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1 TEORIA DOS JOGOS ALUNOS

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TEORIA
dos
JOGOS
1.
Conceitos
Vamos explorar o assunto ....
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Tá legal, seu Feola… mas o senhor já combinou tudo isso com os russos? (Garrincha - 1958)
“
”
Teoria dos Jogos
Conta a lenda que na Copa de 1958, durante a preleção antes do jogo contra a antiga União Soviética, o técnico brasileiro Vicente Feola reuniu os jogadores e combinou a estratégia da partida. 
Segundo Nelson Correa, foi algo assim:
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Teoria dos Jogos
No meio de campo, Nilson Santos, Zito e Didi trocariam passes curtos para atrair a atenção dos russos… Vavá puxaria a marcação da defesa deles caindo para o lado esquerdo do campo… Depois da troca de passes no meio do campo, repentinamente a bola seria lançada por Nilton Santos nas costas do marcador de Garrincha.
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Teoria dos Jogos
Garrincha venceria facilmente seu marcador na corrida e com a bola dominada iria até à área do adversário, sempre pela direita, e ao chegar à linha de fundo cruzaria a bola na direção da marca de pênalti; Mazzola viria de frente em grande velocidade já sabendo onde a bola seria lançada… e faria o gol !!!!
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Teoria dos Jogos
Garrincha com a camisa jogada no ombro, ouvia sem muito interesse a preleção, e em sua natural simplicidade perguntou ao técnico: 
Tá legal, seu Feola… mas o senhor já combinou tudo isso com os russos?
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Teoria dos Jogos
Garrincha com a camisa jogada no ombro, ouvia sem muito interesse a preleção, e em sua natural simplicidade perguntou ao técnico: 
Tá legal, seu Feola… mas o senhor já combinou tudo isso com os russos?
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BRA 02 X 01 CCCP
Teoria dos Jogos
Luis Nassif lembrou bem que "uma das características de qualquer ser humano racional, cartesiano, é a capacidade de prever as consequências de um lance jogado. 
Até Garrincha, gênio do futebol e escasso em raciocínio, entendia que não existe tática eficiente se não se prever qual será a reação do adversário. O famoso “já combinaram com os russos” é um monumento à boa lógica !!!
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Teoria dos Jogos
Bem vindo ao mundo da Teoria dos Jogos. Garrincha não foi nada ingênuo. Elaborar uma estratégia significa pensar todas as suas opções considerando as reações do seu adversário.
 A ciência e arte da Teoria dos Jogos está em oferecer algumas ferramentas formais para antecipar o movimento do outro jogador. Como exemplo, uma dos principais conceitos é "coloque-se na posição do adversário e veja o que você faria se fosse ele".
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Teoria dos Jogos
O que é Teoria dos Jogos e como ela pode melhorar as suas decisões estratégicas? 
Teoria dos Jogos é o estudo das tomadas de decisões entre indivíduos quando o resultado de cada um depende das decisões dos outros, numa interdependência similar a um jogo. 
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Teoria dos Jogos
Mas primeiro é interessante explicar o que não é Teoria dos Jogos: decidir qual carro comprar, por exemplo. 
Escolher um automóvel é uma decisão complexa pela quantidade de variáveis a considerar. Além do preço, existem a aparência, estilo, tamanho, motor, conforto, acessórios, etc. 
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Teoria dos Jogos
Para complicar, sempre há um trade-off: nenhum carro possui exatamente todas as características que você gostou.
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Teoria dos Jogos
Seria bom se o carro A, como aqueles acessórios, também tivesse a configuração do motor do carro B. Você pode criar um algoritmo (mental ou via computador) para colocar todas as variáveis e pesos de importância (suas utilidades) e criar um ranking. 
Entretanto, o exemplo do carro é uma decisão isolada - a decisão é só sua e não há interferência de outros no resultado. 
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Teoria dos Jogos
Já a Teoria dos Jogos estuda cenários onde existem vários interessados em otimizar os próprios ganhos, as vezes em conflito entre si. 
