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responsabilidade civil do advogado por falta de compromisso

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A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO POR FALTA DE 
COMPROMISSO
MACAPÁ-AP
2017
ADMA CARVALHO BARROS
ANDERSON SILVA PEREIRA
A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO POR FALTA DE 
COMPROMISSO
Pré-Projeto de Artigo Científico para avaliação e apresentação a Faculdade Brasil Norte-FABRAN, como requisito parcial para conclusão do curso de direito
Orientador (a): Alinne Nauane
MACAPÁ-AP
2017
Sumário
1- RESUMO................................................................................................04
2- INTRODUÇÃO.......................................................................................05
3- RESPONSABILIDADE CIVIL............................................................... 06
3.1- CONCEITO E BREVE HISTÓRICO DA RESPONSABILIDADE CIVIL..........................................................................................................06-08
4- O ADVOGADO E SUA RESPONSABILIDADE CIVIL..........................09
4.1- O ADVOGADO...................................................................................09
4.2- A NATUREZA JURÍDICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO..............................................................................................09-10
5- A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO PELA TEORIA DE PERDA DA CAUSA..................................................................................11
5.1- CONCEITO E BREVE HISTÓRICO DA TEORIA DA PERDA DE UMA CAUSA......................................................................................................11
5.2- A RESPONSABILIDADE ADVOCATÍCIA......................................... 11-15
6- POSICIONAMENTO JURISPRUDENCIAL ACERCA DA TEORIA DA PERDA DA CAUSA..................................................................................16-18
7- CONCLUSÃO....................................................................................... 19
8- REFERÊNCIAS......................................................................................20
RESUMO
 O objetivo neste estudo é analisar a questão da possibilidade de responsabilizar civilmente o advogado que age com negligência na sua atuação profissional, ocasionando ao seu cliente a perda de uma causa pode evitar um prejuízo.
 Desta forma, diante das incertezas que envolvem a teoria da perda de uma causa, será realizada uma análise do instituto de responsabilidade civil, abordando desde a sua evolução histórica com instituto de buscar possíveis causas que ensejariam a responsabilidade civil do advogado por danos e perdas causadas ao seu cliente.
 Como resultado, tem-se que um erro pela má atuação desde então profissional podendo assim produzir danos irreparáveis ao cliente. Partindo dessa premissa daí decorre a responsabilidade civil, cujos limites e contornos são aqui analisados.
  Palavras chave: responsabilidade civil. Perda de causa. Advogado. 
SUMMARY
  The objective of this study is to analyze the possibility of civil liability for the lawyer who acts with negligence in his professional performance, causing his client to lose a cause can avoid injury.
  Thus, given the uncertainties surrounding the theory of loss of a cause, an analysis of the institute of civil liability will be carried out, approaching from its historical evolution with institute to look for possible causes that would give the civil liability of the lawyer for damages and losses caused To your customer.
  As a result, it has been that an error for the bad acting since then professional being able to thus produce irreparable damage to the client. Starting from this premise, there arises the civil responsibility, whose limits and contours are analyzed here.
   Keywords: civil liability. Loss of cause. Lawyer.
INTRODUÇÃO:
Que tal falarmos de responsabilidade? Para alguns falares sobre essa pergunta seria como incômodo, tendo também os que demonstram motivos de orgulho e para outros tanto faz ou fez! E porque incômodo? Porque é algo que para alguns exercem por mera “obrigação’’ ou para manterem uma posição de status que, porém, há os que são totalmente satisfeitos em realizar o que sabem e devem fazer, fazem sem agir por pura obrigação. São complexos mesmos, assim, todavia, tem aquele, que por imaturidade ou desleixo mesmo não realiza nada em sua vida com a devida responsabilidade, seja está na vida pessoal, profissional, acadêmica e etc.
A responsabilidade aqui abordada neste estudo é mais peculiar, envolvendo a pessoa do senhor advogado, aquele que é indispensável á administração da justiça e que vai intervir sobre assuntos de fatos e de direitos não, na maioria das vezes seu, mas sim de outrem. Então, traremos sobre o instituto da responsabilidade civil voltada para a esfera da advocacia com aplicação da teoria da perda de uma causa. Vale aqui ressaltar que a doutrina ainda se encontra um pouco escassa no que tange a responsabilidade civil do advogado sob ótica da perda de uma causa e tendo o perceptivo vasto número de profissionais da advocacia nos dias de hoje, torna-se cada vez mais clara a cobrança de uma postura ética e responsável do advogado, lei 8. 906/94, sendo este o estatuto da advocacia e da OAB, os profissionais que não realizarem com zelo, idoneidade base nas premissas da ética o seu trabalho, consequentemente podendo e devem ser responsabilizados pelos seus atos.
