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PROCESSO CIVIL 2

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Supremo Concursos 
 
Direito Processual Civil II 
 
Processo de Conhecimento: Petição Inicial; Posturas do juiz diante 
da petição inicial; Respostas do réu e revelia; Providências 
preliminares, saneamento e organização do processo; Audiência 
de instrução e julgamento; Teoria geral das provas; Sentença e 
Coisa julgada. 
 
Prof. Gustavo Faria 
Enunciado 118, FPPC. O litisconsorte unitário ativo, uma vez 
convocado, pode optar por ingressar no processo na condição 
de litisconsorte do autor ou de assistente do réu. 
 
Enunciado 118, FPPC. O litisconsorte unitário ativo, uma vez 
convocado, pode optar por ingressar no processo na condição 
de litisconsorte do autor ou de assistente do réu. 
 
(CESPE – PROCURADOR MUNICIPAL – FORTALEZA/2017): Caso 
seja convocado de forma superveniente a participar de 
processo judicial, o litisconsorte unitário ativo poderá optar 
por manter-se inerte ou por ingressar na relação processual 
como litisconsorte do autor ou assistente do réu. CERTO 
Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de 
qualquer natureza: 
I – quando se relacionarem, por conexão ou continência, com 
outra já ajuizada; 
II – quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de 
mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio 
com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os 
réus da demanda; 
III – quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 
55, § 3º, ao juízo prevento. 
 
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro 
para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, 
salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de 
bens. 
 
§ 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a 
ação: [...] 
 
 
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe 
de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no 
prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do 
mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência 
eletrônica, dando-lhe de tudo ciência. 
 
 
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si 
para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito 
justa e efetiva. 
 
 
Esta Corte Superior possui entendimento firmado de que o 
nome atribuído à ação é irrelevante para a aferição da sua 
natureza jurídica, que tem a sua definição com base no 
pedido e na causa de pedir. (STJ, AgInt no AREsp 
778247/2016) 
 
 
A delimitação da causa petendi, para fins de definição da 
competência ratione materiae, não pode resultar apenas 
da análise da causa de pedir mediata (ou remota) da 
ação, mas especialmente de sua causa de pedir imediata 
(ou próxima), ou seja, da aferição da natureza dos 
fundamentos jurídicos que justificam o pedido. (STJ, CC 
121.723/2014) 
 
 
No Direito brasileiro, aplica-se a teoria da substanciação, 
segundo a qual apenas os fatos vinculam o julgador, que 
poderá atribuir-lhes a qualificação jurídica que entender 
adequada ao acolhimento ou à rejeição do pedido, como 
fruto dos brocardos iura novit curia, da mihi factum dabo tibi 
ius“ (STJ, AgRg no REsp 1.565.055/2015) 
 
 
Enunciado 6 EJEF/TJMG – Não depende de prévia 
manifestação das partes a decisão que fixa juros de mora, 
correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive 
honorários advocatícios. 
 
 
 
 
 
Enunciado 6 EJEF/TJMG – Não depende de prévia 
manifestação das partes a decisão que fixa juros de mora, 
correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive 
honorários advocatícios. 
 
Súm. 254 STF. Incluem-se os juros moratórios na liquidação, 
embora omisso o pedido inicial ou a condenação. 
 
 
 
“O pedido é o que se pretende com a instauração da demanda 
e se extrai da interpretação lógico-sistemática da petição 
inicial, sendo de levar-se em conta os requerimentos feitos em 
seu corpo e não só aqueles constantes em capítulo especial ou 
sob a rubrica dos pedidos, sendo certo que o acolhimento de 
pedido extraído da interpretação lógico-sistemática da peça 
inicial não implica julgamento extra-petita" (STJ, MS 
18.037/2013). 
 
CC, art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à 
intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da 
linguagem. Nesse sentido, enunciado 404, FPPC. 
 
CC, art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à 
intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da 
linguagem. Nesse sentido, enunciado 404, FPPC. 
 
 
En. 286, FPPC. Aplica-se o §2º do art. 322 à interpretação de 
todos os atos postulatórios, inclusive da contestação e do 
recurso. 
 
 
 
 
 
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo 
deve comportar-se de acordo com a boa-fé. 
 
 
 
 
Não constando da sentença a condenação no pagamento das 
prestações vincendas, embora passível de inclusão, ainda que 
não mencionado no pedido inicial, torna-se impertinente a 
sua cobrança na execução. (STJ, REsp 67.384/2007) 
 
 
 
“No tocante ao valor da causa, saliente-se que a estimativa 
realizada na petição inicial é provisória, de modo que, assim 
que apurado o quantum indenizatório, deverá o recorrente 
promover a devida retificação, recolhendo, se for o caso, 
custas complementares.” (STJ, REsp 1.534.559/2016) 
Art. 18, CDC. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis 
ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de 
qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou 
inadequados ao consumo [...] § 1° Não sendo o vício sanado no 
prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha: 
 I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em 
perfeitas condições de uso; 
 II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente 
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
 III - o abatimento proporcional do preço. 
 
Tratando-se de cumulação subsidiária de pedidos, caso em 
que há hierarquia entre os pedidos, havendo rejeição do 
pedido principal e acolhimento do pedido subsidiário, surge 
para o autor o interesse em recorrer da decisão, sendo que 
tal circunstância evidencia que o autor sucumbiu em parte de 
sua pretensão, o que impõe que ambas as partes suportem 
os ônus sucumbenciais. 
 
[...] 
 
 
”Em se tratando de cumulação alternativa, hipótese em que 
não há hierarquia entre os pedidos, que são excludentes entre 
si, o acolhimento de qualquer deles satisfaz por completo a 
pretensão do autor, não lhe ensejando interesse em recorrer, 
o que impõe que os ônus sucumbenciais sejam suportados 
exclusivamente pelo réu.” (STJ, EREsp 616.918/2010, 
Informativo 441) 
 
 
“Por exemplo, a técnica da cognição limitada do 
procedimento possessório (irrelevância da alegação de 
domínio) pode ser inserida no procedimento comum, caso se 
cumulem pedidos possessórios e de resolução de contrato. Se 
isso ocorrer, o procedimento seria comum, mas a cognição, 
em relação ao pedido possessório, seria limitada.” (DIDIER, 
Fredie. Curso..., 2016, p. 574/575) 
 
 
Assim, na hipótese em que a ação revisional no qual foi 
apresentada a impugnação ao valor da causa visa, 
justamente, nova definição do valor do contrato, a fim de 
obter o reequilíbrio econômico-financeiro do negócio jurídico, 
o valor da causa deve ser a diferença entre o valor 
originalmente fixado e o pretendido. (STJ, REsp 
742.163/2010) 
 
“Interessante observar que o ente público, ao realizar o 
lançamento tributário, louva-se, sempre, em avaliação [...]. A 
rigor, então, pode a parte considerar como valor da avaliação 
o valor definido pelo ente tributante. Certamente não terá 
sido essa a intenção do legislador. Mas a redação do texto 
normativo permite que se chegue a essa conclusão naquelashipóteses em que o bem objeto da causa estiver sujeito a 
tributação.” (WAMBIER, Tereza. Primeiros Comentários ao 
NCPC. RT. 2015,. p. 479) 
 
 É pacífica a jurisprudência desta Corte quanto à 
possibilidade de formulação de pedido genérico de 
compensação por dano moral, cujo arbitramento compete 
exclusivamente ao juiz, mediante o seu prudente arbítrio.(STJ, 
REsp 1.534.559/2016) 
A propósito: “método bifásico” 
 
O ministro explicou que o objetivo do método bifásico é 
estabelecer um ponto de equilíbrio entre o interesse jurídico 
lesado e as peculiaridades do caso, de forma que o 
arbitramento seja equitativo. Segundo ele, o método é o mais 
adequado para a quantificação da compensação por danos 
morais em casos de morte. "Esse método bifásico é o que 
melhor atende às exigências de um arbitramento equitativo 
da indenização por danos extrapatrimoniais", afirmou. [...] 
 
 
Pelo método bifásico, fixa-se inicialmente o valor básico da 
indenização, levando em conta a jurisprudência sobre casos 
de lesão ao mesmo interesse jurídico. Assim, explicou o 
ministro, assegura-se "uma razoável igualdade de tratamento 
para casos semelhantes". Em seguida, o julgador chega à 
indenização definitiva ajustando o valor básico para mais ou 
para menos, conforme as circunstâncias específicas do caso. 
(STJ, REsp 1.332.366/2017) 
Súm. 326, STJ. Na ação de indenização por dano moral, a 
condenação em montante inferior ao postulado na inicial não 
implica sucumbência recíproca. 
 
Súm. 326, STJ. Na ação de indenização por dano moral, a 
condenação em montante inferior ao postulado na inicial não 
implica sucumbência recíproca. 
 
Enunciado 14 ENFAM. Em caso de sucumbência recíproca, 
deverá ser considerada “proveito econômico do réu”, para fins 
do art. 85, § 2º, do CPC/2015, a diferença entre o que foi 
pleiteado pelo autor e o que foi concedido, inclusive no que se 
refere às condenações por danos morais. 
Art. 292. [...] 
 
§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, 
considerar-se-á o valor de umas e outras. 
 
Art. 292. [...] 
 
§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, 
considerar-se-á o valor de umas e outras. 
 
§ 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma 
prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado 
ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, 
será igual à soma das prestações. 
 
