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direito civilI 2009.1

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Semana 1
Caso concreto (1)
O professor Epaminondas escreve no quadro a seguinte frase: “O direito civil é de formação histórica, jurisprudencial, estável e altamente desenvolvido em sua técnica, personalista e liberal”. Pede que reflitam sobre tal frase e informa que exigirá de todos a leitura dos seguintes textos, além do Código Civil: Constituição Federal de 1988, Lei de Introdução ao Código Civil, alguns artigos do Código Civil de 1916 e alguns trechos das ordenações.
No intervalo da aula, Raquel, inconformada, reúne um pequeno grupo de alunos para que façam um “abaixo assinado” pedindo ao coordenador que interceda junto ao professor Epaminondas, sob o argumento de que o mesmo estaria exigindo material legislativo diverso do estudo da disciplina, além do estudo de legislação revogada.
Pergunta-se :
O estudo do direito civil contemporâneo está limitado ao estudo do Código Civil?
Com base na frase “O direito civil é de formação histórica, jurisprudencial, estável e altamente desenvolvido em sua técnica, personalista e liberal”, quais são as características assinaladas. Conceitue. 
As disposições do Código Civil de 1916 ainda podem ter aplicabilidade mesmo com o advento do atual Código? Justifique e exemplifique.
Caso concreto (2) 
Carlos e Roberto discutem se no campo doutrinário a matéria de direito privado é uma só, ou se devemos considerá-la dividida em direito civil e direito empresarial. Carlos entende que seria uma só e Roberto afirma o contrário. 
Pergunta-se 
Qual o fundamento doutrinário para ambas as posições? Justifique.
Questão objetiva :
1 - Assinale a alternativa incorreta: 
a.	O Código Civil atual resultou de um processo de elaboração legislativa que se desdobrou em várias fases, no curso de 92 anos;
 b.	Compreendia o Código de 1916 duas partes, uma geral e outra especial;
c.	A parte geral do atual código civil tem 232 artigos, dividida em três livros.
d.	A parte especial do Código compreende quatro livros : Obrigações; Empresa; Família e Sucessões. 
Semana 2
Caso concreto(1):
 Em plena Copa do Mundo de Futebol, Augusto é torcedor fanático da seleção da Argentina. No setor que trabalha, há grande rivalidade “amistosa” entre os funcionários, sendo que a maioria maciça é torcedora da seleção brasileira. Na tentativa de preservar-se um pouco mais, requereu que fosse reservado um local de trabalho para uso exclusivo seu e de outros colegas de trabalho que também torcem pelo país vizinho e por outras equipes, haja vista que os deboches e as provocações têm sido difíceis de suportar. Embasa sua pretensão no fato de o Código Civil dispor ser vedada a limitação de exercício de direitos sem expressa previsão legal, bem como a Constituição garantir a liberdade de expressão. 
Analise o caso concreto a partir dos seguintes tópicos:
Diante do exposto, poderíamos afirmar que a ausência de um local reservado para Augusto poderia caracterizar lesão aos postulados constitucionais e legais?
O que é a constitucionalização do direito civil ?
Caso concreto (2)
A Indústria Farmacêutica XYZ coloca no mercado um eficaz remédio, recentemente descoberto pelos seus químicos, que neutraliza os efeitos da Síndrome da Imunodeficiência adquirida, conhecida como AIDS. O valor do medicamento inviabiliza a compra pela maior parte dos que sofrem da doença. 
É certo que a Lei 9.279/96, nos artigos 40 e 42, dispõe que o prazo será de 20 (vinte) anos para vigência da patente, ou seja, poderá o titular (Indústria farmacêutica XYZ), durante este tempo, usar, gozar, dispor e impedir terceiro de reproduzir a fórmula. Contudo, a Constituição Federal (art. 5º, XXIII ) e o Código Civil, artº 1.228, § 1º, reconhecem para o ordenamento pátrio o princípio da função social da propriedade, que tem natureza de cláusula geral. 
Pergunta-se:
1) O princípio da função social da propriedade decorre de qual princípio do Código Civil de 2002 ? 
2) A função social se apresenta no Código Civil como uma cláusula geral. Qual o conceito de cláusula geral e qual sua finalidade?
3) O tema direito de propriedade pode ao mesmo tempo ser previsto e disciplinado no Código Civil e na Constituição? Esclareça:
4) Poderíamos sustentar que seria lícito ao Poder Público determinar a suspensão do privilégio da patente, a fim de atender a demanda social pelo remédio fabricado pela Indústria Farmacêutica ? Qual seria a justificativa da sua resposta?
