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VIROLOGIA

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VIROLOGIA
VÍRUS – 
 AGENTES INFECCIOSOS, NÃO SÃO VISTOS A OLHO NU NEM AO
 MICROSCÓPIO ÓPTICO E NÃO SÃO CÉLULAS.
NÃO APRESENTAM NÚCLEO, ORGANELAS OU CITOPLASMA.
PARASITAS INTRA CELULARES OBRIGATÓRIOS E QUANDO INFECTAM UMA CÉLULA SUSCEPTÍVEL APRESENTAM ALGUMASCARACTERÍSTICAS DE UM ORGANISMO VIVO, FICANDO NA FRONTEIRA ENTRE O VIVO E O NÃO VIVO.
O PROCESSO DE MULTIPLICAÇÃO VIRAL É CHAMADO DE REPLICAÇÃO E ACONTECE SEMPRE DENTRO DE UMA CÉLULA VIVA.
SEREM PARASITAS OBRIGATÓRIOS É UMA DISTINÇÃO QUE DIVIDEM COM AS RIQUÉTZIAS E CLAMÍDIAS
CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS CONTÉM TANTO DNA COMO RNA, MAS AS PARTÍCULAS VIRAIS CONTÉM SOMENTE UM TIPO DE ÁCIDO NUCLEICO : OU DNA OU RNA (NUNCA OS DOIS AO MESMO TEMPO)
A REPLICAÇAO DOS VÍRUS NECESSITA QUE UMA PARTÍCULA VIRAL INFECTE UMA CÉLULA E PROGRAME A MAQUINARIA DACÉLULA HOSPEDEIRA PARA SINTETIZAR OS COMPONENTES NECESSÁRIOS PARA A FORMAÇÃO DE NOVAS PARTÍCULAS VIRAIS.
A CÉLULA INFECTADA PODE PRODUZIR DE CENTENAS A MILHARES DE NOVOS VÍRUS E DEPOIS, NORMALMENTE MORRE.
O DANO TECIDUAL COMO RESULTADO DA MORTE CELULAR CONTRIBUI PARA OS EFEITOS DESTRUTIVOS OBSERVADOS EM MUITAS DOENÇAS VIRAIS.
O nome vírus, significa veneno.
Pasteur, em meados do século XIX, designava como vírus os agentes causadores de infecções em geral, mesmo que causadas por bactérias. 
 
Em 1892, Iwanowski aplicou este teste a um filtrado de plantas que sofriam da doença do mosaico do tabaco e obteve resultados surpreendentes. O filtrado era capaz de produzir a doença original em novos hospedeiros. Quando repetido, as filtrações produziram os mesmos resultados e nada podia ser visto ao microscópio, nem podia ser cultivado a partir dos filtrados. Iwanowski e colaboradores concluíram que haviam descoberto uma nova forma patogênica de vida; reconheceram assim a existência de agentes infecciosos invisíveis ao microscópio óptico comum, incultiváveis nos meios utilizados para a cultura de bactérias, e que podiam atravessar os filtros capazes de retê-las. Esses agentes foram denominados "vírus filtráveis" ou "ultravírus" e os primeiros a serem descobertos foram os vírus do mosaico do fumo (1898) e da febre aftosa (1898). A palavra filtrável perdeu-se por desuso. 
Vírus bacterianos foram descobertos no início do século XX, sendo chamados bacteriófagos (ou "comedores de bactérias"). Assim, bacteriófagos são de fato vírus, mas o termo fago tem sido empregado para designar esta classe de agentes infecciosos filtráveis.
 
 
 
