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Relatório de Estágio no Ensino Fundamental l

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
NELMA TROYAN CAMERA RU 1035498 02/2014
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
NELMA TROYAN CAMERA RU 1035498 02/2014
 RELATÓRIO DE ESTÁGIO 	
Relatório de estágio apresentado na UTA Historicidade fase I no curso de licenciatura de pedagogia. Tutor local Josiane Branco. Polo de apoio presencial: São José dos Pinhais.
 SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 
 2016 
SUMÁRIO
		
	
INTRODUÇÃO
O estágio se constitui através de atividades de observação, observação participativa e pesquisa, nesta UTA, especificamente no ensino fundamental. Essas observações são de suma importância para a formação dos professores, pois é essencial no desenvolvimento de uma didática, onde o pesquisador é o maior beneficiado.
O estágio foi realizado na Escola Municipal Irmã Dulce – Ensino Fundamental, no período de 30 de maio a 23 de junho de 2017 por mim aluna, Nelma Troyan Camera.
Tem como objetivo proporcionar ao aluno o estudo das ações que envolvem a docência no Ensino Fundamental. Também possibilita a análise das políticas educacionais do curso de formação de professores no Ensino Fundamental, bem como a compreensão da organização histórica, legal e curricular deste curso. Observar o cotidiano da escola, refletir e procurar possíveis soluções para as situações-problema enfrentadas no cotidiano escolar. Apontar as relações entre teoria estudada e o planejamento e aplicação da prática docente no Ensino Fundamental, detalhar a auto-observação de suas vivências enquanto aprendiz, para relacioná-las com a função futura do docente no Ensino Fundamental, observar o contexto histórico político/educacional de forma a possibilitar o entendimento da função de docente no Ensino Fundamental.
Tal perspectiva busca atender às expectativas do mercado de trabalho onde o licenciado irá atuar, pois visa fortalecer a relação teoria e prática baseada no princípio metodológico de pesquisa-ação, onde o desenvolvimento das competências e habilidades profissionais se imbrica a este processo. Sendo assim, o Estágio Supervisionado constitui-se em importante e fundamental meio de integrar o acadêmico à realidade da prática social, econômica e de formação profissional inicial.
Este trabalho tem como objetivo principal relatar as atividades desenvolvidas no decorrer do Estágio Curricular Supervisionado, onde estão evidenciadas as ações realizadas tanto no espaço escolar por meio das observações participativas, bem como o relato dos estudos teóricos, de pesquisa e reflexão. Ainda contém todos os registros de realização da ação e em seu apêndice o projeto elaborado para eficientização do mesmo.
IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA ESTAGIADA
Estabelecimento de Ensino: Escola Municipal “IRMÃ DULCE” - Ensino Fundamental - Endereço: Rua: Angelina Maria Senegaglia, 169 - Bairro: Jardim Suissa, CEP: 83085-320 - Fone/Fax: (41)3382-0285 - Município: São José dos Pinhais, PR - Núcleo de Área: VI (seis) - Entidade Mantenedora: Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais, PR - Secretaria Municipal de Educação – SEMED - e-mail: emirmadulce@hotmail.com
A Escola Municipal Irmã Dulce oferece os seguintes cursos:
- Ensino Fundamental – séries iniciais – 1º ao 5º ano. A partir da implantação do Ensino Fundamental de nove anos, com a obrigatoriedade do Ensino Fundamental, aos seis anos de idade, com duração de nove anos, conforme o Conselho Municipal de Educação de São José dos Pinhais.
