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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I DOS SUJEITOS DO PROCESSO PARTE II DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 1 • O MAGISTRADO: PODERES E DEVERES • CONDUTAS ARROLADAS NO ART. 139 SÃO DECORRÊNCIA NATURAL DO PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL; DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 2 Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo- lhe: I - assegurar às partes igualdade de tratamento; (DECORRÊNCIA NATURAL DO PRINCÍPIO DA ISONOMIA, DEVENDO O JUIZ ASSEGURÁ-LO) II - velar pela duração razoável do processo; (Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. Princípio da razoável duração do processo III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias; (ART. 77 – ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA, PASSÍVEL DE MULTA DE ATÉ 20% DO VALOR DA CAUSA, OU ATÉ 10 VEZES O SALÁRIO MÍNIMO) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 3 IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub- rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; (ATUAÇÃO MAIS ATIVA DO JUIZ NAS AÇÕES QUE TENHAM COMO OBJETO O DESCUMPRIMENTO DO DIREITO OBRIGACIONAL) V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; (MEDIADORES E CONCILIADORES, PREFERENCIALMENTE, OU COM O PRÓPRIO MAGISTRADO) NOVIDADE LEGISLATIVA VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; (ART. 190 – NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 4 VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais; (CONFERE SEGURANÇA AO AMBIENTE FÍSICO) VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; (NÃO SE CONFUNDE COM O DEPOIMENTO PESSOAL, POIS A INICIATIVA É DO PRÓPRIO JUIZ E NÃO É COLHIDO NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO) IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais; (O LEGISLADOR DE 2015 FIXOU REGRAS CAPAZES DE DAR O MÁXIMO APROVEITAMENTO DO PROCESSO, COM AMPLA POSSIBILIDADE DE CORREÇÃO DE RUMOS E SANAÇÃO DE VÍCIOS – ART. 276 E S.S.) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 5 X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5o da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva. (INTERESSANTE INOVAÇÃO, PERMITINDO QUE O JUIZ OFICIE OS LEGITIMADOS PARA O PROCESSO COLETIVO, MAIS ESPECIFICAMENTE O MP E A DP, PARA QUE PROPONHAM AÇÃO COLETIVA A RESPEITO DO TEMA QUE ESTEJA SENDO TRATADO EM SUCESSIVAS DEMANDAS INDIVIDUAIS REPETITIVAS. DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 6 RSPONSABILDIADE • RESPONSABILIDADE CIVIL DO JUIZ • TRATA-SE DE RESPONSABILIDADE DO JUIZ, PELO EXERCÍCIO INDEVIDO DE SUAS FUNÇÕES, SE PROCEDER COM DOLO OU MEDIANTE FRAUDE; • A CULPA (ELEMENTO SUBJETIVO) NÃO É SUFICIENTE PARA JUSTIFICAR O NASCIMENTO DA RESPONSABILIDADE PESSOAL DO JUIZ, SEGUNDO TERESA ARRUDA ALVIM WAMBIER; • O CASO DO INCISO II, A PARTE INTERESSADA DEVERÁ INTERPOR AÇÃO EM FACE DO ESTADO QUE PODERÁ, REGRESSIVAMENTE, BUSCAR O RESSARCIMENTO DAQUILO QUE TENHA DESPENDIDO COM A INDENIZAÇÃO, DIANTE DO MAGISTRADO E DE SEU PATRIMÔNIO PESSOAL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 7 Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando: I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude; II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte. Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez) dias. • PRECONCEITO SOCIAL • Juiz que adiou audiência porque lavrador usava chinelos terá que pagar R$ 12 mil • Embora o Estado responda objetivamente pelos danos causados por seus agentes, ele pode exigir o ressarcimento pelas indenizações que tiver de pagar se os servidores tiverem agido com dolo ou culpa. Com base nessa regra, a 1ª Vara Federal de Paranaguá (PR) condenou o juiz da 21ª Vara Trabalhista de Curitiba, Bento Luiz de Azambuja Moreira, a ressarcir a União em R$ 12,4 mil por adiar audiência porque o lavrador Joanir Pereira calçava chinelos. • Justiça Federal considerou que juiz agiu de forma imprudente ao proibir que lavrador usasse chinelos em audiência. Na sessão, ocorrida em 2007, o então juiz da 3ª Vara do Trabalho de Cascavel (PR) afirmou que não iria “realizar esta audiência, tendo em vista que o reclamante compareceu em Juízo trajando chinelo de dedos, calçado incompatível com a dignidade do Poder Judiciário”. • A atitude de Moreira foi repudiada por profissionais do Direito. O então presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Cláudio Montesso, disse que “a decisão está em desacordo com o pensamento da maioria dos juízes do trabalho comprometidos com o exercício da cidadania e a preservação dos direitos mais elementares”. • “Não se pode considerar que a roupa do trabalhador, muitas vezes a única que possui, atenta contra a dignidade da Justiça, pois assim se está dizendo que os mais humildes não são dignos da atenção dos juízes e que apenas os bem vestidos a merecem”, disse. DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 8 • MINISTÉRIO PÚBLICO DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 9 Art. 127, CF. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. MINISTÉRIO PÚBLICO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DF E TERRITÓRIOS MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR • MINISTÉRIO PÚBLICO NO DIREITO PROCESSUAL CIVIL • QUANDO PARTE PRINCIPAL, PODERÁ ATUAR TANTO COMO LEGITIMADO ORDINÁRIO E EXTRAORDINÁRIO; • PODERÁ ATUAR COMO PARTE PRINCIPAL OU PARTE SECUNDÁRIA (CUSTOS LEGIS - FISCAL DA LEI ); DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 10 Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam: I - interesse público ou social; II - interesse de incapaz; III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. Art. 626. Feitas asprimeiras declarações, o juiz mandará citar, para os termos do inventário e da partilha, o cônjuge, o companheiro, os herdeiros e os legatários e intimar a Fazenda Pública, o Ministério Público, se houver herdeiro incapaz ou ausente, e o testamenteiro, se houver testamento. • AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA ATUAR COMO FISCAL DA LEI • CLASSIFICAÇÃO DO VÍCIO: NULIDADE ABSOLUTA , QUE PODERÁ SER CONHECIDA DE OFÍCIO; DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 11 Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. § 1o Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado. § 2o A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo. • DECRETABILIDADE DO VÍCIO: DEVE-SE LEVAR EM CONTA O PRINCÍPIO DA SANABILIDADE DOS VÍCIOS PROCESSUAIS, OU SEJA, SE FOR POSSÍVEL, OS VÍCIOS SE SANAM, INDEPENDENTEMENTE DE SUA GRAVIDADE • A NULIDADE SÓ SERÁ DECRETADA APÓS O MP SER OUVIDO E, SE ESTE MANIFESTAR ACERCA DA EXISTÊNCIA DE PREJUÍZO (NOVIDADE LEGISLATIVA). NÃO HÁ DISCRICIONARIEDADE DO JUIZ OU DECISÃO ACERCA DA DECISÃO DO MP. CASO O PARQUET PEÇA A NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS, DEVERÁ O JUIZ ACATAR (TRATA- SE DE EXCEÇÃO À REGRA) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 12 Art. 938. § 1o Constatada a ocorrência de vício sanável, inclusive aquele que possa ser conhecido de ofício, o relator determinará a realização ou a renovação do ato processual, no próprio tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, intimadas as partes. CONTINUAÇ~~AO CONTINUAÇÃO DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 13 • ADVOCACIA PRIVADA • A ATIVIDADE DO ADVOGADO CONSTITUI REQUISITO INDISPENSÁVEL PARA A VALIDADE DO PROCESSO, MUITO EMBORA O IUS POSTULANDI SEJA TRANSFERIDA DIRETAMENTE À PARTE, COMO POR EXEMPLO, NAS HIPÓTESES DE HABEAS CORPUS, JUIZADO ESPECIAL ESTADUAL (ATÉ 20 SALÁRIOS MÍNIMOS), ALIMENTOS