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Folículos Ovarianos

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FACULDADE ESTÁCIO DE CAMPO GRANDE – MS \ CURSOS DE FARMÁCIA E FISIOTERAPIA 
DISC. HISTOLOGIA\EMBRIOLOGIA – PROF. JORGE L. C. SIUFI 
 
FOLÍCULOS OVARIANOS 
 
Os folículos ovarianos são conglomerados de células que são formados dentro 
dos ovários e são umas das principais estruturas formadas no sistema reprodutor 
feminino. Sua função é dar suporte à gametogênese e à regulação hormonal cíclica 
durante o processo menstrual, onde estão envolvidos os ciclos uterino e ovariano. 
A princípio, uma mulher já nasce com todos os seus folículos ovarianos 
formados, e dentro de cada um deles, haverá uma célula gametogênica feminina 
denominada ovócito. Durante a fase fértil de uma mulher é possível encontrar os 
folículos ovarianos em suas diversas fases de desenvolvimento, desde folículo 
primordial; folículo primário unilamelar e primário multilamelar; folículo 
secundário (ou antral) vesicular inicial e secundário vesicular; folículo maduro ou 
de Graaf. 
A figura 1 apresenta um corte histológico do ovário e diversos folículos 
ovarianos espalhados pela região cortical. 
 
 
FIGURA 1 – Corte histológico do ovário apresentando sua porção mais externa, a túnica albugínea, 
formada pelo epitélio e o tecido conjuntivo subjacente. A túnica albugínea envolve a região cortical do 
ovário, que é onde os folículos ovarianos (estruturas circulares contendo um ovócito dentro) se espalham 
pelo estroma do ovário. Notem a diferença de tamanho dos folículos nas suas diferentes fases de 
desenvolvimento. Na região mais central do ovário (medular), são encontrados os vasos sanguíneos. 
 
Porém, os ovócitos e os folículos ovarianos são formados ainda durante a fase de 
embriogênese, quando células-tronco (progenitoras) denominadas ovogônias ou 
 REGIÃO MEDULAR 
oogônias migram para as cristas gonadais, onde estão se desenvolvendo os ovários, e se 
diferenciam em ovócitos primários. 
Uma vez diferenciados, os ovócitos primários são envoltos por uma camada 
simples de células do tecido conjuntivo que formam o estroma do ovário. Estas células 
conjuntivas, de morfologia achatada, passam a ser chamadas de células foliculares, e a 
associação desta camada de células foliculares circundando um ovócito primário é que 
forma o folículo primordial. 
A figura 2 apresenta um corte histológico do ovário com folículos primordiais, 
ovócitos primários e células intersticiais do estroma ovariano. 
 
 
FIGURA 2 – Corte histológico do ovário apresentando os folículos ovarianos primordiais e o 
estroma ovariano. Notem os ovócitos primários (que são considerados células grandes, com um amplo 
citoplasma esbranquiçado e o núcleo haplóide azulado) rodeados por uma fina camada de células 
achatadas. Estas células são as células foliculares que formarão a camada da granulosa. O estroma 
medular do ovário (que não está mostrado nesta imagem) é formado por tecido conjuntivo frouxo e é 
ricamente irrigado por vasos sanguíneos; já o estroma cortical é formado por células intersticiais 
fibroblastóides (achatadas) e sua matriz extracelular. 
 
 Ao nascer, a mulher possui apenas folículos primordiais em seus ovários, e estes 
permanecerão quiescentes, sem se desenvolverem, até a puberdade. Uma vez que a 
mulher entra em fase fértil, ainda sem a influência do hormônio folículo estimulante 
(FSH), as células foliculares do folículo primordial se tornam cúbicas (arredondadas) e 
o ovócito cresce de tamanho, caracterizando assim, a formação do folículo primário 
unilamelar. 
 Nesta fase, o ovócito começa a produzir e secretar glicoproteínas que iniciam a 
formação da zona pelúcida, que é uma substância amorfa que separa o ovócito das 
células foliculares da camada da granulosa. 
ESTROMA 
CORTICAL 
 Com a proliferação das células foliculares ao redor do ovócito, a camada da 
granulosa passa a conter mais de uma fileira de células foliculares, formando assim, o 
folículo primário multilamelar. 
 Nesta fase, as células intersticiais do estroma ovariano começam a se rearranjar 
ao redor do folículo primário multilamelar, dando início à formação das tecas interna e 
externa. As tecas circundam a camada da granulosa e formam a parte mais externa do 
folículo. 
 A teca interna é vascularizada e é formada por células que captam o hormônio 
luteinizante (LH) e que também produzem o hormônio androstenidiona que é 
transformado em estrógeno estradiol pelas células foliculares da camada da granulosa. 
As células da teca externa não sofrem grandes modificações se mantendo semelhantes 
às células intersticiais do estroma ovariano. 
A figura 3 apresenta cortes histológicos do ovário com folículos primordiais e 
primários. 
 
 
FIGURA 3 – Cortes histológicos do ovário apresentando os folículos ovarianos primordiais e 
primários unilamelares. Na figura à esquerda, pode-se observar as células foliculares fusiformes dos 
folículos primordiais e as células foliculares cúbicas dos folículos primários unilamelares. Na figura à 
direita, pode-se observar o início da formação da zona pelúcida. 
 