O funcionamento da Escola Municipal Irmã Dulce, compreende os períodos: matutino e vespertino. Os horários de funcionamento a serem seguidos, respectivos a cada período, estão pré-estabelecidos da seguinte forma: 
Quadro 1 - Horário de Funcionamento do Estabelecimento:
	Períodos:
	Horários:
	 Matutino
	07:30 às 11:30
	 Vespertino
	13:00 às 17:00
Fonte: Projeto Politico Pedagógico, 2013
Quadro 2 -Horário dos Intervalos:
	Intervalos
	Matutino
	Vespertino
	1º intervalo
	9:30 às 9:45
	15:30 às 15:45
	2º intervalo
	9:50 às 10:05
	15:50 às 16:05
Fonte: Projeto Politico Pedagógico, 2013 
2.1 DISTRIBUIÇÃO DAS TURMAS
A distribuição das turmas é organizada com antecedência, observando o número de salas de aula e a oferta de vagas disponíveis; ofertando o Ensino Fundamental no período Matutino e Vespertino.
A Escola, neste ano de 2017 está atendendo um alunado de aproximadamente 264 alunos, distribuídos em 12 turmas, sendo 6 (seis) no período matutino e 6 (seis) no período vespertino. 
Os setores da Escola estão distribuídos de maneira funcional, de acordo com as possibilidades e limitações impostas pela estrutura física predial do estabelecimento de ensino, que já se tem demonstrado precário e pouco adequadas para atender a crescente demanda da comunidade. Compreendendo 3 (três) salas com menor metragem em que se organizam o setor pedagógico em anexo com a secretaria e com a sala da direção da escola e um banheiro para uso dos professores e funcionários; com 10 (dez) salas de aula com maior metragem, 1(uma) sala com menor metragem para a biblioteca, 1 (uma) sala com menor metragem para a Sala de Recurso, 1 (uma) sala com menor metragem para o Reforço de Contra Turno e 1 (uma) sala com maior metragem para o laboratório de informática, além do refeitório e cantina em local coberto e banheiros para os alunos, separados em masculino e feminino.
2.2 RECURSOS FÍSICOS
06 salas de aula;
01 laboratório de Informática, com 13 computadores, utilizado por todos os alunos;
01 biblioteca, utilizada por todos os alunos e professores; 
01 secretaria para trabalho administrativo interno e atendimento ao público, respeitando os horários de aula; 
01 sala exclusiva para a direção e direção auxiliar; 
01 sala de professores, com 01 (um) computador e 02 (duas) impressoras, para uso nas horas de atividade e permanência;
01 sala para Equipe Pedagógica para atendimento de alunos, pais e trabalho interno; 
01 sala para Reforço de contra turno;
01 sala para atendimento em Sala de Recurso;
01 sala (depósito) para material de limpeza e consumo;
01 cozinha (utilizada por empresa terceirizada para a armazenagem e distribuição da merenda escolar);
02 banheiros para alunos, separados em ala masculina e ala feminina;
01 banheiro para professores e funcionários;
01 área coberta para refeitório;
01 área coberta (corredor de acesso ás salas de aula) para trânsito de alunos, com bebedouros;
01 espaço de calçamento em concreto, sem cobertura, para uso na prática de Educação Física, formação dos alunos, apresentações e recreio; 
2.3 ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Percebeu-se durante o estágio por parte do professor uma grande autonomia em sala de aula, um grande domínio do assunto repassado para os alunos, uma grande postura adequada no desenvolver da aula entre outros aspectos.
Levando em consideração a organização dos processos que envolvem a docência no ensino fundamental. Não poderia deixar de citar que até mesmo numa aula de observação são detectados pontos positivos e negativos e durante o estágio se ver de maneira clara tão clara que é inevitável não se envolver. 
Entende-se também que o processo educativo que envolve não somente a escola como lócus formal e instituídos de aprendizagem, como também todos os espaços tempos em que a educação está presente como disse BRANDÃO” quando afirma que ninguém escapa da educação, em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela” para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida comeducação.
Sendo assim reconhecemos que a educação está intrinsecamente relacionada com a vida, pois ela alimenta constantemente o nosso processo de ensinar e a aprender.
Ao realizar este estágio entendi, desta forma aprendo e ensino, e vice-versa, em relação com outro e com o mundo, e que este outro vivencia o mesmo e com o mundo.
Vamos assim tecendo a grande rede de relações dos grupos sociais de nossa convivência e da sociedade em geral.