O objetivo deste estudo é apresentar a teoria da perda de uma causa concomitantemente com a responsabilidade civil especificamente da pessoa do advogado. Em primeiro momento, para melhor compreensão do tema, falaremos sobre o conceito da responsabilidade civil para que tenha uma definição do que é e como deve ser sua aplicação no âmbito jurídico, como também abordaremos um breve histórico da responsabilidade civil.
Vamos mencionar sobre o advogado no que tange sua responsabilidade civil e a natureza jurídica deste, adentrarmos na teoria da perda de uma causa, falando sobre seu conceito em um breve histórico, envolvendo a responsabilidade advocatícia em relação a esta teoria, por fim, será um breve parecer aos posicionamentos jurisprudenciais sobre a perda de uma causa.
3.0- Responsabilidade civil
3.1 conceito e breve histórico de responsabilidade civil
A palavra responsabilidade vem do latim responsus, particípio passado de respondere, “responder, prometer em troca”, de re, “de volta, para trás”, mais respondere, “garantir”, prometer. E trazendo essa palavra para dentro do direito como: responsabilidade civil, evidência a obrigação que a pessoa tem de assumir com as consequências jurídicas de suas atividades, portanto é necessário o seu papel no ordenamento jurídico, tendo em vista que a vida em sociedade gera conflitos que decorrem das condutas de seus cidadãos.
A responsabilidade civil tem como principal papel estabelecer em quais situações uma pessoa pode ser responsabilizada pelo dano sofrido por outra, em que circunstâncias será obrigado a reparar o tal dano. Verifica-se que a acepção que se faz da responsabilidade está ligada ao aparecer de um dever jurídico sucessivo. A respeito, filho (2010), destaca aqui que é de suma importância distinguir a obrigação da responsabilidade, sendo aquela sempre um dever jurídico ordinário, enquanto esta é um dever jurídico sucessivo, consequente à violação do primeiro. Segue-se afirmando que se alguém deixar de cumprir uma obrigação, como exemplo, de prestar serviços profissionais a outrem, “violará” o dever jurídico ordinário, onde está a responsabilidade, o dever de compor com o prejuízo pelo não cumprimento da obrigação. (Cavalieri Filho, 2010).
Em sua vez, Carlos Roberto Gonçalves conceitua a sua responsabilidade civil como: “um dever jurídico sucessivo que surge para recompor o dano decorrente da violação de um dever jurídico ordinário” (Gonçalves, 2012), porém, qualquer conduta humana que ao violar o dever jurídico ordinário e causar prejuízo a outrem, será fonte geradora de responsabilidade civil.
Na forma mais detalhada, Maria Helena Diniz(2011), aborda a responsabilidade de forma genérica como sendo:
[...] A situação de quem, tendo violado norma ou obrigação, causando danos, se vê submetido às consequências de seu ato lesivo, isto é, a reparação do prejuízo, pela recomposição do status que antes ou pela indenização, pode apresentar-se, por isso, quanto a natureza da norma violada, sob três aspectos: moral, civil e penal.
E civilmente aborda como:
[...] A aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por ela mesma praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou de simples imposição legal.
Vale relembrar que embora tenha diversas definições e conceitos a respeito de responsabilidade civil, é evidente que sua principal função é recompor a estabilidade moral ou patrimonial resultante da lesão sofrida pela vítima, ou seja, colocando a vítima mais próximo possível da posição que estaria caso o dano não tivesse ocorrido.
Sendo assim, é possível verificar que é pela responsabilidade civil que se encontra a resposta a ser dada à pessoa que sofre um dano como também é a resposta justa ao causador do dano, devendo este reparar os prejuízos causados sempre verificando os principais fatores.
O surgimento da responsabilidade deu-se de uma longa e lenta evolução histórica, através da vingança coletiva que era a reação conjunta de um grupo social contra o agressor, pela ofensa a um de seus componentes posteriormente evoluiu uma reação individual, ou seja, da vingança coletiva para a vingança privada em que os homens faziam justiça pelas próprias mãos, fundamentados na lei de talião, que também é conhecida com expressão “olho por olho”, “dente por dente”. O poder público, neste assunto intervinha apenas para ditar como e quando a vítima poderia ter o direito de represália, ensejando no lesante dano idêntico ao que já foi produzido.
