e aos 17 anos, havendo a possibilidade de um cultivo de cereal após cada corte, oportunidade esta de entrada de nutrientes para a pastagem seguinte via adubação da lavoura. Então, é esperada menor queda da produção da forrageira em comparação aos sistemas em que os intervalos entre os cortes são maiores. Recentemente, está havendo intenção de manejo das florestas para carvão com apenas dois cortes antes da reforma do povoamento, aos seis anos após o plantio, e o segundo mais seis anos após o primeiro, com a mesma expectativa de produção somados os três cortes do sistema em uso. Esta alteração proporciona um ciclo a mais de lavouras depois da reforma, refletindo em maior produção de grãos e em mais nutrientes residuais para as pastagens subsequentes.
Entretanto, em qualquer dos casos de produção florestal associado a lavouras ou a pastagens, há possibilidade de implantar linhas duplas ou triplas de árvores num espaçamento menor, deixando faixas entre estas com a finalidade de cultivos intercalares de grãos e, posteriormente, implantação do pasto para criação de animais.
MANEJANDO O SISTEMA
Para o caso do eucalipto, que é uma árvore de crescimento rápido, geralmente nos dois primeiros anos são cultivadas lavouras intercalares às árvores, estabelecendo um sistema lavoura-floresta (agroflorestal). No segundo ano, o pasto já pode ser implantado consorciado com a lavoura. Neste caso, a lavoura deve ser de milho ou de sorgo, que suportam bem este consórcio. Aí, o Sistema Santa Fé deve ser preferido para esta finalidade. Em casos de lavoura de soja, ainda não é possível estabelecer o adequado plantio consorciado com espécies forrageiras sem que haja perdas de produtividade da oleaginosa, bem como transtornos na colheita; então, neste caso a pastagem deve ser implantada em sobressemeio ou posteriormente à colheita, se ainda houver umidade suficiente para o seu estabelecimento ou, então, deve-se esperar pela próxima estação chuvosa.
A utilização do pasto implantado juntamente com lavoura no segundo ano deve ter início após a recuperação do mesmo, depois da colheita do cereal. Como as árvores ainda não estão suficientemente desenvolvidas, até o segundo ano após o plantio é recomendável usar animais mais leves, especialmente no caso de bovinos para pastejo, pois animais maiores podem ocasionar quebra de árvores.
É necessário fazer a desrama (eliminação dos ramos laterais) das árvores quando o objetivo é produzir postes ou toras. Em espaçamentos maiores, há tendência de maior emissão de ramos laterais, que são persistentes devido a maior incidência de luz e que vão originar nós que desvalorizam o produto. A desrama é feita em algumas etapas e deve chegar a até 6 m de altura nas árvores adultas por ser esta a parte mais nobre. Nunca retirar os galhos do terço superior das árvores, pois isto vai prejudicar o crescimento das mesmas.
Normalmente, as pastagens não sofrem adubações de manutenção. Então, é esperado que a produtividade delas caia à medida em que são utilizadas. Para evitar degradação da mesma, é necessário acompanhar a sua produção e ajustar a carga animal e/ou realizar adubações de manutenção destas pastagens, ressaltando que estas adubações beneficiarão, também, as árvores e a cultura a ser implantada no ciclo seguinte. O povoamento florestal cria um microclima favorável para a produção, propiciando maior conforto térmico aos animais e manutenção do pasto verde por mais tempo no período seco do ano. Para facilitar o manejo animal, ainda é possível fazer a subdivisão das glebas em piquetes usando cercas elétricas com fixação dos isoladores nas próprias árvores do povoamento florestal (Eucacerca, segundo denominação dada pela Votorantim Metais, de Vazante-MG), oque faz baratear a construção.