Questão objetiva
No Código Civil, a função das cláusulas gerais é:
I – dotar o sistema interno do Código Civil de mobilidade, mitigando as regras mais rígidas.
II – a de atuar de forma a concretizar o que se encontra previsto nos princípios gerais de direito e nos conceitos legais indeterminados.
III – a de, também, abrandar as desvantagens do estilo excessivamente abstrato e genérico da lei.
Assinale, portanto, a alternativa ou alternativas corretas:
a)	nenhuma das alternativas está correta.
b)	todas as alternativas estão corretas.
c)	apenas a alternativa II está correta.
d)	apenas as alternativas I e III estão corretas.
e)	apenas as alternativas II e III estão corretas
Semana 03
Caso concreto (1):
Um jogador de futebol famoso teve sua fotografia publicada em revista especializada em fofocas. Em verdade, o conteúdo da revista nada desabonava a vida privada do referido jogador, mencionado apenas fatos públicos corriqueiros. No entanto, o esportista sentiu seu direito agredido porque não autorizara a publicação de sua foto. Ingressou o jogador com um pedido de indenização. 
Neste caso, enxerga-se, de fato, violação ao direito da personalidade passível de gerar indenização? Justifique.
Na hipótese pode-se afirmar que houve lesão a honra da pessoa? 
Há necessidade de prova de aproveitamento econômico, por parte da revista, para ensejar algum tipo de indenização?
Caso concreto ( 2 )
Júlia Cibilis é uma famosa atriz que foi violentamente assassinada no ano de 2000, deixando como herdeira apenas sua mãe, Maria Cibilis. Um ano depois do falecimento, jornal de grande circulação publica fotos do corpo de Júlia que foram tiradas durante a perícia, no local do crime, totalmente desfigurada e parcialmente nua. 
Pergunta-se : Maria pode pleitear dano moral ? Em caso positivo, a que título ? Em caso negativo, por quê? Justifique sua resposta.
Questão objetiva
Assinale a opção correta.
A) Tanto o Código Civil em vigor como o novo Código Civil disciplinam os direitos da personalidade.
B) O caráter extrapatrimonial dos direitos da personalidade significa que é juridicamente impossível requerer indenização em face de sua violação.
C) De acordo com o novo Código Civil, salvo o caso de exceções legais, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
D) Conforme disciplina do novo Código Civil, o pseudônimo, mesmo adotado para atividades lícitas, não goza da proteção que se dá ao nome.
	Semana 
Caso concreto (1)
Alcebíades, desde criança, mal consegue se comunicar em razão de ter nascido com uma anomalia genética, que lhe dificulta a conversação e o entendimento de coisas banais do dia-a-dia. Atualmente, ele tem 38 anos e reside em imóvel próprio. Ontem, caminhando pelo jardim, resolveu cavar um buraco para plantar uma palmeira, ocasião na qual encontrou um baú com diversas jóias do Século XVII.
1) Qual a natureza jurídica do ato de Alcebíades ( achar o tesouro )? 
2)Alcebíades poderá adquirir a propriedade do tesouro mesmo sendo absolutamente incapaz ? Justifique.
Questão objetiva :
Sobre a teoria geral dos fatos jurídicos, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O que caracteriza o ato-fato jurídico é tratar-se de ato humano avolitivo que entra no mundo jurídico como fato.
b) No ato-fato jurídico a vontade do agentenão integra o suporte fático, razão pela qual o louco pode praticá-lo eficazmente.
c) O ato-fato é um fato natural a que se atribui os mesmos efeitos dos atos humanos.
d) No ato-fato é irrelevante que o agente queira ou não praticar o ato, bastando que o pratique para que o ato exista e produza efeitos.
	Semana 05
Caso concreto (1)
Na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, numa rua sem saída, de cunho estritamente residencial, onde não há tráfego de coletivos, seus moradores, preocupados com o crescente aumento da criminalidade, resolveram criar mecanismos próprios de defesa, instalando guarita e trave basculante no logradouro público, como também contrataram uma empresa encarregada de lá manter vigilantes 24h por dia. Decidiram ainda constituir uma associação, cujo objetivo é administrar os interesses dos moradores da rua, ficando acordada uma contribuição para o rateio das despesas necessárias ao pagamento do serviço de vigilância e à manutenção dos equipamentos instalados.
Transcorrido algum tempo, verificaram que a atitude empreendida foi um sucesso e nomearam Sidney, que acabara de fazer 18 (dezoito) anos, recentemente estabelecido residente no local, presidente da associação. 
Pergunta-se: 
Informe a natureza jurídica dos seguintes fatos acima narrados:
compra da guarita e da trave basculante
contratação da empresa de vigilância
constituição da associação de moradores
completar 18 anos
a troca de domicílio de Sidnei
Fundamente sua resposta com base na teoria do fato jurídico. 
