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Aula 2: BIOSSEGURANÇA CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ PROFESSORAS: DRA. ALINE PEREIRA MS. ANA ZAIZ MS. JULIANA BORGES MS. LILIAN GOMES DRA. HELANE ROCHA MS. PRISCILA FRANÇA Ms.ELIANE MACIEL DEFINIÇÃO DE BIOSSEGURANÇA Também conhecida como segurança biológica, finalidade de prevenir a exposição do trabalhador, e ambiente a agente potencialmente infecciosos. (MASTROENI, 2006) 2 AGENTE INFECCIOSO Os microrganismos são divididos : 1. Patogênicos: aqueles que causam doenças em diferentes níveis de severidade. Ex. Vírus da Hepatite B 2. Não patogênicos: aqueles que não causam doenças e/ou são essenciais para a saúde e bem-estar das pessoas. Ex. A flora bacteriana do intestino 3 AGENTE INFECCIOSO Os maiores grupos de microrganismos patogênicos são as bactérias, os vírus e os fungos (leveduras e mofo); Patógenos menos comum incluem: protozoários (ex. amebas), os helmintos (vermes) e os príons (partículas infecciosas de proteínas que causam doenças neurológicas); 4 RESERVATÓRIO Lugar onde os patógenos sobrevivem e se multiplicam; • Seres humanos, • Animais, • Insetos, • Alimentos, • Água; • Solo; • 5 PORTA DE SAÍDA Forma pela qual o agente infeccioso deixa seu reservatório original; 1. 2. Fluidos corporais – sangue, saliva, urina, fezes, vômito, sêmen, entre outros; 6 MODO DE TRANSMISSÃO Contato direto Contato indireto: a transmissão do agente infeccioso ocorre através do contato com objetos (fômite) ou vetor. 7 TRANSMISSÃO POR GOTÍCULAS O agente infeccioso viaja em gotículas expelidas quando uma pessoa infectada : tosse, espirra ou fala; Também pode ocorrer durante a realização de alguns procedimentos, tal como a aspiração de vias aéreas; 8 TRANSMISSÃO PELO AR Partículas menores (aerossol) produzidas pela tosse e/ou espirro ficam suspensas no ar, por longos períodos de tempo Varrer o chão ou bater roupas de cama contaminadas pode levantar o agente infeccioso e lançá-lo em corrente de ar Exemplo: sarampo, tuberculose, meningite etc. 9 PORTA DE ENTRADA Aberturas naturais do corpo: conjuntiva ocular, boca, narinas, uretra, vagina, ânus; Aberturas não naturais: Cortes e arranhões; Em hospitais: Feridas, sítios cirúrgico e locais de inserção de cateteres e drenos. 10 HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL Pessoa com defesas inadequadas contra o agente infeccioso; No contexto hospitalar os mais vulneráveis são: • Grandes queimados; • Politraumatizados; • Em tratamento quimioterápico; • Em uso de dispositivos invasivos. 11 FATORES QUE AFETAM A SUSCETIBILIDADE ÀS INFECÇÕES Alimentação inadequada; Sistema imunológico suprimido; Doença crônica; Prematuridade; Idade avançada; Integridade da pele prejudicada; 12 INFECÇÃO Contexto Histórico No século XIX os hospitais eram desprovidos de água corrente e a de que dispunham era contaminada. Lixos e dejetos eram jogados em poços nos fundos dos terrenos Contexto Histórico Os cirurgiões limpavam suas mãos e instrumentos nos seus aventais As roupas de cama não eram trocadas com frequência, facilitando a transmissão de doenças. Contexto Histórico 1854, Florence Nightingale e mais trinta e oito enfermeiras foram designadas para o hospital de base de Scutari, em Constantinopla não existiam sanitários, os leitos e roupas de cama eram insuficientes, não havia bacia, sabão ou toalhas, as pessoas comiam com as mãos e a taxa de mortalidade era de 42% Contexto Histórico PROVIDÊNCIAS DE FLORENCE Abriu cozinhas, lavanderias, melhorou as condições sanitárias, e fazia rondas à noite levando assistência e conforto aos pacientes. Reduziu, assim, as taxas de mortalidade de 42,7% para 2,2% Contexto Histórico postulou sobre a importância de pequenas enfermarias, ligadas por corredores abertos. Pregou a necessidade de ambientes assépticos e muito limpos, explicitou a transmissão da infecção especialmente por contato com substâncias orgânicas. Organizou treinamento sobre limpeza e desinfecção e orientou a construção de hospitais INFECÇÃO É a invasão do corpo por um agente infeccioso causando danos a seu hospedeiro; Pode ser classificada como: 1. Local: quando os danos são causados em uma região limitada do corpo (ex. vias aéreas superiores); 1. Sistêmica: O agente infeccioso invade a corrente sanguínea e dissemina-se por todo o corpo; 20 INFECÇÃO 3. Primária: quando ocorre pela 1ª vez em um determinado paciente; 3. Secundária: infecções que ocorrem concomitante ou após a infecção primária; 3. Hospitalar: infecção adquirida após a admissão do paciente no hospital, que se manifesta durante a internação ou após a alta e que pode ser relacionada com a internação ou com os procedimentos realizados no hospital; 21 INFECÇÃO 6. Comunitária: infecção constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente no hospital, desde que não relacionada com a internação anterior em um serviço de saúde. 