Por exemplo, imagine que em sua empresa você tem dúvidas sobre qual ação tomar para aumentar o seu lucro: reduzir o preço, lançar outro produto ou fazer uma campanha de marketing?. 
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Teoria dos Jogos
No caso de reduzir o preço, conhecendo a curva de demanda, se abaixar o preço em 3%, sua receita sobe 7% pois vai ganhar market-share. Você calculou a relação de preço versus vendas e, conseqüentemente, a migração de consumidores do produto concorrente para o seu. 
Mas e se seu concorrente reagir e também abaixar o preço na mesma proporção? Como conseqüência da estratégia dele, o seu ganho, antes imaginado como aumento em 7%, muda para uma perda de 5% pois não aconteceu como você previu. 
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Teoria dos Jogos
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Teoria dos Jogos
O resultado (ganho ou perda) de uma decisão depende obrigatoriamente da movimentação dos dois concorrentes, tornando a tomada de decisão muito mais complexa. 
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Teoria dos Jogos
Por isso, você precisa saber quais são os ganhos ou perdas de cada combinação e identificar quais são os incentivos mais atraentes para seu adversário, sabendo que ele está imaginando quais são os seus ganhos para também tomar uma decisão. 
Com essas informações e deduções, reduzir o preço não é uma boa estratégia. Então você imagina fazer uma campanha de marketing. Começa outro ciclo de previsões: como ele vai reagir neste caso? Ao se antecipar as ações do seu competidor, você deve repensar antes de agir e visualizar todas as implicações de cada decisão, e ele fará o mesmo simultaneamente. 
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Teoria dos Jogos
Por isso, a melhor recomendação é: antes de tomar uma decisão, coloque-se no lugar do concorrente e imagine qual seria a reação dele dadas as ações e incentivos existentes.
Simultaneamente ele fará o mesmo - entender quais são suas motivações e ações para que ele tome a melhor decisão. Este é ciclo sem fim: você pensa que ele pensa que você pensa que ele pensa que.... 
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Teoria dos Jogos
Teoria dos Jogos é isso: entender que sua decisão não é independente e ambos os ganhos dependem da combinação de muitas ações em cadeia até chegar em um equilíbrio. 
Este equilíbrio é o chamado Equilíbrio de Nash, em homenagem a John Nash Jr, prêmio Nobel de 1994 e que foi personagem de Russell Crowe no filme Uma Mente Brilhante, ganhador do Oscar de 2002.
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Teoria dos Jogos
A Teoria dos Jogos, como disciplina independente, não resolve todos os problemas, mas apresenta vários insights para melhorar seu pensamento estratégico como um elemento complementar das demais Teorias de Decisões. 
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Teoria dos Jogos
DILEMA DO VAGÃO DO TREM
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Teoria dos Jogos
Outra analogia muito útil sobre decisões interdependentes para explicar a essência da Teoria dos Jogos é dada por Thomas Schilling, no livro Choice and Consequence (capítulo What is Game Theory). Batizado este trecho como o Dilema do Vagão de Trem. 
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Teoria dos Jogos
Cena 1: Imagine que você está na plataforma de uma estação, pronto para embarcar no trem, e encontra um velho amigo que tem assento reservado em um vagão diferente do seu. Você combina de encontrá-lo no vagão do jantar. Depois de embarcar no trem, você descobre que existe um restaurante na primeira classe e um buffet na segunda classe. 
Você prefere comer na primeira classe, mas suspeita que seu amigo prefere o carro buffet. Você quer fazer uma reserva que coincida com a dele.
 Você escolhe a primeira classe ou o carro buffet? (Evidentemente, considere que você não sabe o número do celular dele e não podem ser comunicar).
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Teoria dos Jogos
Cena 2: Imagine agora que você está na plataforma e encontra um amigo que você quer evitar. 
Suas reservas estão em carros diferentes, mas ele sugere encontrá-lo no jantar. Você fica aliviado quando descobre que existem dois vagões de restaurante, o da primeira classe e o buffet. Se você escolher corretamente, você pode "inocentemente" desencontrar com seu amigo.