 Agora, as células da granulosa dispostas em maior número e em várias camadas 
passam a produzir diversas substâncias, dentre elas, proteínas, progesterona e 
estrógeno, além de inibina e ativina que auxiliam na regulação do FSH e LH. Estas 
substâncias formam o líquido folicular. 
 Uma vez que as células foliculares da camada da granulosa passam a produzir 
maiores quantidades de líquido folicular, este líquido se concentra e são formadas 
pequenas lacunas entre as células da granulosa. A partir de agora, o folículo que já 
contém tecas interna e externa, vesículas iniciais preenchidas com líquido folicular na 
camada da granulosa e zona pelúcida ao redor do ovócito primário, passa a ser 
denominado de folículo secundário vesicular inicial (Figura 4). 
 
 
FIGURA 4 – Corte histológico do ovário apresentando um folículo ovariano secundário vesicular 
inicial. Note os pequenos espaços (vesículas) preenchidos por líquido folicular formados entre as células 
da granulosa. É dependente de FSH. 
 
O folículo secundário, agora sob o estímulo do FSH, passa a produzir maiores 
quantidades de líquido folicular, que coalescem e formam vesículas maiores e bem 
distintas entre as células da granulosa. Forma-se, assim, o folículo secundário 
vesicular (Figura 5). 
 
 
FIGURA 5 – Corte histológico do ovário apresentando um folículo ovariano secundário vesicular. 
Note os grandes espaços (vesículas) preenchidos por líquido folicular formados entre as células da 
granulosa. As células da granulosa começam a se rearranjar para formarem o antro. É dependente de FSH 
 
Por fim, o grande acúmulo de líquido folicular dentro do folículo faz com que as 
células da granulosa se reorganizem, formando o antro (região central do folículo, 
envolto por células foliculares e preenchido por líquido folicular); a corona radiata 
(onde células da granulosa invadem o antro e envolvem o ovócito); e assim, o cúmulo 
oóforo (estrutura que abrange as células da granulosa subjacentes ao ovócito, as células 
da granulosa que formam a corona radiata e envolvem o ovócito, e o próprio ovócito e 
sua zona pelúcida. 
 Este folículo, descrito acima, é denominado folículo de Graaf, ou folículo 
maduro. A figura 6 representa um folículo de Graaf. 
 
 
FIGURA 6 – Corte histológico do ovário apresentando um folículo de Graaf (maduro). Há o antro 
formado no interior do folículo e a formação do cúmulo oofóro e corona radiata. 
 
 No final do estímulo para a liberação do óvulo pelo o ovário, o cúmulo oóforo se 
desprende da camada de células da granulosa e o óvulo passa a flutuar no líquido 
folicular. 
 A tabela abaixo apresenta os estágios de desenvolvimentodos folículos e as 
estruturas que condicionam suas características. 
 
 
 Durante todos os estágios de desenvolvimento do folículo apresentados, estes 
podem ser induzidos a se degenerarem, sendo fagocitados por macrófagos. Estes 
folículos são denominados folículos atrésicos, ou folículos em atresia (Figura 7). 
 
FIGURA 7 – Folículo atrésico ou em atresia. São folículos em degeneração. 
 
 Estima-se que apenas 2% dos folículos alcancem o estágio de maturação final, 
tornando-se maduros, e apenas 0,1% de todos os folículos presentes a partir da menarca 
liberarão um óvulo. Isto ocorre não apenas devido à atresia dos folículos, mas também, 
porque muitos não são estimulados a se desenvolverem, permanecendo imaturos por 
quiescência. 
 Após a ovulação, o folículo remanesce no ovário e sofre modificações 
estruturais e funcionais. Esta estrutura remanescente é denominada Corpo Lúteo. 
 Uma vez que o ovócito secundário é liberado, vasos sanguíneas da teca interna 
liberam sangue dentro do folículo e formam um coágulo. Neste momento, altos níveis 
de LH fazem com que as células da granulosa formem células granuloso-luteínicas, 
enquanto células da teca interna invadem o folículo e se diferenciam em células teca-
luteínicas. Este processo de luteinização do folículo forma o corpo lúteo (Figura 8), 
uma estrutura temporária glandular que dará suporte ao endométrio. 
 
 
FIGURA 8 – Corte histológico do ovário mostrando um corpo lúteo. A seta mostra o corpo lúteo, 
especificamente na região onde estão presentes as grandes células granuloso-luteínicas (que formam a 
maior parte do corpo lúteo); enquanto os asteriscos mostram alguns vasos sanguíneos ao redor do corpo 
lúteo. 
 
 Ambas estas células do corpo lúteo produzem progesterona. Ademais, as 
células teco-luteínicas produzem estrógeno e principalmente hormônios andrógenos que 
são convertidos em estrógeno pelas células granuloso-luteínicas. 
 A progesterona agora produzida mantém o endométrio funcional vivo e inibe a 
produção de LH pela hipófise; enquanto o estrógeno também inibe a hipófise, todavia, 
na produção de FSH. Na ausência dos hormônios FSH e LH não há o amadurecimento 
de novos folículos e novas ovulações, processos não condizentes com um período 
gestacional. 
 Portanto, caso haja a fecundação e a implantação do embrião no útero materno, 
há a produção do hormônio HCG que mantém o corpo lúteo vivo. Este, por sua vez, 
mantém o endométrio funcional vivo e inibe novas ovulações. Caso não haja um 
processo de gestação, o corpo lúteo se degenera e forma o corpo albicans ou corpo 
albicante. 
 O corpo albicans é formado através de um processo denominado luteólise, que é 
a autólise das células luteínicas, onde o corpo lúteo é invadido por células conjuntivas 
que formam um tecido fibroso no local; uma cicatriz no ovário (Figura 9). 
 
 
FIGURA 9 – Corpo Albicans. 
 
 
Obs. Imagens obtidas de sites da internet.

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