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DOENÇAS MICROBIANAS DA PELE E DOS OLHOS

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DOENÇAS MICROBIANAS DA PELE E DOS OLHOS 
A pele é a primeira linha de defesa do organismo contra os patógenos. Atua como uma barreira física, e é quase impossível para os patógenos penetra-la.
Eles podem, porém, entrar através de pequenas aberturas/rupturas que não são imediatamente perceptíveis.
Formas larvais de alguns parasitas podem penetrar na pele intacta.
A pele é um lugar inóspito para a maioria dos microrganismos, pois as secreções são acidas e a maior parte dela contém pouca umidade. 
Axilas e as áreas entre as pernas, possuem umidade suficiente para a abrigar populações bacterianas relativamente grandes.
Regiões mais secas, como couro cabeludo, abrigam apenas um pequeno nomero de microrganismos.
A pele contém antibióticos peptídicos (defensinas) que possuem amplo espectro de atividade. 
DEFENSINAS: também são encontradas em membranas mucosas (especialmente as que recobrem o TGI).
ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE: Possui duas partes principais: a epiderme e a derme.
EPIDERME: é a parte mais fina e externa, composta por diversas camadas de células epiteliais. Quando intacta, é uma barreira física muito efetiva contra os microrganismos. A camada mais externa da epiderme, o estrato córneo, contém queratina (proteína à prova da água). 
DERME: é a porção mais interna e relativamente espessa da pele, composta principalmente por tecido conectivo. Os folículos pilosos e os ductos das glândulas sudoríparas e sebáceas presentes na derme proporcionam uma via de passagem por onde os microrganismos podem penetrar nos tecidos mais profundos. 
A transpiração fornece umidade e alguns nutrientes para o crescimento microbiano. Entretanto, ela também contém sal, capaz de inibir muitos microrganismos, lisozima (enzima capaz de quebrar a parede celular de algumas bactérias) e defensinas (peptídeos antimicrobianos).
O sebo secretado pelas glândulas sebáceas é uma mistura de lipídios (ácidos graxos insaturados), proteínas e sais que impedem que a pele e os pelos ressequem. Embora esses ácidos graxos possam inibir o crescimento de certos patógenos, o sebo também é nutritivo para muitos microrganismos, assim como a transpiração. 
MEMBRANAS MUCOSAS: presentes nos revestimentos das cavidades corporais, como TGI, respiratório, urinário e genital. A barreira protetora mais externa difere da pele.
Ela consiste em camadas de células epiteliais fortemente unidas, essas células estão conectadas a uma camada extracelular chamada de membrana basal.
Muitas dessas células secretam muco.
Algumas células mucosas possuem cilícios. No sistema respiratório, as camadas de muco prendem partículas (inclusive microrganismos) que são transportadas pelos cílios e expelidas do corpo. 
Com frequência, essas membranas são ácidas, limitando a população microbiana.
As membranas dos olhos são mecanicamente lavadas pelas lagrimas, e a lisozima presente nesse fluido destrói as paredes celular de certas bactérias. 
MICROBIOTA NORMAL DA PELE: microrganismos que conseguem sobreviver são resistentes ao ressecamento e as altas concentrações de sais. 
Estafilococos e Micrococos – lavagem vigorosa pode diminuir o número de bactérias, mas não eliminá-las – após um tempo as bactérias restabelecem a população normal.
Algumas bactérias metabolizam as secreções das glândulas sudoríparas e causam odores.
Outras habitam o folículo piloso e causam acne.
Levedura Malassezia furfur causa caspa, pois cresce nas secreções sebáceas da pele. 
DOENÇAS MICROBIANAS DA PELE:
Erupções e lesões na pele não indicam necessariamente uma infecção, muitas doenças sistêmicas que afetam órgãos internos podem se manifestar como lesões na pele. 
As variações dessas lesões geralmente são uteis para descrever os sintomas da doença.
Termos que descrevem as erupções: 
Vesículas: lesões pequenas e cheias de fluido.
Bolhas: vesículas com diâmetro maior que 1cm.
Máculas: lesões planas e avermelhadas.
Pústulas: lesões elevadas são chamadas de pápulas, se conter pus é pústulas.
Embora o foco de infecção esteja com frequência em outra região do corpo, é conveniente classificar essas doenças pelo órgão mais obviamente afetado: a pele.
EXANTEMA: erupção que surge de uma condição de doença. 
ENANTEMAS: erupções em membranas mucosas, como o interior da boca. 
Dois gêneros de bactérias, Staphylococcus e Streptococcus, são causas frequentes de doenças associadas à pele. Com frequência, elas entram em contanto com a pele e se adaptam relativamente bem com ás condições encontradas no local. Possuem enzimas invasivas e são capazes de produzir toxinas nocivas. 
INFECÇÕES DE PELE POR ESTAFILOCOCOS:
São gram positivas que crescem em agrupamento.
 A maior parte da microbiota da pele é composta por Staphylococcus epidermidis coagulase negativa.
