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Bioenergética Prof: William Coelho Energia • Definição: – Capacidade de realizar trabalho – E o que é trabalho? • 𝜏 (tau) • Aplicação de uma força através de uma distância. Energia Energia • Formas de energia: – Química – Mecânica – Térmica – Luminosa – Elétrica – Nuclear Energia • No corpo humano: – Transformação de energia química em e. mecânica • A energia é ingerida transformado em química • A contração muscular é gerada através das sinapses Ciclo Energético Ciclo energético • Energia Solar – Armazenamento de energia química (nos alimentos) • Glicose, celulose, proteínas e lipídeos. – O metabolismo celular produz CO2 e H2O que é eliminado pelo organismo ( respiração) – Novamente o CO2 é absorvido pelas árvores e retransformado em combustível. ATP ( Adenosina trifosfato) • A energia liberada durante a desintegração do alimento não é utilizada diretamente para realizar trabalho. Pelo contrário, é empregada para produzir outro composto químico, o ATP. ATP ( Adenosina trifosfato) • O ATP é armazenado em todas as células musculares. • A célula só consegue realizar seu trabalho através da energia armazenada em forma de ATP. ATP • Ligações de fosfato são de alta energia. • Quando o P+ é separado do restante das moléculas: – São liberados de 7 a 12 quilo calorias de energia. – Com isso é formado: ADENOSINA DIFOSFATO (ADP) + Fosfato inorgânico (Pi) Fonte imediata de energia para célula muscular realizar trabalho. ATP • Duas questões: – Existe a qualquer momento uma quantidade de ATP na célula? – O ATP está sendo utilizado e regenerado? Fontes de ATP • 3 fontes comuns: – Sistema ATP-PC: • Provém de apenas um composto a fosfocreatina. – Glicólise anaeróbica: • Sistema que gera ácido lático mas que produz ATP a partir da glicose e do glicogênio; – Sistema aeróbico: • Utiliza O2; – Oxidação dos carboidratos – Oxidação de ácidos graxos Fontes de ATP • Todas essas fontes refazem a reação química de separação do fosfato, gerando assim mais ATP. Fontes de ATP • Sistema ATP-PC • Glicólise Anaeróbica • Sistema aeróbico Fonte anaeróbica. Fonte aeróbica. Sistema ATP-PC • Sistema Fosfagênio – Fosfocreatina • A remoção do fosfato gera alta energia que é usada para fazer ressíntese de ATP. PC+ ADP Creatina Cinase ATP+ C Sistema ATP-PC • A quantidade de reservas de PC são limitadas, funcionando como fonte imediata e esgotável. – A quantidade de PC é 3X maior que a de ATP no músculo (energia de reserva). – Esgotamento em 3 a 5 segundos de atividade explosiva; Sistema ATP-PC • Utilizada quando? – Atividades que exijam mais velocidade do que grande energia; – Atividades de explosão muscular; – Alta velocidade; – Início do exercício. Sistema ATP-PC • Porque é tão rápida? – ATP e PC estão armazenados no músculo – Não dependem de reações químicas complexas – Não dependem de transporte de O2 Sistema Glicólise Anaeróbica • Via de Embden Meyerhof • Ocorre através da desintegração incompleta de uma das substâncias alimentares, o carboidrato (açúcar), para ácido lático. Sistema Glicólise Anaeróbica • O organismo transforma todos os carboidratos em moléculas mais simples (glicose) que é armazenado no fígado e no músculo, como glicogênio. • Glicogênio: – Numerosas moléculas de glicose que são mantidas juntas em cadeias ramificadas. Sistema Glicólise Anaeróbica • Para entendermos: – Nesta situação: Carboidrato = açúcar = glicose = glicogênio Sistema Glicólise Anaeróbica • A Glicose é quebrada através de uma sequência de 12 reações que produzem energia para