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Penal lll Casos do 1 ao 8

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PENAL lll – Casos Concretos do 1 ao 8
CASO 1
1- Adamastor Vale foi condenado como incurso nas sanções do artigo 121,§2º, inciso IV, do Código Penal por ter matado Anatalino da Silva, utilizando de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, desferindo pauladas no ofendido, causando-lhe as lesões descritas no auto de necropsia de fls. 19 do Inquérito Policial, que foram a causa de sua morte. Na ocasião, o denunciado utilizando-se de um pedaço de madeira, uma “trama” para cerca, desferiu pauladas na vítima, quando esta tentava se retirar do pátio da residência do acusado. Por outro lado, não se pode deixar de registrar que, momentos antes do fato, a vítima estaria embriagada no pátio da casa do réu, proferindo diversas ofensas verbais a ele e sua cunhada, além de tentar invadir sua residência e agredi-los fisicamente, razão pela qual, Adamastor Vale interpôs recurso de apelação com vistas ao reconhecimento da nulidade da decisão proferida pelo Tribunal do Júri por não ter sido formulado quesito relativo à forma privilegiada do delito, consoante entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal (Verbete de Súmula n.162), pedido julgado improcedente, haja vista a tese relativa à forma privilegiada do ilícito não ter sido ventilada pela defesa técnica em nenhum momento processual, nem mesmo no julgamento em plenário, ocasião em que propugnou apenas pelo afastamento da qualificadora e pela absolvição. Sucessivamente: 1. Arguiu o reconhecimento da causa de diminuição de pena (privilégio). 2. Afastamento da hediondez do delito. A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre a teoria da pena, os crimes contra a vida e os institutos repressores da lei de crimes hediondos (Lei n.8072/1990) analise a procedência dos pedidos sucessivos.
1- Arguiu o reconhecimento da causa de diminuição de pena (privilégio). 
R: Terá êxito o reconhecimento do “privilegio”, uma vez que estamos tratando de homicídio qualificado-privilegiado que não é crime hediondo, que poderia o réu ser enquadrado pela prática de homicídio privilegiado pela violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, combinada com a qualificadora do emprego de recurso que dificultou a defesa do ofendido. I. Não existe incompatibilidade entre o privilégio previsto no § 1.º do art. 121 do Código Penal e as circunstâncias qualificadoras previstas no § 2.º do mesmo dispositivo legal, desde que estas não sejam de caráter subjetivo.
2- Afastamento da hediondez do delito? 
R: Sim, por ser um crime de homicídio qualificado-privilegiado.
QUESTÃO OBJETIVA:
1) Com relação ao delito de homicídio, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
d) II e IV.
II. O homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que na forma simples, poderá ser considerado hediondo, consoante expressa previsão legal na Lei n.8072/1990. Correta
IV. O instituto do perdão judicial aplica-se aos crimes de homicídio culposo previstos no Código Penal e na Lei n.9503/1997 (CTB) e configura-se como direito público subjetivo do réu de caráter unilateral, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias expressamente previstas em lei. Correta
CASO 2
Uma mulher de 37 anos, que cometeu um autoaborto em 2006, vai a júri popular. Dependente de drogas, desempregada e mãe de dois filhos, ela foi denunciada pelo Ministério Público, absolvida em primeira instância, mas terá de sentar no banco dos réus por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, que atendeu ao recurso da promotoria. Keila Rodrigues mora em Paulo de Faria, uma cidadezinha no interior de São Paulo com pouco mais de 8,5 mil habitantes, distante 150 quilômetros de São José do Rio Preto. Ela pagou R$ 100 por dois comprimidos Cytotec, um abortivo de uso restrito, comprados clandestinamente. No dia 31 de outubro de 2006, grávida de cinco meses, ela foi até o Hospital de Base de Rio Preto e colocou os comprimidos na vagina. Pouco tempo depois, passou a ter fortes contrações e precisou ser internada imediatamente. Como a gravidez era avançada, o feto não foi expulso naturalmente, e Keila entrou em trabalho de parto antecipado. O bebê - que recebeu o nome de Amanda - nasceu de parto normal no dia 2 de novembro, pesando 615 gramas. A menina viveu por 20 dias, mas não resistiu. Morreu em decorrência de uma infecção neonatal ...Moreira, admitindo que é raro que casos de aborto sejam denunciados e terminem em júri. A advogada Maria do Carmo diz que ficou surpresa com a decisão do TJ de mandá- la para júri popular. "Keila está arrependida. Tenho certeza de que os jurados vão absolvê-la." A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a vida, identifique. 
a) As figuras típicas do delito de aborto. 