 
Se o valor atribuído à causa não corresponde efetivamente ao 
conteúdo econômico da demanda, nada impede que o 
magistrado proceda à sua adequação de ofício. Precedentes. 
(STJ, AgRg nos EDcl no Ag 1404991/2015) 
 
 
Superação: A União impugna, na contestação, o valor 
atribuído à causa. Ocorre que o entendimento deste Superior 
Tribunal de Justiça firma-se no sentido de que a impugnação 
ao valor da causa deve ser feita em apartado e não no corpo 
da contestação. (STJ, AR 1.600/2015) 
 
 
O requerimento de provas é dividido em duas fases, a 
primeira de protesto genérico por produção de provas feito 
na petição inicial e, posteriormente, o de especificação de 
provas.(STJ, AgInt no AREsp 909.416/2017) 
 
 
Enunciado 1 EJEF/TJMG. A omissão da petição inicial 
quanto à audiência de conciliação ou mediação deve ser 
interpretada como concordância, desnecessária a 
intimação para emenda. 
Indispensáveis à propositura da ação ou 
fundamentais/essenciais à defesa são os documentos que 
dizem respeito às condições da ação ou a pressupostos 
processuais, bem como os que se vinculam diretamente ao 
próprio objeto da demanda, como é o caso do contrato para 
as ações que visam discutir exatamente a existência ou 
extensão da relação jurídica estabelecida entre as partes. (STJ, 
REsp 1.262.132/2015). 
 
 
Entende-se por petição inicial passível de emenda, a que não 
se faz acompanhar dos documentos indispensáveis à 
propositura da ação. (STJ, AgRg na PET no 
REsp 1.125.860/2015) 
 
 
Nos termos do disposto no art. 283 do Código de Processo 
Civil, o autor deverá apresentar com a inicial os documentos 
indispensáveis à propositura da ação. Entretanto, se a parte 
não detiver a posse da referida documentação, poderá o juiz 
requisitá-la, de ofício ou a pedido da parte, nos moldes do 
art. 130 do CPC. (STJ, AgRg no REsp 492.868/2013) 
 
Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de 
procuração, que conterá os endereços do advogado, 
eletrônico e não eletrônico. 
 
 
Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de 
procuração, que conterá os endereços do advogado, 
eletrônico e não eletrônico. 
 
Parágrafo único. Dispensa-se a juntada da procuração: 
 
I – no caso previsto no art. 104; 
Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem 
procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou 
prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. 
 
§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, 
independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 
15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do 
juiz. 
 
§ 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz 
relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo 
o advogado pelas despesas e por perdas e danos. 
Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de 
procuração, que conterá os endereços do advogado, 
eletrônico e não eletrônico. 
 
Parágrafo único. Dispensa-se a juntada da procuração: 
I – [...] 
II – se a parte estiver representada pela Defensoria Pública; 
 
III – se a representação decorrer diretamente de norma 
prevista na Constituição Federal ou em lei. 
 
Sob à égide do CPC/1973, firmou-se o entendimento 
jurisprudencial de ser irrecorrível, em regra, o despacho 
que determina a emenda da inicial. Todavia,deve ser 
relativizada, em casos excepcionais, referida regra, 
analisando-se se a decisão agravada subverte ou não a 
legislação processual em vigor de maneira a causar 
gravame à parte. (AgInt no AgInt no REsp 1.329.072/2017). 
 
 
O prazo estabelecido pelo art. 284 do Código de Processo 
Civil, referente à emenda à inicial, é dilatório, não 
peremptório, podendo ser prorrogado por determinação 
do juiz, o que ocorreu na espécie.(STJ, REsp 906.035/2011) 
 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as 
disposições deste Código, incumbindo-lhe: 
 
VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de 
produção dos meios de prova, adequando-os às 
necessidades do conflito de modo a conferir maior 
efetividade à tutela do direito; 
Em observância aos princípios da instrumentalidade das 
formas e da economia processual, esta Corte vem admitindo 
a emenda da petição inicial, ainda que já contestada a ação. 
Precedentes. (STJ, AgRg no AREsp 196.345/2014, 4ª Turma). 
 
Em observância aos princípios da instrumentalidade das 
formas e da economia processual, esta Corte vem admitindo 
a emenda da petição inicial, ainda que já contestada a ação. 
Precedentes. (STJ, AgRg no AREsp 196.345/2014, 4ª Turma). 
 
Em sentido contrário: É incabível emendar a petição inicial 
inepta após o oferecimento da contestação pelo réu, 
devendo o feito ser julgado extinto, sem julgamento de 
mérito, em respeito ao princípio da estabilidade da relação 
processual. (STJ, EDcl no AgRg no REsp 1.184.763/2014, 3ª 
Turma) 
Nas praias de Turismo, pelo mundo afora, existe um 
brinquedo em que uma enorme bóia, cheia de pessoas é 
arrastada por uma lancha. A função do piloto dessa 
lancha é fazer derrubar as pessoas montadas no dorso da 
bóia. Para tanto, a lancha desloca-se em linha reta e, de 
repente, descreve curvas de quase noventa graus. O jogo 
só termina, quando todos os passageiros da bóia estão 
dentro do mar. Pois bem, o STJ parece ter assumido o 
papel do pilotodessa lancha. Nosso papel tem sido 
derrubar os jurisdicionados. (STJ, Min. Humberto Gomes 
de Barros, AgRg no REsp 382.736/2004) 
 
 
En. 296, FPPC. Quando conhecer liminarmente e de ofício a 
ilegitimidade passiva, o juiz facultará ao autor a alteração da 
petição inicial, para substituição do réu, nos termos dos arts. 
339 e 340, sem ônus sucumbenciais. 
Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe 
ao advogado: 
 
I – declarar, na petição inicial ou na contestação, o 
endereço, seu número de inscrição na Ordem dos 
Advogados do Brasil e o nome da sociedade de 
advogados da qual participa, para o recebimento de 
intimações; 
Art. 105. [...] 
 
§ 2º A procuração deverá conter o nome do 
advogado, seu número de inscrição na Ordem dos 
Advogados do Brasil e endereço completo. 
 
 
A juntada de procuração sem poderes para receber citação 
não configura comparecimento espontâneo. (STJ, AgInt no 
AREsp 896.467/2017) 
 
 
 
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna 
prevento o juízo. 
Código Civil.Art. 397. O inadimplemento da obrigação, 
positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em 
mora o devedor. 
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui 
mediante interpelação judicial ou extrajudicial. 
 
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, 
considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. 
 Resolução 234/2016 – CNJ: 
 
CONSIDERANDO o estabelecido no art. 246, § 1º, da Lei 
13.105/2015, de existência do cadastro para recebimento de 
comunicações processuais em meio eletrônico, bem como a 
diversidade de critérios para publicação de atos judiciais nos 
tribunais brasileiros; 
 
 Resolução 234/2016 – CNJ: 
 
CONSIDERANDO o estabelecido no art. 246, § 1º, da Lei 
13.105/2015, de existência do cadastro para recebimento de 
comunicações processuais em meio eletrônico, bem como a 
diversidade de critérios para publicação de atos judiciais nos 
tribunais brasileiros; 
 
Art. 2º Instituir a Plataforma de Comunicações Processuais do 
Poder Judiciário (Domicílio Eletrônico) no âmbito do Poder 
Judiciário, para os fins previstos nos arts. 246, §§ 1º e 2º, e 1.050 
da Lei 13.105/2015. 
Art. 8º A Plataforma de Comunicações Processuais do Poder 
Judiciário é o ambiente digital próprio do destinatário da 
comunicação processual, mantido pelo CNJ na rede mundial de 
computadores. 
 
Art. 8º A Plataforma de Comunicações Processuais do Poder 
Judiciário é o ambiente digital próprio do destinatário da 
comunicação processual, mantido pelo CNJ na rede mundial de 
computadores. 
 
§ 1º O cadastro na Plataforma de Comunicações Processuais do 
Poder Judiciário é obrigatório para a União, os Estados, o Distrito 
Federal, os Municípios e as entidades da administração indireta, 
bem como as empresas públicas e privadas, com exceção das 
microempresas e empresas de pequeno porte, para efeitos de 
recebimento de citações, constituindo seu domicílio judicial 
eletrônico, conforme disposto no art. 246, § 1º, CPC. 
Art. 1.051. As empresas públicas e privadas devem cumprir o 
disposto no art. 246, § 1º, no prazo de 30 (trinta) dias, a 
contar da data de inscrição do ato constitutivo da pessoa 
jurídica, perante o juízo onde tenham sede ou filial. 
 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às 
microempresas e às empresas de pequeno porte. 
 
 
Resolução 234/CNJ, art. 15. A partir da disponibilização da 
Plataforma de Comunicações Processuais prevista nesta 
Resolução, os interessados terão prazo de 90 (noventa) dias 
para atualização dos dados cadastrais a serem utilizados pelo 
sistema, na forma do art. 9º desta Resolução. 
 
 
 A jurisprudência do STJ firmou o entendimento de ser válida a 
citação realizada na pessoa de quem se apresenta como 
representante legal da pessoa jurídica, sem fazer qualquer 
ressalva quanto à inexistência de poderes para tal. Aplicação 
da teoria da aparência. (STJ, AgRg no AREsp 587.162/2015) 
 
 
Superação: O entendimento do STJ é de que, para a validade 
da citação de pessoa física pelo correio, é necessária a 
entrega da correspondência registrada diretamente ao 
destinatário, não sendo possível o seu recebimento pelo 
porteiro do prédio. (STJ, Corte Especial, SEC 1.102/2010) 
 
 
Não invalida a citação com hora certa a só e só intimação 
realizada na pessoa do porteiro do edifício onde mora o 
citando (art. 227 do CPC). (STJ, REsp 647.201/2004) 
 
 
 É necessário o esgotamento de todos os meios de 
localização dos réus para que se proceda à citação por 
edital. Precedentes. (STJ, AgRg no AREsp 430.022/2015) 
Resolução 234 do CNJ (de 13/07/2016): 
 
Art. 1º. Institui o Diário de Justiça Eletrônico Nacional (DJEN) 
como plataforma de editais do CNJ e instrumento de 
publicação dos atos judiciais e administrativos dos órgãos do 
Poder Judiciário. 
 
