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Literatura Brasileira III - Avaliando o Aprendizado

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Aula 1 
1
a
 Questão (Ref.: 201504734249) 
 
 
De acordo com a aula 1, podemos dizer que as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto têm como elemento 
comum: 
 
 A expressão de situações negligenciadas da realidade brasileira. 
 A intenção de retratar o Brasil de modo idealizante. 
 O estilo conservador do antigo regionalismo árcade. 
 A utilização de uma linguagem coloquial das camadas elitistas do sertão. 
 Um experimentalismo linguístico exacerbado. 
 
2
a
 Questão (Ref.: 201505065653) 
 
 
Como de hábito, Policarpo Quaresma, mais conhecido por Major Quaresma, bateu em casa às quatro e quinze da 
tarde. Havia mais de vinte anos que isso acontecia. Saindo do Arsenal de Guerra, onde era subsecretário, bongava* 
pelas confeitarias algumas frutas, comprava um queijo, às vezes, e sempre o pão da padaria francesa. 
Não gastava nesses passos nem mesmo uma hora, de forma que, as três e quarenta, por ai assim, tomava o bonde, sem 
erro de um minuto, ia pisar a soleira* da porta de sua casa, numa rua afastada de São Januário, bem exatamente as 
quatro e quinze, como se fosse uma aparição de um astro, um eclipse, enfim um fenômeno matematicamente 
determinado, previsto e predito...¿ (trecho extraído da primeira parte, capítulo I ¿ A lição de violão) 
http://cantinhodaliteratura.spaceblog.com.br/304236/TRISTE-FIM-DE-POLICARPO-QUARESMA-Lima-Barreto/ 
 
1-Lima Barreto apresenta personagens que circulam pelas ruas do Rio de Janeiro, refletindo o modo de vida de quem? 
 Damas da elite carioca e escravos 
 Aristocracia 
 Damas da elite carioca 
 Nobreza 
 Funcionários públicos, aposentados e profissionais liberais. 
 
3
a
 Questão (Ref.: 201505192940) 
 
 
Leia o fragmento de Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto: 
"Para bem compreender o motivo disso, é preciso não esquecer que o major, depois de trinta anos de mditação patriótica, 
de estudos e reflexões, chegava agora ao período da frutificação. A convicção que sempre tivera de ser o Brasil o 
primeiro país do mundo e o seu grande amor à pátria eram agora ativos e impeliram-no a grandes cometimentos. Ele 
sentia dentro de si impulsos imperiosos de agir, de obrare de concretizar suas ideias. Eram pequenos melhoramentos, 
simples toques, porque em si mesma (era a sua opinião), a grande pátria do Cruzeiro só precisava de tempo para ser 
superior à Inglaterra") (http://www.sinergia-spe.net/editorialeletronica/autor/020/02000100_2.htm) 
A partir da leitura do excerto e dos seus conhecimentos sobre a obra de Lima Barreto, é correto afirmar: 
 
 Presa aos cânones estéticos e literários, é considerada modernista, apesar de fazer uma retomada aos 
assuntos abordados pela escola parnasiana. 
 Não apresenta cunho social e está voltada para a experimentação e aos estudos da própria linguagem, 
apresentando um novo tipo de relação narrador-leitor. 
 Pode ser considerada precursora do romance regionalista moderno, representando a sociedade rural do 
século XIX. 
 Reflete forte sentimento nacional e grande preocupação com questões históricas, culturais e sociais, 
denotada a partir de uma consciência crítica contumaz dos problemas brasileiros. 
 Com enredos ambientados prioritariamente na região do Vale do Paraíba, denuncia a prática agrícola da 
queimada e a devastação da natureza. 
 
4
a
 Questão (Ref.: 201505192934) 
 
 
Assinale a alternativa incorreta sobre o pré-modernismo: 
 
 Nos romances de Lima Barreto observa-se, além da crítica social, a critica ao academicismo e à linguagem 
empolada e vazia dos parnasianos, traço que revela a postura moderna do escritor. 
 Euclides da Cunha, com a obra "Os Sertões", ultrapassa o relato meramente documnetal da batalha de Canudos 
para fixar-se em problemas humanos e revelar a face trágica da nação brasileira. 
 Tanto Lima Barreto quanto Monteiro Lobato são nomes significativos da literatura pré-modernista produzida nos 
primeiras anos do século XX, pois problematizam a realidade cultural e social do Brasil. 
 Algumas correntes de vanguarda do início do século XX, como o Futurismo e o Cubismo, exerceram grande 
influência sobre nossos escritores pré-modernistas, sobretudo na poesia. 
 Não se caracterizou como uma escola literária com princípios estéticos bem definidos, mas como um período de 
prefiguração das inovações temáticas e linguísticas do modernismo. 
 