R: As figuras tipicas são
-autoaborto (art.124 CP)
-aborto sem consentimento (art.125 CP)
--aborto com consentimento.
b) O momento consumativo do delito de aborto. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R: A Consumação ocorre no momento da morte do feto, independente do momento da ação (utilização de meios que efetivamente poderiam provocar o aborto).
c) O fato da criança ter nascido e vindo a falecer após 20 dias de seu nascimento descaracteriza o delito de aborto? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: Não, o crime continua sendo caracterizado como aborto, mesmo seu resultado se produzindo após o momento da ação. Conforme o art. 4 do Codigo Penal.
Questão Objetiva:
1) Marcos e Rodrigo instigaram Juarez, que sofria de depressão, a cometer suicídio, pois, na condição de herdeiros do último, pretendiam a morte do mesmo por interesses econômicos. Ainda que Juarez tenha admitido firmemente a possibilidade de eliminar a própria vida, não praticou qualquer ato executório. Diante desse contexto, Marcos e Rodrigo: (FCC - 2014 - DPE-RS - Defensor Público).
d) não responderão pelo crime de instigação ao suicídio, pois não houve morte ou lesão corporal de natureza grave na vítima.
CASO 3
Deyse Neves foi denunciada como incursa no delito tipificado no art. 1º, II, da Lei n.9455/1997, por ter havido, mediante a utilização de uma escova de cabelo de cabo de madeira e correia de cinto, agredido seu filho Wallace, de três anos de idade. Em juízo, confessou a ré ter tido como motivo das agressões físicas o negativa de seu filho em utilizar o banheiro para a realização de suas necessidades, bem como sua “pirraça” ao fazê-las no chão da sala de casa (fls.132/133). Restadas comprovadas autoria e materialidade das agressões e, consectárias lesões à integridade física da criança, o Ministério Público entendeu estarem presentes os elementos configuradores do delito de tortura e não do delito de maus-tratos, previsto no art.136, do Código Penal. Ante o exposto com base nos estudos realizados sobre o tema, indique, fundamentadamente, a correta tipificação à conduta de Deyse Neves, bem como diferencie os delitos supracitados.
R: Trata-se de maus tratos. No caso em questão há um conflito aparente de normas, que é resolvido através do princípio subsidiariedade. Tortura (Lei 9455\ 97) é crime mais grave, o crime abaixo e menos grave, subsidiário, é o de maus tratos.
A diferença é que na Lei 9455 (tortura) o crime ocorre a partir do objetivo de castigar a pessoa castigada por mero prazer, enquanto no art. 136 (maus tratos), a o crime se tipifica através da correção educação e disciplina.
Questão Objetiva:
1) (UNEB - 2014 - DPE-BA - Estágio Jurídico - Defensoria Pública) “Uma criança de um 1 ano e 9 meses morreu após ser atropelada pelo próprio pai na zona sul de Porto Alegre, no início da tarde desta segunda-feira (30). Conforme a Polícia Civil, o pai, de 31 anos, estava saindo de ré da garagem de casa e não viu o menino, que foi atingido pelo veículo. O atropelamento aconteceu na Rua Dona Mariana, na Restinga. A criança foi encaminhada para o Hospital Moinhos de Vento da Restinga, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A Delegacia de Trânsito instaurou inquérito para investigar o caso. O pai e um tioda criança, que presenciou o ocorrido, prestaram depoimento durante a tarde”. (ATROPELO. Disponível em: < gaucha.clicrbs.com.br>. Acesso em: 30 dez. 2013).
c) homicídio culposo, porém será possível a extinção da punibilidade pelo perdão judicial
2) Sobre os crimes de abandono de incapaz e exposição ou abandono de recém-nascido, analise as assertivas abaixo: as corretas são?
b) I, II e III.
l. o delito de exposição ou abandono de recém-nascido, em face da pena, admite a transação penal prevista na Lei n.9099/1995 – Juizados Especiais Criminais. 