Estrutura de um bacteriófago 
BACTERIÓFAGOS
COMPONENTE
FUNÇÃO
GENOMA
Carreadores de informação genética necessária à replicação de novas partículas do fago
BAINHA DA CAUDA
Retrátil de modo que o genoma pode se mover da cabeça do fago para o interior do citoplasma da célulahospedeira
PLACA BASAL E FIBRAS DA CAUDA
Fixa o fago a sítios receptores específicos na parede celular de uma bactéria hospedeira susceptível
2. Composição
Vírus não possuem uma organização tão complexa quanto a de células, tendo de fato uma estrutura bastante simples. 
Eles consistem basicamente de um ácido nucléico, DNA ou RNA, envolvido por uma capa proteica (capsídeo) e em alguns casos de uma membrana lipoproteica (envelope). Essa simplicidade faz com que os vírus sejam incapazes de crescimento independente em meio artificial, podendo replicar apenas em células animais, vegetais ou microrganismos. Na verdade, vírus são seres que se utilizam da maquinaria celular para reproduzirem-se, sendo por isso parasitas.
3. Propriedades gerais dos vírus
3.1. Tamanho: os vírus são menores que outros organismos, embora eles variem consideravelmente em tamanho – de 10 nm a 300 nm. As bactérias possuem aproximadamente 1000 nm e as hemácias 7500 nm de diâmetro. Os vírus estão entre os menores agentes infecciosos que existem, podendo medir entre 18 a 300 nm (0,018 a 0,3 µm). Como comparação, as bactérias, por exemplo Staphylococcus, medem por volta de 1.000 nm. As menores bactérias, como as clamídias, têm dimensões de 200 nm e mesmo as rickettsias têm tamanho entre 300 e 600 nm. Aliás, durante muito tempo estas bactérias foram consideradas de vírus. Como o poder de resolução do microscópio óptico é de cerca de 200 nm, os vírus só podem ser visualizados por microscópio eletrônico. Somente os poxvírus como por exemplo o vírus da vaccinia, têm dimensões de 300 nm e podem ser visualizados ao microscópio óptico. Entre os métodos utilizados para determinação do tamanho viral estão a microscopia electrónica, a ultracentrifugação e a ultrafiltração.
3.2. Genoma:
O genoma dos vírus pode ser formado de DNA ou RNA, nunca ambos (os vírus contêm apenas um tipo de ácido nucléico). São parasitas intracelulares obrigatórios, representando uma forma bastante sofisticada de parasitismo. 
É importante destacar que todas as células vivas possuem DNA, na forma de cadeia em dupla hélice, como material genético. Nos vírus, no entanto, não é isso que se observa. Tanto DNA quanto RNA podem guardar as informações genéticas, sendo que esses dois tipos de ácido nucléico podem ser encontrados na forma simples e cadeia dupla.
Os vírus podem apresentar DNA ou RNA, de cadeia dupla (ds) ou de cadeia simples (ss). Os vírus que possuem ssRNA e actuam directamente como RNA mensageiro (mRNA) são designados como vírus de cadeia positiva (+), como Enterovirus, Rhinovirus, Picornavirus (poliomielite) e Hepatovirus. 
 
Os vírus que devem replicar o seu RNA primeiro para depois formar a cadeia complementar, como os Influenzavirus, Paramyxovirus (rubéola) e Rhabdovirus (raiva), são designados como vírus de cadeia negativa (-). A replicação da cadeia negativa é sempre catalisada por uma RNA polimerase contida no vibrião. 
Os retrovírus contêm cadeias simples de RNA, necessitando de uma enzima, a transcriptase reversa (também conhecida como DNA-polimerase RNA-dependente), para realizar um processo de transcrição reverso, isto é, produzir DNA partir de RNA. 
Quando os retrovírus infectam uma célula, escravizam a maquinaria celular inserindo cDNA (DNA complementar do RNA) viral no DNA da célula invadida através de uma enzima chamada integrase.
3.3. Metabolismo:
Os vírus não possuem atividade metabólica fora da célula hospedeira; eles não possuem atividade ribossomal ou organitos para síntese de proteínas.
Vírus são conhecidos agentes infecciosos, causadores de doenças no Homem, animais ou plantas. Nos homens, são responsáveis por uma série de infecções benignas, como gripes e verrugas, assim como podem induzir sintomas severos, como cancro, poliomielite e SIDA. 
Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios e podem ser encontrados em duas formas, uma dentro das células e outra fora destas. Na forma extracelular, o vírus é uma partícula submicroscópica, conhecida como vibrião ou partícula viral. Esta apresenta, para cada tipo de vírus, algumas características especiais, entre elas diferentes tamanhos e formas. Quando o ácido nucléico do vírus penetra na célula hospedeira, inicia-se o estado intracelular, ocorrendo a replicação viral.
Os retrovírus, como o HIV, também são vírus contendo RNA, mas ao entrarem nas células, para se multiplicarem, necessitam de uma enzima denominada transcriptase reversa (são os únicos que a possuem). 
 