Após esse viés, surgiu a ideia da composição voluntária, prevalecendo o entendimento de que seria mais aceita a reparação do dano por meio da prestação entre outros bens (pagamento em pecúnia), do que cobrar a pena de talião. Após esta fase, surgiu a da composição legal, em que o ofensor era punido pelo estado com ruptura de um membro, a fratura de um osso, ofensas ordinárias, como violências leves, bofetadas, golpes, outros…
Para Diniz (2011), sobre Lex Aguila de Danno, houve uma grande evolução histórica da responsabilidade civil que diz: “veio cristalizar a ideia de reparação pecuniária do dano, impondo que o patrimônio do lesante suportasse o ônus da reparação em razão do valor das res, esboçando-se a noção de culpa como fundamento da responsabilidade”. Onde então, houve a interferência do estado nos conflitos privados, onde renunciando a vingança fixou seus valores dos prejuízos e obrigando a vítima a aceitar o posicionamento ali imposto.
	Um princípio geral de responsabilidade civil só se estabeleceu a partir do aperfeiçoamento das ideias românicas pelo direito Francês, na mesma época em que se consagrou a separação da responsabilidade civil, da penal existência de uma responsabilidade contratual e uma extracontratual.
 	Um importante marco foi o código de Napoleão, no início do século XIX, que consagrou a culpa como fundamento da responsabilidade civil. O direito civil italiano inova ao elencar a atividade perigosa como fundamento da responsabilidade civil. Ganha espaço a chamada teoria do risco ou teoria objetiva, quando há elementos da reparação ainda que não exista culpa.
	O novo código civil brasileiro foi buscar essa nova tendência. Uma inovação em seu artigo 927, parágrafo único. Conceituado o breve histórico de responsabilidade civil, passa-se então a tratar da responsabilidade civil do advogado.
4.0- O ADVOGADO E SUA RESPONSABILIDADE CIVIL
	Neste capítulo a importância do advogado para com a sociedade, torna claro, que sendo comprovadamente ele é o responsável por danos de seu cliente, não irá abster-se de ser responsabilizado civilmente como também obrigado a indenizar o mesmo por prejuízos causados em decorrência de desleixo e falta de profissionalismo.
	4.1- O ADVOGADO
	Dando ênfase ao vocábulo advogado, vem do termo latino ‘”advocatus’”, que se compõem de “ad”, “para junto de”, “vocare”, verbo “chamar”, significado “aquele que é chamado para auxiliar”. (Bréal, Michel, Bailly, Anatole).
	A advocacia é uma profissão essencial na sociedade visto que isso é claro e evidente, mas, o papel do advogado na sociedade? O advogado será sempre aquele que nos defende, protege, aconselha, com todo o seu conhecimento técnico, dando o suporte necessário. Advogar é uma arte de defesa que se personaliza na figura do advogado. O direito romano define a pessoa do advogado como: “naquele que expõem antes para o juiz competente a sua intenção, para combater a pretensão do outro”.
	Para o ordenamento jurídico brasileiro, “é o advogado que defende os interesses de terceiros em juízo, estando para si habilitado de acordo com o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil”. E como dispõem no Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O advogado é indispensável a administração da justiça.
	4.2- A NATUREZA JURÍDICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO
	A natureza jurídica da advocacia e da responsabilidade civil do advogado é bem complexa e espinhosa, tendo em vista, que sua prestação de serviço é de caráter sui genesis, ou seja, único, e ainda mescla com a falta de tratamento direto da legislação brasileira quanto a responsabilidade civil profissional do advogado, pois há uma divisão que ela faz sob a prestação advocatícia se é o típico exemplo de mandado, ou de prestação de serviços ou o mesmo de realização de uma obra.
	Para Felix Alberto Trigo Represas que instrui que “no caso de o advogado, agir com dolo e culpa, causar dano a seus clientes, estaremos diante de uma responsabilidade contratual, ao passo que estaremos diante de uma responsabilidade extracontratual caso este cause danos a parte contraria ou terceiros alheios a relação contratual”. Venosa (2015), a indenização deve ser feita pelo advogado ao seu constituinte sempre que houver a incúria profissional e se tratando de responsabilidade civil do advogado fica claro a existência de uma responsabilidade contratual. Para muitos doutrinadores a natureza da relação entre advogado e cliente é contratual, devendo o mesmo responder de forma obrigatória e ética e assim não havendo essa obrigação de execução por parte do advogado, responderá por perdas e danos causados ao seu cliente, como é feito em qualquer obrigação contratual.