Só se tornam patogênicas quando a barreira da pele é rompida (muitos casos por dispositivos médicos).
Quase todas as cepas patogênicas de S. aureus produzem coagulase.
	INFECÇÕES DE PELE POR ESTAFILOCOCOS
	Infecção no folículo piloso – foliculite – espinhas
 Infecção do folículo piloso mas grave – furúnculo (abcesso)
Dano causado pelo furúnculo é o carbúnculo
	IMPETIGO:
	É uma infecção superficial da pele causada pelo S. aureus, podendo ou não ser bolhoso ou bolhoso. 
Altamente infecciosa que afeta principalmente crianças de 2 à 5 anos, a sua disseminação é por contato direto.
Pode ser causado também por S. pyogenes. 
Entra por rupturas ou ferimentos.
Antibióticos tópicos são utilizados em alguns casos, mas as lesões tendem a se curar sem tratamento e sem deixar cicatrizes.
	IMPETIGO BOLHOSO
	Causado pela liberação de toxinas estafilocócica (toxina A e B).
Toxina A: permanece localizada e causa o impetigo bolhoso.
Toxina B: causa a Síndrome da pele escaldada. 
Causa separação das camadas cutâneas ou esfoliação. 
	SINDROME DO CHOQUE TÓXICO (SCT)
	Crescimento de estafilococos em absorventes íntimos (muito tempo de uso, fibras sintéticas.
Feridas após cirurgias (raro).
INFECÇÕES DE PELE POR ESTREPTOCOCOS: São cocos gram-positivos que crescem em cadeias. Classificados de acordos com suas enzimas hemolíticas e antígenos da parede celular.
Os beta-hemolíticos do grupo A (inclui o S. pyogenes) são ao patógenos mais importantes na clínica. Produzem vários fatores de virulência (proteína M, estreptolisinas, desoxirribonucleases, estreptocinases, hialunidase). 
Causam destruição rápida e severa dos tecidos. 
“Podem destruir tecidos tão rapidamente quanto um cirurgião pode remove-los, e a taxa de mortalidade por choques sistêmicos pode ser maior que 40%. Os estreptococos são considerados os mais comuns agentes causadores de doenças, embora outras bactérias possam causar condições semelhantes. Um fator importante e a produção de uma toxina, a exotoxina A, por determinadas cepas de estreptococos que possuem a proteína M. Essa exotoxina age como um superantígeno, estimulando o sistema imune a contribuir para a extensão do dano.”
	ERISIPELA
	Causada pelo S. pyogenes que infecta a camada dérmica. 
A pele apresenta erupções formadas por placas avermelhadas e de bordas elevadas. 
Pode progredir e causar a destruição de tecidos locais ou ganhar a corrente circulatória, causando sepse. 
Se inicia na face e frequentemente é precedida por dor de garganta estreptocócica. 
Febre alta.
S. pyogenes tem permanecido sensível a antibióticos B-lactâmicos, em especial a cefalosporina.
INFECÇÕES POR PSEUDOMONAS: São bacilos gram-negativos, aeróbicos, encontrados principalmente no solo e na agua, sendo resistente a muitos desinfetantes e antibióticos (patógeno oportunista).
Pseudomonas aeruginosa produz uma endotoxina e várias exotoxinas.
Doenças causadas por P. aeruginosa incluem otites externas, infecções respiratórias, infecções de queimaduras e dermatites.
São erupções autolimitadas geralmente associada ao uso de piscinas, saunas e banheiras (utilizadas por muitas pessoas o cloro fica menos efetivo e as concentrações de nutrientes aumentam).
 As quinolonas são úteis no tratamento.Facilidade da P.aeruginosa de se multiplicar em vasos de flores, água de lavagem de pisos e desinfetantes diluídos (gerando preocupação). 
 ÚLCERA DE BURULI
O Mycobacterium ulcerans (similar a micobactéria que causa tuberculose e hanseníase) causa ulcerações profundas nos tecidos por meio de ruptura na pele;
Está relacionada com águas paradas ou de pântanos;
Doença emergente encontrada principalmente na África Ocidental e Central, a OMS recentemente classificou como risco global à saúde pública (excedendo a Hanseníase e tuberculose em algumas áreas)
ACNE
O Propionibacterium acnes pode metabolizar o sebo preso nos folículos pilosos;
Os produtos finais do metabolismo (ácidos graxos) causam a acne inflamatória;
A tretinoína, o peróxido de benzoíla, a eritromicina e a terapia luminosa são usados no tratamento da acne.
DOENÇAS VIRAIS DA PELE 
	VERRUGAS
	Papilomavírus fazem com que as células epiteliais proliferem e produzam um crescimento benigno, chamado de verruga ou papiloma.
São disseminadas por contato direto.
Podem regredir espontaneamente ou ser removidas quimicamente e fisicamente. 
	VARÍOLA
	Varíola vírus – gênero Orthopoxvirus.
Causa dos tipos de infecção cutâneas: varíola maior e varíola menor.