2.3.1 caracterização dos espaços de observação
A sala de aula da turma estagiada é de tamanho adequado para o número de alunos. As demais salas eram de igual tamanho e atendia a mesma quantidade de alunos, quanto à iluminação era boa em toda a escola. Com janelas grandes e ventiladores para auxiliar na boa ventilação. Decoração na porta de entrada da sala, confeccionada pela própria professora. A escola oferece aos alunos laboratório de informática, biblioteca, quadras esportivas, banheiros masculino e feminino, refeitório, cantina, sala dos professores, sala da direção, secretaria e 12 salas de aula.
2.3.2 caracterização da turma estagiada
A sala de aula tinha o tamanho adequado ao número de alunos. Suas condições estruturais eram boas até mesmo por ser sala nova. Bem iluminada com boa ventilação, contendo amplas janelas e ventiladores. A decoração remetia a identidade dos alunos, trazendo fotografias, alguns materiais pedagógicos utilizados pelos próprios alunos.
A escola dispõe de vários recursos tecnológicos, sendo: televisão, DVD, rádio, data show, computadores, entre outros. Os alunos são bem distribuídos de acordo com faixa etária. A escola possui boa estrutura e conservação. É uma escola muito bem organizada e limpa.
Foi observado também um espaço de convivência entre os alunos, algo que quase não se vê numa escola pública de ensino fundamental. Um espaço com bancos alguns pneus utilizados para a decoração, onde os alunos, na hora do intervalo podem usufruir, conversar e até mesmo conhecerem alunos de outras salas. 
2.4 PERFIL DO PROFESSOR OBSERVADO DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO.
O professor demonstrou ter amplo conhecimento sobre os assuntos abordados, tem característica de uma professora que ama o que faz, tem domínio sobre a classe de aula.
Sabe tirar todas as duvidas dos alunos, acompanha a avaliação individual de cada um, tem o cuidado de dar atenção para todos.
2.5 DESCRIÇÃO DAS AULAS ASSISTIDAS.
Durante o estágio, observei aulas de literatura, ciências, língua portuguesa e matemática. Nas aulas de literatura, a professora colocou a disposição de seus alunos vários livros, onde eles teriam a oportunidade de escolher aquele que mais lhe chamasse a atenção, e também no decorrer poderiam até trocar de livro se achassem algum outro mais interessante.
Na aula de língua portuguesa, os alunos fizeram atividades relacionadas aos livros, como questionários, ilustrações e resumos. Nas aulas de matemática, a professora entregou aos alunos várias folhas com atividades de adição, subtração, divisão e multiplicação. Também enfatizou com eles a tabuada, onde fizeram exercícios relacionados a ela. A disciplina de ciências é chamada de aula especial pois é aplicada por outra professora. No período do meu estágio o assunto era a cadeia alimentar.
É bastante explícito que todos os conteúdos abordados são de suma importância na vida do aluno, não somente na escola, mas também na vida pessoal. E para nós estagiários também, observando as professoras na sua maneira de agir, ensinar e tratar com seus alunos, podemos tirar lições e até mesmo nos basear em algumas, lembrando futuramente de como poderemos agir ou não dentro da sala de aula.
A metodologia era coerente com o conteúdo ensinado. Para realizar a sua aula a professora utilizou-se de exposição dialogada, porém a que predominou a exposição unilateral, mas também se utilizou de recursos lúdicos em suas aulas. Os alunos participaram ativamente das aulas e interagiram entre si e também com a professora, ela sempre auxiliando os seus alunos naquilo que era necessário. Na sala observada não tem nenhum aluno de inclusão.
3. PLANO DE AULA
IDENTIFICAÇÃO
Estagiária: Nelma Troyan Camera
Escola: Escola Municipal Irmã Dulce.
Turma: 5° ano.
Professora Regente: Maysa Ayumi Ueda.
Horário de aula: 13h00min às 17h00min.