 Você tem que ter cuidado, ele pode imaginar que você quer fugir dele. Normalmente você janta na primeira classe e ele sabe disso. Para qual vagão você faz sua reserva?
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Teoria dos Jogos
Perceba nas duas situações que as decisões de vocês são interdependentes e, portanto, mais uma situação em que a Teoria dos Jogos ajuda na análise.
Características:
Dois ou mais
indivíduos têm escolhas a fazer, 
Possuem preferências quanto aos resultados, 
E algum conhecimento das opções disponíveis para cada um e sobre as preferências dos outros. 
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Teoria dos Jogos
O resultado depende das escolhas que ambos fazem. Assim, não há uma melhor escolha "independente" do que se pode fazer.
 Você depende das decisões dos outros.
O que a Teoria dos Jogos faz é ajudar a identificar este tipo de situação de forma prática e intelectual, e tenta propor uma solução conjunta satisfatória para os participantes racionais.
 
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EXEMPLO
DE
UTILIZAÇÃO
Teoria dos Jogos
EXEMPLO DE APLICAÇÃO:
A teoria dos jogos, desde a década de 1940, tem sido de grande utilidade estratégica. No início, como já disposto, a teoria tinha finalidades eminentemente militares, tendo sido utilizada com grande sucesso na II Guerra Mundial e, mais tarde, na Guerra Fria e na Guerra da Coréia.
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Teoria dos Jogos
A utilização da teoria na Guerra Fria, por sinal, deveuse muito à atuação da RAND, já que as estratégias norte-americanas eram constantemente revisadas por aquela instituição e, muito provavelmente, o mundo não sucumbiu diante de uma hecatombe nuclear por força da aplicação estratégica e diplomática da teoria dos jogos. 
Isso porque um dos pressupostos da teoria, a idéia de que as atitudes de um dos jogadores são condicionadas pelo que "ele pensa que o adversário pensa", levou os Estados Unidos a utilizarem estratégias para forçar o adiamento de um conflito direto contra a União Soviética.
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Teoria dos Jogos
Esta lógica gerou um impasse. Afinal, havia o seguinte dilema: o primeiro país (Estados Unidos ou União Soviética) que lançasse mão da bomba atômica decerto levaria uma certa vantagem no conflito. 
Bertrand Russell, um pacifista renomado da época, propôs, inclusive, por causa deste pressuposto, que os Estados Unidos deveriam utilizar a bomba atômica contra a URSS.
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Teoria dos Jogos
De outro lado, também havia um certo consenso no sentido de que o país que primeiro utilizasse a bomba seria fortemente criticado pelos outros países e poderia perder o apoio da comunidade internacional. 
DECISÃO: Assim, uma das tônicas da guerra foi a ponderação destes pontos, o que levou os ataques a serem realizados de forma indireta, como na Guerra do Vietnã e na da Coréia.
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DILEMA
DA
PONTE
Dilema da Ponte
Imagine que você deseja atravessar um rio que possui três pontes.
Assuma que é impossível via natação, barco ou outro meio. 
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Dilema da Ponte
A primeira ponte é conhecida por ser segura e livre de obstáculos, se você tentar atravessá-la, você terá sucesso.
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Dilema da Ponte
A segunda ponte se encontra debaixo de um penhasco de pedras grandes que às vezes caem;
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Dilema da Ponte
A terceira ponte é habitada por cobras mortais. 
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Dilema da Ponte
Agora, suponha que você queira ranquear as três pontes de acordo com facilidade de passagem. Sua tarefa aqui é bastante simples. A primeira ponte é a melhor, obviamente, pois é mais segura. Para classificar as outras duas pontes você necessita de informações sobre seus níveis relativos de perigo.. 
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Dilema da Ponte
Se conseguisse estudar a frequência de queda das rochas e os movimentos das cobras durante algum tempo, você poderia descobrir que a probabilidade de ser esmagado por uma rocha na segunda ponte é de 10% .
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Dilema da Ponte
 e de ser picado por uma cobra na terceira ponte é de 20% !
