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Portfólio Juliana Albuquerque Sardo

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ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO | NÚCLEO DE PRÁTICAS | PORTFÓLIO 
LIBRAS – UMA AJUDA DE PESO
Juliana Albuquerque Sardo RU 1731241
Polo – Porto Velho
14/09/2017
Fonte: http://blog.handtalk.me/marcelinho-historias/
Já dizia o velho ditado: “um gesto fala mais que mil palavras”. Foi com essa ideia que a professora Nilce Maria resolveu ministrar suas aulas para uma turma de primeira série do ensino médio do Colégio Einstein, localizada em Belém do Pará, utilizando o aplicativo Hand Talk.
Por ser uma disciplina que por si só já apresenta entraves, tanto para ensinar quanto para aprender, a educadora sempre tenta diversificar a sua metodologia de ensino de física para aguçar o interesse e atenção dos alunos, principalmente nessa faixa etária de 15 a 17 anos.
Ela se diz uma ávida pesquisadora em busca de novos métodos. Mas nos último meses, um fato específico a levou a reestruturar seus planos de aula: o recebimento de um aluno de dezesseis anos com deficiência auditiva. “Em 15 anos atuando como professora eu ainda não havia me deparado com a presença de um aluno com perda auditiva em sala de aula”, disse ela.
Percebendo a dificuldade de comunicação entre o aluno surdo, alunos ouvintes, professora e demais funcionários da escola, surgiram então, entre eles, as seguintes perguntas: “como poderíamos nos comunicar?” “Qual seria a forma mais interessante para desenvolver este processo?” “Será que existe algum dispositivo móvel que poderia nos ajudar com esse aluno?”
Foi a partir dessa inquietação que surgiu a ideia de incluir um aluno surdo em sala de aula regular e fazer uso de um aplicativo em dispositivo móvel para facilitar a inclusão. Mas o que seria uma pessoa surda? E neste caso, o que seria um aluno surdo?
Após pesquisa sobre o tema, a professora Nilce encontrou o Decreto Federal nº 5626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a lei 10.436, de 24 de abril de 2002, o qual esclarece que “denomina-se pessoa surda àquela que, por ter perda auditiva compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da língua brasileira de sinais-libras”.
A fim de obter as respostas para as questões que inquietaram a professora e em busca de um recurso gratuito, de fácil acesso e manuseio, ela iniciou uma busca por aplicativos que fossem usados pela comunidade surda, e encontrou o Hand Talk e percebeu que o aplicativo tinha o perfil desejado: fácil manuseio, interface interessante para o aluno, desperta vontade de aprender a manusear o aplicativo e pode ser baixado em dispositivo móvel-smartphone sem ocupar muito espaço na memória do aparelho. Os entraves percebidos foram a necessidade de possuir um smartphone para utilizar o recurso e a prévia familiarização com LIBRAS por parte do aluno não ouvinte.
A princípio ela realizou atividades com a turma regular e o aluno surdo usando o aplicativo Hand Talk em sala de. A interface colorida e o personagem 3D “Hugo” motivaram os alunos ouvintes a apreender os sinais para ajudar o aluno surdo. No início, era basicamente utilizado para os alunos se comunicarem em situações corriqueiras como ir ao banheiro, emprestar uma caneta, beber água, entre outros. Pós, aos poucos, a professora começou a inserir alguns elementos da disciplina Física durante as aulas, como, por exemplo, nas aulas de gravitação universal, apresentando as ideias de “massa” e de “peso”.
Fonte: https://handtalk.me/
As atividades foram muito bem aceitas pelos alunos ouvintes e pelo aluno surdo, gerando uma grande motivação e a comunicação em sala de aula teve uma melhora significativa. O aplicativo foi bastante utilizado e trouxe resultados positivos de aprendizagem tanto dos alunos ouvintes como do aluno surdo, que teve a oportunidade de conhecer sinais importantes para sua vida em sociedade, o que amenizou os conflitos no ambiente escolar.
O empenho e a inovação por parte da professora nos faz lembrar de uma frase de Albert Einstein: “a imaginação é mais importante que o conhecimento”.

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