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Caso concreto 5 Aluna: Victória Marcilli da Silva Matrícula: 201701090333 Profº: Daniel Sousa Paiva Direito Civil I Caso concreto Caso concreto Roberto estando em dificuldades financeiras resolve vender um de seus rins a Flávio, que se encontra na fila de espera para transplante de órgãos. Pergunta-se: Pode Roberto efetuar referida venda? Justifique e fundamente sua resposta. Resposta: Não porque o artigo 13 do código civil, diz que integridade física é um direito da personalidade, portanto, é indisponível e irrenunciável. Por isso a pessoa não pode dispor do próprio corpo da forma que bem endente, porque a integridade física é tutelada pelo Estado. Lei somente permite a disposição do próprio corpo por exigência médica ou para fim de transplante. A lei n. 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, Art. 9º diz que é permitida à pessoa juridicamente capaz dispor GRATUITAMENTE de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau, inclusive, na forma do § 4o deste artigo, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea. (Redação dada pela Lei nº 10.211, de 23.3.2001) e também, configura-se crime segundo o que diz art. 15 da Lei n. 9434/97, "Comprar ou vender tecidos, órgãos ou partes do corpo humano". Pena - reclusão, de três a oito anos e multa, de 200 a 300 dias-multa. Com relação à característica da indisponibilidade, podemos afirmar categoricamente que a indisponibilidade dos direitos a personalidade é absoluta? Justifique sua resposta. Resposta: Não. Formalmente a indisponibilidade é absoluta. No entanto, existe a disponibilidade relativa dos direitos de personalidade que reside na possibilidade na cessão de uso de alguns desses direitos, ou de licença ou permissão. De acordo com o negócio, a cessão de uso pode, inclusive, ser onerosa. Ex: Art. 13 CC/2002, que trata dos atos de disposição do próprio corpo e permite em caso de exigência médica e transplante. Ex: Art. 14 CC/2002, que trata da disposiçao GRATUITA para fim científico, ou altruístico, todo ou em parte, para depois da morte. Questão objetiva (Procurador - Assembleia Legislativa de Goiás/2015) Uma das inovações mais importantes do estatuto civilista de 2002 é o capítulo referente aos direitos da personalidade, introduzido logo nos primeiros artigos do código (arts. 11 a 21). No que diz respeito aos direitos da personalidade, o Código Civil vigente prescreve que: existe um rol taxativo desses direitos, constituídos pelo direito à vida, à liberdade, à integridade física e psíquica, à imagem, à honra, ao nome e à vida privada. é inviolável a vida privada da pessoa natural, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a essa norma. é defeso, em qualquer hipótese, o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. é impossível admitir a disposição gratuita do próprio corpo para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial, por serem indisponíveis os direitos da personalidade. Desenvolvimento
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