II. consumam-se com a efetiva exposição ou abandono, desde que resulte perigo concreto à vida ou à saúde da vítima.
III. em relação ao sujeito ativo do delito configuram delitos especiais próprios.
CASO 4
O gerente da empresa XYZ Ltda., pretendendo que a empregada Rosa das Neves, portadora de deficiência física, apresentasse sua demissão, passou a afirmar que ela estava desviando dinheiro do caixa e que fazia uso dos recursos para manter sua relação extraconjugal com um colega de trabalho. Estas afirmações foram realizadas reiteradamente para todos os colegas, por mais de três meses, levando Rosa a sentir-se em um ambiente de trabalho insustentável. O Juiz do Trabalho reconheceu a prática de assédio moral e determinou a expedição de ofício para apuração de delitos. (TRT 14R - 2014 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Juiz do Trabalho MODIFICADA). A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a honra: 
a) Avalie a possibilidade de concurso de crimes entre os delitos de calúnia, difamação e injúria quando praticados no mesmo contexto fático.
R: Não importa o crime (calúnia, difamação ou injúria): o propósito do agente é sempre prejudicar o próximo de qualquer forma: em sua fama, em seu nome, em sua honra.
Admite-se concurso de crimes? Se pra­ticados dois ou mais delitoscontra a honra (ainda que diversos) em contextos fáticos autônomos, perfeitamente possível se mostrao concurso de infrações. A dificuldade surge quando praticados no mesmo contexto de fato:
- temos decisões reconhecendo, na hipó­tese, a continuidade delitiva, pois ofendem o mesmo bem jurídico (RT 545/344);
- hã corrente preferindo aplicar ao caso o princípio da consunção, isto é, o crime maisleve é absorvido pelo mais grave, nâo im­portando a espécie de honra ofendida (RT 682/363);
- pensamos possível o concurso de delitos somente quando da(s) conduta(s) são atin­gidas honras diferentes. Assim, admitimos o concurso, material ou formal, a depender do caso, entre calúnia (ou difamação) e injúria.
 b) Identifique as consequências jurídico-penais caso o gerente promova a retratação antes da prolação da sentença. 
R: Como disposto no artigo 143, CP.... O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
c) O fato de Rosa das Neves ser portadora de deficiência física possui relevância para a tipificação da conduta do gerente?
R: A tipificação da conduta do gerente foi impropria e indevida, embora a vítima sejaportadora de deficiência física, o dispositivo legal excepciona o aumento de pena em caso de injúria, desse modo, o agente NÃO poderia ser condenado pelo crime de injúria com aumento de pena. Possui sim relevância a sua deficiência. Art. 141, CP.
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: 
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
Questão Objetiva:
1) Com relação aos delitos contra a honra, leia atentamente as situações hipotéticas apresentadas abaixo: os corretos são?
C) I, II e III IV.
I. Funcionário público oferece representação contra colega entendendo-se ultrajado na sua honra, (em sua dignidade). Acionado criminalmente, o colega retratou-se. A referida retratação é irrelevante para o Direito Penal. 
II. Um indivíduo comparece à Delegacia Policial e oferece notícia de crime em face de terceiro, um desafeto seu, sendo certo que o noticiante imputou ao noticiado crime de que o sabia inocente. Em decorrência da referida notícia foi instaurado inquérito policial. Neste caso, a conduta do noticiante encontra-se incursa no tipo penal da calúnia. 
III. Um indivíduo, maior e capaz, com o ânimo de ridicularizar um vizinho, portador de deficiência mental, o xinga de “idiota bobalhão”. Arrasado com a ofensa chora e conta aos seus pais e amigos que foi “humilhado”. Neste caso é correto afirmar que a conduta deste indivíduo será tipificada como injúria discriminatória. 
IV. Dois indivíduos, por motivo irrelevante, iniciam violenta discussão em um bar, no curso da qual um deles, despeja um copo de cerveja na cabeça do outro. A sua conduta configura a contravenção penal de vias de fato.
2) Em cada uma das opções abaixo, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada de acordo com as disposições incriminadoras contidas no CP sobre os crimes contra a honra. Assinale a opção em que a assertiva está correta.