Art. 5º. O DJEN substitui os atuais DJE mantidos pelos órgãos 
do Poder Judiciário e estará disponível no site do CNJ. 
En. 573 FPPC. As Fazendas Públicas devem dar publicidade às 
hipóteses em que seus órgãos de Advocacia Pública estão 
autorizados a aceitar autocomposição. 
 
En. 573 FPPC. As Fazendas Públicas devem dar publicidade às 
hipóteses em que seus órgãos de Advocacia Pública estão 
autorizados a aceitar autocomposição. 
 
Lei 9.469/97, art. 1o O Advogado-Geral da União, diretamente 
ou mediante delegação, e os dirigentes máximos das 
empresas públicas federais, em conjunto com o dirigente 
estatutário da área afeta ao assunto, poderão autorizar a 
realização de acordos ou transações para prevenir ou 
terminar litígios, inclusive os judiciais. 
 
Código de Ética da OAB. art. 23. É defeso ao advogado 
funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como 
patrono e preposto do empregador ou cliente. 
 
 
 
Código de Ética da OAB. art. 23. É defeso ao advogado 
funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como 
patrono e preposto do empregador ou cliente. 
 
 
EOAB, art. 36. A censura é aplicável nos casos de: 
[...] 
II - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina; 
 
Art. 4º, § 2º, Lei 9.307/96. Nos contratos de adesão, a 
cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente tomar 
a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, 
expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito 
em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou 
visto especialmente para essa cláusula. 
 
CDC, art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as 
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e 
serviços que: 
 
[...] 
 
 VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem; 
Assim, é possível a cláusula arbitral em contrato de adesão 
de consumo quando não se verificar presente a sua imposição 
pelo fornecedor ou a vulnerabilidade do consumidor, bem 
como quando a iniciativa da instauração ocorrer pelo 
consumidor ou, no caso de iniciativa do fornecedor, venha a 
concordar ou ratificar expressamente com a instituição, 
afastada qualquer possibilidade de abuso. (STJ, REsp 
1.189.050/2016) 
Enunciado 44 FPPC. A responsabilidade a que se refere o art. 
339 é subjetiva. 
 
Enunciado 44 FPPC. A responsabilidade a que se refere o art. 
339 é subjetiva. 
 
 
Enunciado 152 FPPC. O autor terá prazo único para requerer 
a substituição ou inclusão de réu (arts. 338, caput; 339, §§ 1º 
e 2º), bem como para a manifestação sobre a contestação 
(arts. 350 e 351). 
 
 
 
Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do 
Brasil ou deixar de residir no país ao longo da tramitação de 
processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas 
e dos honorários de advogado da parte contrárianas ações 
que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes 
assegurem o pagamento. 
 
 
 
É firme o entendimento desta Corte de que as questões 
preliminares veiculadas na contestação e afastadas pela 
sentença de improcedência da ação devem ser enfrentadas 
no segundo grau, independentemente da interposição de 
apelação pelo réu, que careceria de interesse para tanto. (STJ, 
REsp 1.175.328/2014) 
 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento 
da matéria impugnada. 
 
[...] 
 
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um 
fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação 
devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. 
 
Enunciado 45 do FPPC: Para que se considere proposta a 
reconvenção, não há necessidade de uso desse nomen iuris, 
ou dedução de um capítulo próprio. Contudo, o réu deve 
manifestar inequivocamente o pedido de tutela jurisdicional 
qualitativa ou quantitativamente maior que a simples 
improcedência da demanda inicial. 
 
“Se o autor postula na inicial a declaração de nulidade de 
cláusula, por considerá-la abusiva, ao se contrapor a esse 
pedido por meio de contestação, está o réu, por imperativo de 
lógica, a defender sua legalidade e, por conseguinte, a 
incolumidade do contrato, sendo despiciendo que o faça 
apenas por meio de reconvenção.” (REsp 907.856/2006) 
 
A aplicação da sanção civil do pagamento em dobro por 
cobrança judicial de dívida já adimplida (cominação 
encartada no art. 1.531 do CC/1916, reproduzida no art. 940 
do CC/2002) pode ser postulada pelo réu na própria defesa, 
independendo da propositura de ação autônoma ou do 
manejo de reconvenção, sendo imprescindível a 
demonstração de má-fé do credor. (STJ, Informativo 576, 
REsp 1.111.270/2016) 
 
 
Enunciado 46 FPPC: A reconvenção pode veicular pedido de 
declaração de usucapião [contra o autor-reconvindo 
reivindicante e terceiros], ampliando subjetivamente o 
processo, desde que se observem os arts. 259, I, e 328, § 1º, II. 
 
 
Ainda que não ofertada contestação em peça autônoma, a 
apresentação de reconvenção na qual o réu efetivamente 
impugne o pedido do autor pode afastar a presunção de 
veracidade decorrente da revelia (art. 302 do CPC). (STJ, REsp 
1.335.994/2014, Informativo nº 546). 
 
 
Súm. 258 STF: É admissível reconvenção em ação declaratória 
 
 
 
 
Súm. 258 STF: É admissível reconvenção em ação declaratória 
 
 
Possível a reconvenção, pelo credor, para a cobrança da 
dívida, no bojo de ação declaratória de nulidade de cláusula 
contratual movida pelo devedor, em face da conexão existente 
entre as causas. (STJ, REsp 310.110/2002) 
 
 
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários 
ao advogado do vencedor. 
 
§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no 
cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na 
execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, 
cumulativamente. 
 
 
Art. 113, § 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo 
quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na 
liquidação de sentença ou na execução, quando este 
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa 
ou o cumprimento da sentença. 
 
§ 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para 
manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da 
decisão que o solucionar. 
 
No caso particular dos autos, observa-se que o proceder do 
réu ao oferecer a contestação está a configurar uma nítida 
incompatibilidade entre o objetivo da norma legal, a qual, 
repita-se, é facilitar sua defesa. Ora, se o réu pede a 
limitação do litisconsórcio facultativo e, em seguida, 
apresenta sua contestação, não há falar em dificuldade da 
defesa, pois à evidência esta restou validamente exercida. 
(STJ, REsp 624.836/2005) 
 
En. 10 FPPC: Em caso de desmembramento do litisconsórcio 
multitudinário, a interrupção da prescrição retroagirá à data 
de propositura da demanda original. 
 
 
En. 10 FPPC: Em caso de desmembramento do litisconsórcio 
multitudinário, a interrupção da prescrição retroagirá à data 
de propositura da demanda original. 
 
En. 116. FPPC. Quando a formação do litisconsórcio 
multitudinário for prejudicial à defesa, o juiz poderá substituir 
a sua limitação pela ampliação de prazos, sem prejuízo da 
possibilidade de desmembramento na fase de cumprimento 
de sentença. 
 
 
A jurisprudência do STJ firmou o entendimento no sentido de 
que "o rol do art. 135 do CPC é taxativo. Necessária ao 
provimento da exceção de suspeição a presença de uma das 
situações dele constantes.“ (STJ, AgRg no AREsp 
689.642/2015) 
Art. 144, III – quando nele estiver postulando, como defensor 
público, advogado ou membro do Ministério Público, seu 
cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 
terceiro grau, inclusive; 
Art. 144, III – quando nele estiver postulando, como defensor 
público, advogado ou membro do Ministério Público, seu 
cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 
terceiro grau, inclusive; 
 
§ 1º Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica 
quando o defensor público, o advogado ou o membro do 
Ministério Público já integrava o processo antes do início da 
atividade judicante do juiz. 
 
§ 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim de 
caracterizar impedimento do juiz. 
 
 
§ 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim de 
caracterizar impedimento do juiz. 
 
Descabe o ingresso do advogado no processo depois que os 
respectivos autos foram distribuídos para órgão colegiado de 
que faça parte magistrado com o qual o causídico possui relação 
de parentesco. Caso contrário, estar-se-ia, em tese, legitimando a 
criação de impedimento superveniente não aleatório de integrante 
que, originariamente, já compunha o órgão competente para o 
julgamento da questão. Inteligência dos arts. 134, parágrafo único, 
c/c 137, ambos do Código de Processo Civil. (STJ, AgRg nos EDcl no 
RMS 25263/2013) 
 
 
 
Art. 144, § 3º O impedimento previsto no inciso III também se 
verifica no caso de mandato conferido a membro de 
escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado 
que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo 
que não intervenha diretamente no processo. 
 
VII – em que figure como parte instituição de ensino com a 
qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de 
prestação de serviços; 
 
 
VII – em que figure como parte instituição de ensino com a 
qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de 
prestação de serviços; 
 
VIII – em que figure como parte cliente do escritório de 
advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 
terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por 
advogado de outro escritório; 
 
”Assim, embora ponderáveis os argumentos da parte 
recorrente, tenho que inexistente no caso em apreço causa 
legal de suspeição. Isso porque eventual relacionamento em 
rede social não significa dizer que há amizade íntima capaz de 
interferir na imparcialidade do julgador, esse entendimento 
serve para não causar problemas à administração da Justiça, 
ocasionando inúmeras suspeições e um desequilíbrio na 
distribuição dos processos’’. (TJRS, Exceção de Suspeição nº 
70065758989, de 30/03/2016) 
Art. 313. Suspende-se o processo: 
III – pela arguição de impedimento ou de suspeição; 
 
C/C 
 
Art. 313. Suspende-se o processo: 
III – pela arguição de impedimento ou de suspeição; 
 
C/C 
 
Art. 146, § 2º Distribuído o incidente, o relator deverá 
declararos seus efeitos, sendo que, se o incidente for 
recebido: 
I – sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr; 
II – com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso 
até o julgamento do incidente. 
 