Esta enzima promove a síntese de DNA de cadeia dupla, a partir do RNA viral, que pode integrar-se no genoma celular (do hospedeiro). O vírus reconhece a superfície da célula e funde-se com a membrana plasmática, podendo ocorrer também endocitose. Após a penetração do nucleocapsídeo viral, ocorre a transcrição reversa do RNA do vírus em DNA viral. 
Esse processo ocorre cerca de uma hora após a infecção da célula. O DNA viral migra para o núcleo da célula e integra-se com o DNA celular, ocorrendo modificações em ambos os códigos genéticos. Começa a transcrição deste DNA em RNA viral, a partir do sistema de transcrição da célula. Proteínas também são produzidas e algumas moléculas de RNA são
empacotadas, originando centenas de novos vírus.
Alguns vírus de RNA apresentam o genoma segmentado (ou seja separado em várias moléculas). Por exemplo, o genoma do vírus influenza (da gripe) é composto de 8 segmentos separados de ssRNA-.
Na figura é apresentado um esquema do vírus influenza.  A Co-infecção de uma mesma célula por dois vírus diferentes pode resultar na troca dos segmentos correspondentes. Essa recombinação criará novas linhagens de vírus. Essas trocas provocam modificações que eventualmente não são reconhecidas pelo sistema imunitário do hospedeiro. Assim podemos explicar as pandemias de gripe que surgem no globo. Pelo menos uma dessas linhagens foi identificada como sendo devido a aquisição de um gene (da hemaglutinina de influenza) de um vírus de pato pela linhagem humana. Vale aqui ressaltar que a gripe espanhola do início do século (1918) foi a pior epidemia infecciosa conhecida pelo homem.
6. Capsídio
A maior parte dos vírus tem o seu genoma protegido por uma capa proteica, chamada cápsula, ou capsídio. O agrupamento das proteínas virais dá ao capsídio sua simetria característica, normalmente icosaédrica ou helicoidal. O genoma em conjunto com o capsídio constitui o nucleocapsídio. 
Devido a limitações no tamanho do genoma viral, os vírus não podem codificar um grande número de proteínas diferentes. Assim, o cápsidio viral tem que ser formado de subunidades idênticas, chamadas protômeros, que se agrupam formando subunidades maiores, os capsômeros. Assim, um cápside pode ser composto de centenas de capsômeros, mas ainda baseada num simples modelo icosaédrico.
O número total de capsômeros é característico de cada grupo viral
Alguns vírus apresentam uma estrutura mais complexa sendo compostos de várias partes. É o caso de alguns bacteriófagos que apresentam uma cauda acoplada à cabeça poliédrica. 
Em alguns tipos de vírus das plantas (como os vírus da família Bromoviridae) há a presença de genomas segmentados que são envolvidos em capsídios independentes. Assim a infecção só é efetiva se houver a co-infecção de todos os capsídios.
7. Envelope viral
Vários vírus possuem complexas estruturas de membrana envolvendo o nucleocapsídio. O envelope viral consiste  numa bicamada lipídica com proteínas, em geral glicoproteínas, embebidas nesta. A membrana lipídica provém da célula hospedeira, muito embora as proteínas sejam codificadas exclusivamente pelo vírus.
8. Enzimas
Vírus não realizam processos metabólicos, sendo, em geral, inertes fora da célula. Entretanto, algumas partículas virais contém enzimas que tem grande importância no processo infeccioso.
Como exemplo clássico, temos os retrovírus, que carregam na partícula viral a transcriptase reversa, necessária para sua replicação. Em alguns outros vírus há enzimas necessárias para ajudar a entrada na célula. É o caso de alguns bacteriófagos, que possuem uma enzima, lisozima, necessária para fazer um buraco na parede celular para a penetração do genoma viral.