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Dilema da Ponte
Seu raciocínio aqui é estritamente paramétrico, pois nem as pedras nem as cobras estão tentando influenciar suas ações, por exemplo, ocultando os padrões típicos de comportamento. 
É bastante óbvio que você deve fazer aqui: atravessar a ponte segura !
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Dilema da Ponte
Por enquanto, não há envolvimento da Teoria dos Jogos, apenas da Teoria da Decisão, com probabilidades e utilidades.
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Dilema da Ponte
Agora vamos complicar a situação um pouco. Suponha que a ponte das rochas está na sua frente, enquanto a ponte segura está longe, necessitando uma caminhada difícil por um dia inteiro.
 Sua tomada de decisão aqui é um pouco mais complicada, mas continua sendo estritamente paramétrica. Você teria que decidir se o custo da longa caminhada vale a pena trocar pelos 10% de chance de ser atingido por uma pedra.
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Dilema da Ponte
No entanto, isso é tudo que você tem que decidir, e sua probabilidade de sucesso depende inteiramente de você, o ambiente não está interessado em seus planos. 
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Dilema da Ponte
No entanto, vamos complicar mais um pouco a situação, acrescentando um elemento que interage com sua decisão, tornando o problema mais intrigante. 
Suponha que você é um fugitivo e seu perseguidor está te esperando do outro lado do rio com uma arma. Ele vai atirar em você apenas se ele esperá-lo na ponte que você atravessar, caso contrário você consegue escapar.
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Dilema da Ponte
A medida que pensa qual ponte escolher, seu perseguidor está do outro lado tentando antecipar o seu raciocínio. 
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Dilema da Ponte
Agora, parece que escolher a ponte segura seria um erro, uma vez que é exatamente onde ele vai esperá-lo, e sua chance de morrer aumenta. 
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Dilema da Ponte
Então talvez você deva correr o risco com as rochas, uma vez que estas probabilidades são melhores.
Mas espere ... se você chegou a essa conclusão, o seu perseguidor, que é tão racional e bem informado como você, pode antecipar isso, e estará esperando por você se você fugir das pedras.
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Dilema da Ponte
Portanto, talvez você deva arriscar com as cobras, que é o que o perseguidor menos espera. 
Mas, então, não ... se ele acha que você acha que ele menos espera nas cobras, então ele vai esperar mais. 
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Dilema da Ponte
Você parece estar preso na indecisão. Tudo o que pode consolá-lo um pouco aqui é que, do outro lado do rio, seu perseguidor é preso em exatamente no mesmo dilema, incapaz de decidir qual a ponte esperar porque logo que ele imagina, comprometendo-se a uma, ele vai notar que se pode encontrar uma melhor razão para escolher outra ponte pois pode antecipar essa mesma razão e, em seguida, evitá-la. 
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Teoria dos Jogos
 São estes tipos de situações em que a Teoria dos Jogos se interessa, onde o resultado depende da decisão conjunta dos jogadores, onde cada um tenta antecipar a escolha do outro. 
Os "teóricos dos jogos" entendem que existe uma solução racional, isto é, uma melhor ação racional disponível para ambos os jogadores. 
No entanto, até a década de 1940, nem os filósofos nem os economistas sabiam como encontrá-lo matematicamente. Von Newman e John Nash fizeram grandes contribuições na modelagem matemática destes cenários e faz parte da maioria dos livros didáticos de teoria dos jogos. 
 
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Teoria dos Jogos
 Mas o mais importante do legado da Teoria dos Jogos é o raciocínio da antecipação dos movimentos, intuitivo para a maior parte das pessoas no dia a dia, pois a disciplina oferece alguns conceitos e modelos formais que ajudam a estruturar o pensamento. 
 
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CONCEITOS
Vejamos afinal alguns conceitos sobre assuntos que envolvam Teoria dos Jogos !
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OLIGOPÓLIO
OLIGOPÓLIO
 Na economia, Oligopólio (do grego oligos, poucos +- polens, vender) é uma forma evoluída de monopólio, no qual um grupo de organizações ou governos promovem o domínio de determinada oferta de produtos e/ou serviços.