	Para Filho (2010), pode haver a responsabilidade contratual e extracontratual, sendo que a responsabilidade civil do advogado de ser averiguada no aspecto relação cliente e terceiros. Se o advogado atua com vínculo empregatício, ou como defensor público, o procurador de entidades públicas o que nos casos quem responderá pelos danos causados ao seu cliente como a perda da causa será a pessoa jurídica de direito público ou privado em nome da qual atua e esta será responsabilizada extracontratual.
	Mas, o interessante no estudo é a relação do advogado e cliente, então, seguimos o raciocínio a grande maioria de doutrinadores que é a forma contratual, pois o vínculo jurídico surge de um contrato de prestação, de serviços advocatícios.
5.0- RESPONSABILIDADE CIVIL DE UM ADVOGADO PELA TEORIA DA PERDA DE UMA CAUSA.
5.1- CONCEITO E BREVE HISTÓRICO DA TEORIA DA PERDA DE UMA CAUSA.
	A teoria da perda de uma causa em relação a responsabilidade do advogado nada é mais que um instrumento jurídico para resguardar os do homem, quando o cliente teve a oportunidade de ganho de causa que não aconteceu, mas poderia ter acontecido, frustrada e impedida por negligencia de quem deveria agir com zelo o que lhe foi imputado.
	O entendimento de Sergio Cavalieri (2010), para essa teoria da perda de uma causa que dará uma melhor compreensão e elucidação quanto que será discorrido nesteestudo, e que o termo perda no âmbito jurídico significa que o anexo da causalidade pode trazer danos ou lucros. No vernáculo a melhor tradução para se evitar uma perda seria a oportunidade de se ter chance.
	Diante do exposto, caracteriza-se: por perda de uma causa a situação em que o ato ilícito tira da vítima a oportunidade de obter uma situação futura melhor, bem, decorre das situações em que se torna inviável a reparação do dano em virtude da dificuldade de se comprovar a configuração do nexo causal entre a conduta do advogado e o dano sofrido pela vítima.
	A reparação civil pela perda, visa proporcionar uma reparação indenizatória a vítima, que se vê privada da oportunidade de obter um lucro ou evitar a perda, baseada em fundamentos reais não meramente hipotéticos, haja vista que deve tratar de uma perda seria, onde há chance de obter o êxito esperado seja superior em logra-lo, (Cavalieri Filho, 2010). Ato negligente, ou seja, de incúria profissional do advogado na condução da demanda de interesses no processo do seu cliente, ao qual foi frustrada, pois não obteve vantagem e sim um prejuízo.
5.2- A RESPONSABILIDADE ADVOCATÍCIA.
 No tocante a teoria da perda por uma causa, não fala de responsabilidade civil relacionado ao meio advocatício na pessoa do advogado, principalmente quando se trata da frustração em que o cliente esperava obter êxito, como a chance não ocorreu sendo assim querer que recaia sobre o advogado a obrigação de lhe ressarcir o resultado final que não foi satisfatório.
 É certo que a responsabilidade civil de modo geral, dissemina vários entendimentos e posicionamentos quanto a sua responsabilidade, que para muitos doutrinadores pode ser vista de modo contratual, para outros extracontratual, direta, indireta, subjetiva e objetiva, dependendo de que forma e casos concretos lhe serão apresentados. Mas, quando se trata do que aqui neste tópico é apresentado, quanto a relação advocatícia que se dá pelo advogado e cliente a responsabilidade é contratual, ficando o mesmo sujeito ao que foi acordado entre eles no contrato formal, ficando assim o advogado com o dever de acompanhar o processo em todas as suas faces, observando os prazos comparecendo as audiências e todas as demais funções que lhe compete a profissão.
 Que fica claro aqui, é que a responsabilidade é de meios e não obrigação de atingir o resultado final, mas, sempre atuando de forma correta, pois, pode um advogado atuar de melhor forma possível, indagando e defendendo de maneira magnifica, cumprindo prazos e estendo sempre presente, atento aos interesses de seu cliente, e ainda assim, a decisão judicial for desfavorável na sua causa, retirando-lhe então, qualquer responsabilidade à perda, pois, o que foi atribuído em contrato foi cumprido, então, se o caso for que o advogado faltou com o cumprimento de seus deveres, está exposto ás sanções disciplinares do código de ética dos advogados e também sujeita-se a reparar os danos causados pela sua displicência para com seu cliente, desde que comprovada a sua culpa.