Caso concreto (2)
João, viúvo e pai de dois filhos, possui um patrimônio avaliado em um milhão de reais. Ao completar 50 anos, deseja reconhecer uma filha que teve fora do casamento. Procura um advogado para saber se é possível, no reconhecimento em cartório, inserir a condição da filha, sem revelar aos outros irmãos tal paternidade, sob pena de perder a eficácia tal reconhecimento. 
Pergunta-se :
Qual a natureza jurídica do reconhecimento de filho ?
É possível a inserção da referida condição no ato? Justifique.
	Semana 6
Caso concreto (1)
Carlos Alberto e Miguel são colegas de turma e estudam no 3o período da faculdade de Direito. Durante a aula de Direito Civil, Miguel, que anotava a matéria, vê que sua caneta começa a falhar. Carlos Alberto, percebendo que o amigo está em dificuldades, abre seu estojo, tira dele uma lapiseira e, em silêncio, a entrega a Miguel que, também em silêncio, a aceita e retoma suas anotações. Ao final da aula, Carlos Alberto pede a lapiseira de volta. Miguel se recusa a devolvê-la, alegando ter havido uma doação na presença de diversas testemunhas.
Pergunta-se:
Houve negócio jurídico entre Carlos Alberto e Miguel? Justifique a resposta.
2) É possível a prática de negócio jurídico sem a troca de palavras?
3) Como se deve resolver o conflito entre Carlos Alberto e Miguel, diante das regras de interpretação contidas em nosso Código Civil?
Caso concreto (2)
Tomando por base o caso narrado acima, pergunta-se:
1)Qual seria a classificação do ato praticado ?
2)Conceitue cada uma das classificações :
	 Semana 7
Caso concreto (1):
José Carlos decide doar bens imóveis de sua propriedade para Júlio e determina que tais bens sejam utilizados em atividades de ensino para crianças com necessidades especiais. Júlio assume o compromisso de cumprir tal destinação. Pouco tempo depois, os bens recebidos por ele são utilizados para a implantação de uma rede de padarias. 
A doação feita para Júlio possuí algum elemento acidental? Em caso positivo, justifique e conceitue. Em caso negativo, justifique.
2)Pode haver revogação do contrato celebrado? Fundamente a resposta.
3) Aplica-se na hipótese, a regra do artigo 125 do CC? Esclareça.
Caso concreto (2)
Antero empresta a Luiz Guilherme a quantia de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais ), concedendo a este último um ano de prazo para pagar. O empréstimo ocorre no dia 26 de junho. O dia 26 de junho do ano seguinte é um sábado.
Pergunta-se:
1) Qual é a data do vencimento da dívida de Luiz Guilherme?
2) No caso, identifique o termo e o prazo para o pagamento da dívida.
Caso concreto ( 3)
Tomás, um grande amigo de família, solteiro, sem descendentes e ascendentes, deseja realizar uma doação a um de seus sobrinhos. Todavia, não quer que o negócio surta efeitos imediatamente, mas sim no futuro. Sabedor que você é estudante de Direito, ele o consulta, solicitando explicação de cunho jurídico acerca da diferença prática – além da incerteza da condição e da certeza do termo – entre inserir uma condição suspensiva ou um termo inicial em seu contrato de doação. Pesquise e responda a indagação de Tomás. 
Questão objetiva
Sobre os elementos acidentais do negócio jurídico, que podem afetar sua validade ou comprometer sua eficácia em determinadas situações, marque a alternativa correta:
a) sobrevindo condição resolutiva em negócio jurídico de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, ainda que incompatíveis com a natureza da condição pendente;
b) considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico;
c) ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, não é permitida a prática de atos destinados à sua conservação ou execução;
d) não tendo sido estipulado prazo para sua execução, os negócios jurídicos celebrados entre vivos são exeqüíveis trinta dias após a data da celebração.
	Semana 8
Caso concreto (1)
Esmeralda precisa fazer um pagamento ao seu credor, Cláudio, por meio de depósito em conta bancária. Por engano, faz o depósito em conta de outra pessoa, Júlio. Este, feliz, saca o dinheiro de sua conta e o gasta. Mais tarde, quando Esmeralda exige o dinheiro de volta, Júlio alega que não coagiu ninguém a fazer o depósito e que o que aconteceu foi uma doação. 
Cláudio, por sua vez, cobra o dinheiro de Esmeralda.
Pergunta-se:
1) Houve algum defeito do negócio jurídico na hipótese? Em caso afirmativo, qual?