A) I e II.
I. Jonas, em conversa com vários colegas de trabalho, entre eles Hercílio, seu desafeto, referiu-se a este dizendo “você é ladrão e hipócrita”. Nessa situação, a frase proferida por Jonas configura os delitos de calúnia e difamação em concurso formal, com causa de aumento de pena prevista na parte especial do CP. 
II. Adalto é negro e jogador de futebol profissional. Durante uma partida é chamado pelos torcedores do time adversário de macaco e lhe são atiradas bananas no meio do gramado. Caso sejam identificados os torcedores, é correto afirmar que, em tese, responderão pelo crime de injúria racial, nos termos do art. 140, § 3.º do Código Penal.
CASO 5
Walter Weber, conhecido por seu comportamento agressivo, foi denunciado e condenado como incurso nas sanções do art. 147 do Código Penal, a uma pena de 03 (três) meses de detenção, substituída por uma pena restritiva de direitos, consistente na prestação de serviços à comunidade, durante três meses, à razão de 07 (sete) horas semanais, por ter havido, no dia 05 de maio de 2010, por volta das 19 horas, ameaçado sua ex companheira Jacinta Silva, por meio da utilização de um facão. A referida conduta teve por elemento propulsor o fato de Walter não aceitar a separação do casal. Consoante provas testemunhais (fls.101/102) dos vizinhos, que a tudo assistiram, haja vista a conduta de Walter ter sido praticada no portão da garagem da casa do então casal, Walter teria ameaçado Jacinta de matá-la caso a visse com outro homem. Inconformado com a decisão interpôs recurso inominado, com vistas à reforma da decisão e consequente absolvição por insuficiência de provas, bem como sustentou, que o fato não passara de uma mera ?discussão entre marido e mulher? não tendo a mulher prestado ?queixa?. A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a liberdade individual, identifique. 
a. Os elementos da figura típica de ameaça e seu momento consumativo. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R: Figura típica: mal injusto e grave. Elemento: ameaça à vida de sua esposa com facão.
b. A natureza da ação penal aplicável ao caso. Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: Ação Penal Pública Condicionada a Representação, não se aplicando a Lei 9099/95.
Questão Objetiva:
1) Uma mulher apaixonada por um homem que inobstante tentar conquistá-lo de todas as formas, não consegue lograr êxito em seu intento. Assim, sendo, de porte de uma arma de fogo, empregando ameaça, obriga o homem indefeso à prática de relações sexuais, restando consumado, portanto o crime de: (Prova: CRSP - PMMG - 2014 - PM-MG. Modificada)
d) Estupro.
2) Manoel invadiu o computador de Paulo sem autorização deste e alterou várias informações do proprietário do computador, inclusive violando indevidamente seu mecanismo de segurança, em troca de um carro. Assim, Manoel:(Prova: FUNCAB - 2013 - PC-ES).
b) praticou o crime de invasão de dispositivo informático (artigo 154-Ado CP).
CASO 6
Roberto Carlos, profissional autônomo, conhecido na pequena cidade em que trabalha pela qualidade de seus serviços nas reformas de cozinhas e banheiros foi surpreendido em determinado dia, durante o horário de almoço, pela subtração de sua máquina de cortar cerâmica. Desesperado por tratar-se de maquinário indispensável à sua atividade laborativa perguntou a todos os conhecidos sobre o ocorrido. Alguns dias após a subtração encontrou a máquina jogada à porta da casa na qual estava trabalhando. Os moradores da casa viram quando um homem, identificado posteriormente como Leozinho, a jogou na porta e saiu correndo. Dos fatos, Leozinho restou denunciado pela conduta incursa no art.155, caput, do Código Penal. Inconformado alegou em defesa a aplicação do princípio da insignificância com vistas à exclusão da tipicidade material de sua conduta e, sucessivamente, a isenção de pena em decorrência da devolução da máquina e consequente ausência de prejuízo a Roberto Carlos. A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre o crime de furto, responda de forma objetiva e fundamentada: 
a) A defesa deve prosperar? 
