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Gato de Schroedinger
O gato de Schroedinger é um experimento mental fascinante, proposto por Erwin Schroedinger, que reforça a natureza estatística da mecânica quântica e o Princípio da Incerteza.
O gato de Schroedinger ou paradoxo de Schroedinger é um experimento imaginário proposto por Erwin Rudolf Josef Alexander Schroedinger, brilhante físico austríaco, com o objetivo de mostrar como vigora no mundo quântico o Princípio da Incerteza.
O experimento consiste em colocar um gato dentro de uma caixa e fechá-lo lá dentro. Junto ao gato, dentro da caixa, é colocado um frasco contendo um gás venenoso, um elemento radioativo emissor de partículas alfa e um dispositivo composto de um martelo e um detector de radiação. Se o detector registrar a presença de pelo menos uma partícula alfa, o martelo é acionado e quebra o frasco, liberando o gás venenoso e, consequentemente, matando o gato. Mas vamos considerar que a fonte radioativa possa liberar partículas alfa dentro de um intervalo de tempo determinado, e que também possa não liberar essas partículas nesse tempo. Existe 50% de chance de que o elemento libere a partícula e 50% de chance de que ele não libere. Se ele não libera a partícula, o gato não morre, ou seja, o resultado será “gato vivo”. Mas se o veneno é liberado, o resultado do experimento será “gato moto”. Então podemos dizer que temos 50% de gato vivo e 50% de gato morto. Mas se não abrirmos a caixa para olhar dentro, não poderemos ter certeza se o gato está ou não vivo. A única forma de ter certeza é se abrirmos a caixa. Mas é aí que vem o mais estranho! Para a mecânica quântica, o gato pode estar vivo e morto! Ele pode estar nos dois estados! Como?!
Pelo formalismo quântico, a matéria também tem natureza ondulatória, e pode ser representada por uma função de onda. O gato morto é representado por uma função de onda, e o gato vivo é representado por outra função de onda. O fato do gato estar vivo e morto indica que houve uma superposição dessas duas funções de onda que indicava os dois estados possíveis. Você pode estar pensando: Por que não abrimos logo a caixa e olhamos?!
A resposta a essa pergunta vem do Princípio da Incerteza de Heinsenberg, que estabelece que não é possível fazer uma medida sem interferir nos resultados dessa própria medida. Quer dizer, se abrirmos a caixa para olhar o estado do gato dentro, estaremos interferindo no sistema e alterando seus resultados. Aliás, essa é uma diferença fundamental entre a mecânica quântica e a mecânica clássica. Na clássica poderíamos abrir a caixa e conferir o que tinha acontecido com o gatinho. Na quântica isso não é possível!
Comentário 
Quando se recorre á imagem do "gato de Schrödinger" já sabemos que estamos nos referindo a um dos aspectos mais singulares e misteriosos da mecânica quântica, a saber, que tais fenômenos quânticos necessitam, para ocorrer, da consciência de um observador. Explico melhor: quando se produz o colapso da função de onda de uma partícula --- que, segundo os 'entendidos' possui consistência ondulatória e corpuscular indistintamente --- esta pode resultar com um dado sinal (para seu 'spin') (+) ou outro (-), porém, enquanto alguém, um observador, não constatar, esse resultado não existe.
Não é que o resultado seja positivo ou negativo (todavia, desconhecido), não, é mais estranho ainda: o novo estado da partícula em questão (e suas possíveis conseqüências) não existe de nenhuma maneira até que seja verificado pela observação. Ainda não entenderam? Certo, junte-me a essa lista. 
Richard Feymann, premio Nobel de Física, já dizia: "quem não ficar pasmado com a física quântica é porque não a compreendeu". Pasmem!
Como ninguém entendeu nada, vale salientar que esse experimento mental tem outra versão: no exterior da caixa há uma partícula cuja função de onda entra em colapso; se o resultado do colapso resultar uma partícula com spin positivo o sensor acusa e o gato morre, se resultar com spin negativo o sensor nada acusa e o gato vive. Até que se observe o interior da caixa, o gato  estará  vivo e morto.
A imagem desse "gato", na física quântica, pelo menos tem uma vantagem, a de evitar repetir tediosas explicações como o princípio da incerteza, a simultaneidade  do caráter ondulatório e corpuscular das partículas e outros detalhes técnicos desse peculiar campo da física.

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