2) Como ficam, respectivamente, as situações de Esmeralda, Cláudio e Júlio diante do ocorrido?
Caso concreto (2)
Estevão, jovem de 19 anos, adquire com o produto de seu trabalho uma motocicleta e fica muito satisfeito com a compra. Sua mãe, Almerinda, não partilha de seu entusiasmo. Exige que o filho venda a moto, chora e ameaça deixar de falar com ele. Depois de muitos conflitos, Estevão cede aos pedidos da mãe e vende a fonte dos problemas a outro jovem, Ezequiel. Meses depois, Estevão, aluno do curso de Direito, aprende que os negócios jurídicos praticados por coação são anuláveis e começa a pensar em maneiras de reaver a motocicleta vendida.
Pergunta-se:
1) Houve, na venda efetuada entre Estevão e Ezequiel, algum defeito do negócio jurídico?
2) O negócio jurídico em questão é válido?
3) Estevão pode fazer algo para reaver a motocicleta de Ezequiel?
Questão objetiva
O dolo é vício de vontade que torna anulável o negócio jurídico. Argüida a prática do dolo num determinado negócio, é INCORRETO afirmar que 
(A) a intenção de quem pratica o dolo é a de induzir o declarante a celebrar um negócio jurídico;
(B) a utilização de recursos fraudulentos graves pode se dar por parte do outro contratante ou de terceiros, se forem do conhecimento daquele;
(C) o silêncio intencional de uma das partes sobre fato relevante ao negócio também constitui dolo;
(D) o dolo recíproco impede a anulação do negócio jurídico sobre o qual incidiu;
(E) o dolo do representante de uma das partesobriga o representado a responder civilmente por todo o prejuízo do outro contratante, independentemente do proveito que o mesmo representado experimentar.
	Semana 9
Caso concreto (1):
Ana Elisa empresta R$ 15.000,00 (quinze mil reais) a seu amigo, Luiz Gustavo. No vencimento da obrigação, Luiz Gustavo não paga o empréstimo. Ana Elisa, dispondo de título executivo, ingressa com a ação de execução. Nenhum bem de Luiz Gustavo é encontrado para ser penhorado. Ana Elisa, porém, descobre que Luiz Gustavo, após vencido o débito, havia vendido para seu irmão Otacílio o único imóvel de que era titular, mais precisamente, uma sala comercial avaliada em R$ 95.000,00 (noventa e cinco mil reais).
Pergunta-se:
1) É válida a venda entre Luiz Gustavo e Otacílio?
2) A situação seria diferente caso, ao invés de venda, tivesse havido uma doação?
3) Que providências devem ser tomadas por Ana Elisa, caso ela queira reaver o dinheiro emprestado?
Caso concreto (2)
Em ação anulatória de negócio jurídico ajuizada por Berenice em face de Cláudia, alega a autora que celebrou contrato preliminar de promessa de compra e venda com a ré, atribuindo a uma luxuosíssima mansão preço vil, o que só constatou posteriormente. Neste sentido, pretende a autora a anulação invocando ter ocorrido a figura da lesão. Por outro lado, em contestação, a ré sustenta que a autora é pessoa culta, que inclusive se qualificou como comerciante no instrumento do contrato. Logo, não poderia alegar que desconhecia o valor de seu próprio imóvel, devendo prevalecer o negócio celebrado.
Pergunta-se:
Se ficasse comprovado nos autos que o valor do bem estava próximo ao valor de mercado poderia se considerar a existência da figura da lesão? Justifique.
O argumento da ré quanto às condições pessoais da autora é pertinente para o estudo da figura da lesão? Justifique.
Caso concreto (3)
Carla sofre acidente, vindo a necessitar urgentemente de socorro médico. Um médico que estava na cidade a socorre e a interna em uma pequena clínica, que exige o pagamento de um exorbitante valor de trezentos mil reais. No dia seguinte, Cláudio, marido de Carla, após pagar o valor, consulta seu advogado para saber se tal negócio pode ser anulado. Com fundamentos legais, responda à consulta do cliente.
Questões objetivas :
1)Na regulamentação dos defeitos do negócio jurídico, significativas foram as alterações introduzidas pelo Novo Código Civil. Leia com ATENÇÃO as proposições abaixo. 
I) O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, oferecer-se para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante. 
II) Configura-se a lesão quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. 
III) Subsistirá o negócio jurídico se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento, mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto. 
IV) No negócio jurídico viciado por lesão, não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. 
Marque a alternativa CORRETA. 
(A) As proposições I, III e IV são verdadeiras. 
(B) Todas as proposições são verdadeiras. 
(C) As proposições I, II e IV são verdadeiras. 