 A responsabilidade advocatícia é considerada uma preceituação complexa, uma vez que se utiliza de elementos do código civil, código de processo civil, Estatuto da Ordem dos Advogados, código de ética profissional e ainda o código de defesa do consumidor. Em decorrência de seu contrato de prestação de serviços esse profissional do direito pode responder por erros de fato e de direito que vir cometer no desempenho de sua função, ou pela omissão de informações e atribuições que deveria cumprir e não fez.
 A responsabilidade advocatícia, neste caso mais precisamente a responsabilidade civil do advogado, decorre da culpa e tem fundamento na responsabilidade civil subjetiva. Essa responsabilidade exige que se comprove a efetiva culpa, quando no exercício da profissão, para que se pretenda qualquer tipo de renascimento Adriano de Cupis, autor italiano na época professor de direito civil da universidade Perugia, publicou em 1966, II Danno: Teoria Della Responsabilidad Civile, reconheceu que é possível indenização por uma simples possibilidade de uma causa perdida, contraindo todos os autores italianos que até aquele momento (1966) não reconheciam a teoria da perda como teoria aplicável.
 Com importantes conceitos e assim a teoria da responsabilidade civil por perda ganha, finalmente a sua concretização com a redenção de alguns juristas italianos que passaram a aceita-la como dano emergente, reconhecendo a merecida reparação pela perda de uma causa.
 No ordenamento jurídico brasileiro, mesmo não tento ainda uma grande quantidade de trabalhos específicos ao tema e não haver previsão legal disponível em nosso ordenamento jurídico acerca dessa teoria, os tribunais, quando diante de um caso concreto de perda de uma causa vê-se obrigado a reconhecer o valor patrimonial da causa por si só considerado e, assim, a reconhecer a existência de um dano diverso da perda da vantagem esperada, assim também como os doutrinadores brasileiros e como os magistrados de todas as instancias, vem utilizando e aperfeiçoando-a uma prova de que estão destinando atenção e valor à teoria da perda de uma causa.
 Sendo assim, a responsabilidade civil do advogado, tem-se a luz dessa teoria de perda como: maior objetivo a reparação dos danos causados. Para Sergio (2010) há diversas formas onde existe a perda de uma causa voltada para os exemplos seguintes: um cavalo de corrida que foi entregue pelo proprietário, não chega por sua culpa exclusiva, a tempo de participar do grande prêmio; um pintor que envia pelo correio um quadro a uma exposição, mas, por culpa do correio não é entregue a tempo para a exposição; um advogado deixa de transcorrer o prazo para interpor um recuso de apelação, privando o seu cliente da possibilidade de obter a reforma ou a cassação da sentença que foi desfavorável à ele.
 Verifica-se exemplos clássicos, de possibilidades para perda de uma causa, onde percebe-se que sempre será possível uma oportunidade perdida pela vítima, consequentemente podendo ser somada pela utilização da perda de uma causa assim ficando e assegurando um bem maior que é a chance ganha, no entanto, tendo cautela quanto o que é direito e o que é apenas mera vantagem ilícita por uma causa perdida, que fique claro que a perda de uma causa tem um objetivo especifico que é oferecer uma segurança sobre o que poderia ter sido ganho mas, que por ocasiões que não resultaram de sua vontade ou de sua culpa, digamos assim, houve um dano material emergentes.
 Contudo, os estudos da teoria da responsabilidade civil por perda de uma causa iniciaram-se no ano de 1940, para Giovanni Pacchioni, professor da universidade de Milano, em sua obra Diritro Civile Italiano não reconhecia o fato de haver indenização por um fato que não aconteceu. Foi quando originado de sua conduta em razão da sua obrigação por ser o meio e não o resultado, deveste ele a garantir de estar isento de responsabilidade no caso de ter procedido com todo o cuidado, e competência.