Corresponde a uma estrutura de mercado de concorrência imperfeita, no qual o mercado é controlado por um número reduzido de empresas, de tal forma que cada uma tem que considerar os comportamentos e as reações das outras quando toma decisões de mercado.
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OLIGOPÓLIO
 No oligopólio, os bens produzidos podem ser homogéneos ou apresentar alguma diferenciação sendo que, geralmente, a concorrência se efetua mais ao nível de fatores como:
 a qualidade, 
 o serviço pós-venda, 
 a fidelização,
 ou a imagem, e
não tanto ao nível do preço.
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OLIGOPÓLIO
 As causas típicas do aparecimento de mercados oligopolistas são a escala mínima de eficiência e características da procura.
 Em tais mercados existe ainda alguma concorrência, mas as quantidades produzidas são menores e os preços maiores do que nos mercados concorrenciais, ainda que relativamente ao monopólio as quantidades sejam superiores e os preços menores
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OLIGOPÓLIO
 Uma característica importante dos oligopólios é o fato de estarem em setores com fortes barreiras à entrada, sejam elas os elevados custos de entrada, a existência de uma escala mínima de eficiência muito elevada, a existência de fortes economias de experiência, as limitações legais, ou outras. 
 Os oligopólios são muito comuns, sendo muito frequente encontrá-los em alguns sectores da indústria, transportes e comunicações, nos quais as barreiras à entrada são elevados.
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OLIGOPÓLIO
 EFEITOS NO MERCADO:
 Nos mercados oligopolistas onde não exista cooperação entre as empresas a curva da procura do produto da empresa depende da reação das outras empresas.
 O oligopólio pode permitir que as empresas obtenham lucros elevados a custo dos consumidores e do progresso econômico, caso a sua atuação no mercado seja baseada em cartéis, pois assim terão os mesmos lucros como um monopólio.
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OLIGOPÓLIO
 EFEITOS NO MERCADO:
 Tendo em conta que há poucos participantes neste tipo de mercado, cada oligopolista está sempre a par das ações dos outros.
 Posto isto, as decisões de um empresário acabam por comprometer as decisões dos restantes. Os oligopolistas aproveitam a sua posição de privilégio para fixar preços mais altos, produzindo em menor quantidade. 
São empresas que colaboram entre elas com vista a manter esse poder e a evitar a competição.
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OLIGOPÓLIO
TEORIA DOS JOGOS E O OLIGOPÓLIO:
 O funcionamento de um oligopólio pode explicar-se através dos métodos da Teoria dos Jogos.
 No que diz respeito às funções de custos das empresas envolvidas, cada uma delas irá oferecer (vender) os seus produtos a um certo preço e por uma quantidade específica.
 Os compradores determinarão qual a quantidade realmente procurada para cada empresa, dando assim aos produtores/vendedores um certo nível de benefícios.
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OLIGOPÓLIO
TEORIA DOS JOGOS E O OLIGOPÓLIO:
 Os produtores/vendedores também se esforçarão no sentido de diferenciar os seus produtos, isto é, primando pela diferença, relativamente aos das outras empresas, de modo a que os consumidores os escolham e tenham vontade de os adquirir.
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OLIGOPÓLIO
TEORIA DOS JOGOS E O OLIGOPÓLIO:
 A Teoria dos Jogos parte do princípio de que as decisões de cada produtor/vendedor dependem, por sua vez, das decisões da concorrência. 
 Costuma ser representado por meio de uma curva de reação. No caso de as curvas de reação de todas as empresas se cruzarem num certo ponto, então esse conjunto de decisões resultará no equilíbrio do jogo.
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DUOPÓLIO
DUOpólio
 
O Duopólio (do grego dyo / δυο (dois) + polein (para vender)) é uma falha de mercado e tipo específico de oligopólio em que apenas dois produtores existem em um mercado. 
Esta definição é geralmente usada apenas quando duas empresas têm o controle dominante do mercado. No campo da organização industrial, normalmente se estuda o duopólio como se este fosse um oligopólio devido à sua simplicidade conceitual. 