(D) As proposições I, II e III são verdadeiras. 
(E) Todas as proposições são falsas. 
2)Em relação ao estado de perigo, considerando o novo Código Civil e as seguintes assertivas:
I - Está disposto na categoria de causa de anulabilidade do negócio jurídico. 
II - Em seu substrato não está a ficção de igualdade das partes, de modo que a regra tem relevância na tutela do contratante fraco. 
III - É indiferente que a parte beneficiada saiba que a obrigação foi assumida pela parte contrária para que esta se salve de grave dano. 
IV - Não pode o juiz considerar circunstâncias favoráveis para o efeito de estender a regra para pessoa não integrante da família do declarante. 
V - Confunde-se com o instituto da lesão, pois como ocorre nesta última, considera-se, além da premente necessidade econômica, a inexperiência de quem se obriga a contratar, circunstâncias determinantes das prestações avençadas de maneira manifestamente desproporcional.
Assinale a alternativa correta:
(A)	Somente as assertivas I, II estão corretas.
(B)	Somente as assertivas II, III e IV estão corretas.
(C)	Somente as assertivas I, II, III, e IV estão corretas.
(D)	Somente as assertivas III e V estão corretas.
(E)	Somente as assertivas IV e V estão corretas.
	Semana 10
Caso concreto (1)
Ramon Lopez, argentino, proprietário no Brasil de dois imóveis, alienou um deles por escritura particular e o segundo por escritura pública. O primeiro teve seu registro negado, sob argumento de falta de observância da forma legal determinada. Já o segundo, entrou em exigência, porque não constava do instrumento do negócio jurídico a outorga da mulher de Ramon Lopez, que não compareceu no ato da escritura, pois fora presa no aeroporto de Assunção, envolvida com excesso de bagagem e pequenos recuerdos considerados destinados para comercialização, pelos agentes alfandegários. A assinatura da mulher, pelo regime matrimonial, se considera indispensável para perfeita elaboração do negócio. 
Analise ambas as hipóteses, quanto à existência, validade e eficácia dos negócios jurídicos: 
a)Na primeira hipótese – da escritura particular –, quais destes elementos estão presentes? No que se refere à segunda hipótese, da mesma forma, analise-a, tendo em mente que o registro, para ambos os casos, se impõe como complementar necessidade para constituição plena da propriedade.
2)	Como se analisam os negócios jurídicos diante dos planos da existência, validade e eficácia?
Caso concreto (2)
Antônio comparece ao seu escritório e formula a seguinte consulta: Ele outorgou procuração para a Administradora KXM LTDA., para que esta locasse um imóvel de sua propriedade. Constava neste documento os poderes de praxe para contratar, distratar, fixar valores e demais condições do contrato, receber os aluguéis e os acessórios da locação, bem como para dar quitação. Na carta que encaminhou o instrumento de mandato à Administradora, Antônio recomendou, por escrito, que o imóvel não fosse locado para órgãos públicos, para escolas e para hospitais. Estipulou, ainda, que o aluguel mínimo mensal deveria ser de R$ 10.000,00. Duas semanas depois, recebeu em sua casa uma cópia do contrato de locação recém-assinado pela Administradora, como sua procuradora, no qual figurava como locatária a Secretaria de Segurança Pública do Estado. O aluguel mensal fora fixado em R$ 7.500,00. 
Antônio quer saber se pode anular o contrato de locação ? 
Questão objetiva :
1) “A”, consumidor, com a finalidade não revelada de transportar substâncias entorpecentes que provocam dependência psíquica e física, celebra com “B”, fornecedor, contrato de compra e venda de material próprio para transporte de objetos, sem anunciar ao vendedor o seu propósito, que somente vem a ser descoberto por este após a consumação do contrato.
Ante essas considerações e o novo Código Civil, assinale a alternativa correta:
(A)	Há nulidade do negócio em razão de motivo ilícito, sendo a invalidade decorrente do fato de o consumidor destinar o bem negociado à prática de um delito. 
(B)	A compra e venda é considerada como negócio com objeto ilícito ante a presunção de participação do vendedor no projeto criminoso. 
(C)Não sendo comum (razão determinante assumida por ambas as partes) o propósito de destinar o objeto adquirido para fins ilícitos ao tempo da declaração de vontade, não resta afetada a validade do negócio. 
(D)	O motivo passou à categoria de causa, provocando a nulidade porque ilícito. 
(E)	O negócio jurídico está viciado por falso motivo, determinante para a prática do ilícito. 
2)Considerando o novo Código Civil e as seguintes assertivas:
I - Incorre em nulidade o negócio jurídico quando apresente objeto indeterminável.