ressíntese de ATP e Ácido lático como produto. • Durante a glicólise cerca de 2 a 3 moles de ATP podem ser ressintetizados a partir de 1 mol de glicose. Sistema Glicólise Anaeróbica C6H12O6 2C3H6O3 + Energia Glicogênio Ácido Lático Energia + 3ADP+ 3Pi 3 ATP Sistema Glicólise Anaeróbica • A quantidade de ATP produzido é de fato menor que o mostrado anteriormente. – 3 Moles de ATP Sistema Glicólise Anaeróbica • A quantidade de ácido lático que o organismo suporta é cerca de 60 a 70 g antes de surgir a fadiga. • Se todos as gramas de glicogênio fossem desintegrados anaerobicamente seriam formados 180g de ácido lático no corpo. • Portanto cerca de 1- 1,2 moles de ATP podem ser ressintetizados durante um exercício pesado. Sistema Glicólise Anaeróbica • É utilizado em exercícios que são realizados em ritmo máximo por 1 a 3 minutos. – piques de 400 e 800 m • Fonte de energia relativamente rápida. • Produz de 10 a 12Kcal de energia útil. • 2x mais do que o produzido pela ATP-PC. Metabolismo aeróbico • Na presença de O2 1 mol de glicogênio é transformado completamente em dióxido de Carbono (CO2) e água H2O: – Liberando energia suficiente para ressíntese de 36- 38 mols de ATP – Maior produção de ATP de todas. Metabolismo aeróbico • Para que essa produção aconteça é necessário um uma série de reações químicas que vão acontecer na MITOCÔNDRIA Metabolismo aeróbico • As reações são divididas em três séries: – Glicólise aeróbica; – Ciclo de Krebs; – Sistema de transporte de eletrons. Metabolismo aeróbico • Glicólise aeróbica: – Acontecem reações semelhantes ao da glicólise anaeróbica, porém na presença de oxigênio o ácido pirúvico não se transforma em ácido lático. – Desvio do piruvato para o sistema aeróbico – 1 mol de glicogênio é transformado em 2 mol de ácido pirúvico, gerando energia para a formação de 3 ATP. Metabolismo aeróbico • Resultado da glicólise: – 2 ácidos pirúvicos, 2 ATPs e 2 NADH2 Metabolismo aeróbico • Ciclo de Krebs: – O ácido pirúvico agora penetra na mitocôndria para continuar uma série de reações chamadas de Ciclo de Krebs. Metabolismo aeróbico • Eventos dos ciclo: – É produzido dióxido de carbono (CO2); – Ocorre Oxidação ( e Redução) – É produzido ATP • Guanosina trifosfato (GTP) Metabolismo aeróbico • Ao iniciar o ciclo o CO2 é removido do ácido pirúvico formando um composto novo: – Acetil Coenzima A entra na mitocôndria. – O CO2 difundido é despejado no sangue e eliminado pelos pulmões. Metabolismo aeróbico • No Ciclo de Krebs há a liberação de CO2 e ions de Hidrogênio decompostos em prótons. Metabolismo aeróbico • Resultado do ciclo de Krebs. – 2 ATPs – 6NADH2+ – 2 FADH2+ Metabolismo aeróbico • Sistema de transporte de Elétrons (STE) – Cadeia Respiratória: – Ocorre as cristas mitocondriais – Após a liberação do NAD e FAD com os Íons de H+ • Gerando energia. – O O2 se torna o Aceptor final de H+ Metabolismo aeróbico • Cada NAD libera energia para produzir 3 ATP • Cada FAD libera energia para produzir 2 ATP • No final são produzidos 36 a 38 ATPs Fosforilação Oxidativa Metabolismo aeróbico • Utilizado em atividades de baixa potência e grande duração. Metabolismo aeróbico • O ressíntese de ATP também pode acontecer por meio de gorduras e proteínas. – A diferença é que a glicose pode produzir ATP com ou sem O2 já as duas somente podem realizar seu trabalho através do sistema Aeróbico. Metabolismo aeróbico • Metabolismo de gorduras: – Com cadeias de 16 a 18 carbonos: • Na forma de triglicerídios • São transformados em grupo Acetil com 2 carbonos • Oxidação beta. • Penetração