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DUOpólio
 
 O Duopólio pode ou não direcionar as empresas a um acordo ou conluio e um abuso de posição dominante ou de uma situação de competição. 
 A existência de um duopólio pode contrariar as leis antitruste.
 Um duopólio também pode direcionar as empresas a rumarem a cartelização (acordo tácito de manutenção de duopólio). Neste caso o duopólio torna-se mais complicado de ser gerido do que um monopólio natural. 
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DUOpólio
 Existem basicamente 02 (dois) tipos de duopólio:
 Modelo de duopólio de Cournot: reação de duas empresas, para cada mudanças na produção (quantidade produzida) da empresa concorrente, até que ambos cheguem ao equilíbrio de Nash.
 Modelo de duopólio de Bertrand: entre duas empresas, sendo que cada uma assumirá que a sua concorrente não mudará seus preços em resposta à queda da quantidade produzida. Quando ambos usam esta estratégia, eles chegam a um equilíbrio de Nash.
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No duopólio, os dois únicos produtores de uma mercadoria, concordam em estabelecer um preço, não aumentando ou diminuindo este.
 Desta forma, eles estão associados. É um modelo muito semelhante ao monopólio.
DUOpólio
LEMBRANDO:
Como parte de estratégias competitivas, as empresas tomam decisões somente para seu benefício em detrimento de seus concorrentes. 
Em outras palavras, as empresas reagem aos benefícios do concorrente, como resultado, a interdependência dos lucros e as decisões criam um padrão de interação estratégica.
 Na microeconomia esse tipo de interação é chamado de jogo. O duopólio pode, portanto, ser estudado em função da concorrência simples para introduzir a teoria dos jogos. 
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DUOpólio
O equilíbrio no duopólio pela cooperação é um acordo (também caracterizado como conluio) explícito ou implícito entre concorrentes para, principalmente:
 fixação de preços
 cotas de produção, 
 divisão de clientes,
  mercados de atuação, 
 por meio da ação coordenada entre os participantes para eliminar a concorrência,
 aumentar os preços dos produtos/serviços, 
 obter maiores lucros, em prejuízo do bem-estar do consumidor. 
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DUOpólio
No duopólio das empresas podem adotar comportamento estratégico diferente, resultando em dois tipos de equilíbrios:
Equilíbrio cooperativo. Empresas de cooperar uns com os outros para maximizar o lucro. O equilíbrio cooperativo também é conhecido como equilíbrio de conluio.
Equilíbrio não-cooperativo. As empresas competem entre si para maximizar o lucro. Cada empresa faz suas próprias decisões com base no comportamento estratégico, real ou previsível, a outra empresa.
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MONOPÓLIO
MONOpólio
 
Em economia, monopólio (do grego monos, um + polein, vender) designa uma situação particular de concorrência imperfeita, em que uma única empresa detém o mercado de um determinado produto ou serviço, conseguindo, portanto influenciar o preço do bem comercializado.
 Monopólios podem surgir devido a regulamentação governamental, o monopólio coercivo. 
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MONOpólio
 
No Brasil, um exemplo de monopólio coercivo ocorre na exploração de petróleo que era exclusivamente feita pela Petrobrás até 1997.
 A partir da Emenda Constitucional nº 9, de 1995, o parágrafo primeiro do artigo 177 da Constituição Federal, flexibilizou esse monopólio, admitindo que a União pode contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades econômicas objeto de monopólio (Pesquisa, lavra, refino, importação exportação e transporte), observadas as condições estabelecidas em lei (Lei do Petróleo nº 9.478/97). 
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MONOpólio
 
Teoria :
 Pela concepção tradicional, há monopólio quando há somente um único vendedor para um determinado produto (não substituto).
 Tal como no caso da concorrência perfeita, os exemplos de monopólio na sua forma pura são raros, mas a teoria do monopólio elucida o comportamento de empresas que se aproximam das condições de monopólio puro. 
