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Centro Universitário Internacional Uninter
PORTFÓLIO NÚCLEO COMUM MÓDULO C 2016 - FASE II 
Educação Infantil: Pressupostos Teórico-Metodológicos
ÉTICA, ESTÉTICA E LUDICIDADE. 
RESGATE DOS JOGOS E BRINCADEIRAS DAS DIFERENTES GERAÇÕES NA MINHA REGIÃO.
Gisele Rodrigues Bonin¹
Yanka Alexia Corrêa² 
UNINTER 
Resumo
Nas brincadeiras as crianças começam a vivenciar conteúdos culturais os quais ela ira reproduzir e transformar, apropriando-se deles e lhe dando uma significação. Assim a brincadeira é à entrada da criança na cultura, tal como ela existe em determinado momento, mas também com todo um peso histórico pertencente a aquela sociedade.
O resgate das brincadeiras tradicionais seria uma forma de valorizar a cultura lúdica infantil, promovendo o desenvolvimento físico, psicológico e social tanto das crianças, como de adultos e idosos, aproximando assim diferentes gerações.
Palavras-chave: Jogos, Brincadeiras, Aprendizagem.
Introdução 
Numa sociedade cada vez mais industrializada os jogos de computadores e brinquedos eletrônicos passaram a ser mais constante na vida das crianças o que torna o brincar mais individualizado.
O Brincar possibilita o resgate de valores sociais essenciais, é uma forma de comunicação entre as gerações, um instrumento de aprendizagem e de valorização do patrimônio lúdico-cultural em diferentes contextos. Por meio das brincadeiras podemos compreender a cultura de um povo, e é brincando que a criança começa a ter contato com o mundo a sua volta.
Valorizar a história e a cultura das brincadeiras das gerações anteriores pode vir a ser uma forma de apresentar as crianças de hoje um conhecimento que lhe proporcionará o desenvolvimento físico, social e corporal, promovendo assim uma reflexão sobre o papel do idoso e o que ele pode contribuir para as novas gerações. 
Pretendemos então, promover o resgate das brincadeiras por meio de uma proposta Inter geracional que possibilite a elaboração de vivencias e a exploração de brincadeiras tradicionais.
ÉTICA, ESTÉTICA E LUDICIDADE.
MÓDULO C – Fase II: RESGATE DOS JOGOS E BRINCADEIRAS DAS DIFERENTES GERAÇÕES NA MINHA REGIÃO
As brincadeiras tradicionais fazem parte do folclore infantil, trazem consigo parte da cultura popular, pois são transmitidas oralmente, guardam a produção espiritual de um povo em certo período histórico, estando sempre em transformação, incorporando criações de novas gerações que venham a sucedê-las.
 Essa tradicionalidade e universalidade característica das brincadeiras nos mostram que até os povos antigos como os gregos já brincavam de amarelinha, empinar papagaio, jogar pedrinhas, brincadeiras essas ate hoje vivenciadas pelas crianças. As brincadeiras preservam muitas vezes sua estrutura inicial por conta de sua expressão oral, sendo passadas de geração em geração, de forma espontânea, perpetuando assim a cultura infantil.
Piaget destacou em seus estudos a importância do caráter construtivo do jogo no desenvolvimento cognitivo da criança. Segundo ele, existem algumas formas básicas de atividades lúdicas que caracterizam a evolução do jogo para a criança.
O primeiro sistema de jogo apresentado por Piaget é o exercício sensório-motor. Dependendo apenas do amadurecimento do aparelho motor, a atividade lúdica acontece sob a forma mais simples de movimento. Um exemplo, aos 5 ou 6 anos, é quando a criança brinca de pular em um pé só ou tenta saltar dois degraus da escada.
O segundo sistema apresentado é o jogo simbólico. Essa atividade manifesta-se no período de 2 a 6 anos, sob a forma de jogo simbólico ou de ficção. É nessa fase que ocorre a transformação de objetos no que se refere ao seu significado e quando a criança se propõe a desempenhar papéis. Exemplo disso é quando ela brinca com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo ou quando brinca de papai e mamãe, de professor, acredita ser um super-herói, etc.
A terceira forma de atividade lúdica apresentada por Piaget são os jogos de regras. Esse tipo de atividade manifesta-se por volta dos 5 anos, porem desenvolve-se na fase que vai dos 7 aos 12 anos, permanecendo durante toda a vida do individuo.
O quarto sistema é abordado no jogo de construção, que são os jogos que possibilitam a reconstrução do real, o que pode ocorrer com um objeto, fato, cenário ou acontecimento. Esse tipo de jogo reflete os aspectos da vida em que estão inseridos as relações de trabalho. 
 A cultura lúdica esta impregnada de tradições, brincadeiras que se mantém em nossa sociedade e variam de uma região para outra, o prazer pelo brincar livre, por reproduzir gestos e ações, garantem o desenvolvimento físico, o controle da agressividade, proporcionando habilidades diversificadas, a realização de desejos, a superação de dificuldades individuais, a interação e adaptação a um grupo sempre através de ações simbólicas. 
Através das brincadeiras a criança vai, pouco a pouco, organizando suas relações emocionais e sociais, aprendendo a conhecer e aceitar a convivência com outros, onde a ação lúdica é a principal influencia no desenvolvimento social da criança. Portanto a brincadeira pressupõe um aprendizado social, pois aprendemos formas, regras, habilidades para assim brincarmos. 
Assim a cultura da brincadeira é um fenômeno de grupo, pois é através do conjunto de sujeitos que mutuamente se regulam, com uma identificação própria e com um modo de organização típico que a brincadeira tradicional se mantém e é passada. 