R: Não caberia a aplicação do principio da insignificancia porque a conduta causou grande prejuizo ao proprietario da maquina.
b) O fato de Leozinho ter restituído a máquina de cortar cerâmica poucos dias após a subtração possui alguma relevância jurídico-penal? Caso a res furtiva fosse restituída no curso da ação penal a reposta seria a mesma?
R: sim, caberá a aplicação do art.16 houve arrependimento posterior, podendo a pena ser reduzida de um a dois terços. Não a resposta seria diferente, pois para configurar arrependimento posterior, a restrição do bem deve ocorrer, ate o recebimento da denuncia ou queixa. 
Questão Objetiva:
1) No dia 14 de setembro de 2014, por volta das 20h, José, primário e de bons antecedentes, tentou subtrair para si, mediante escalada de um muro de 1,70 metros de altura, vários pedaços de fios duplos de cobre da rede elétrica avaliados em, aproximadamente, R$ 100,00 (cem reais) á época dos fatos. Sobre o caso apresentado, segundo entendimento sumulado do STJ, assinale a afirmativa correta. (FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XV - Tipo 1 – Branca).
b) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no Art. 155, § 2º, do CP nos casos de crime de furto qualificado se estiverem presentes a primariedade do agente e o pequeno valor da coisa, e se a qualificadora for de ordem objetiva.
2) Em relação ao delito de furto, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
c) I, e III;
I. A diferença entre o furto mediante fraude e estelionato reside na forma pela qual o agente se apropria da coisa, pois enquanto no primeiro a vítima não percebe que a coisa lhe está sendo retirada, no segundo é a própria vítima que entrega a coisa ao agente.
IIl. Agente que subtrai para si energia elétrica alheia de pequeno valor, fazendo-o em concurso de pessoas, sendo ambos absolutamente primários, à luz da jurisprudência hoje dominante no Superior Tribunal de Justiça, pratica furto qualificado-privilegiado.
CASO 7
Por volta das 7h de uma segunda feira, Jesuíno e Lorrany, casal de namorados, ambos de 20 anos, abordaram o carro de Cláudia, parada em um semáforo em frente à escola do seu filho após deixá-lo. Jesuíno portava um revólver calibre 38 municiado e obrigou Cláudia a sentar no banco de trás do veículo ao lado de Lorrany. Jesuíno conduziu o veículo até a esquina mais próxima onde, então, Wallace Augusto entrou no carro e sentou-se na frente, no banco do carona portando a arma de Jesuíno apontada para a cabeça de Cláudia. Circularam por cerca de duas horas com a vítima fazendo com que esta efetuasse diversos saques de sua conta corrente e cartões de crédito em caixas eletrônicos quando, então, decidiram por largá-la no local em que havia sido rendida. Os agentes fugiram com o veículo, todavia alguns funcionários da escola que conheciam Cláudia viram o que acontecia e avisaram à Polícia, vendo ainda que os dois criminosos apanharam um homem que os aguardava nas cercanias. Dos fatos, restou provado no curso da ação penal que Jesuíno, Lorrany e Wallace Augusto associaram-se de forma estável e permanente para a prática de crimes contra o patrimônio. A partir do caso concreto narrado, com base nos estudos realizados sobre os delitos de roubo, extorsão e extorsão mediante sequestro identifique: 
a. A correta tipificação das condutas. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R: Roubo - É crime pluriofensivo (patrimônio e integridade). Trata-se de crime complexo, resultando da fusão de duas figuras típicas: furto e constrangimento ilegal. 
Extorsão - muito semelhante ao roubo. É crime pluriofensivo. Cleber Masson defende não se tratar de crime complexo, pois é espécie do gênero “constrangimento ilegal”. 
Mediante retenção da vítima.
Extorsão mediante sequestro - É crime hediondo, de natureza permanente. A prisão pode ser efetuada a qualquer momento (art. 303, do CPP). O termo “qualquer vantagem” se refere ao patrimônio da vítima ou de terceiro, pois o delito está no capítulo dos crimes contra o patrimônio. Caso a vantagem seja impossível, não haverá extorsão. 
b. Caso os agentes sejam denunciados pelas condutas contra o patrimônio com a majorante e ou qualificadora resultante de concurso de pessoas, é possível a cumulação de penas com o delito de associação criminosa? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R: Sim com base nos (Art. 288: Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes. Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente e (Art. 69: Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela), § 1º e 2º 
c. Caso no momento em que Cláudia fosse rendida pelos agentes, tivesse reagido e levado um tiro de Jesuíno que empreendeu fuga deixando a vítima ferida, qual seria a correta tipificação da conduta de Jesuíno?