Art. 146, § 6º Reconhecido o impedimento ou a suspeição, o 
tribunal fixará o momento a partir do qual o juiz não poderia 
ter atuado. 
 
§ 7º O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se 
praticados quando já presente o motivo de impedimento ou 
de suspeição. 
 
 
A autodeclaração de suspeição realizada por magistrado em 
virtude de motivo superveniente não importa em nulidade 
dos atos processuais praticados em momento anterior ao fato 
ensejador da suspeição. Isso porque essa declaração não 
gera efeitos retroativos. (STJ, Informativo 587, de 
junho/2016, PET no REsp 1.339.313/216) 
CESPE – PROCURADOR – FORTALEZA/2017 
 
Conforme o STJ, em observância ao princípio da boa-fé 
objetiva, o reconhecimento, pelo juiz, de sua suspeição por 
motivo superveniente tem efeitos retroativos e acarreta 
nulidade dos atos processuais praticados em momento 
anterior ao fato que tiver dado ensejo à suspeição. 
 
 
Decreto de revelia mantido, pela intempestividade da 
contestação, eis que apresentada após 3 meses de retenção 
dos autos pelo procurador da recorrente. (STJ, REsp 
669.954/2006) 
 
 
 É orientação pacífica deste Superior Tribunal de Justiça 
segundo a qual não se aplica à Fazenda Pública o efeito 
material da revelia, nem é admissível, quanto aos fatos que 
lhe dizem respeito, a confissão, pois os bens e direitos são 
considerados indisponíveis. (STJ, AgInt no REsp 
1.358.556/2016) 
Incidem os efeitos materiais da revelia contra o Poder Público 
na hipótese em que, devidamente citado, deixa de contestar o 
pedido do autor, sempre que estiver em litígio uma 
obrigação de direito privado firmada pela Administração 
Pública, e não um contrato genuinamente administrativo. 
(STJ, Informativo 508, REsp 1.084.745/2012) 
 
 
Superação: “Nos termos da jurisprudência consolidada do 
STJ, o prazo para o revel apelar conta-se da publicação da 
sentença em cartório, e não da intimação na imprensa 
oficial. Precedentes.” (STJ, AgRg no REsp 655.956/2012). 
Súm. 231, STF. O revel, em processo cível, pode produzir 
provas, desde que compareça em tempo oportuno. 
 
Súm. 231, STF. O revel, em processo cível, pode produzir 
provas, desde que compareça em tempo oportuno. 
 
Não está sendo admitida a produção irrestrita de provas e 
tornando inócua a regra estabelecida no art. 319 do CPC. Está 
sendo apenas facultado que o réu revel traga contraprovas 
aos fatos narrados pelo autor, na tentativa de elidir a 
presunção relativa de veracidade, desde que compareça nos 
autos em tempo oportuno [antes de encerrada a fase 
instrutória]. (STJ, REsp 677.720/2005) 
 
 
De acordo com a jurisprudência desta Corte, a produção de 
provas pelo revel depende de seu requerimento antes de 
encerrada a fase instrutória, da análise de sua pertinência, 
limitada à desconstituição dos fatos afirmados na inicial. 
(STJ, REsp 734.328/2014) 
De acordo com a jurisprudência desta Corte, a produção de 
provas pelo revel depende de seu requerimento antes de 
encerrada a fase instrutória, da análise de sua pertinência, 
limitada à desconstituição dos fatos afirmados na inicial. 
(STJ, REsp 734.328/2014) 
 
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, 
contrapostas às alegações do autor, desde que se faça 
representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais 
indispensáveis a essa produção. 
“Poderá o réu, por exemplo, produzir provas destinadas a 
demonstrara inexistência de fato constitutivo do autor ou a 
existência de defesas conhecíveis de ofício. 
 
 Poderá o réu, mesmo tendo sido revel, juntar aos 
autos documentos que demonstrem a existência de ação 
idêntica já julgada (para conhecimento da coira julgada), ou 
juntar documentos que comprovem o pagamento dos 
alugueis objeto da ação de despejo cumulada com 
cobrança.” (WAMBIER, Tereza, ob. cit., p. 611) 
“O ato judicial que exclui um dos litisconsortes passivos do 
feito, prosseguindo a execução em relação aos demais, tem 
natureza de decisão interlocutória e, portanto, deve ser 
impugnado por meio de agravo de instrumento, constituindo-
se erro grosseiro a interposição de apelação, circunstância 
que impede a aplicação do princípio da fungibilidade 
recursal.” (STJ, EDcl no AREsp 304741/2013) 
 
Consoante a jurisprudência pacífica desta eg. Corte Superior, 
configura cerceamento de defesa o julgamento antecipado 
da lide no sentido da improcedência do pedido por 
insuficiência de provas ensejando-se, por conseguinte, o 
retorno dos autos a origem para que sejam proferidas as 
provas requeridas nos autos. (STJ, AgRg nos EDcl no REsp 
1.069.807/2016) 
Enunciado 49 ENFAM. No julgamento antecipado parcial de 
mérito, o cumprimento provisório da decisão inicia-se 
independentemente de caução, sendo aplicável, todavia, a 
regra do art. 520, IV. 
 
Enunciado 49 ENFAM. No julgamento antecipado parcial de 
mérito, o cumprimento provisório da decisão inicia-se 
independentemente de caução, sendo aplicável, todavia, a 
regra do art. 520, IV. 
 
520, IV – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática 
de atos que importem transferência de posse ou alienação de 
propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa 
resultar grave dano ao executado, dependem de caução 
suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada 
nos próprios autos. 
“O capítulo decidido ao transitar em julgado produzirá coisa 
julgada material, não sendo possível o juiz posteriormente 
modificar a decisão ao resolver a parcela do mérito que 
demandou a continuidade, ainda que parcial, do processo”. 
(ASSUMPÇÃO, Daniel, Ob. cit., p. 259) 
“O capítulo decidido ao transitar em julgado produzirá coisa 
julgada material, não sendo possível o juiz posteriormente 
modificar a decisão ao resolver a parcela do mérito que 
demandou a continuidade, ainda que parcial, do processo”. 
(ASSUMPÇÃO, Daniel, Ob. cit., p. 259) 
 
“Não se pode perder de vista que, por ser decisão de mérito, 
baseada em cognição exauriente, trânsita em julgado é 
rescindível (art. 966, § 3º) [...] o termo inicial para a ação 
rescisória é o trânsito da decisão que julga parcialmente o 
mérito” (WAMBIER, Tereza. Ob. cit., p. 621) 
 
 
É incabível o trânsito em julgado de capítulos da sentença ou 
do acórdão em momentos distintos, a fim de evitar o tumulto 
processual decorrente de inúmeras coisas julgadas em um 
mesmo feito. (STJ, REsp 736.650/2014) 
 
 
“O juiz decidirá a causa apenas com base nessas questões. 
Se, futuramente, o órgão jurisdicional vislumbrar outra 
questão jurídica relevante par ao julgamento da causa, terá 
de aditar as partes desta espécie de aditamento à sua decisão 
de organização do processo, para que possam manifestar-se.” 
(DIDIER, Fredie. Ob. cit., p. 692) 
 
 
En. 298 FPPC. A audiência de saneamento e organização do 
processo em cooperação com as partes poderá ocorrer 
independentemente de a causa ser complexa. 
 
 
“As partes poderão recusar o perito por: a) impedimento ou 
suspeição, [...]; e b) deficiência formal de titulação acadêmica, 
a revelar ser possuidor de currículo profissional insuficiente 
para opinar sobre a matéria em debate. Nessas hipóteses, 
deverão deduzir a impugnação logo após a nomeação 
realizada pelo juiz, sob pena de preclusão”. (STJ, REsp 
1.175.317/2014) 
 
 
O prazo para indicação do assistente técnico e formulação 
de quesitos não é preclusivo, de modo que podem ser feitos 
após o prazo de 5 (cinco) dias previsto no art. 421, § 1º, do 
CPC, desde que antes do início dos trabalhos periciais.(STJ,AgInt no AREsp 885.444/2016) 
 
 
 
 
Execução 
 
Conquanto a multa cominatória estabelecida no art. 
461, § 4º, do CPC, independa de requerimento da parte, 
podendo ser aplicada de ofício, sua previsão legal não 
alberga as hipóteses de descumprimento de 
obrigação de pagar quantia certa. 4. As obrigação de 
pagar, ainda que objeto de tutela antecipada, têm rito de 
execução próprio e meios efetivos de excussão 
patrimonial, que não podem ser substituídos pelo Poder 
Judiciário. (STJ, REsp 1.358.705/2014) 
 
Processo nº: 4001386-13.2013.8.26.0011 - Execução de 
Título Extrajudicial 
 
“Assim, como medida coercitiva objetivando a 
efetivação da presente execução, defiro o pedido 
formulado pelo exequente, e suspendo a Carteira 
Nacional de Habilitação do executado M. A. S., 
determinando, ainda, a apreensão de seu 
passaporte, até o pagamento da presente dívida.” 
Segundo o desembargador, “em que pese a nova 
sistemática trazida pelo art. 139, IV, do CPC/2015, deve-
se considerar que a base estrutural do ordenamento 
jurídico é a CF, que em seu art.5º, XV, consagra o 
direito de ir e vir. Ademais, o art.8º, do CPC/2015, 
também preceitua que ao aplicar o ordenamento 
jurídico, o juiz não atentará apenas para a eficiência do 
processo, mas também aos fins sociais e às exigências 
do bem comum, devendo ainda resguardar e promover 
a dignidade da pessoa humana, observando a 
proporcionalidade, a razoabilidade e a legalidade”. 
 