No caso de espécies de árvores que rebrotam, depois que estas são cortadas é possível fazer um ciclo de lavoura anual consorciada com capim para voltar com a pastagem na sequência. Como as árvores já possuem um sistema radicular desenvolvido, nesta situação o crescimento é muito rápido, dificultando o desenvolvimento de lavouras no segundo ano após o corte, porém possibilitando a entrada dos animais no segundo ano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta permitem o uso intensivo e sustentável do solo, com rentabilidade, desde o ano de sua implantação. As produções intermediárias de grãos, fibras, carne, leite etc. possibilitam renda e o custeio do povoamento florestal, de tal maneira que a colheita do produto florestal se transforma em verdadeira caderneta de poupança para o produtor. A diversificação das atividades também permite a fixação do homem no campo devido ao melhor aproveitamento da mão-de-obra durante todo o ano. A produção de madeira reduz a pressão de desmatamento, sobretudo no Cerrado e na Floresta Amazônica, contribuindo para melhorar a imagem do Brasil frente à opinião pública internacional.
Para que todos estes benefícios sejam potencializados, é necessário seguir à risca o cronograma das atividades planejadas. Improvisações sempre contribuem para baixar a qualidade dos resultados.
Texto extraído do portal eletrônico WWW.cultivar.com.br, em 29 de setembro de 2015.
É possível notar no texto que existem muitos termos técnicos que quem for leigo no assunto não irá entender, mas pra quem já tem um conhecimento ou é formado em Engenharia Agrônoma compreenderia melhor o texto.
Nesse caso o artigo escrito pelos pesquisadores da Embrapa se encaixa na divulgação científica.
Um exemplo de texto de jornalismo científico é o da página da Revista Rural, falando sobre o mesmo assunto do Sistema ILPF.
ILPF - INTEGRAÇÃO LAVOURA, PECUÁRIA E FLORESTA 
Sistema ajuda os produtores de maneira sustentável, sem agredir o meio ambiente e se torna um meio muito lucrativo. Desenvolvido há 15 anos em algumas regiões do Paraná, o sistema de integração é preconizado pela Embrapa e já se expandiu para vários Estados brasileiros. Consiste basicamente no aproveitamento de pastagens degradadas para a produção de gado no inverno e grãos durante o verão. A esse programa podem ser incluídos outros cultivos, entre os quais floresta de eucalipto, seringueira e pecuária de leite. Sobre a integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF)podemos talvez defini-la como a sucessão das atividades agrícolas, de pecuária e de floresta dentro das propriedades rurais, constituindo um mesmo sistema e proporcionando benefícios para os três componentes. Na ILPF o solo pode ser explorado durante todo o ano, o que favorece o aumento da oferta de grãos, de carne e de leite a um custo mais baixo, devido a ligação que se cria entre lavoura e pastagem. Ao longo dos últimos anos, o modelo deste sistema aparece como um grande parceiro daqueles produtores que têm suas propriedades cada vez mais sendo degradadas e que não sabem como agir diante de tal situação. O programa une estes três pilares da agricultura nacional em prol do produtor rural, de forma que quem o usa só tenha benefícios. A ILPFtem como objetivo agir nas propriedades onde o solo está degradado, pastagens idem e onde há certa demora quanto a idade média para o abate de animais. A grande intenção deste sistema de integração é produzir com sustentabilidade, assunto que hoje em dia está bastante visível e ao alcance de todos. Exemplos de que o sistema atua com pensamento na sustentabilidade e que não agride o meio ambiente são: este tipo de tecnologia evita impactos ambientais; recupera a capacidade produtiva do solo; produz mais alimentos; produz energia renovável e gera emprego e renda para aqueles que se encontram desempregados. O sistema ILPFjá têm várias opções disponibilizadas aos produtores, independente do tamanho dos mesmos. A ILPFatinge tanto os grandes ou pequenos produtores, assim como pecuaristas e lavoureiros. O produtor que adota este sistema observa no começo uma evolução dos sistemas que contemplam a lavoura e a pecuária. Isso é possível, pois cada sistema tem um objetivo. A introdução do componente florestal no sistema não interfere na utilização de tais sistemas agrícolas. Para Sérgio José Alves, pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) a integração lavoura-pecuária é totalmente produtível em quase todos os sentidos, ou seja, desde a recuperação de pastagem até a alimentação dos animais. “São mais de 15 anos de pesquisa, e graças às