 Doni Junior comentando Maria Helena Diniz ensina que o advogado será responsabilizado civilmente:
Pelo erro de direito;
Pelo erro de fato;
Pelas omissões de providencias necessárias para ressalvas direitos de seus constituintes;
Pela perda de prazo;
Pela omissão de conselho;
Pela omissão de segredo profissional;
Por reter ou extrair autor que se encontravam em seu poder;
A lei 8.906 ( Estatuto da advocacia e da OAB ) estabeleceu a atividade da advocacia em seu artigo 32, expressando que o advogado e responsável pelos atos por ele praticado no exercício de sua profissão, o que praticar com culpa, no artigo 33, a obscenidade obrigatória estabelecida no código de Ética e disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, cujos deveres estão capitulados no artigo 2, parágrafo único, e no artigo 34 trouxe o rol dos atos que constituem infrações disciplinares, com alguns casos que também podem resultar responsabilidade profissional.Ao aceitar uma causa, o advogado antes de tudo está firmando compromisso em defender os interesses do cliente contratante da forma mais satisfatória possível obedecendo todos os requisitos previstos em lei. Sendo assim, tem por pura obrigação resolver o “problema” de seu cliente da forma mais favorável a ele, vez que este confiou e delegou poder para este resolver a lide. Já que seu cliente desde o início do processo como seu patrono na causa. O advogado tem por livre arbítrio aceitar a causa ou não, mas, ao assumir gera totalmente sua responsabilidade.
 ‘Por isso quando não existe a procedência ou a improcedência do pedido, de acordo com os interesses de seu cliente, isso, por si só enseja responsabilidade ao profissional’, essas são as palavras de Glenda Gonçalves Gondim (2013).
 Portanto, o que fica claro e evidente quais são as possíveis formas de se verificar a falta de responsabilidade e assim impor uma reparação por danos causado pela incúria profissional do advogado que não executou a sua função como foi acordado em contrato, e em conformidade de acordo com a lei, porém, há importância de analisar a probabilidade para aplicação da perda de uma causa, pois, não havendo a existência de perspectiva de causa com o dano, não deve-se existir reparação de qualquer natureza.
6- POSICIONAMENTO JURISPRUDENCIAL ACERCA DA TEORIA DA PERDA DE UMA CAUSA.
 Como não deveria deixar de ser demonstrado neste breve estudo, veremos em analises de como tem sido o posicionamento jurisprudencial em alguns casos julgados com relação à perda de uma causa. Com essa pequena esplanada neste estudo foi possível observar que a responsabilidade civil pela perda de uma causa está sendo cada vez mais reconhecido pelo ordenamento jurídico.
 Quando se trata da perda de uma causa em relação ao advogado há uma aceitação bem maior quanto aos outros julgados analisados em sites virtuais dos tribunais de justiça no Brasil, é que a maioria desses casos são bem recentes. Em relação da responsabilidade civil do advogado pela perda de uma causa, mais o importante é que se torne claro para quem não tem conhecimento aprofundado sobre o assunto é de que forma ele foi proposto muitas vezes por passar por uma experiência de perda que o constituinte fique ciente de que não será por qualquer motivo que poderá usar isso como meio em outras causas. Afim de receber indenização do advogado por ter tido um resultado desfavorável em uma causa, até porque o advogado usa todos os meios admissíveis de sua profissão para desempenhar uma excelente defesa a favor de seu cliente.
 Com isso, mostraremos alguns julgados relacionados a perda de uma causa no sentido da responsabilidade civil do advogado.
 Veja-se alguns julgados:
Apelação Civil. Responsabilidade Civil do Advogado. Mandato. Decisiva Contribuição para o Insucesso em Demanda Indenizatória. Dever de Indenizar Caracterizado. Perda de uma Causa.
 Tendo a advogada, contratada para a propositura por acidente de trabalho deixado de atender o mandante discute o transcorrer da lide, abandonando a causa sem atender as intimações e nem renunciando o mandado, contribuindo de forma decisiva pelo insucesso do mandante na demanda, deve responder pela perda da causa. Agir negligente a advogada que ofende o artigo 1.300 do código civil brasileiro.
 O advogado que perdeu o prazo para interposição do recurso de apelação contra a sentença contraria aos interesses do constituinte, reconhecesse o dano recorrente da perda. Contudo, ao quantificar o dano, condenou o advogado réu ao pagamento de tudo aquilo que seu cliente faria se o recurso tivesse sido interposto no prazo legal e provido pelo então tribunal.