 
 
Súmula 393 STJ. A exceção de pré-executividade é 
admissível na execução fiscal relativamente às matérias 
conhecíveis de ofício que não demandem dilação 
probatória. 
 
“A exceção de pré-executividade é cabível em qualquer 
tempo e grau de jurisdição e constitui meio legítimo 
para discutir questões que possam ser conhecidas de 
ofício pelo magistrado, como as condições da ação, os 
pressupostos processuais, a decadência, a prescrição, 
entre outras, desde que desnecessária a dilação 
probatória”. (STJ, REsp 1.491.088/2015) 
 
A jurisprudência deste e. Superior Tribunal de Justiça 
firmou entendimento no sentido de que somente é 
cabível a alegação de excesso de execução por 
intermédio da oposição de exceção de pré-
executividade quando não for necessária dilação 
probatória. (STJ, AREsp 573.426/2014) 
 
 
Na exceção de pré-executividade, é possível ao 
executado alegar o pagamento do título de crédito, 
desde que comprovado mediante prova pré-
constituída. (STJ, REsp 1.078.399/2013) 
 
 
Nos termos da jurisprudência do eg. Superior Tribunal 
de Justiça, o recurso cabível contra a decisão que julga 
a exceção de pré-executividade, sem extinguir o 
processo de execução, é o agravo de instrumento, e 
não a apelação.(STJ, AgRg no AREsp 230.380/2016) 
 
 
 
O recurso cabível contra a decisão que, acolhendo 
exceção de pré-executividade, põe fim ao processo 
é a apelação.(STJ, AgRg no AREsp 209.349/2016) 
 
 
 
Segundo a orientação jurisprudencial pacífica desta 
Corte Superior, são devidos honorários advocatícios 
sucumbenciais pelo exequente quando acolhida 
exceção de pré-executividade, ainda que 
parcialmente.(STJ, AgRg no REsp 1.192.233/2016) 
“Os danos causados a partir da execução de tutela 
antecipada (assim também a tutela cautelar e a 
execução provisória) são disciplinados pelo sistema 
processual vigente à revelia da indagação acerca da 
culpa da parte, ou se esta agiu de má-fé ou não. Basta 
a existência do dano decorrente da pretensão deduzida 
em juízo para que sejam aplicados os arts. 273, § 3º, 
475-O, incisos I e II, e 811 do CPC. Cuida-se de 
responsabilidade objetiva, conforme apregoa, de 
forma remansosa, doutrina e jurisprudência.” (STJ, 
REsp 1.191.262/2012) 
 
“Se a antecipação da tutela anteriormente concedida a 
assistido de plano de previdência complementar 
fechada houver sido revogada em decorrência de 
sentença de improcedência do seu pedido, 
independentemente de culpa ou má-fé, será possível 
à entidade previdenciária - administradora do plano de 
benefícios que tenha suportado os prejuízos da tutela 
antecipada – [...] 
 
[...] efetuar descontos mensais no percentual de 10% 
sobre o montante total de cada prestação do benefício 
suplementar que vier a ser recebida pelo assistido, até 
que ocorra a integral compensação, com atualização 
monetária, da verba que fora antecipada, ainda que 
não tenha havido prévio pedido ou reconhecimento 
judicial da restituição.” (STJ, REsp 1.548.749/2016, 
Informativo 584, de junho/2016) 
“No presente caso, sendo execução provisória, não 
cabe a aplicação da multa de 10% (dez por certo) 
prevista no art. 475-J do CPC”. (STJ, EDcl no REsp 
1.513.797/2015) 
 
“No presente caso, sendo execução provisória, não 
cabe a aplicação da multa de 10% (dez por certo) 
prevista no art. 475-J do CPC”. (STJ, EDcl no REsp 
1.513.797/2015) 
 
“A jurisprudência desta Corte está sedimentada no 
sentido de ser incabível, na execução provisória, o 
arbitramento de honorários advocatícios em favor do 
exequente e a incidência da multa prevista no art. 475-J 
do CPC.” (STJ, AgRg no AREsp 356.642/2014) 
 
“Na linha dos precedentes desta Corte Superior de 
Justiça, é possível deferir o levantamento de valor 
em execução provisória, sem caucionar, quando o 
tribunal local, soberano na análise fática da causa, 
verifica, como na hipótese, que, além de preenchidos os 
pressupostos legais e mesmo com perigo de 
irreversibilidade da situação, os danos ao exequente 
são de maior monta do que ao patrimônio da 
executada”. (STJ, REsp 1.145.353/2012) 
 
 
Para fins do art. 543-C do CPC: "Na hipótese do art. 
475-L, § 2º, do CPC, é indispensável apontar, na 
petição de impugnação ao cumprimento de sentença, a 
parcela incontroversa do débito, bem como as 
incorreções encontradas nos cálculos do credor, sob 
pena de rejeição liminar da petição, não se admitindo 
emenda à inicial“. (STJ, REsp 1.387.248/2014) 
”Por fim, não haveria igualmente como negar a 
constitucionalidade do parágrafo único do art. 741 do 
CPC/1973, bem como dos correspondentes dispositivos 
do CPC/2015 (art. 525, § 1º, III e §§ 12 e 14, e art. 535, 
§ 5º). Seriam dispositivos que, buscando harmonizar a 
garantia da coisa julgada com o primado da 
Constituição, apenas agregariam ao sistema 
processual brasileiro um mecanismo com eficácia 
rescisória de certas sentenças inconstitucionais, em 
tudo semelhante às hipóteses de ação rescisória 
(CPC/1973, art. 485, V; CPC/2015, art. 966, V). [...] 
 
 
[...] O instituto da coisa julgada, embora de matriz 
constitucional, teria sua conformação delineada pelo 
legislador ordinário, ao qual seria conferida a 
faculdade de estabelecer seus limites objetivos e 
subjetivos, podendo, portanto, indicar as situações em 
que o instituto cedesse passo a postulados, princípios 
ou bens de mesma hierarquia, porque também 
juridicamente protegidos pela Constituição 
 
A interpretação literal do dispositivo em comento 
apontaria a existência de três vícios de 
inconstitucionalidade, na sentença exequenda, a 
permitir a utilização do mecanismo nele previsto: 
 
a) a aplicação de lei inconstitucional; b) a aplicação da 
lei a situação considerada inconstitucional; ou, ainda, c) 
a aplicação da lei com um sentido — uma interpretação 
— inconstitucional. 
Entretanto, considerado o atual sistema de controle de 
constitucionalidade e os efeitos das sentenças do STF 
dele decorrentes, constatar-se-ia a existência de outra 
situação, implícita, que autorizaria a invocação da 
inexigibilidadeda obrigação contida no título executivo 
judicial: quando a sentença exequenda reconhecesse 
a inconstitucionalidade de norma que o STF tiver 
declarado constitucional.(STF, Informativo 824, de 
maio/2016. ADI 2.418/DF) 
 
Não é possível utilizar ação declaratória de nulidade 
(querela nullitatis) contra título executivo judicial fundado 
em lei declarada não recepcionada pelo STF em 
decisão proferida em controle incidental que transitou 
em julgado após a constituição definitiva do referido 
título. [...] 
Cabe registrar que o STF (RE 730.462, Tribunal Pleno, 
DJe 9/9/2015) concluiu que "a decisão do Supremo 
Tribunal Federal declarando a constitucionalidade ou a 
inconstitucionalidade de preceito normativo não produz 
a automática reforma ou rescisão das decisões 
anteriores que tenham adotado entendimento diferente. 
Para que tal ocorra, será indispensável a interposição 
de recurso próprio ou, se for o caso, a propositura 
de ação rescisória própria, nos termos do art. 485 do 
CPC, observado o respectivo prazo decadencial (art. 
495)". (STJ, Informativo 576, de fevereiro/2016) 
“Se, casuisticamente, o início da fase de cumprimento 
de sentença, mesmo em se tratando de título executivo 
judicial ilíquido, se deu por ato de ofício do juiz e o 
devedor, no intuito de cumprir espontaneamente a 
condenação, deposita valor menor que a quantia 
posteriormente indicada pelo credor, deve ser 
oportunizada a complementação do depósito inicial, 
no prazo legal de 15 dias, sob pena de incidir, sobre a 
diferença, a multa de 10% do art. 475-J do CPC”. (STJ, 
REsp 1.320.287/2013) 
 
 
Em execução de alimentos devidos a filho menor de 
idade, é possível o protesto e a inscrição do nome do 
devedor em cadastros de proteção ao crédito. (STJ, 
Informativo 579, abril/2016) 
Isso porque: i) o segredo de justiça não se sobrepõe, 
numa ponderação de valores, ao direito à sobrevivência 
e dignidade do menor; ii) o rito da execução de alimentos 
prevê medida mais gravosa, que é a prisão do devedor, 
não havendo justificativa para impedir meio menos 
oneroso de coerção; iii) a medida, até o momento, só é 
admitida mediante ordem judicial; e iv) não deve haver 
divulgação de dados do processo ou do alimentando 
envolvido, devendo o registro se dar de forma sucinta, com 
a publicação ao comércio e afins apenas que o genitor é 
devedor numa execução em curso.(STJ, REsp 
1.533.206/2016) 
 
 
“Segundo a pacífica jurisprudência do Superior Tribunal 
de Justiça, é ilegal a prisão civil decretada por 
descumprimento de obrigação alimentar em caso de 
pensão devida em razão de ato ilícito”. (STJ, HC 
182.228/2001) 
 
 
Inadmissível que se incluam, sob o procedimento pelo 
qual há a ameaça de constrição à liberdade do devedor 
de alimentos, disciplinado no art. 733 do CPC, verbas 
estranhas à pensão alimentícia objeto de cobrança, 
como as custas processuais e os honorários de 
advogado, crédito para o qual o sistema legal prevê 
instrumentos próprios de realização que não o violento 
expediente da prisão civil por dívida”. (STJ, HC 
224.769/2012) 
1. A norma do art. 7º da Lei 8906/94, relativa à prisão 
do advogado, antes de sua condenação definitiva, 
em sala de Estado Maior, ou, na sua ausência, no 
seu domicílio, restringe-se à prisão penal, de 
índole punitiva. 
 