Brincar é inerente ao ser humano: brincamos quando crianças, quando adultos e quando idosos, pois brincar é uma ação contínua que envolve pensamento-ação-reação. O universo infantil está presente em cada um de nós. As experiências da infância deixam profundas marcas em nossas vidas e, mesmo sem sabermos disso, as trazemos nos gestos, nas falas e nos costumes. Os brinquedos, as brincadeiras e o brincar integram esse leque de experiências vividas por nós, seres humanos.
 Atualmente o que vemos é que existe uma separação entre as faixas etárias, com papeis pré-determinados para a criança, jovem, adulto e o idoso, com áreas reservadas para cada um como as creches, escolas, oficinas, escritórios, entre outros locais. Sendo a família o único espaço propício para esse encontro entre gerações, nem que seja apenas pela aproximação física. Procurando falar um pouco do idoso, a velhice é sinônimo de decadência, no qual inúmeros fatores culturais contemporâneos vem a rarear os contatos sociais, promovendo assim um progressivo esvaziamento de papeis, levando o idoso a um crescente isolamento ou recolhimento domiciliar. 
Assim, as crenças referentes à velhice contribuem para que as novas gerações vejam a velhice com outro olhar, diferente do que é na verdade, o que vem a prejudicar a interação entre as diferentes gerações por causa dos preconceitos, estereótipos e a marginalização dos idosos de forma a torná-los rejeitados e excluídos no meio social em que convive. 
Uma ação Inter geracional possui relações entre diferentes grupos etários os quais possuam características próprias de sua época, e encontram-se unidos pela historia, interesses e experiências sociais comuns. Assim, possibilitar o convívio e a interação entre os idosos e as crianças desde cedo, pode ser um fator determinante para que a forma como a velhice é vista e encarada possa ser modificada gradativamente, promovendo assim uma aproximação através da vivencia e a valorização cultural das diferentes gerações.
“Na minha infância, brincávamos muitas vezes na rua e quintal, as crianças estavam sempre juntas. Hoje há muita tecnologia”. 
Algumas dessas brincadeiras podem ser do conhecimento das crianças de hoje, mas muitas delas caíram no esquecimento ou são pouco vivenciadas nos dias de hoje, como a construção do próprio brinquedo, carinho de rolimã, pião, as brincadeiras de rodas (cirandas), chincha ou três Marias entre outras.
	1. Brincadeiras comuns durante a infância :
	Temas
	Atividades (nº. de citações)
	Expressão Corporal
	Teatro (2), Estátua (1), Mímicas(1), Rodas Cantadas / Ciranda (13), Circo (1), Recitar poesias (1).
	Correr
	Pique Bandeira (1), Pega-pega (4), Lenço atrás (3), Barra-manteiga (2), Brincadeiras de bola (9), Apostar corrida (2).
	Esconder
	Esconde-esconde (9), Balança caixão (1).
	Materiais alternativos/ confecções de brinquedos
	Bola de gude (2), Queimada com bola de meia (6), Peteca (5), Amarelinha (9), Pular corda (3), Passa anel (5), Soltar pipa (2), Chincha ou jogo das pedrinhas (3), Pula Pau (1), Rodar pneu (1).
	Brinquedos
	Casinha (5), carinho de rolimã (2), Patinete (1), boneca (9), trilha (Jogos de tabuleiro) (2), Bola (6), Estilingue (1), Bicicleta (1), Pião (1), Bambole (1), Jogo de panela e fogão (2), espiga de milho (brinquedos artesanais) (7), escolinha (1), carrinho/caminhão (1).
 Assim, podemos considerar que há diferenças no brincar de antigamente comparado aos dias de hoje, podemos notar que os idosos colocam a importância do coletivo e das brincadeiras em grupo como atividades frequentes em sua infância.
Conclusão 
O regaste das brincadeiras realizadas nesse trabalho, nos leva a refletir sobre a importância das atividades lúdicas na vida do idoso e das crianças de hoje, as quais estão cada vez mais presas a brinquedos eletrônicos e a Internet.
Muitas dessas brincadeiras tradicionais estão sendo esquecidas e pouco vivenciadas pelas crianças, a nossa proposta de promover uma vivencia inter geracional teve como objetivo valorizar essas brincadeiras, propondo o contato entre as gerações através das experiências e brincadeiras citadas. 
Assim, o que pudemos verificar é que as atividades lúdicas e recreativas são do interesse dos idosos, os quais nos parecem predispostos a tais atividades, assim como na interação e no convívio entre as gerações, promovendo assim uma troca de conhecimento, pois sabem da importância do brincar e das diferenças existentes no brincar de hoje em dia. 
Sendo o que mais falta para esse maior envolvimento é oportunidade e oferecimentos de tais atividades que possam vir a promover esse contato Inter geracional. De modo que esse estudo enfatizou a necessidade de oportunizar esses contatos Inter geracionais e de novas estratégias que busquem essa interação, bem como a utilização das brincadeiras tradicionais independente da faixa etária crianças, jovens, adultos, e idosos, com o intuito de manter vivo a cultura infantil e o lúdico dentro de cada um.
Referências
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/15660/concepcao-do-jogo-segundo-piaget
http://www.efdeportes.com/efd195/jogos-para-piaget-.htm
BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984. 
¹ GIZELE RODRIGUES BONIN, RU: 1269175 PEDAGOGIA.
²YANKA ALEXIA CORRÊA, RU: 1281398 PEDAGOGIA. 
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