6. Aguda: infecções com início rápido e curta duração. Ex. resfriado; 6. Crônica: infecções que se desenvolvem lentamente e duram semanas, meses . 22 “Os micro- organismos contaminam artigos hospitalares, colonizam pacientes graves e podem provocar infecções mais difíceis de serem tratadas”. Como ocorre a transmissão de infecção? Através das mãos dos profissionais Através do contato com o ambiente Equipamentos, móveis e objetos contaminados; Através do ar; Transmissão pelas mãos: (Micro organismos presentes na pele do paciente e nas superfícies do ambiente) (Higienização deficiente das mãos resulta em mãos que permanecem contaminadas) ( Mãos contaminadas fazem a transmissão cruzada de microorganismos ASSEPSIA É o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de micro-organismos um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. ANTISSEPSIA É o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de micro-organismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes. DESINFECÇÃO Eliminação ou destruição de microrganismos presentes nos artigos e objetos inanimados, mediante aplicação de agentes químicos ou físicos. CLASSIFICAÇÃO DA DESINFECÇÃO E SEU ESPECTRO DE AÇÃO ALTO • Elimina todos os micro- organismos em formas vegetativas e alguns esporos. • Elimina todos os micro- organismos em formas vegetativas e alguns esporos. MÉDIO • Elimina todas as bactérias vegetativas, bacilo da tuberculose fungos e vírus e não mata esporos. BAIXO • Elimina apenas bactérias vegetativas, vírus lipídicos, alguns fungos; não elimina micobactérias nem esporos. ESTERILIZAÇÃO É processo de destruição detodas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos. NORMA REGULAMENTADORA NR- 32 Dispõe sobre Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde Finalidade: estabelecer as diretrizes básicas para a implantação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde 36 PRECAUÇÕES PADRÃO São medidas adotadas de acordo com a NR-32, para evitar a exposição dos profissionais da saúde ao contato com agente biológicos , tais como: sangue, urina, fezes. Compreendem: Higienização das mãos Equipamentos de proteção individual 37 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Corresponde à retirada de sujidade, microrganismos e outras substâncias das mãos, antes e após qualquer procedimento É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação de infecções relacionadas à assistência; 38 39 OS 5 MOMENTOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS TÉCNICA PARA HIGIENE DAS MÃOS 40 41 42 Na fricção antisséptica das mãos, utilizar preparações alcoólicas sob forma gel ou líquida com 1%-3% de glicerina, repetindo os passos de 2 a 7. 43 TÉCNICA TEMPO RECOMENDADO Higienização simples das mãos 40 a 60 segundos Higienização antisséptica (sabonete comum associado a um antisséptico) 40 a 60 segundos Fricção das mãos com antisséptico (preparações alcoólicas) 20 a 30 segundos Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório 3 a 5 minutos (1ª cirurgia) 2 a 3 minutos (para as cirurgias subsequentes) EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 44 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Luva de procedimento: Indicado quando há possibilidade de contato com fluidos corpóreos, agentes biológicos, bem como procedimentos; Luva Estéril: Indicado para manter a esterilidade do local ou material a ser manipulado; Avental manga longa: deve ser utilizado quando há a possibilidade de proteção de fluidos orgânicos; Máscaras descartáveis, óculos de proteção e protetor facial: indicado na realização de procedimentos de risco de projeção, em que haja sangue e fluidos orgânicos, em certos procedimentos. Ex. Aspiração de vias aéreas superiores 45 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Gorro: Indicada para proteger os cabelos dos contaminantes existentes no local, ou de evitar que os cabelos contaminem uma área estéril; Propés: Cobrir as extremidades abertas das pernas das calças; 46 PRECAUÇÕES BASEADAS NA TRANSMISSÃO 47 48 49 50 REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos. Brasília: Anvisa, 2009. 105p. 1. ______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde. Brasília, 2007. 52p. 1. MASTROENI, M. F. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. 2ªed. São Paulo: Atheneu, 2006; 1. WILKINSON, J. M. Fundamentos de enfermagem: teoria, conceitos e aplicações. Vol I. São Paulo: Roca, 2010; 1. POTTER, P. A; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009; 1. TIMBY, B. K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2007; 51
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