2. Inaplicabilidade à prisão civil, pois, enquanto meio 
executivo por coerção pessoal, sua natureza já é de 
prisão especial, pois o devedor de alimentos detido 
não será segregado com presos comuns.(STJ, HC 
305.805/2014) 
 Permite-se tão-somente o acolhimento da 
justificativa, no sentido de livrar o devedor de 
alimentos da iminente prisão civil, quando demonstre 
que houve o pagamento ou ainda a impossibilidade 
de efetuá-lo. Não se concebe, neste momento da 
execução, ofertar ao devedor parcelamento do 
débito, tampouco a compensação de valores 
pagos a título de mensalidades escolares, quando 
a tanto não anuiu o credor. (STJ, REsp 
1.050.994/2008) 
A situação atual de desemprego do alimentante não o 
isenta da obrigação de alimentar perante seus filhos. 
Precedentes. (STJ, RHC 29.777/2011) 
 
 
É sistemática a jurisprudência desta Corte Superior no 
sentido de que o pagamento parcial e a propositura 
de ação de exoneração não obstam a decretação da 
prisão do devedor contumaz de débito alimentar. (STJ, 
RHC 38.411/2013) 
1. Valendo-se da justificativa, o devedor terá o direito 
de comprovar a sua situação de penúria, devendo o 
magistrado conferir oportunidade para seu 
desiderato, sob pena de cerceamento de defesa. 
Precedentes. 3. A justificativa deverá ser baseada 
em fato novo, isto é, que não tenha sido levado em 
consideração pelo juízo do processo de 
conhecimento no momento da definição do débito 
alimentar. [...] 
 
4. Outrossim, a impossibilidade do devedor deve ser 
apenas temporária; uma vez reconhecida, irá 
subtrair o risco momentâneo da prisão civil, não 
havendo falar, contudo, em exoneração da obrigação 
alimentícia ou redução do encargo, que só poderão 
ser analisados em ação própria. 
5. Portanto, a justificativa afasta temporariamente a 
prisão, não impedindo, porém, que a execução 
prossiga em sua forma tradicional (patrimonial), 
com penhora e expropriação de bens, ou ainda, que 
fique suspensa até que o executado se restabeleça 
em situação condizente à viabilização do processo 
executivo, conciliando as circunstâncias de 
imprescindibilidade de subsistência do alimentando 
com a escassez superveniente de seu prestador, 
preservando a dignidade humana de ambos.(STJ, 
REsp 1.185.040/2015) 
Fundamento da sentença, reformada pelo TJ/SP, e 
acolhido pelo STJ: 
 
“[...] tanto o alimentante como o alimentado não tem 
condições de prover a própria subsistência, o 
primeiro em virtude da idade avançada e o segundo 
em função de deficiência física, tanto assim que 
ambos recebem o beneficio assistencial do amparo 
social, circunstância que bem demonstra a 
precariedade da situação econômica de ambos.” 
 
"A prisão é relativa à dívida vencida e não paga, e às 
dívidas que, depois, se vencerem e não foram 
pagas. Para ser levantada, tem o réu que pagar as 
prestações vencidas até o momento em que é solto, 
e não só aquela que estava vencida e não paga no 
momento em que foi requerida a sua prisão. [...] 
 
[...] Cumprida a pena, sem que o obrigado pague a 
dívida alimentar, pela prestação de cujo não-
pagamento resultou a prisão, não pode mais ser 
preso. Pode ser-lhe requerida a prisão pelo não-
cumprimento de quaisquer outras dívidas, diferentes, 
posteriores àquela“ (STJ, HC 39.902/2006) 
Malgrado a divergência doutrinária e jurisprudencial 
sobre o alcance da alteração sobre o tema no âmbito do 
Código Civil de 2002, e apesar de sua natureza 
personalíssima, o fato é que previu o novo Código que 
"a obrigação de prestar alimentos transmite-se aos 
herdeiros do devedor" (art. 1.700), não podendo a 
massa inventariada nem os herdeiros, contudo, 
responder por valores superiores à força da 
herança, haja vista ser a dívida oriunda de obrigação 
pretérita do morto e não originária daqueles (arts. 1.792 
e 1.997 e En. 343 do CJF). 
Nessa ordem de ideias, e seja qual for a conclusão 
quanto a transmissibilidade ou não da obrigação 
alimentar, não parece possível a decretação de 
prisão civil do inventariante do Espólio, haja vista 
que a restrição da liberdade constitui sanção 
também de natureza personalíssima e que não pode 
recair sobre terceiro, estranho ao dever de alimentar, 
como sói acontecercom o inventariante, representante 
legal e administrador da massa hereditária. (STJ, HC 
256.793/2013, Informativo 531) 
 
 
“É possível, portanto, o desconto em folha de 
pagamento do devedor de alimentos, inclusive quanto a 
débito pretérito, contanto que o seja em montante 
razoável e que não impeça sua própria subsistência. 
(STJ, REsp 997.515/2011) 
 
 
A experiência comum previne ser temerário, em face da 
celeridade das variações e das incertezas econômicas 
no mundo de hoje, asseverar que uma empresa 
particular, por sólida e confortável que seja a sua 
situação atual, nela seguramente permanecerá, por 
longo prazo, com o mesmo status econômico em que 
presentemente possa ela se encontrar. [...] 
A finalidade primordial da norma contida no artigo 475-Q 
CPC é a de dar ao lesado a segurança de que não será 
frustrado quanto ao efetivo recebimento das prestações 
futuras. Por isso, a cautela recomenda a constituição 
de um capital ou a prestação de uma caução 
fidejussória, para garantia do recebimento das 
prestações de quem na causa foi exitoso. (STJ, 
REsp 627.649/2004) 
 
É cabível a cominação de multa diária (astreintes) 
como meio coercitivo para o cumprimento de obrigação 
de fazer consistente na constituição de capital 
garantidor ou caução fidejussória. (STJ, EDcl no REsp 
1.281.742/2014) 
 
 
“SALÁRIO MÍNIMO - VINCULAÇÃO PROIBIDA. A razão 
de ser da parte final do inciso IV do artigo 7º da Carta 
Federal - "...vedada a vinculação para qualquer fim;" - é 
evitar que interesses estranhos aos versados na norma 
constitucional venham a ter influência na fixação do 
valor mínimo a ser observado. (STF, ADI 1425-DF) 
 
A Fazenda está dispensada de apresentar os valores 
que julga corretos quando alega excesso de 
execução. 
 
Os credores de título executivos judiciais em desfavor 
da Fazenda Nacional promovem o cumprimento do 
julgado, indicando o valor que entendem devido, com 
base em documentos imprescindíveis à feitura dos 
cálculos que sequer constam dos autos. 
 
As questões apresentadas pela FAZENDA NACIONAL 
merecem consideração, tendo em vista o princípio da 
indisponibilidade do interesse público, que impede o 
julgamento por presunção em desfavor dos entes 
públicos. Não é por outra razão que o conteúdo do § 2º 
do art. 475-L do Código de Processo Civil não foi 
reproduzido no art. 741, que trata do embargos à 
execução contra a Fazenda Pública. 
(STJ, REsp 1.387.248/2014) 
 
“A ordem judicial de pagamento, bem como os demais 
atos necessárias a tal finalidade, concernem ao campo 
administrativo e não jurisdicional.” (STF, ADI 1.098/96) 
 
 
Súm. 311 STJ. Os atos do presidente do tribunal que 
disponham sobre processamento e pagamento de 
precatório não têm caráter jurisdicional. 
 
 
 
Compete ao Juízo da Execução, e não ao Presidente 
de Tribunal, que detém atribuições meramente 
administrativas, solucionar incidentes ou questões 
surgidas durante o cumprimento dos precatórios. 
(STJ, AgRg no MS 27860/2014) 
 
 A atividade desenvolvida pelo Presidente do Tribunal, 
no processamento não é jurisdicional, mas 
administrativado precatório,. O recurso extraordinário 
pressupõe a existência de causa decidida em única ou 
última instância por órgão do Poder Judiciário no 
exercício de função jurisdicional. Proferida a decisão 
em sede administrativa, não há falar em causa. Não 
cabimento do recurso extraordinário. (STF, RE 
213.696/1997) 
 
Súmula Vinculante 17: Durante o período previsto no 
parágrafo 1º do artigo 100 da Constituição, não incidem 
juros de mora sobre os precatórios que nele sejam 
pagos. 
“A correção monetária plena, por seu turno, é mecanismo 
mediante o qual se empreende a recomposição da efetiva 
desvalorização da moeda [...], com o escopo de se preservar o 
poder aquisitivo original, sendo certo que independe de 
pedido expresso da parte interessada, não constituindo um 
plus que se acrescenta ao crédito, mas um minus que se evita. 
Destarte, incide correção monetária no período 
compreendido entre a elaboração dos cálculos e o efetivo 
pagamento da RPV [...]” (STJ, REsp 1.143.677/2010) 
 