R: A correta tipificação seria de o delito de extorsão na modalidade qualificada mediante retenção da vitima art. 158 §2º aplica-se o art. 157 §3º pena de reclusão de 7 a 15 anos, além de multa. 
Questão Objetiva:
1) Em relação aos delitos de extorsão e extorsão mediante sequestro, previstos nos arts.158 e 159, do Código Penal, analise as assertivas abaixo: São corretas apenas?
e) III e IV.
III. Os delitos de extorsão e roubo possuem como elemento distintivo a prescindibilidade do comportamento da vítima no roubo. 
IV. A extorsão é uma espécie de constrangimento ilegal, diferenciando-se deste em decorrência da natureza da vantagem almejada.
2) Após terem subtraído significativa quantia de dinheiro de um estabelecimento comercial, mediante grave ameaça, objetivando a detenção da res furtiva e a impunidade do crime, os agentes efetuaram disparos de arma de fogo contra policiais militares que os aguardavam na porta do estabelecimento. Embora não tenham conseguido fugir da ação policial e nem atingir nenhum dos milicianos, os agentes atuaram com evidente animus necandi em relação aos policiais militares. Conforme o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça, nesse caso, ocorreu (FUNDEP - 2014 - DPE-MG - Defensor Público)
d) latrocínio tentado
CASO 8
Claudinei Bom de Papo, proprietário de um veículo BMW, ano 1995, decide convidar Anabellla, colega de faculdade, para jantar em um caro restaurante próximo à casa da jovem a fim de impressioná-la. Combina de se encontrarem às 21h na porta do restaurante. Ao término do jantar romântico, Claudinei Bom de Papo estende o convite para um cineminha próximo à sua casa e pede que Anabella o acompanhe até o serviçode manobrista do restaurante para que ele possa retirar seu BMW. Poucos minutos após entregar o ticket de estacionamento ao manobrista recebe seu carro com um pequeno plus fornecido pelo restaurante ? outro carro, BMW, da mesma cor, mas 20 anos mais novo. Ciente do engano do manobrista e sem tecer qualquer comentário pega as chaves de seu novo carro e vai embora do restaurante com Anabella. A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra o patrimônio, responda de forma objetiva e fundamentada: sendo certo que Claudinei Bom de Papo não provocou o engano e tampouco não o informou ao manobrista qual a correta tipificação de sua conduta?
R: A conduta de estelionato art. 171. Obter para si o para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, indevido ou mantendo alguém em erro, mediante artificio, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.
Questão Objetiva:
1) Determinado sujeito, que acabara de se desiludir amorosamente, decide matar sua até então namorada. Toma emprestado o automóvel de seu vizinho e, durante o trajeto, por descuido, abalroa gravemente um outro veículo, causando sério prejuízo material. Mas, faltando-lhe coragem para consumar o homicídio, estaciona próximo a um bar, às portas da casa de sua ex-namorada e intencionalmente se embriaga, a fim de ganhar valentia para executar seu plano. Abandona o veículo, vai a pé até a casa da ex-namorada e, mediante asfixia, tira-lhe a vida. À luz do Direito Penal, o sujeito cometeu: (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto)
c) homicídio qualificado pela asfixia e agravado pela embriaguez pré-ordenada.
2) Jonas Esperto, assistente de Eleonora, designer de interiores, mantém união estável com esta. Certo dia, após perder muito dinheiro apostando em cavalos sem que sua companheira soubesse, pois havia pego emprestado de sua amada o dinheiro utilizado para as apostas, decide simular um sequestro a fim de obter, não só o valor perdido, mas também, mais dinheiro para futuras apostas. Procura um velho amigo, Beto Faz Tudo e o contrata para forjar o sequestro de sua companheira. Acordam que o valor do resgate será divido na porcentagem de 70% e 30%, já que ele ficou responsável pelo planejamento da operação por conhecer com riqueza de detalhes os horários de Eleonora. Realizada a empreitada criminosa, chega o momento da exigência do preço do resgate ao companheiro e aos filhos de Eleonora. Durante a conversa de Jonas Esperto com o sequestrador, Carlos Norberto Filho, filho de Eleonora descobre que Jonas foi o responsável por toda a organização do sequestro. Ante o exposto, com base nos estudos sobre os crimes contra o patrimônio é correto afirmar que a conduta de Jonas Esperto configura:
d) extorsão mediante sequestro consumado.