tecnologias elevadas que temos hoje, é possível colocar este tempo todo de estudo em prática”, declarou Alves. O produtor rural e proprietário da Fazenda Santa Felicidade, que fica no município de Maria Helena (PR), Antônio Cesar Pacheco Formighieri, diz que o ILPF adou muito sua propriedade e que ele sempre acreditou nas tecnologias desenvolvidas pelo sistema. “No começo eu via em palestras e seminários, explicações para provar que este sistema funcionava e que nós produtores poderíamos acreditar e utilizar tais tecnologias. Hoje eu até participo de palestras para testemunhar que realmente o ILPFdá resultados e que faz muito bem a sustentabilidade”, declara Formighieri. Ele conta que primeiramente procurou um técnico especializado para analisar a propriedade, já que as necessidades entre propriedades variam. “Antes de tudo fiz um raio-x da propriedade junto ao técnico e só depois de analisarmos tudo, o sistema começou a ser aplicado”, finaliza. Estudo do caso Fazenda Santa Brígida O que você faria se você fosse formado em odontologia, não entendesse praticamente nada do 29/09/2015 ILPF - INTEGRAÇÃO LAVOURA, PECUÁRIA E FLORESTA - Revista Rural 172 http://www.revistarural.com.br/Edicoes/2012/Artigos/rev172_ilpf.html 2/2 agronegócio e da noite para o dia assumir uma propriedade de 960 hectares? Pois é, foi exatamente isso o que aconteceu com Marize Costa Porto. A hoje proprietária da Fazenda Santa Brígida, localizada em Ipameri, a cerca 200 km de Goiânia (GO), ficou viúva e teve que assumir totalmente as atividades da propriedade, sem saber nada das mesmas. Marize Porto ficou sem saber o que fazer, já que tinha em mãos uma fazenda totalmente inútil, que dava muitos prejuízos e não era nenhum pouco sustentável. Com esta situação precária instalada na propriedade, ela decidiu recorrer a Embrapa Arroz e Feijão, de Goiânia. E foi através deste contato feito, que ela conheceu João Kluthcouski, o João K. “Eu procurei a Embrapa, pois não tinha solução para os problemas da fazenda. Lembro-me de uma frase muito marcante nesse meu início de caminhada como proprietária de uma fazenda, que dizia que você recupera o solo da lavoura, para recuperar todo seu investimento”, declara Marize Porto. A partir daí, Marize conheceu o ILPFe sem ser nenhuma conhecedora das atividades do campo, decidiu adotar e aplicar o sistema em sua fazenda no ano de 2006. Segunda ela, no começo foi um pouco complicado para entender e administrar toda a situação. “No início eu me via com alguns pequenos problemas, como por exemplo, a necessidade de achar trabalhadores multifuncionais, já que precisaria de pessoas trabalhando em cada uma das três áreas do sistema”, diz. Acompanhada de perto pelos seus parceiros da Embrapa, com a utilização de maquinários da John Deere e com a contratação de novos funcionários, a proprietária da Santa Brígida logo no primeiro ano começou o plantio de soja e introduziu sorgo com capim. Já na safra do ano seguinte, era possível notar a evolução crescente de produtividade da cultura, da matéria orgânica e do fósforo no solo. Ela já estava dando ali seus primeiros passos para a sua reviravolta como dona de fazenda e mulher de negócios. Em 2007, começou a fazer o plantio direto com uma rotação entre soja, pastageme milho. E como comentou o produtor Antônio Formighieri, cada propriedade tem sua necessidade para a utilização do ILPF por isso o trabalho de começo executado na fazenda Santa Brígida não foi fácil, pois era um local muito judiado e que precisava deste tipo de integração com uma certa urgência. Na temporada seguinte, após dois anos de plantio de soja, foi a vez da braquiária junto ao milho serem introduzidos no solo da fazenda, fato que ajudou na diminuição de custos com defensivos agrícolas e racionalização de fertilizantes, e com os efeitos da braquiária reciclando os nutrientes. A história que tinha tudo para dar errado, estava e vem a cada vez mais dando muito certo e a ajuda encontrada por Marize foi crucial para que a Santa Brígida se tornasse um case de muito sucesso do sistema iLPF, e hoje em dia um ponto de visita ao público que quer ver de perto a integração funcionar. A fazenda que antes não dava lucro algum está hoje com uma média de 2,5 Unidade Animal, numa região onde as outras propriedades se mantém de 0,3 á 0,4 UA. No que se diz em relação à pastagem, a fazenda lucrava apenas R$100 antes da adoção do ILPF Hoje em dia está mesma área rende o equivalente á R$500. “Quando comecei a usar o sistema de integração, as pessoas diziam que não daria certo e que poderia haver uma competição entre capim e milho. 