CONTEÚDO
Cadeia alimentar
OBJETIVOS
- Reconhecer como a cadeia alimentar deve se manter para o equilíbrio do nosso planeta;
- Compreender que os seres vivos dependem uns dos outros; 
- Verificar a importância de a cadeia alimentar, identificando os produtores, consumidores e decompositores .
METODOLOGIA:
Iniciar a aula com um comentário sobre a cadeia alimentar, o que significa e a sua importância para o meio ambiente. Em seguida entregar um texto sobre o tema da aula para que após a leitura falem o que entenderam e se conseguem expor algum exemplo. Após essa conversa será passado três atividades para verificação do conteúdo, a primeira será de perguntas e completar, a segunda será de perguntas e de assinalar a resposta correta relacionada a um desenho que represente a cadeia alimentar. A terceira para finalizar será a confecção de um cartaz com recortes de revistas. 
RECURSOS: cartolina, lápis, cola, tesoura, caneta, texto impresso, revistas para recortes.
 	AVALIAÇÃO: Participação e resolução das atividades propostas em que os alunos identifiquem o equilíbrio do que existe no nosso meio.
4. O ATO DE PLANEJAR
Todos nós planejamos nossas ações, isso acontece desde as mais simples até as mais complexas, temos a necessidade de um planejamento para melhorar nossa vida, facilitar nossa rotina e a das pessoas que nos rodeiam. A importância do planejamento escolar não é para atender a exigência de uma lei mas para possibilitar ao professor prever ações de ensino voltadas para a realidade dos estudantes tornando a ação de ensinar mais prazeroso e o ato de aprender mais eficaz.
Quando o professor não aprendeu a refletir, encontra inúmeras dificuldades em planejar suas aulas, tornando-se transmissor dos conteúdos dos livros didáticos, assim podemos avaliar a necessidade de estar sempre em formação, realizar leituras de bons livros abrindo assim a capacidade de reflexão, a certa utilização dos recursos didáticos necessários durante as aulas. Tudo aquilo que está ao nosso redor pode ser transformado em recurso didático desde que utilizado de forma adequada e correta. 
Esses recursos simplesmente complementam e ajudam a transformar nossas ideias em fatos e em realidades, tudo isso acontece quando existe uma boa interação entre professor/aluno, quando o docente tem estratégias para o aprimoramento do trabalho pedagógico o aluno apresenta maior interesse nas aulas e nas disciplinas.
Para ser considerado um bom professor é necessário estar preparado pedagogicamente, ter suas aulas planejadas, dominar o assunto, estar sempre atualizado, ser ético, saber relacionar-se com seus alunos e com os demais.
Muda o foco da analise psicológica: não é o que o individuo é, a priori, que explica seus modos de se relacionar com os outros, mas são as relações sociais nas quais ele está envolvido que podem explicar seus modos de ser, de agir, de pensar, de relacionar-se. De fato, o individuo se desenvolve naquilo que ele é através daquilo que ele produz para os outros. Este processo de formação do individuo (...). Na sua esfera particular, privada, os seres humanos retêm a função da interação social (Vygotsky, 1981,pp.162,164)
Muitas atitudes precisam ser tomadas para termos uma qualidade de ensino, a postura do professor é sempre um desafio não importando onde ou quando. Ao assumir uma postura profissional adequada o professor deverá preocupar-se em instaurar um clima de reciprocidade priorizando o respeito pois ele será o centro das atenções e o alvo de constantes avaliações. 
5. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
Conforme a Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases, em seu artigo 1° “A educação” abrange processos formativos que se desenvolvemna vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.”
Para a nossa escola, a Educação é algo mais amplo do que um simples conceito, pois tem influência das diversas culturas da sociedade. Podemos dizer que Educação é vida e um processo contínuo que ocorre em diversos contextos sociais, possibilitando a construção de novos conhecimentos, o crescimento pessoal e o melhor relacionamento do indivíduo na família, escola, comunidade, sociedade. É através de trocas e vivências que ampliamos nosso conhecimento, mudamos nossas ações e nossa forma de ver e sentir o mundo.