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça firmou 
compreensão segundo a qual é possível a expedição 
de precatório relativamente à parte incontroversa da 
dívida quando se tratar de Embargos parciais à 
execução opostos pela Fazenda Pública. (STJ, AgRg no 
AREsp 657.772/2015) 
O entendimento do Superior Tribunal de Justiça é firme 
no sentido de que o art. 1º-D da Lei 9.494/97, segundo 
o qual "não serão devidos honorários advocatícios pela 
Fazenda Nacional nas execuções não embargadas", 
não é aplicável às Execuções, ajuizadas contra a 
Fazenda, relativas a quantias sujeitas ao regime da 
Requisição de Pequeno Valor (RPV), exceto se 
houver renúncia ao crédito superior ao valor previsto no 
art. 87, I, do ADCT, para enquadramento na sistemática 
da RPV. (STJ, AgRg no AREsp 361400/2014, com base 
nos EDcl no RE 420.816/2004, do STF) 
 
 
“A regra, todavia, é aplicável apenas às hipóteses em 
que a Fazenda Pública está submetida a regime de 
precatório, o que impede o cumprimento espontâneo 
da prestação devida por força da sentença”. (STJ, 
905.190/2007) 
 
A Corte Especial do STJ firmou entendimento segundo 
o qual é possível a cumulação dos honorários 
advocatícios fixados na ação de execução com a 
dos embargos do devedor, podendo a sucumbência 
final ser determinada definitivamente pela sentença da 
última ação, desde que se estipule que o valor fixado 
atenda a ambas. (STJ, AgRg no REsp 1453409/2015) 
A controvérsia consiste em verificar o cabimento da 
fixação de honorários advocatícios em Execução 
promovida sob o rito do art. 730 do CPC, não 
embargada contra a Fazenda Pública, na hipótese em 
que a parte renuncia posteriormente ao excedente 
previsto no art. 87 do ADCT, para fins de expedição 
de Requisição de Pequeno Valor (RPV). 
 
[...] 
A renúncia ao valor excedente ao previsto no art. 87 do 
ADCT, manifestada após a propositura da demanda 
executiva, não autoriza o arbitramento dos 
honorários, porquanto, à luz do princípio da 
causalidade, a Fazenda Pública não provocou a 
instauração da Execução, uma vez que se revelava 
inicialmente impositiva a observância do art. 730 CPC, 
segundo a sistemática do pagamento de precatórios. 
Como não foram opostos Embargos à Execução, tem, 
portanto, plena aplicação o art. 1°-D da Lei 9.494/1997. 
(STJ, REsp 1.406.296/2014) 
Não é possível fracionar o crédito de honorários 
advocatícios em litisconsórcio ativo facultativo 
simples em execução contra a Fazenda Pública por 
frustrar o regime do precatório. [...] a existência de 
litisconsórcio facultativo não pode ser utilizada para 
justificar a legitimidade do fracionamento da execução 
dos honorários advocatícios sucumbenciais se a 
condenação à verba honorária no título executivo for 
global, ou seja, se buscar remunerar o trabalho em 
conjunto prestado aos litisconsortes. 
(STF, RE 949383/2016). 
A obrigação, assumida pela construtora de um 
empreendimento imobiliário, de remunerar a proprietária 
do terreno mediante a dação em pagamento de 
unidades ideais com área correspondente a 25% do 
total construído qualifica-se como obrigação de fazer, e 
não como obrigação de dar coisa certa. 
 
[...] 
Como consequência, o inadimplemento dessa 
obrigação, representado pelo acréscimo de área ao 
imóvel sem o conhecimento da proprietária e, 
consequentemente, sem que lhe tenha sido feito o 
correspondentepagamento, dá lugar à incidência dos 
arts. 461, §1º, do CPC, e 880 e 881, do CC/16, 
possibilitando a escolha, pelo credor entre requerer 
o adimplemento específico da obrigação ou a 
respectiva conversão em perdas e danos. (STJ, 
REsp 598.233/2005) 
Depreende-se do art. 461, § 5.º do CPC, que o 
legislador, ao possibilitar ao juiz, de ofício ou a 
requerimento, determinar as medidas assecuratórias 
como a "imposição de multa por tempo de atraso, busca 
e apreensão, remoção de pessoas e coisas, 
desfazimento de obras e impedimento de atividade 
nociva, se necessário com requisição de força policial", 
não o fez de forma taxativa, mas sim exemplificativa, 
[...] 
 
 
[...] pelo que, in casu, o sequestro ou bloqueio da 
verba necessária à aquisição dos medicamentos 
objetos da tutela deferida, providência excepcional 
adotada em face da urgência e imprescindibilidade da 
prestação dos mesmos, revela-se medida legítima, 
válida e razoável. (STJ, EREsp 796.509/2006) 
 
 
 
É desnecessária a comprovação de prejuízo para que 
haja condenação ao pagamento de indenização por 
litigância de má-fé (art. 18, caput e § 2º, do CPC). (STJ, 
Corte Especial, Informativo nº 565, de julho/2015) 
 
 
O crime de desobediência previsto no art. 330, do 
Código Penal, somente se perfaz quando inexistir 
cumulação de sanção específica de outra natureza 
em caso de descumprimento de ordem judicial. (STJ, 
AgRg no REsp 1.445.446/2014) 
Hipótese em que o Prefeito Municipal teria descumprido 
liminar que determinou que fossem suspensos todos os 
atos referentes à licitação pública, assim como a 
execução do respectivo contrato com a empresa 
vencedora, tendo sido fixada multa diária de R$ 
50.000,00 pelo seu descumprimento. II. Para a 
configuração do delito de desobediência não basta 
apenas o não cumprimento de uma ordem judicial, 
sendo indispensável que inexista a previsão de 
sanção específica em caso de seu descumprimento. 
Precedentes. (STJ, HC 68.144/2007) 
1. Salvo nas hipóteses de depositário infiel ou de 
devedor de alimentos, não é o Juízo Cível competente 
para, no curso de processo por ele conduzido, 
decretar a prisão de quem descumpre ordem 
judicial. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. 2. 
Ordem de habeas corpus concedida para cassar a 
ordem de prisão expedida em desfavor do ora Paciente. 
(STJ, HC 214.297/2012) 
Uma vez descumprida, injustificadamente, determinação 
judicial, proferida nos autos de processo de natureza 
cível, resta como única providência ao alcance do juiz 
condutor do processo - para fins de responsabilização 
penal do descumpridor - noticiar o fato ao 
Representante do Ministério Público para que este 
adote as providências cabíveis à imposição da 
reprimenda penal respectiva, por infração ao artigo 330 
do CPB, eis que lhe falece à autoridade judicial 
competência para decretar prisão em face do delito 
cometido. (STJ, RHC 16.279/2004) 
No atual regime do CPC, em se tratando de obrigações 
de prestação pessoal (fazer ou não fazer) ou de entrega 
de coisa, as sentenças correspondentes são executivas 
lato sensu, a significar que o seu cumprimento se opera 
na própria relação processual original, nos termos dos 
artigos 461 e 461-A do CPC. Afasta-se, nesses casos, o 
cabimento de ação autônoma de execução, bem como, 
consequentemente, de oposição do devedor por ação 
de embargos. 
[...] 
[...] 
 
Tendo o devedor ajuizado embargos à execução, ao 
invés de se defender por simples petição, cumpre ao 
juiz, atendendo aos princípios da economia processual 
e da instrumentalidade das formas, promover o 
aproveitamento desse ato, autuando, processando e 
decidindo o pedido como incidente, nos próprios autos. 
(STJ, REsp 1.079.776/2008) 
Certo é que o valor estabelecido a título de astreintes 
não pode gerar um enriquecimento sem causa do 
acionante, agora exequente, razão pela qual 
impositiva era a sua redução, tarefa que pode 
perfeitamente ser realizada durante a fase de 
execução das astreintes, com base no disposto no art. 
461, §6º, do CPC, consoante entendimento consolidado 
nesta Corte Superior. (STJ, AgRg no AREsp 
195.303/2013) 
 
 
“É cabível exceção de pré-executividade com objetivo 
de discutir matéria atinente à revisão da multa diária 
(astreintes)”. (REsp 1.319.145/2013) 
 
 
A jurisprudência desta Corte firmou-se no mesmo 
sentido da tese esposada pelo Tribunal de origem, 
segundo a qual é possível ao juiz, de ofício ou a 
requerimento da parte, fixar multa diária cominatória - 
astreintes -, ainda que contra a Fazenda Pública, em 
caso de descumprimento de obrigação de fazer.(AgInt 
no AREsp 885.840/2016) 
 
 
Enunciado 144 FONAJE. A multa cominatória não fica 
limitada ao valor de 40 salários mínimos [nos JESP], 
embora deva ser razoavelmente fixada pelo Juiz, 
obedecendo ao valor da obrigação principal, mais 
perdas e danos, atendidas as condições econômicas do 
devedor 
O Superior Tribunal de Justiça firmou orientação de que, 
em regra, é inadmissível o exame do valor atribuído às 
astreintes. Contudo, tal óbice pode ser afastado em 
hipóteses excepcionais, quando for verificada a 
exorbitância ou a índole irrisória da importância 
arbitrada a título de multa diária, em flagrante ofensa 
aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, o 
que se verificou na hipótese em exame, em que a redução 
da multa diária promovida pela Corte de origem revela-se 
adequada, não havendo falar em majoração do valor da 
multa. (STJ, AgInt no REsp 1.219.264/2016) 
 
 
“A multa cominatória, quando fixada em antecipação de 
tutela, somente poderá ser objeto de execução 
provisória após ser confirmada por sentença de 
mérito e desde que recurso contra esta 
eventualmente interposto não tenha sido recebido 
com efeito suspensivo [...]” (STJ, REsp 
1.200.856/2014) 
 
 
Súm. 410 do STJ: A prévia intimação pessoal do 
devedor constitui condição necessária para a 
cobrança de multa pelo descumprimento de 
obrigação de fazer ou não fazer. 
 