no ciclo de Krebs: STE Metabolismo aeróbico • A produção global de ATPs com ativação de ácidos graxos, beta oxidação e a primeira passagem pelo ciclo dekrebs é de 16 ATPs • Novas passagens subsequentes acontecem sem a necessidade de ativação do ácido graxo. – Geração de 17 a 12ATPs Metabolismo aeróbico • Existe uma variação da produção de ATP de acordo com o ácido graxo: – Exemplo: • Ácido esteárico (molécula com 18 Carbonos) = 147 ATPs • Ácido palmítico (molécula com 16 carbonos) = 130 ATPs Metabolismo aeróbico Ativação e primeira passagem (17-1) 6 passagens subsequentes 6x17) 5 passagens subsequentes (5x17) Última passagem (17) mais (12) Produção total de ATP • Há a necessidade de 23 moles de O2 para ressintetizar um acido graxo; • 15% a mais que o metabolismo por glicogênio. • Papel das proteínas: – Sua contribuição para fonte energética não ultrapassa os 5 – 10%. – Nos casos de: • Inanição ou semi-inanição • Privação de carboidratos • Façanhas de resistência ( 6 dias de endurance) – Desempenha um papel importante. Sistemas metabólicos • Durante o repouso: – Principal fonte: • Sistema aeróbico (carboidratos e gorduras) • A quantidade de O2 proporcionada pela respiração é suficiente para as demandas metabólicas – A presença de ácido lático presente no sangue é em decorrência da altas doses de desidrogenase lática (LDH) que transforma o ácido pirúvico proveniente da glicólise. • Durante o exercício: – Dependem de variantes: • Intensidade do exercício: – Curta duração; – Longa duração. • Estado de treinamento; • A dieta do atleta. • Exercícios de curta duração: – Atividades onde a intensidade de trabalho só pode ser mantido por 2 ou 3 minutos. – Exercícios de velocidade com ou sem carga, de curta duração e alta intensidade, como: • a corrida de cem metros rasos; • os saltos; • o arremesso de peso; • musculação. • Metabolismo predominante: – Anaeróbico • Sistemas de fosfagênio e glicólise anaeróbica. • Os valores de PC cairão para valores muito baixos até o encerramento do exercício. • E motivos fazem com o que o sistema anaeróbico predomine: – Cada um possui um teto de potência aeróbica no qual pode consumir O2 – São necessários 2 a 3 minutos para o consumo de O2 alcançar os níveis exigidos, novo e mais alto. • Déficit de oxigênio: – Período durante o qual o nível de consumo de O2 fica abaixo daquele necessário para fornecer ATP exigido por qualquer exercício. – É nesse período que o sistema anaeróbico age • Exercícios prolongados: – Exercícios relativamente longos, de mais de 10 minutos: – Ex: • corridas de longa duração • Provas de natação de mais de 1000m • Maratonas. • Triatlo • Metabolismo predominante: – Aeróbico – Fonte de nutrientes: • Gorduras e carboidratos • Para atividade de até 20 minutos: – Predomínio de carboidratos • Glicólise aeróbica • Pode produzir ácido lático no sangue • Gorduras desempenhando um papel de apoio. • Atividades de mais de 1h: – Predomínio de gorduras: • As reservas de glicogênio vão reduzindo significativamente. • Pode haver mistura nos metabolismos. Glicogênio e Gorduras; Os metabolismos de PC e Glicólise anaeróbica também contribuem porém somente no início da atividade • Steady State: – Momento em que o suprimento de O2 alcança sua necessidade de consumo. • Fontes de fadiga: – Baixos níveis de glicose no sangue. – Fadiga muscular localizada – Perda de água (desidratação) – Cansaço físico. – Abatimento físico geral. • VO2 máximo: – Velocidade máxima com o que o O2 pode ser definido.
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