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MONOpólio
 
Teoria :
 Um monopólio pode simplesmente referir-se ao caso em que apenas uma única empresa tem poder de mercado (ou seja, capacidade de influenciar preços neste mercado).
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MONOpólio
 
Teoria :
 Na qualidade de único produtor de um determinado produto, o monopolista encontra-se em posição singular, pois, se decidir elevar o preço do produto, não terá que se preocupar com concorrentes.
  Isso não significa, entretanto, que poderá cobrar qualquer preço que desejar (poderá haver queda da demanda).
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MONOpólio
 A fonte básica
de monopólio é a presença de barreiras de entrada, de onde se destacam:
 Economias de escala: Empresas novas tendem a entrar em mercados a níveis de produção menores do que empresas estabelecidas. Se a indústria é caracterizada por economias de escala (custos médios decrescem com o aumento no volume de produção), os custos médios da empresa nova serão mais altos do que os custos médios de uma empresa estabelecida.
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MONOpólio
Proteção Legal: Proteções legais, como direito autoral e patente, garantem ao seu detentor exclusividade no mercado. As leis das patentes no EUA permitem a um inventor o direito de usar a invenção por um período de 17 anos, período no qual o dono da patente está protegido da concorrência.
Propriedade exclusiva de matéria-rima: Empresas estabelecidas podem estar protegidas da entrada de novas empresas, pelo seu controle das matérias-primas, ou outros recursos-chave para produção.
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MONOpólio
 Lobby político: Por influência política surgem as condições de um monopólio.
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MONOpólio
 Governos & Monopólios
 Os governos possuem dois papéis distintos quando se refere aos monopólios:
O primeiro, de combate, através de políticas antitruste e regulação desses mercados para evitar abusos, como os cartéis.
O segundo, que caracteriza os monopólios coercivos, é quando o governo garante os direitos de propriedade, direitos autorais e patentes, criando monopólios legais.
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Vamos ver na Prática a Teoria dos Jogos ....
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DILEMA DOS
PRISIONEIROS
É um jogo muito famoso que representa bem o dilema entre cooperar e trair .
DILEMA DOS PRISIONEIROS
Dois suspeitos, A e B, são presos pela polícia. A polícia não tem provas suficientes para os condenar, então separa os prisioneiros em salas diferentes e oferece a ambos o mesmo acordo: 
Se um dos prisioneiros confessar (trair o outro) e o outro permanecer em silêncio, o que confessou sai livre enquanto o cúmplice silencioso cumpre 10 anos.
Se ambos ficarem em silêncio (colaborarem um com ou outro), a polícia só pode condená-los a 2 anos cada um.
Se ambos confessarem (traírem o comparsa), cada um leva 5 anos de cadeia. 
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DILEMA DOS PRISIONEIROS
Cada prisioneiro faz a decisão sem saber a escolha do outro - eles não podem conversar. 
- Como o prisioneiro vai reagir? 
- Existe algum decisão racional a tomar? 
- Qual seria a sua decisão?
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02 anos
02 anos
DILEMA DOS PRISIONEIROS
Os prisioneiros não podem combinar a decisão (estão em salas isoladas e sem comunicação) e devem escolher simultaneamente.
Cada jogador quer ficar preso o menor tempo possível, ou seja, maximizar seu resultado individual. 
Qual a melhor decisão? 
Considerando os incentivos deste jogo (os valores das penas para cada combinação de decisões na matriz), existe uma única decisão racional a tomar: trair.
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DILEMA DOS PRISIONEIROS
A explicação é a seguinte:
Imagine que você é o prisioneiro A. 
Assim, você raciocina nas duas hipóteses:
 Suponha que o Prisioneiro B escolha Colaborar. Então, se você escolher Colaborar, leva 02 anos de prisão. Se escolher Trair, sai livre. Neste caso, Trair é a melhor opção.
 Suponha que o Prisioneiro B escolha Trair. Então, se você escolher Colaborar, leva 10 anos de prisão. Se escolher Trair, fica com 5 anos. Neste caso, Trair é a melhor opção.
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02 anos
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