II - Nulifica o negócio jurídico ofensa cometida contra lei imperativa, que tanto pode dar-se por ofensa frontal ou direta, convencionando-se o que a lei proíbe (“agere contra legem”), como a partir de negócio jurídico lícito e válido que, por via reflexa, atinge o resultado proibido (“agere in fraudem legis”). 
III - É nulo o contrato de compra e venda se a fixação do preço resta com o exclusivo arbítrio de uma das partes. 
IV - É nulo o negócio jurídico praticado direta e pessoalmente por quem, em razão de causa transitória, não possa exprimir a sua vontade. 
V - É nulo o negócio jurídico por vício resultante de dolo. 
Assinale a alternativa correta:
(A)	Somente as assertivas I, II, III e IV estão corretas.
(B)	Somente as assertivas I, III e V estão corretas.
(C)	Somente as assertivas II, III e V estão corretas.
(D)	Somente as assertivas I, II, e IV estão corretas.
(E)	Todas as assertivas estão corretas.
	Semana 11 
Caso concreto (1)
Três trabalhadores rurais humildes, que possuem de receita um salário mínimo mensal, constam como adquirentes das cotas societárias da empresa MRVL Ltda., com capital social estimado em um milhão de reais, tornando-se os únicos sócios. No mesmo ato da aquisição, os compradores outorgam procuração aos alienantes com poderes ilimitados de gestão. Os alienantes são donos da fazenda na qual os compradores trabalham. 
Pergunta-se:
O negócio de compra e venda das cotas é válido? 
Se o negócio foi celebrado sob a égide do Código Civil de 1916, haverá alguma diferença na resposta do item 1? Qual? Esclareça.
Mesmo sendo praticado sob a égide do CC de 1916, poderá ser o negócio regulado pelo atual código? Justifique.
Caso concreto (2)
Rose é filha do segundo casamento de Roberval Breco. Do primeiro casamento, ele teve três filhos. Quando ficou viúvo, foi feito o inventário dos bens, integrado por propriedades agrícolas e imóveis urbanos. Do novo casamento, além de Rose, teve outra filha. 
No entanto, após o nascimento de Rose, o pai alienou para a mesma 75 % (setenta e cinco por cento) da totalidade da parte que lhe coubera na partilha, quando esta tinha apenas 2 (dois) anos de idade. Os filhos do primeiro casamento não consentiram com a venda. A esposa figura na escritura como representante legal da compradora, de quem é genitora.
Pergunta-se:
O negócio jurídico celebrado é válido? Esclareça:
Na hipótese pode ser utilizada a figura da conversão? Justifique:
3) Não sendo utilizada a conversão poderá produzir efeitos ? Esclareça:
Questão objetiva:
1)Analise as afirmações que se seguem sobre o tratamento do instituto da simulação no Código Civil em vigor:
Não se trata apenas de hipótese de nulidade relativa, como no Código anterior;
É causa de nulidade absoluta;
Não se ressalvam os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado;
Foi excluído do atual Código Civil, não sendo causa de inexistência, nem nulidade e, tampouco, de anulação do negócio jurídico
Somente é CORRETO o que se afirma em
III e IV
I e II
III
IV
e. II e III
Considerando o novo Código Civil e as seguintes assertivas:
I - A reserva mental oculta vontade do contratante diversa daquela que foi declarada na prática do negócio jurídico e, não sendo do conhecimento da outra parte, não afeta a manifestação, resultando eficaz o negócio nos termos da declaração.
II - Na simulação é necessário acordo entre as partes (recíproca e consciente declaração que não corresponde à real intenção).
III- Na simulação ad personam o negócio praticado é real, mas uma das partes do negócio é aparente (interposição fictícia de pessoa em negócio verdadeiro). 
IV - É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsiste o que se dissimulou, se for válido na substância e na forma. 
V - Se terceiro de boa-fé adquire direitos supervenientes à simulação, negociando com a parte que detém aparente titularidade da situação jurídica, os autores da simulação não podem opor-lhe o negócio dissimulado. 
Assinale a alternativa correta:
(A) Somente as assertivas I, II, III e V estão corretas.
(B) Somente as assertivas I, II, IV, V estão corretas.
(C) Somente as assertivas II, III e IV estão corretas.
(D) Somente as assertivas III, IV, V estão corretas.
(E) Todas as assertivas estão corretas.
	Semana 12
Caso concreto (1):
Em julho de 2000, o veículo de João estava estacionado corretamente na margem direita de uma tranqüila rua de sua cidade, quando foi abalroado por um caminhão em alta velocidade e cujo motorista estava alcoolizado. Na época, estava em vigência o Código Civil de 1916, que estipulava um prazo prescricional de vinte (20) anos para pleitear tal indenização (art. 177 do CC/1916).