Mas hoje, minha fazenda está aberta para que as pessoas venham ver que tudo isso valeu a pena, e que muito pelo contrário do que diziam capim e milho trabalham muito bem juntos!”, exclama Porto. A parte florestal da fazenda também teve seus lucros muito aumentados ao longo destes seis anos em que o sistema é aplicado. Em relação às florestas, nota-se que o eucalipto é um investimento a longo prazo e que o plantio das árvores é feito em duas fileiras de 24 metros de comprimento cada. O lucro estimado por hectare de eucalipto é de mil reais. Outro ponto em que se nota evolução na fazenda Santa Brígida, é na idade média de abate dos animais. No ano de 2006, quando foi adotado o iLPF, a idade era maior ou igual á quatro anos, já no ano passado a média já era de aproximadamente três anos. Segundo pesquisadores da Embrapa o objetivo para os próximos anos é abaixar ainda mais este número, o que mostra que o iLPF é um sistema que ao longo dos anos melhora cada vez mais e gera mais lucro para quem o utiliza. Conferindo os benefícios trazidos pelo sistema de integração Lavoura, Pecuária e Floresta: - Recuperação de áreas degradadas; - Manutenção de pastagens produtivas; - Redução dos impactos ao meio ambiente; - Redução da necessidade de utilização de agroquímicos; - Redução de abertura de novas áreas; - Reconstituição da cobertura florestal; - Aumento da eficiência no uso de máquinas, equipamentos e mão de obra; - Geração de empregos e de renda; - Melhoria das condições sociais no meio rural.
Texto extraído do portal eletrônico WWW.revistarural.com.br de junho de 2012, revista de número 172.
O texto é considerado jornalismo científico, porque segue as normas do jornalismo, em que é usado o lead.
No início do texto, já há uma explicação para que serve o sistema e quais os benefícios que ele proporciona.
O interessante é ressaltar que, foi utilizado um personagem no texto, no caso a fazenda Santa Brígida com um texto bem solto e dinâmico de fácil entendimento.
Por fim, são relacionados os benefícios trazidos pelo sistema.
Conclusão
São considerados textos jornalísticos, os textos são os que estão em formato jornalístico como: lead, fonte, texto de fácil compreensão.
E sção considerados textos científicos são os que contém um texto mais voltado para um público específico que já compreendem os termos utilizados.
Bibliografia
http://pt.slideshare.net/aulasdejornalismo/aula-3-cientifico, visitado em 29 de setembro de 2015.
http://www.grupocultivar.com.br/site/content/artigos/artigos.php?id=825, visitado em 29 de setembro de 2015.
http://www.revistarural.com.br/Edicoes/2012/Artigos/rev172_ilpf.html, visitado em 29 de setembro de 2015.

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