A imagem anterior detalha a capa de proteínas que protege centenas de vírus conhecidos. A foto foi feita através de raios-X e pode ajudar pesquisadores a criar formas mas efetivas de combater infecções virais.
REPLICAÇÃO VIRAL
1-ADSORÇÃO- fixação do vírus às células hospedeiras
2- PENETRAÇÃO- entrada dos virions(genoma)
3-SÍNTESE- síntese de novas moléculas de ácido nucleico, proteínas do capsídeo e outros componentes virais utilizando a maquinaria metabólica das células hospedeiras.
4-MATURAÇÃO- a organização dos novos componentes virais sintetizados em virions completos.
5- LIBERAÇÃO- a saída de novos virions das células hospedeiras. A liberação geralmente lisa as células hospedeiras, mas nem sempre.
1- ADSORÇÃO
Os vírus tem estruturas especializadas para a sua fixação à célula hospedeira
É necessário haver especificidade.
2-PENETRAÇÃO
Ocorre muito rapidamente, após a adsorção do virion.
Penetram nas células animais o ácido nucleico e o capsídeo.
Os vírus não envelopados entram por endocitose.
Os vírus envelopados podem fusionar seu envelope com a membrana plasmática da célula hospedeira ou entrar por endocitose.
Uma vez que o vírus entra no citoplasma da célula hospedeira, o genoma viral deve ser separado de seu envoltório proteico, através de um processo chamado de DESNUDAMENTO.
3-SÍNTESE
A síntese de novo material genético e de proteínas depende da natureza dos vírus infectantes.
Os DNA vírus replicam seu DNA no núcleo da célula hospedeira com ajuda de enzimas virais e sintetizam seu capsídeo e outras proteínas no citoplasma utilizando as enzimas das células hospedeira. As novas proteínas virais são transportadas para o núcleo, onde se combinam com o novo DNA viral para formar virions
Em vírus DNA, a replicação ocorre em uma série de etapas designadas como transcrição e tradução
Em RNA vírus, existe uma variedade de maneiras.
Alguns, agem como o RNAm e proteínas virais sãoproduzidas imediatamente após a penetração e o desnudamento. O núcleo da célula hospedeira não está envolvido. As proteínas virais têm uma função essencial na síntese destes vírus.
Uma proteína inibe a atividade de síntese dacélula hospedeira
4-MATURAÇÃO
APÓS O ÁCIDO NUCLEICO VIRAL, ENZIMAS E OUTRAS PROTEÍNAS FORAM SINTETIZADAS, SE INICIA A FORMAÇÃO DE VÍRIONS COMPLETOS COM TODAS AS CARACTERÍSTICAS DE ACORDO COM A CODIFICAÇÃO DO GENOMA VIRAL
5-LIBERAÇÃO
O BROTAMENTO DE NOVOS VÍRIONS A PARTIR DA MEMBRANA PODE 
OU NÃO MATAR A CÉLULA HOSPEDEIRA.
CULTURA DOS VÍRUS
1-CULTURA DE CÉLULAS (ATUALMENTE)
2- OVO EMBRIONADO 
Vírus e cancer
Após anos de pesquisa e testes, conhecemos pelo menos seis tipos de vírus associados a cânceres humanos.Provavelmente existam muito mais a serem identificados.
1- O VÍRUS DOS EPSTEIN-BARR-
 DNA VÍRUS DO GRUPO DOS HERPES VÍRUS
>LINFOMA DE BURKITT(TUMORMALIGNO QUE CAUSA INCHAÇÃO EEVENTUAL DESTRUIÇÃODAMANDÍBULA E TAMBÉM SUSPEITA-SEDEMAIS 3 TUMORES ASSOCIADOS AO VEB
2- HPV (PAPILOMA VÍRUS HUMANO)
ALGUNS CAUSAM APENAS VERRUGAS BENIGNAS, TIPOS COMO HPV-8 E HPV-16 PROVOCAM CARCINOMA DO TECIDO EPITELIAL DA CÉRVICE UTERINA.
3- HBV- DNA VÍRUS
VÍRUS DA HEPATITE B
CAUSA INFLAMAÇÃO NO FÍGADO E PODE LEVAR AO CANCER HEPÁTICO
4- O SARCOMA DE KAPOSI- 
CANCER DE CÉLULAS ENDOTELIAIS DOS VASOS SANGUÍNEOS E DO SISTEMA LINFÁTICO, PARECE ESTAR ASSOCIADO AO HERPESVÍRUS
5- O HTLV-1- RETROVÍRUS
CAUSA LINFOMA
LEUCEMIA EM CÉLULAS T EM ADULTOS
ONCOGENES
AS PROTEÍNAS PRODUZIDAS POR VÍRUS TUMORAIS QUE CAUSAM A DIVISÃO CELULAR DESCONTROLADA DA CÉLULAHOSPEDEIRA SE ORIGINAM DE FRAGMENTOS DE DNA DENOMINADOS ONCOGENES.
NOS VÍRUS DNA CAUSADORES DE TUMOR, OS ONCOGENES NÃO CAUSAM APENAS NEOPLASMA, ELES TAMBÉM CONTEM INFORMAÇÃO PARA A SÍNTESE VIRAL DAS PROTEÍNAS NECESSÁRIAS PARA A REPLICAÇÃO VIRAL.

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