	Quando nos reportamos à educação escolar, pensamos no desenvolvimento do educando através de uma prática pedagógica que o possibilite de ser sujeito de sua própria história, desenvolvendo competências e habilidades frente aos desafios atuais.
Sendo um processo contínuo de apropriação dos conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade, a educação deve proporcionar a formação de um sujeito autônomo, crítico e reflexivo, consciente de seu papel ativo na sociedade, interagindo com outros sujeitos, com valores e culturas diferenciadas, caminhando para ações e decisões efetivas na transformação da sociedade.
	A concepção de educação, que permite o desenvolvimento da competência do educando para construir conhecimentos sobre si mesmo e sobre o mundo através da interação, possibilita a construção coletiva de parâmetros e diretrizes ao trabalho escolar.
	“Nessa interação contínua e estável com outros seres humanos, a criança desenvolve todo um repertório de habilidades ditas humanas. Para participar do mundo simbólico do adulto, comunicar-se com ele através da linguagem, compartilhar a história, os costumes e os hábitos do seu grupo social, o que garante ao ser humano sua imensa capacidade adaptativa aos mais variados meios físicos e sociais.” (Oliveira, 1992)
	Como a interação assume um papel fundamental na construção dos conhecimentos, o papel fundamental do educador é o de ser mediador desse processo, possibilitando ao educando oportunidades e condições de enfrentar desafios à sua aprendizagem, pois, como diz Vygotsky, “a aprendizagem alavanca o desenvolvimento”.
	Vemos a educação como uma prática social que contribui diretamente para o processo de construção histórica das pessoas. O sentido dessa prática social é a aprendizagem e o objetivo dessa aprendizagem é o conhecimento que se deve apresentar como processo, como construção e ampliação do saber para a efetiva emancipação humana.
6. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A concepção de sociedade é constantemente questionada pelo homem porque é uma das questões que aflige o ser humano desde os tempos primórdios.
	O capitalismo permeado pelo consumismo desenfreado, tendo em vista o acesso de todas as classes ao crédito ilusório, em que os fins justificam os meios, cuja predominância do ter e não do ser é a regência dos tempos atuais.
Na sociedade contemporânea, os valores repassados são pautados no modo de produção acima descrito.
	Embora a escola, historicamente, seja considerada a instituição que transforma tal retrato para uma sociedade justa, igualitária, emancipadora e crítica, a realidade circundante mostra-se fortalecida pela tecnologia de informações invasivas tornando a essência da educação uma utopia. Para tanto, faz-se necessário que os profissionais da educação estejam em constante formação continuada, em busca do aperfeiçoamento que garanta as condições de igualdade com a tecnologia que a criança dispõe na atualidade.
	Para isso, faz-se necessário que a escola forme uma aliança entre as diferentes formas de trabalho cultural, unindo escola e sociedade sempre em busca de soluções para o desenvolvimento individual e coletivo, com condições de dignidade para todos.
7. CONCEPÇÃO DE ESCOLA 
	
	A escola Municipal Irmã Dulce entende a escola como unidade básica e espaço de realização dos objetivos e metas do sistema educacional. Com base nesse entendimento passa-se a valorizar o estudo da escola, como ponto de confluência entre as análises sócio-políticas mais globais e as abordagens centradas na escola e na sala de aula.
	É assim que as escolas, enquanto organizações educativas ganham dimensões próprias, como um lugar onde também se tornam decisões importantes, educativas, curriculares e pedagógicas.
	As instituições escolares vêm sendo pressionadas a repensar o seu papel diante das transformações que caracterizam o acelerado processo de integração e reestruturação capitalista mundial.
	De fato, o novo paradigma econômico, os avanços científicos e tecnológicos, a reestruturação do sistema de produção e as mudanças no mundo do conhecimento afetam a organização do trabalho e o perfil dos trabalhadores, repercutindo na qualificação profissional e, por consequência, nos sistemas de ensino e nas escolas.