O atual Código Civil – que entrou em vigência em janeiro de 2003 – diminuiu tal prazo para três (3) anos (art. 206 § 3.°, V). Levando-se em conta que João ainda não intentou a competente ação, pergunta-se:
Em que ano estará consumada a prescrição da pretensão de João para cobrar tal dívida? Justifique. 
Caso concreto (2)
Roberto completará dezoito anos em maio de 2006. Seu pai foi condenado a pagar-lhe alimentos em fevereiro de 1995, mas nunca pagou nem sequer uma parcela. Roberto aciona seu pai em março de 2006, visando a forçar o adimplemento de todas as prestações vencidas.
Diante disso, poderão ser cobradas todas as parcelas vencidas do seu pai, mesmo tendo em vista o longo tempo transcorrido? Justifique.
Questões objetivas :
1)Sobre prescrição e decadência, assinalar a alternativa INCORRETA.
a) Não pode haver ações imprescritíveis ou perpétuas, para evitar a intranqüilidade que a perenização do direito acarreta para o meio social.
b) O prazo para propositura de determinada ação será prescricional, sempre que a ação para assegurar o direito correspondente objetive condenar o réu a uma prestação.
c) Determinado prazo fixado em lei para a propositura de determinada ação será decadencial, sempre que a ação para realizar o direito correspondente objetive produzir sentença constitutiva.
d) São imprescritíveis as ações constitutivas que não têm prazo de exercício fixado em lei.
2)Sobre prescrição e decadência, examine as seguintes proposições e aponte a alternativa INCORRETA:
a.	As ações constitutivas sem prazo previsto em Lei e as ações declaratórias são imprescritíveis. 
b.	As ações declaratórias não podem ser ajuizadas quando já tenha ocorrido a violação do direito. 
c.	As ações condenatórias estão sujeitas a prazo de prescrição. 
d.	As ações constitutivas com prazo de exercício previsto em Lei, sujeitam-se a prazos de decadência. 
e.	O juiz não pode de ofício reconhecer a prescrição intercorrente no processo de execução. 
	Semana 13
 
Caso concreto (1)
Antônio viajava à noite, em seu automóvel, para a sua cidade natal, pela rodovia privatizada e administrada pela concessionária “CLX”, quando, repentinamente, surgiu à sua frente um cavalo na pista. Não conseguindo desviar do animal, Antônio o atropelou e o automóvel saiu da pista, chocando-se contra uma árvore e ficando completamente destruído. Antônio saiu ileso do acidente. 
O dono do animal ainda não foi identificadoporque o cavalo não tinha marca e porque há diversos sítios e pequenas propriedades rurais na região. Antônio quer saber se cabe ação indenizatória e, se couber, contra quem deverá ser proposta. Além disso, quer saber também quais os danos que podem ser objeto dessa eventual indenização. Responda a essas questões, justificando as respostas.
Caso concreto (2)
Antônio, menor de 16 anos, dirigindo o carro do pai, atropela e fere Josevaldo gravemente. A vítima, completamente embriagada, atravessou a rua inesperadamente. Pretende ser indenizada por danos materiais e morais, pelo que propõe ação contra Célio, pai de Antônio.
Procede o pedido? Responda de forma fundamentada.
Questão objetiva :
Na responsabilidade civil, a indenização por dano moral 
(A) é sempre dependente da comprovação do dano material. 
(B) pode ser cumulada com a indenização por dano material. 
(C) prescinde da comprovação do dano material, mas com este é inacumulável. 
(D) exige prévia condenação do causador do dano em processo criminal. 
(E) não pode ser superior à indenização por dano material. 
	Semana 14
 
Caso concreto (1)
Vera comprou à vista uma mansão no Condomínio FLAMBOYANT, em bairro nobre de sua cidade, por R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Para comemorar, convidou todos os seus amigos e fez uma grande festa, que começou às 13h e estava prevista para durar até às 10h da manhã do outro dia. ROGÉRIO, seu vizinho, chamou a polícia alegando que som estava muito alto, e, também que estaria havendo perturbação ao sossego, pois já eram 3h da madrugada. 
A polícia chegou ao local e Vera falou aos policiais que não abaixaria o som e continuaria a festa, pois, é a legítima proprietária do bem.
PERGUNTA-SE:
A quem assistirá razão? Faça a devida análise crítica e aponte os motivos e fundamentos da sua resposta. 