CASO 14
Cláudio Esperto adquiriu de pessoa desconhecida um aparelho destinado à falsificação de moeda. Em seguida, fabricou várias cédulas falsas de 10 reais. Resolvido a testar a qualidade de suas notas se dirigiu à uma padaria, adquiriu pães e bolo e pagou as compras com 4 notas falsas. Ainda que descoberta posteriormente a falsidade das notas em decorrência do prejuízo causado ao estabelecimento, sustentou em tese defensiva a incidência do princípio da insignificância para fins de exclusão de responsabilidade jurídico-penal de sua conduta.A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes de moeda falsa:
a. Aplique a correta tipificação às condutas praticadas por Cláudio Esperto.
R: Claudio respondera apenas por falsificação de moeda, uma vez que a aquisição dos apetrechos foi meio necessario para a falsificação (principio da consumação) e a distribuição das notas é mero exaurimento da falsificação.
b. Avalie a tese defensiva apresentada por Cláudio Esperto.
R: Não pode ser aplicado o principio da insignificância nos crimes contra a fé pública, uma vez que esse bem jurídico não pode ser quantificado.
Questão Objetiva:
1- Ângela recebeu, inadvertidamente, algumas notas falsas de R$ 50,00 (cinquenta reais) e não se recorda mais de quem as obteve. As notas em questão foram recusadas em diversas oportunidades em estabelecimentos comerciais que dispunham de equipamento apropriado à verificação da autenticidade de papel-moeda. Mesmo assim, e sentindo-se injustiçada por ter recebido as notas falsas em questão de boa-fé, como se verdadeiras fossem, continuou a repassá las em outros estabelecimentos. Acerca de sua conduta, pode-se afirmar que Ângela:( FGV - 2014 - DPE-DF ? Analista)
c) praticou forma privilegiada do crime de moeda falsa, pois repassou as notas sabendo serem falsas.
CASO 15
Adriano Chefe confiou a Alessandro Correto o preenchimento de uma folha de papel assinada em branco, na qual deveria constar proposta de trabalho com orçamento que seria remetida a um cliente. Alessandro Correto guardou a folha em uma gaveta, planejando preenchê-la assim que retornasse do almoço. Aproveitando-se da ausência de Alessandro, Haroldo Ocara retirou o papel da gaveta, redigiu uma confissão de dívida de duzentos mil reais de Adriano Chefe a seu favor, embora este não lhe devesse coisa alguma, e se apropriou do documento. A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes de contra a fé pública:
R: Na hipótese é falsificação de documento particular, pois não houve uma mera inserção de declaração ou dados, mas sim a verdadeira criação de um documento novo.
QUESTÕES OBJETIVAS
1) Sobre os crimes contra Fé Pública, analise as assertivas abaixo e selecione a alternativa correta.
d) I, II e III.
I. Aquele que confecciona um cartão de crédito falso comete o crime de Falsificação de Documento Particular na modalidade equiparada.
II. A modificação do numerário do chassi contido no documento de um veículo caracterizará a prática do delito de falsificação de documento público e não de adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
III. Incorre nas mesmas penas do crime de falsificação de documento público (art. 297 do Código Penal) quem insere ou faz inserir na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório.
2) Sobre os crimes contra Fé Pública, analise as assertivas abaixo e selecione a alternativa correta.
b) II, III e IV.
II. A distinção entre falsidade material e ideológica de documento é que na falsidade material frauda-se a forma do documento e na ideológica o conteúdo é falso.
III. Agente que, em razão de seus antecedentes criminais, insere sua fotografia na identidade de terceiro e a apresenta a policiais em uma blitz comete, em tese, o delito de falsa identidade.
IV. No crime de uso de documento falso a consumação se dá com o efetivo uso do documento, não se exigindo resultado naturalístico, já que se trata de delito formal.

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