 	A escola, frente às realidades, provê formação cultural e científica possibilita o contato dos alunos com a cultura adquirida através da ciência, tecnologia, linguagem, estética e ética.
	Nesse sentido, entendemos que a escola pode ser considerada como lugar de intercruzamento de culturas, entre elas, a cultura da escola que se refere aos modos de pensar, agir, valores, comportamentos, modo de funcionamento que, de certa forma, mostram a identidade e os traços característicos da escola e das pessoas que nela trabalham.
	A gestão democrática, é o processo político através do qual as pessoas na escola, discutem, deliberam, planejam e solucionam problemas e as encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola.
	Esse processo, sustentado no diálogo e na alteridade, tem como base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito às normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.
8. CONCEPÇÃO DE HOMEM
Embora a escola esteja em um processo de transição, visando superar a educação bancária caracterizada, segundo Paulo Freire, como formadora de um indivíduo domesticado e alienado onde o conhecimento é meramente imposto e não produzido de forma crítica e consciente, atualmente, a sociedade, através dos aparelhos ideológicos do estado e elite dominante ainda impõe sua visão de mundo através da manipulação, tentando conformar as massas populares a seus objetivos, pois não querem que se esgote o seu poder.
	Para a formação de um homem social e ético, nossa escola deve estar pautada em uma educação emancipadora, na qual o conhecimento deve partir da realidade concreta, juntamente com seu caráter histórico e transformador. Segundo Freire, para tal formação, a educação deve ser problematizada, de caráter autenticamente reflexivo, implicando num constante ato de desvelamento da realidade, buscando a emersão das consciências e inserção crítica da realidade.
	Pretendemos formar, portanto, um homem crítico, consciente da realidade que o cerca e de seu papel transformador na sociedade, num processo dialético, através do qual segundo Freire, ocorre uma devolução dos conteúdos cooptados da própria sociedade, que depois de sistematizados e organizados, são devolvidos aos indivíduos na busca de uma construção de consciências críticas frente ao mundo.
9. CONCEPÇÃO DE RELAÇÃO PROFESSOR – ALUNO
	As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na realização comportamental e profissional do indivíduo, pois a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos membros da espécie humana.
	A relação professor / aluno é responsável pela troca de experiências, visto que cada categoria é portadora de características socioculturais próprias e resultantes de suas vivências. A interação professor – aluno só é positiva quando a necessidade de ambos é atendida, quando há uma cumplicidade, quando os interlocutores sãoparceiros de um jogo; o jogo da linguagem, do diálogo, que é algo fundamental. É causar interação com conversação.
	A relação entre professor aluno depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles.
	Segundo Chalita (CHALITA, 2002), a interação entre o professor – aluno só ocorre de forma positiva quando há uma relação de confiança e comunicação entre ambos.
	O ensino não pode nem deve ser algo estática e nem seguir uma única direção. A sala de aula não é apenas um lugar para transmitir conteúdos teóricos é, também, local de aprendizado de valores e comportamentos. Nesse contexto, a relação professor-aluno representa um esforço a mais na busca da praticidade, afetividade e eficiência no preparo do educando para a vida, numa redefinição do processo ensino-aprendizagem. Cada profissional deve ter claramente definido o seu papel nesse contexto social, onde esta relação aqui considerada passa a ser alvo de pesquisas, na busca do diálogo, do livre debate de ideias e da interação social.
A afetividade não se acha excluída da cognoscibilidade. O que não posso obviamente permitir é que minha afetividade interfira no cumprimento ético de meu dever de professor no exercício de minha autoridade. Não posso condicionar na avaliação do trabalho escolar de um aluno ao maior ou menos bem querer que tenha por ele (FREIRE, 1996).
	Apesar da importância da existência da afetividade, confiança, empatia e respeito entre professores e alunos para que se desenvolva a aprendizagem os educadores não podem permitir que tais sentimentos interfiram no cumprimento ético de seu dever de professor.