 
"A prévia intimação pessoal do devedor constitui 
condição necessária para a cobrança de multa pelo 
descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer" 
(STJ, AREsp 898.058, 4ª Turma, de 07/10/2016) 
 
 
"Segundo entendimento do STJ, após a vigência da Lei 
n. 11.232/2005, é desnecessária a intimação pessoal 
do executado para cumprimento da obrigação de fazer 
imposta em sentença, para fins de aplicação das 
astreintes.“ (STJ, REsp 1.548.553, 1ª Turma, de 
27/04/2016) 
 
 
231, §3º: Quando o ato tiver de ser praticado 
diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, 
participe do processo, sem a intermediação de 
representante judicial, o dia do começo do prazo para 
cumprimento da determinação judicial 
corresponderá à data em que se der a comunicação. 
 
Enunciado 271 FPPC. Quando for deferida tutela 
provisória a ser cumprida diretamente pela parte, o 
prazo recursal conta a partir da juntada do mandado de 
intimação, do aviso de recebimento ou da carta 
precatória; o prazo para o cumprimento da decisão 
inicia-se a partir da intimação da parte. 
 
Enunciado 35 EJEF. No cumprimento de sentença que 
imponha obrigação específica, quando convertida em 
indenização por perdas e danos, incluída a astreintes, 
caso não seja efetuado o pagamento voluntário, no 
prazo legal, haverá incidência de multa de 10% e 
honorários advocatícios. 
 A jurisprudência deste Superior Tribunal tem-se firmado 
no sentido de que a pretensão ao exercício do direito 
de retençãopor benfeitorias deve ser exercida no 
momento da contestação, no processo de 
conhecimento. In casu, houve primeiramente uma 
ação declaratória de invalidade de compromisso de 
compra e venda de imóvel, a qual foi julgada 
parcialmente procedente para que o autor devolvesse o 
valor recebido e a ré restituísse o imóvel, fazendo ela 
jus ao direito de retenção até que fosse reembolsada. 
(STJ, REsp 1.278.094/2012, Informativo 502) 
Assim como a jurisprudência da Casa é firme acerca da 
possibilidade de propositura de ação de conhecimento pelo 
detentor de título executivo - uma vez não existir prejuízo ao 
réu em procedimento que lhe franqueia ampliados meios de 
defesa -, pelos mesmos fundamentos o detentor de título 
executivo extrajudicial poderá ajuizar ação monitória para 
perseguir seus créditos, não obstante também o pudesse 
fazer pela via do processo de execução. Precedentes. (STJ, 
REsp 981.440/2012) 
 
 
Somente constituem títulos executivos extrajudiciais aqueles 
definidos em lei, por força do princípio da tipicidade legal 
(nullus titulus sine legis). (STJ, REsp 879.046/2009) 
 
 
 De acordo com o art. 461, § 5º, do CPC, é cabível a 
multa cominatória em duas situações: para a efetivação da 
tutela específica ou para a obtenção do resultado prático 
equivalente. Afasta-se a multa cominatória quando há 
impossibilidade fático- material de se cumprir a ordem 
judicial. (STJ, REsp 743.185/2010) 
 
Nos termos da jurisprudência firmada no âmbito desta Corte 
por ocasião do julgamento do Recurso Especial 
Representativo da Controvérsia 1.091.443/RS, havendo regra 
específica aplicável ao processo de execução, que prevê 
expressamente a possibilidade de prosseguimento da 
execução pelo cessionário, não há falar em incidência, na 
execução, de regra que se aplica somente ao processo de 
conhecimento (arts. 41 e 42 do CPC) [art. 109 do CPC/15]. 
(STJ, AgRg no REsp 1.214.388/2012) 
 
 
Conforme verificado pelo nobre Julgador de Primeira 
Instância, trata-se de questão que pode ser resolvida 
mediante simples cálculos aritméticos, o que não retira a 
liquidez, certeza e exigibilidade da obrigação. (STJ, REsp 
1.169.705/2013) 
 
 
Inviável o reconhecimento da fraude contra credores no bojo 
de embargos de terceiro, sendo necessária a sua investigação 
e decretação na via própria da ação pauliana ou revocatória. 
(STJ, AgRg no AREsp 347.562/2013) 
 
A ação pauliana tem natureza pessoal, e não real, razão pela 
qual não é necessária a citação dos cônjuges do devedor-
doador e dos donatários. (STJ, REsp 750.135/2011) 
 
Diferença marcante entre a fraude contra credores e fraude 
de execução situa-se na categoria do interesse violado com a 
prática do ato fraudulento. Com efeito, a primeira tem por 
violado interesse de natureza privada, qual seja o interesse 
privado do credor. De sua vez, na fraude de execução o 
interesse infringido é o da própria atividade jurisdicional, ou 
seja, macula-se o prestígio da própria jurisdição ou do Estado-
Juiz. (STJ, REsp 799.440/2009) 
 
"O artigo 593 do Código de Processo Civil é inaplicável na 
hipótese de expropriação judicial do bem litigioso, posto que 
a invalidade nele prevista apenas pode ser reconhecida 
quando a venda é realizada por manifestação volitiva e 
providência do proprietário-devedor.“ (STJ, EDcl no AgRg no 
AREsp 135.104/2014) 
 
Quando se trata da alienação ou oneração do próprio bem 
impenhorável, nos termos da Lei n. 8.009/90, entende-se pela 
inviabilidade - ressalvada a hipótese prevista no art. 4º da 
referida Lei - de caracterização da fraude à execução, haja 
vista que, consubstanciando imóvel absolutamente 
insuscetível de constrição, não há falar em sua vinculação à 
satisfação da execução, razão pela qual carece ao exequente 
interesse jurídico na declaração de ineficácia do negócio 
jurídico. Precedentes. (STJ, REsp 1.227.366/2014) 
 
O STJ também já se posicionou no sentido de que "não tendo 
o registro imobiliário recebido a notícia da existência da 
ação, a presunção de licitude da alienação milita em favor 
do comprador. Entendimento contrário geraria 
intranquilidade nos atos negociais, conspiraria contra o 
comércio jurídico, e atingiria a mais não poder a 
confiabilidade nos registros públicos“ (STJ, Corte Especial, 
REsp Repetitivo 956.943/2014) 
 
 
 
É indispensável citação válida para configuração da fraude 
de execução, ressalvada a hipótese prevista no § 3º do art. 
615-A do CPC. (STJ, REsp 956.943/2014, Corte Especial) 
 
In casu, há que se ater à peculiaridade levada em conta pela 
decisão recorrida, qual seja, quando da alienação do bem, 
portanto, no momento caracterizador da fraude, o devedor-
executado tinha pleno conhecimento do ajuizamento da 
execução e, como forma de subtrair-se à responsabilidade 
executiva decorrente da atividade jurisdicional esquivou-se da 
citação de modo a impedir a caracterização da litispendência 
e nesse período adquiriu um bem imóvel em nome dos filhos. 
(STJ, REsp 799.440/2010) 
 
 
A execução pode, excepcionalmente, ser instruída por cópia 
reprográfica do título extrajudicial em que fundamentada, 
prescindindo da apresentação do documento original, 
principalmente quando não há dúvida quanto à existência do 
título e do débito e quando comprovado que não circulou. 
Precedentes. (STJ, REsp 1.086.969/2014) 
A petição inicial da execução fiscal apresenta seus 
requisitos essenciais próprios e especiais que não podem 
ser exacerbados a pretexto da aplicação do CPC, o qual, 
por conviver com a lex specialis, somente se aplica 
subsidiariamente. Consequentemente, é desnecessária 
a apresentação do demonstrativo de cálculo, em 
execução fiscal, uma vez que a Lei n.º 6.830/80 dispõe, 
expressamente, sobre os requisitos essenciais para a 
instrução da petição inicial e não elenca o demonstrativo 
de débito entre eles. Inaplicável à espécie o art. 614, II, do 
CPC. (STJ, REsp 1.138.202/2009) 1.086.969/2014) 
 
Ambas as Turmas integrantes da Primeira Seção desta Corte 
Superior firmaram entendimento no sentido de que a decisão 
que ordena a emenda da petição inicial, como condição para 
a prática de ato indispensável ao prosseguimento da 
execução fiscal (in casu, expedição de edital de citação), 
possui natureza decisória, podendo ser desafiada por meio de 
recurso de agravo de instrumento. (STJ, REsp 
1.248.474/2012) 
 
 
A execução para entrega de coisa incerta, após a escolha do 
bem, segue o rito previsto para a execução de coisa 
certa(arts. 621 e segs.). (STJ, REsp 327.650/2003) 
 
“Parece-nos possível admitir que o devedor seja compelido, 
mediante a imposição de medidas coercitivas (inclusive as 
astreintes), a depositar previamente o valor necessário ao 
custeio da prestação de fato pelo terceiro. Se se mostrar 
inviável essa possibilidade, caberá ao exequente adiantar 
essa quantia [com posterior cobrança].” (Didier. Curso de 
Direito Processual Civil, v. 5, p. 495) 
 
 
 
O direito de remição da execução só pode ser exercido até a 
assinatura do auto de arrematação, momento em que a 
aquisição se torna perfeita, acabada e irretratável [...] (STJ, 
AgRg no REsp 1.199.090/2013) 
 
“O sistema Bacenjud pode ser utilizado para efetivar não 
apenas a penhora on line, como também o arresto on line. 
Preenchidos os requisitos legais, o juiz pode utilizar-se do 
Bacenjud para realizar o arresto provisório previsto no art. 
653 do Código de Processo Civil, bloqueando contas do 
devedor não encontrado. Em outras palavras, é admissível a 
medida cautelar para bloqueio de dinheiro via Bacenjud nos 
próprios autos da execução”. (STJ, REsp 1.240.270/2011), 
REsp 327.650/2003) 
 
 
“Inexistindo título legal à preferência, a anterioridade do

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