ETC. DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 14 SEÇÃO III DA ADVOCACIA E DA DEFENSORIA PÚBLICA SEÇÃO III DA ADVOCACIA (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. • MISSÃO DO ADVOGADO: • DEFESA DE DIREITOS, EM JUÍZO OU DORA DELE, PARA FAZER PREVALECER OS IDEAIS DE JUSTIÇA. CABE A ESSE PROFISSIONAL UM IMPORTANTE PAPEL PROCESSUAL E COLABORAÇÃO COM O PODER JUDICIÁRIO, JÁ QUE DELIMITA CORRETAMENTE O DIREITO DO JURISDICIONADO, DEDUZINDO-O DE FORMA INTELIGÍVEL, ATRAVÉS DA ESCOLHA DO PROCEDIMENTO ADEQUADO, A IDENTIFICAÇÃO DO RECURSO CABÍVEL, UTILIZANDO-SE DO VERNÁCULO ESCORREITO, APLICANDO A LEGISLAÇÃO CABÍVEL AO CASO CONCRETO, PESQUISANDO DOUTRINAS E JURISPRUDENCIAS, SEM PREJUÍZO DO CONHECIMENTO DE INFORMÁTICA , EM DECORRÊNCIA DO PROCESSO ELETRÔNICO (LEI Nº 11.419/2006) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 15 • DEVERES DECORRENTES DO EOAB: • PARA O DESENVOLVIMENTO DA FUNÇÃO JURISDICIONAL O ADVOGADO DEVERÁ RESPEITAR O EOAB (LEI 8.906/94), BEM COMO O CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA OAB (publicado no DJU, em 01/03/1995). EVENTUAIS APURAÇÕES DE INCOMPATIBILDADES E IMPEDIMENTOS PARA O EXERCÍCIO DA ADVOCACIA, DEVERÃO SER RIGIDAMENTE VERIFICADAS PELA OAB. • ALGUNS IMPEDIMENTOS: ENCORAJAR INDIVÍDUOS AO AJUIZAMENTO DE DEMANDAS , COM PROPÓSITOS MANIFESTAMENTE INFUNDADOS; FALSEAR A VERDADE DOS FATOS; AGIR DE MÁ-FÉ; ADVOGAR CONTRA LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI ETC. DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 16 • ATO PROCESSUAL PRATICADO SEM A ASSINATURA DO ADVOGADO OU SEM A PROCURAÇÃO NOS AUTOS: • O ATO PROCESSUAL PRATICADO SEM QUE HAJA ASSINATURA DO ADVOGADO É CONSIDERADO INEXISTENTE. DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 17 Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. § 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz. § 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos. • ADVOCACIA PÚBLICA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 18 TÍTULO VI DA ADVOCACIA PÚBLICA Art. 182. Incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei, defender e promover os interesses públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por meio da representação judicial, em todos os âmbitos federativos, das pessoas jurídicas de direito público que integram a administração direta e indireta. (LEI ORGÂNICA DA ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO (LC nº 73/93) Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. § 1o A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico. § 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público. Art. 184. O membro da Advocacia Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções • REQUISITOS: 1. PRAZO EM DOBRO PARA MANIFESTAR-SE NOS AUTOS, CONTADOS A PARTIR DE SUA INTIMAÇÃO PESSOAL (CARGA, REMESSA OU POR MEIO ELETRÔNICO); 2. EXCEÇÃO À REGRA, QUANDO A LEI EXPRESSAMENTE DETERMINAR: ART. 9º, DA LEI 10.259/2001 – JUIZADO ESPECIAL FEDERAL; ART. 7º DA LEI 12.153/2009 – JUIZADOS ESPECIAIS FAZENDÁRIOS ESTADUAIS); 3. OU QUANDO A PRÓPRIA LEI EXPRESSAMENTE ESTABELECER PRAZO PRÓPRIO: Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir: DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 19 • REQUISITOS: 1. PRAZO EM DOBRO PARA MANIFESTAR-SE NOS AUTOS, CONTADOS A PARTIR DE SUA INTIMAÇÃO PESSOAL (CARGA, REMESSA OU POR MEIO ELETRÔNICO); 2. EXCEÇÃO À REGRA, QUANDO A LEI EXPRESSAMENTE DETERMINAR: ART. 9º, DA LEI 10.259/2001 – JUIZADO ESPECIAL FEDERAL; ART. 7º DA LEI 12.153/2009 – JUIZADOS ESPECIAIS FAZENDÁRIOS ESTADUAIS); 3. OU QUANDO A PRÓPRIA LEI EXPRESSAMENTE ESTABELECER PRAZO PRÓPRIO: Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir: DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 20 4. POSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL DO MEMBRO DA ADVOCACIA PÚBLICA, EM CASO DE DOLO OU CULPA, MUITO EMBORA APENAS REGRESSIVAMENTE (RESPONSABILIDADE SUBJETIVA E OBJETIVA DO ESTADO E DA UNIÃO); 5. TODOS OS DEVERES IMPOSTOS À ADVOCACIA PRIVADA SÃO IMPOSTOS AOS MEMBROS DA ADVOCACIA PÚBLICA. TAL RESPONSABILIDADE JUSTIFICOU A CRIAÇÃO DA NORMA QUE AUTORIZA QUE OS MEMBROSPOSSAM FICAR COM OS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS ( ART. 85, § 19º) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 21 Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. § 19. Os advogados públicos perceberão honorários de sucumbência, nos termos da lei. • A DEFENSORIA PÚBLICA DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 22 TÍTULO VII DA DEFENSORIA PÚBLICA Art. 185. A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma integral e gratuita. Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. § 1o O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183, § 1o. (CARGA, REMESSA, MEIO ELETRÔNICO) § 2o A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada. § 3o O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública. § 4o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para a Defensoria Pública. Art. 187. O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. • REQUISITOS: 1. LEI ORGÂNICA DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, MANTÉM REGRA COM REDAÇÃO SEMELHANTE À DO CPC (ART. 1º, DA LC Nº 80/94); 2. GOZA DE PRAZO EM DOBRO, A CONTAR DE SUA INTIMAÇÃO PESSOAL (CARGA, REMESSA OU POR MEIO ELETRÔNICO); 3. EXCEÇÃO À REGRA, QUANDO A LEI EXPRESSAMENTE DETERMINAR: ART. 9º, DA LEI 10.259/2001 – JUIZADO ESPECIAL FEDERAL; ART. 7º DA LEI 12.153/2009 – JUIZADOS ESPECIAIS FAZENDÁRIOS ESTADUAIS); 4. ART. 186, § 4º: POSSIBILIDADE QUE O DEFENSOR REQUEIRA AO MAGISTRADO QUE SEJA INTIMADO PESSOAMENTE O SEU CLIENTE, QUANDO SE TRATAR DE PROVIDÊNCIA QUE TIVER QUE SER PRATICADA PELO PRÓPRIO. TAL MANOBRA É CRITICADA, POIS DESLOCA A RESPONSABILIDADE DA DEFENSORIA PÚBLICA AO PODER JUDICIÁRIO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 23 1. Questão. Alfredo promove ação de conhecimento em face de Francisco para postular indenização por dano material, no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Citado regularmente, o réu alega impedimento do juiz uma vez que o magistrado é amigo intimo do autor, conforme fotos retiradas de uma rede social onde ambos viajaram juntos para o exterior.Indaga-se: a) Trata-se o caso concreto de impedimento do juiz? Fundamente e explique a sua resposta. b) De acordo com as normas do CPC quando deve ser arguida o impedimento ou a suspeição? DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 24 2. Questão. Não é considerado causa de impedimento do juiz, quando: a) interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha. b) nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive. c) for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive. d) for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo. e) interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 25 3. Questão. São exemplos de auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária: a) o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador. b) as partes, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o estagiário, o contabilista e o regulador de avarias. c) o assistente, escrivão, o ministério público, o secretário, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o mediador. d) as partes, o assistente, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o mediador. e) O defensor público, o estagiário, o oficial de justiça, o perito, o intérprete, o tradutor, o mediador. DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Prof. ANA PAULA L. SAKAUIE 26
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