	Professores comprometidos com a produção do conhecimento em sala de aula, que desenvolvem com seus alunos um vínculo muito estreito de amizade e respeito mútuo pelo saber, são fundamentais. Professores que não medem esforços para levar os seus alunos à ação, à reflexão crítica, à curiosidade, ao questionamento e à descoberta são essenciais. Professores que ao respeitar no aluno o desenvolvimento que este adquiriu através de suas experiências de vida (conhecimentos já assimilados), idade e desenvolvimento mental, são imprescindíveis.
	O professor deve despertar a curiosidade dos alunos através de aulas dinâmicas, divertidas, linguagem clara, objetiva e de fácil entendimento, sempre associando o tema em questões a situações atuais, de conhecimento dos alunos, utilizando a metodologia adequada ao contexto, objetivando uma melhor compreensão e assimilação dos conteúdos.
 
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao realizar os estágios tive a oportunidade de ver de uma maneira bastante gratificante o desenvolvimento de um profissional da educação diante de diversos temas. Observei a importância do mesmo no desenvolvimento do estágio que foi de grande relevância a contribuição que me proporcionou a realização deste estágio.
Sempre que realizamos estágio aprendemos muito com os alunos e professores, o convívio com esses profissionais e alunos são de suma importância para o nosso aprendizado. Todas as vezes que participamos de um estágio aprendemos de uma maneira espontânea e tão gratificante que nos surpreendem.
Estar estagiando é a mágica do aprender, o estágio nos proporciona este pensar, pensamos no estágio e aprendemos no estágio, entendemos que só através do estágio e que vamos nos tornar verdadeiros profissionais.
Colocamos nossa prática de ensino como um dos eixos articulados da pratica reflexiva no curso de pedagogia em questão, considera-se que no estágio supervisionado, nós, os alunos devemos nos aproximar de nossa realidade, ou seja, da realidade da sala de aula ou da escola e a partir dos dados colhidos e observados podemos fazer uma reflexão da prática pedagógica efetiva da escola e esta reflexão nos proporciona informações que ajudará em nossa formação. O estágio nos dá a oportunidade de aprender a trabalhar com as mais variadas situações: falta de profissionais, de materiais, de hora atividade acarretando o professor com muito trabalho a ser realizado em casa, a tecnologia também é escassa dificultando o simples fato de passar um vídeo. 
O curso de pedagogia nos dá a oportunidade de entender a aprendizagem como um processo contínuo, é necessário ter uma análise cuidadosa desse aprender, a formação de professores, seu desempenho e o processo desse conhecimento é de fundamental importância a demarcação de novos rumos na prática pedagógica.
O professor de nossos dias não se limita a repassar informações ou apenas mostrar um caminho, ele auxilia o aluno a tomar consciência de si mesmo dos outros e da sociedade, é dar a oportunidade do aluno conhecer e escolher entre muitos caminhos aquele que mais for compatível com seus valores, sua visão de mundo e as circunstancias adversas que surgirão nesse trilhar.
O bom profissional não para de refletir, faz perguntas, tenta compreender seus fracassos, projeta-se no futuro pois ele sabe que seu aluno necessita de estímulos para enfrentar os desafios escolares.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Cláudia Mara.; SOARES, Kátia Cristina Dambinski – Professor de Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental
CHALITA, Gabriel. Pedagogia do amor .Contribuição das histórias universais para a formação de valores das novas gerações . São Paulo : Editora Gente,2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 41 ed. São Paulo. Paz e Terra, 1996 (coleção leitura)
LIMA, Michele Fernandes A.; ZANLORENZI, Claudia Maria Petchak.; PINHEIRO, Luciana R. – A função do Currículo no Contexto Escolar.
MARTINS, Pura Lúcia Oliver – Didática.
ROMANOWSKI, Joana Paulin – Formação e Profissionalização Docente
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, Escola Municipal Irmã Dulce, Projeto Político Pedagógico São José dos Pinhais, Paraná, 2013
www.ciências.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=73
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