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Inflação: Definição, Causas e Efeitos

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Inflação
 Como definir a inflação?
A inflação é definida como o aumento persistente e generalizado no valor dos preços .Quando a inflação chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços.
 A inflação pode ser dividida em :
Inflação de demanda :é quando há excesso de demanda agregada em relação a produção disponível.As chances de a inflação de demanda acontecer aumentam quando a economia produz próximo do emprego de recursos.
Para se combater a inflação de demanda é necessário que a política econômica se baseie em instrumentos que provoquem a reação da procura agregada .
 Inflação de custo 
 É associada a inflação de oferta .o nível da demanda permanece o mesmo,mas o custo é aumentado:com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com que os preços de mercados também sofram aumento .
As causas mais comuns da inflação :os aumentos salariais fazem com 
O custo unitário de um bem ou serviço aumente do custo da matéria-prima que provoca um super aumento nos custos da produção fazendo com que o custo final do bem e serviço aumente isso é conhecido como (choque de oferta).
Aumento das taxas de salários que supere os aumentos na produtividade
De mão de obra acarretam aumentos no custo unitários de produção que são normalmente repassados aos preços dos produtos .
Estruturas de mercado:a inflação de custo também está associada ao fato de algumas empresas, com elevado poder de monopólio ou oligopólio ,terem condições de elevarem seus lucros acima custo da produção.
Este fenômeno recebe o nome de estagflação(estagnação econômica com inflação ).As firmas com poder oligopolista tem condição de manter suas ,margens de lucros sobre custo(Mark up)ao aumentar o preço de seus produtos finais.
Inflação inercial
Ela e provocada fundamentalmente ,pelos mecanismos de indexação formal(salários ,alugueis, contratos financeiros)e indexação informal(preços em geral e impostos, preços, tarifas publicas.
Causas da inflação segundo a corrente estruturalista.
De acordo com esta corrente, a inflação explicada .primeiramente por questões estruturais(daí nome),como estrutura agrária,estrutura oligopólica de mercado e estruturado mercado internacional.
No fundo, segundo a visão estruturalista as causas da inflação estão associadas aos conflitos distributivos ,ou seja na tentativa de os agentes manterem ou aumentarem sua posição na distribuição do “bolo” econômico :empresários defendem seus lucros e ,trabalhadores tentam manter salários e o governo ,manter preços e tarifas publicas .
AS distorções Causadas pela Inflação:
A classe trabalhadora é sem duvida a mais afetada e a que mais perde com as taxas elevadas de inflação principalmente os de baixa renda. Já as
Empresas com maior poder de definir preço repassam os custo provocados pela inflação garantindo a margem de lucros.
Efeitos sobre o balanço de pagamento.
A alta da inflação provoca um ciclo vicioso ;se pais estiver enfrentando um déficit cambial,nesse caso as autoridades são obrigados á lançar mão da desvalorização cambiais,as quais ,depreciando a moeda nacional ,podem estimular a colocação de nossos produtos no exterior,desestimulando as importações.
Efeitos sobre mercado capital:em tal situação normalmente não é possível prever de maneira adequada as taxas de inflação.
No Brasil essas distorção foi bastante minimesada pela instituição durante um largo período através do mecanismo da correção monetária.
Efeitos sobre as expectativas empresariais fica em compasso de espera ,consequentemente o crescimento econômico e o próprio nível de emprego podem ser afetados pelas processo inflacionários. 
No Brasil, sempre teve inflação, e a inflação sempre foi um problema bastante característico, mas o período onde ela mais ficou evidente foi no ano de 1950 e só passou a ser mais controlada a partir de Plano Real em 1994, onde o País começa a dar os primeiros passos rumo a estabilidade econômica.
As décadas de 1960 e 1970 simbolizam o início do desequilíbrio econômico no Brasil. Naquele período, os índices de inflação chegavam a aproximadamente 40% ao ano e a principal fonte de inflação era o déficit do tesouro, pois o país tinha a necessidade de ter uma infraestrutura adequada de transporte, energia, saneamento, etc, e o Brasil era obrigado a cumprir essas exigências para promover o desenvolvimento econômico do país. Tendo em vista os baixos salários e o baixo nível de renda per capita o governo não podia aumentar a carga tributária, então ele resolveu emitir dinheiro e essa foi a típica inflação de demanda: quanto mais dinheiro corria na economia, maiores eram as compras e os investimentos, e nesse momento a economia não estava preparada para produzir um volume correspondente ao aumento da demanda.
A partir do ano de 1964, a política caracterizou-se, numa primeira fase (64 a 66), por um tratamento que foi classificado como “Tratamento de Choque” que tinha por finalidade fazer as taxas da inflação cair rapidamente.
Já em 1967 até 1973 houve a “Política Gradualista”, que correspondeu ao combate por etapas planejadas esse plano envolvia políticas monetária e fiscal menos rígidas do que aquelas presentes em um plano de estabilização baseado no tratamento de choque, e supunham que o país poderia estabilizar os preços sem incorrer nas violentas quedas na taxa de crescimento que geralmente acompanhavam os choques deflacionários.