Caso concreto (2)
Rafael e Sueli pleiteiam a anulação de confissão de dívida no montante de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), por eles firmada em favor de Cirlei. Afirmam que Rafael trabalhava como empregado no sítio de Cirlei, na cidade de Guaratinguetá, e que no dia 24/05/2004, dirigia o carro do patrão quando ocorreu o acidente. Alegam que no dia seguinte ao acidente Cirlei pediu que assinassem o documento intitulado de “DECLARAÇÃO DE CONDUTA E CONFISSÃO DE DÍVIDA", no qual Rafael reconhece a sua responsabilidade pelo evento danoso e, juntamente com sua mãe, se compromete a pagar a Cirlei a quantia de R$ 15.000,00 para o ressarcimento dos prejuízos. Mencionam que no dia seguinte aos fatos, no “calor” dos acontecimentos não pensaram e assinaram o documento, sem, no entanto, possuírem recursos para arcar com o valor descrito.
 
Pergunta-se:
Houve na hipótese o vício da coação? Esclareça.
A confissão de dívida acima mencionada pode ser considerada um ato jurídico stricto sensu ou representa um abuso de direito. Fundamente sua resposta.
Questão objetiva:
É correto afirmar-se que, de acordo com o Código Civil atualmente em vigor:
a)	Comete ato ilícito aquele que, mesmo atuando com omissão, não causa danos de qualquer espécie a outrem. 
b)	Comete ato ilícito aquele que causa danos a outrem, ainda que não tenha havido, de sua parte, ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência.
c)	Comete ato ilícito aquele que, ao exercer um direito do qual é titular, excede manifestamente os limites impostos pelo fim social desse direito.
d)	Não comete ato ilícito aquele que, ao exercer um direito do qual é titular, excede os limites da boa-fé. 
e)	Todas as alternativas são incorretas.
	Semana 15
Caso concreto (1) 
Para desviar de criança que atravessa inopinadamente a rua, no semáforo vermelho, e fora da faixa de pedestres, Fernanda, que trafegava prudentemente, é obrigada a lançar seu automóvel em cima da papelaria de Pedro, quebrando toda a vitrine e causando um prejuízo de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). A criança não foi atingida e saiu correndo depois do acidente, não sendo mais encontrada nem por Fernanda, nem por Pedro.
Pergunta-se:
Nesse caso, ocorreu ato ilícito? Justifique:
Há dever de indenizar? Em caso positivo de quem?
Caso concreto (2)
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. INSCRIÇÃO INDEVIDA. LINHA TELEFÔNICA. DÍVIDA INEXISTENTE. DANO MORAL. DANO IN RE IPSA. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO. INOCORRÊNCIA. QUANTUM. 1. LINHA TELEFÔNICA. DÍVIDA INEXISTENTE. Restando incontroverso que a autora nunca utilizou a linha telefônica que deu origem às dívidas que passaram a lhe ser cobradas pela ré e posteriormente ao cadastramento do seu nome em listagens de inadimplentes, inafastável o reconhecimento da ilicitude da conduta. 2. INSCRIÇÃO INDEVIDA. DANO MORAL. O registro - sem causa justificadora, sem existência de dívida - do nome do consumidor em listagens de inadimplentes implica-lhe prejuízos, indenizáveis na forma de reparação de danos morais, sendo estes, na hipótese, segundo a majoritária jurisprudência, presumíveis, ou seja, in re ipsa, por isso prescindem de prova. 3. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO. INOCORRÊNCIA. A ausência de comprovação da firmatura de contrato entre as partes, bem como da ocorrência de culpa exclusiva de terceiro, já que necessária, conforme o art. 14, §3º, inciso II, do CDC, retira a possibilidade do agir da empresa ré como excludente de responsabilidade pelo exercício regular de direito ou por culpa exclusiva de terceiro. 4. QUANTUM INDENIZATÓRIO. Caracterizado o dano moral, há de ser fixada a indenização em valor consentâneo com a gravidade da lesão, observadas posição familiar, cultural, política, social e econômico-financeira do ofendido e as condições econômicas e o grau de culpa do lesante, de modo que com a indenização se consiga trazer uma satisfação para o ofendido, sem configurar enriquecimento sem causa, e, ainda, uma sanção para o ofensor. Hipótese em que, sopesadas tais circunstâncias, ressaltado o caráter pedagógico de que também deve se revestir a indenização por danos morais, mostra-se adequado o importe fixado, que deve ser mantido. APELAÇÕES DESPROVIDAS. . 
Analisando a ementa acima, responda:
1) A hipótese versada na defesa da parte autora é de exclusão de ilicitude ou de ausência de nexo causal? 
2) Quais são as hipóteses de exclusão da ilicitude para o direito civil brasileiro? Justifique sua resposta.

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