É transmitida por via respiratória, e o vírus é transportado para a pele através da corrente sanguínea 
Os únicos hospedeiros são os seres humanos
Foi erradicada pelo OMS em 1977, através da vacinação. 
	VARICELA (CATAPORA) E HERPES ZOSTER
	Transmitido por via respiratória e se localiza nas células da pele, causando uma erupção vesicular (as lesões se enchem de pus, se rompem e formam crostas antes de cicatrizarem). 
Complicação geram encefalites e síndrome de Reye. 
O vírus pode permanecer latente nas células nervosas após o episódio de catapora e subsequentemente se reativar e causa o herpes zoster. 
Herpes zoster: caracterizado por uma erupção vesicular ao longo de nervos sensórias cutâneos. 
Pode ser tratada com aciclovir (vacina composta por vírus atenuados). 
	SINDROME DE REYE
	Complicação severa ocasional de catapora, gripe ou outras doenças virais.
Alguns dias depois que a infecção inicial tiver cedido, o paciente passa a apresentar vomito persistente, disfunção cerebral, extrema sonolência e comportamento agressivo, seguidos de coma e morte. 
Os sobreviventes podem apresentar dano neurológico, em especial se forem muitos jovens (afeta quase exclusivamente crianças e adolescentes).
O uso de aspirina para baixar a febre em casos de varicela ou gripe aumenta as chances de desenvolvimento. 
	HERPES SIMPLES
	 HSV (Herpes Simplex Vírus). Podem ser divididos em dois grupos: HSV 1 e HSV 2.
O HSV 1 é transmitido principalmente por via oral e respiratória (levam ao desenvolvimento de lesões como a herpes labial).
HSV 2 é transmitido por contato sexual, causador do herpes genital. 
	SARAMPO
	Causado pelo Measles vírus, é transmitido por via respiratória.
Vacinação: imunidade de longa duração.
Depois que o vírus é incubado nas células do trato respiratório superior, sugrem lesões maculares na pele e manchas de Koplik na mucosa oral (brancas). 
Complicações do sarampo incluem infecções do ouvido médio, pneumonias, encefalites e infecções bacterianas secundárias
	RUBÉOLA
	Transmitido por via respiratória 
Erupção vermelha e febre leve ou assintomática.
Síndrome da rubéola congênita: pode afetar o feto quando a mulher contrai durante o primeiro trimestre de gravidez. Nascimento de natimortos, surdez, cataratas, defeitos cardíacos e retardo mental. 
Vacinação: com vírus vivos e atenuados promove imunidade de duração indefinida.
DOENÇAS FÚNGICAS DA PELE E DAS UNHAS
	MICOSES CUTÂNES
	Os fungos se colonizam na camada mais externa da epiderme e causam as dermatomicoses. 
Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton causam dermatomicoses denominadas tíneas;
Crescem em epidermes que contem queratina, como pelos, pele e unhas.
Tíneas e o pé-de-atleta são tratados com antifúngicos tópicos.
Diagnostico é baseado no exame microscópio de raspados de pele ou culturas fúngicas. 
	MICOSES SUBCUTÂNEAS
	Mais grave que as cutâneas, causadas por ferimentos que permitem a entrada do fungo no tecido subcutâneo. 
Esporotricose: pequenas ulceras na mão que podem afetar o sistema linfático.
	CANDIDÍASE
	Candida albicans causa infeções das membranas mucosas.
Causa comum de candidíases orais e vaginites.
É um patógeno oportunista que pode proliferar quando a microbiota bacteriana é suprimida.
Utilização de drogas antifúngicas. 
DOENÇAS MICROBIANAS DOS OLHOS 
As células epiteliais que cobrem os olhos podem ser consideradas como uma continuação da mucosa ou da pele. 
Muitos micróbios podem infectar os olhos, principalmente através da conjuntiva (membrana mucosa que recobre a parte interna das pálpebras e a região branco dos globos oculares). Ela é uma camada transparente de células vivas que substituem a pele.
	OFTALMIA NEONATAL (CONJUTIVITE SÉRIE 
	Causada pela transmissão de Neisseria gonorrhoeae de uma mãe infectada para o recém-nascido. 
	CONJUTIVITE DE INCLUSÃO
	Infecção da conjuntiva causada por Chlamydia trachomatis, é transmitida aos recém-nascidos durante o parto.
Pode estar presente também em piscinas não tratadas com cloro.
	TRACOMA 
	Causado por C. trachomatis
Tecidos cicatrizantes se formam na córnea. 
Transmitido por mãos, fômites e moscas. 
	
	
Outras doenças infecciosas de olhos: 
Os fungos Fusarium e Aspergillus podem infectar os olhos e causar doenças oculares;
As ceratites herpéticas causam úlceras na córnea. A infecção é causada pelo HSV-1, que invade o sistema nervoso central e pode se tornar recorrente;
O protozoário Acanthamoeba, transmitido através da água, pode causar uma forma série de ceratite.

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