 Ação de reparação de danos materiais e morais. Alegação de negligencia de advogado, que seria responsável pela revelia e interposição intempestiva de apelação. Prova que só permite concluir que pela culpa do profissional na última hipótese, perda por causa, possibilidade de indenização. Necessidade, porém, seriedade e viabilidade da causa perdida, circunstancias não presentes na espécie, acolhimento do pedido apenas para condenação do profissional ao ressarcimento dos honorários pagos pelos autores e preparo do recurso intempestivo. Neste caso concreto, de acordo com o voto do desembargado relator, o advogado agiu com negligencia, uma vez ter perdido o prazo do recurso, porém, as possibilidades para reforma da sentença recorrida eram mínimas, e devido a isso o pedido de indenização foi corretamente negado pela perda da causa ser procedência de ação.
 Com os casos julgados e apresentados aqui, podemos observar que a aplicação de responsabilidade civil no ordenamento jurídico está em constante evolução, demonstrando o dinamismo do direito que sempre está evoluindo para atender as necessidades da sociedade, sempre em busca da verdadeira justiça, como foi sempre colocado aqui. Com os avanços na doutrina e na jurisprudência, ainda há inúmeros percalços a serem estudados para a correta aplicação da teoria da perda, como vimos, há ainda uma fraca explanação sobre a teoria da perda e isso acarreta para propostas oposta quanto ao seu objetivo real.
7- CONCLUÇÃO 
 Nos dias atuais de hoje percebemos que houve danos ocasionados por terceiros que tendem cada vez mais recorrerem ao poder judiciário para que se tenha a devida reparação dos prejuízos que lhe foram ocasionados, o que não era comum no passado por muitas vezes ao desconhecer seu direito e possíveis soluções quando justo.
 Uma das metas para este estudo foi o de reforçar o conhecimento da responsabilidade civil do advogado, que assim sendo pudesse examinar para quem desconhece se está sofrendo ou sofreu perda por desídia (má vontade) profissional de seu advogado.
 O instituto da responsabilidade civil visa resguarda os direitos que sofreram atos danosos oriundos de terceiros, pois muitas vezes lhes prejudicam tanto, e até mesmo extrapatrimonial, independente da intenção de causa-los ou não. 
 Vale lembrar que nem sempre o instituto da responsabilidade civil garante de forma ampla que as vítimas que tiveram uma causa perdida, haja vista a impossibilidade de comprovação absoluta que se não fosse a desídia do advogado para com ela, poderia ter alcançado uma situação muito melhor no qual o advogado tem sua responsabilidade civil no âmbito contratual, cujos prejuízos vier causar culposamente contra seu cliente em seu mandato, essas deveram ser indenização incluindo perda pela causa, porém, mostrou-se notório que nem todas as causas perdidas podem ser indenizadas, mostrando a criação de limites ao estabelecimento de critérios, ficando assim, evidente que somente aquelas situações consideradas serias e reais serão possíveis de indenização, nas quais devem ser criteriosamente verificadas em análise do caso concreto com o objetivo de excluir os casos em que a causa perdida passe de mera possibilidade aleatória. Há controvérsias doutrinarias em questão da seriedade e realidade em reação as causas perdidas.
	A teoria da perda se enquadra em diversos outros fatores e não só na responsabilidade civil do advogado, mas é onde se dá maior aplicação desta teoria, e por isso foi foco principal no trabalho. A análise dessa responsabilidade que o advogado tem e razão da inercia e desídia na atuação judicial sendo os principais casos a falta ou a perda de prazo de um recurso prescricional e outros. Verificou-se que em alguns tribunais brasileiros não são encontrados acórdãos que tratam entre outros das poucas decisões da responsabilidade civil do advogado por perda de uma causa.
	Por conseguinte, ainda não se pode afirmar no tocante a responsabilidade civil dos advogados. Isso ocorre muito como reflexo a despeito do progresso dos últimos anos. Principalmente ao profissional da advocacia, demonstra-se ser o reflexo do aperfeiçoamento do direito, buscando evoluir junto a sociedade, com o intuito de tornar a responsabilidade civilcada vez mais justa, solidaria e igualitária para todos, onde sempre possa-se assegurar a autenticidade da justiça, tornando-se muito eficaz em um todo.
8- REFERÊNCIAS
GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil, 14º edição. São Paulo. Saraiva, 2012.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil, responsabilidade civil. V14, 15º edição. São Paulo. Atlas, 2015.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, 25º edição de São Paulo. Saraiva, 2011.
FILHO, Sérgio Cavalieri. Programa de responsabilidade civil. 9º edição, São Paulo. Atlas, 2010.

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