No período de 1973 a 1974 o Brasil passou pela “Crise do Petróleo” e essa crise trouxe reflexões profundas sobre a economia Brasileira e Mundial. Mais uma vez o Brasil passa por um período de alta inflação, devido, novamente, os elevados gastos públicos com programas de substituição de importações na área de energia, aço, bens de capital (Bens de capital ou bens de produção são os equipamentos e instalações, são bens ou serviços necessários para a produção de outros bens ou serviços. O bem de capital não é diretamente incorporados no produto final, indivíduos, organizações e governos usam bens de capital na produção de outros bens ou mercadorias. Bens de capital incluem fábricas, máquinas, ferramentas, equipamentos, e diversas construções que são utilizadas para produzir outros produtos para consumo) e minerais não ferrosos, ocorridos na gestão do então presidente Ernesto Geisel.
Pouco mais adiante, a década de 1980 foi marcada pela conjunção de dois fatores: forte retração na taxa de expansão econômica e significativo aumento da inflação. A média anual, por exemplo, subiu para 330% e, entre 1990 e 1994, para 764%. Foram pelo menos 15 anos de hiperinflação.
Havia também a corrente inercista que defendia a tese de que a inflação no Brasil seria basicamente inercial, ou seja,  referia-se à ideia de memória inflacionária, onde o índice atual é a inflação passada mais a expectativa futura. A inflação se mantém no mesmo patamar sem aceleração inflacionária e é decorrente de mecanismos de indexação. Estes mecanismos podem ser formais e informais.
Formais: regras específicas e legais de aumento, a exemplo de aluguéis e mensalidades escolares.
Informais: quando os agentes são seguidores de preço, ou seja, aumentam o preço porque os outros também o fizeram.
Em Fevereiro de 1986 foi implantado o Plano Cruzado, que foi concebido a luz de um diagnóstico “inercista”, que teve como característica principal o CONGELAMENTO DOS PREÇOS. Além desse plano, tivemos também o Plano Bresser e o Plano Verão todos no Governo do então Presidente da República Jose Sarney. Logo após tivemos o Plano Collor¸ que também usou a tática de congelamento de preços e dos salários para tentar conter o processo inflacionário Brasileiro.
O Plano Real
Foi lançado no ano de 1994, no dia 1 de julho no governo do Itamar Franco, tendo como Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, que reconheceu que as principais causas da Inflação eram o desequilíbrio do setor público. O programa brasileiro de estabilização econômica é considerado o mais bem-sucedido de todos os planos lançados nos últimosanos para combater casos de inflação crônica.
Na primeira etapa procurou equilibrar o orçamento, foi desvinculado as receitas federais das destinações para gastos específicos e a criação do IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentações Financeiras) . Na segunda etapa foi feita a troca de moedas, do cruzeiro real para URV (Unidade Real de Valor) e desta para a nova unidade monetária o Real. O Plano Real foi sem dúvida um sucesso passando a operar com a inflação, que antes girava em torno dos 4 dígitos anuais e 2 semestrais, apenas em 1 dígito anual.
Logo em seguida a política antiinflacionária concentrou-se nas âncoras monetárias que consistiu no estabelecimento da taxa de juros e da taxa do compulsório sobre depósitos a vista para controlar a demanda agregadas.
O Real passou a ser mais valorizado em relação às moedas estrangeiras, principalmente o dólar, com isso as importações passaram a ser mais baratas aumentado a concorrências com os produtos produzidos no Brasil.
No ano de 1999 foi estabelecido um novo regime cambial dentro da política de controle da inflação, foi adotado a metas de inflação, estabelecendo-se uma banda limite (superior e inferior) para a inflação futura onde o governo se compromete em cumprir através do Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM).
No período de 1995 a 2000 o Plano Real, em particular a apreciação cambial, apresentou um entrave às nossas exportações ocasionando déficits na economia comercial. No ano de 1998, com as crises no México, na Rússia, no Sudoeste da Ásia (1997), o pais foi obrigado a aumentar as taxas de juros internas e por fim acabou recor rendo ao FMI (Fundo Monetário Internacional).
No ano de 2000, foi criado a Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabeleceu limites quantitativos para as despesas e endividamento da União, Estados e Municípios.
Desde a criação do Plano Real, em 1994, no ano de 2002 foi a primeira vez em que a inflação saiu do controle devido as eleições presidenciais tendo como favorito o candidato do Partido dos Trabalhadores Luis Inácio Lula da Silva, fazendo com que houvesse uma grande saída de recursos financeiros país (corrida do dólar) fazendo com que o Real perdesse valor perante o dólar, passando de 1,20 para que 4,00 reais. A inflação voltou a alcançar os 2 dígitos.
O governo Lula não alterou a política monetária do país, mantendo o Tripé metas de inflação-câmbio flutuante-superávit primário, bem como a Leis de responsabilidade Fiscal, como isso o Brasil vem cumprindo aqueles que são os objetivos principais da política Econômica: Estabilização Econômica, Crescimento da renda e emprego e melhoria de padrão de vida da população.
Fonte: PLT
site http://www.fazenda.gov.br/portugues/real/planreal.asp
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Inflação

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