 5
a
 Questão (Ref.: 201505188956) 
 
 
Percebe-se que no Pré-modernismo há uma multiplicidade de focos e interesses por parte de seus principais expoentes. 
Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Euclides da Cunha apresentaram interesses diversos, mas conseguimos 
identificar traços comuns em suas obras. Assinale a alternativa que melhor sintetiza a postura literária desses autores, de 
acordo com o que você estudou na aula 1: 
 
 a pretensão de dar um caráter definitivamente brasileiro à nossa literatura, que julgavam por demais 
europeizada. 
 a necessidade de fazer crítica social, já que o Realismo havia sido ineficaz nessa matéria. 
 o aproveitamento estético do que havia de melhor na herança literária brasileira, desde suas primeiras 
manifestações. 
 a necessidade de superar, em termos de um programa definido, as estéticas românticas e realistas. 
 uma preocupação com o estudo e com a observação da realidade brasileira. 
 
6
a
 Questão (Ref.: 201504642963) 
 
 
Monteiro Lobato não via com bons olhos o movimento inovador e polêmico dos primeiros modernistas. Para o pré-
modernista: 
 
 Oswald de Andrade não rompeu com a tradição literária. 
 os primeiros modernistas não produziram nada de inovador para a literatura brasileira. 
 a geração de 22 produziu literatura comprometida com a estética parnasiana. 
 a geração de 22 só estava preocupada com sua imagem diante da elite cultural de sua época. 
 a geração de 22 imitava as ideias dos intelectuais e artistas estrangeiros. 
 
7
a
 Questão (Ref.: 201504643201) 
 
 
Assinale a alternativa correta em relação à autoria de determinadas obras: 
 
 Triste fim de Policarpo Quaresma, de Monteiro Lobato. 
 Canaã, de Graça Aranha. 
 A Nova califórnia, de Euclides da Cunha. 
 as alternativas B e D estão corretas. 
 Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. 
 
8
a
 Questão (Ref.: 201505130677) 
 
 
Dentre os autores do Pré-modernismo, Lima Barreto se voltou em sua obra para questões sociais e políticas que 
colocavam em cena: 
 Os sertanejos da Guerra de Canudos. 
 O povo sofrido do sertão Nordestino . 
 As belezas naturais do Norte do Brasil. 
 Os militares republicanos idealizados. 
 Os marginalizados do sistema republicano. 
9
a
 Questão (Ref.: 201504642959) 
 
 
Leia as afirmações abaixo para assinalar a alternativa correta: 
 
 Lima Barreto, em suas obras, não se preocupou com as questões sociais de seu tempo. 
 Contrariando a tendência da época, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto e Graça Aranha 
empenharam-se para produzir obras que retratavam uma visão crítica da realidade brasileira. 
 Monteiro Lobato nunca se interessou em produzir literatura para o público infantil. 
 a análise crítica da realidade brasileira nunca foi uma preocupação para Monteiro Lobato. 
 Euclides da Cunha destacou-se , na Literatura Brasileira, com o romance Triste fim de Policarpo Quaresma. 
 
10
a
 Questão (Ref.: 201505192927) 
 
 
A obra de Lima Barreto: 
 
 É pré-modernista, refrletindo forte sentimento nacional e grande consciência crítica de problemas brasileiros. 
 Reflete a sociedade rural do século XX, podendo ser considerada precursora do romance regionalista moderno. 
 Gira em torno da influência do imigrante estrangeiro na formação da nacionalidadebrasileira, refletindo uma 
grande consicência crítica dessa problemática. 
 É considerada pré-modernista, uma vez que reflete a vida urbana paulista antes da década de 20. 
 Tem cunho social, embora esteja presa aos cânones estéticos e ideológicos românticos e influenciou fortemente 
os romancistas da primeira geração modernista. 
 
11
a
 Questão (Ref.: 201505192641) 
 
 
Nas duas primeiras décadas do nosso século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, tão diferentes entre si, 
têm como elemento comum: 
 
 A adoção da linguagem coloquial das camadas populares do sertão. 
 A expressão de aspectos até então negligenciados da realidade brasileira. 
 A prática de um experimentalismo linguístico radical. 
 O estilo conservador do antigo regionalismo romântico. 
 A intenção de retratar o Brasil de modo otimista e idealizante. 
 
12
a
 Questão (Ref.: 201505188952) 
 
 
Entende-se por pré-modernismo: 
 
 um período de transição entre as tendências das escolas da segunda metade do século XIX e a renovação 
modernista no Brasil, a partir de 1922. 
 um período de transição entre o Arcadismo e o Barroco. 
 uma escola literária. 
 um período de transição entre o simbolismo e o realismo. 
 um período de transição entre o concretismo e o neoconcretismo. 
 
13
a
 Questão (Ref.: 201505192632) 
 
 
No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, o nacionalismo exaltado e delirante da personagem principal motiva seu 
engajamento em três diferentes projetos, que objetivam "reformar" o país. Esses projetos visam, sucessivamente, aos 
seguinets setores da vida nacional: 
 
 escolar, agrícola e militar. 
 cultural, industrial e político. 
 linguística, industrial e militar. 
 linguístico, político e militar. 
 cultural, agrícola e político. 
Aula 2 
1
a
 Questão (Ref.: 201504620228) 
 
 
A Semana de Arte Moderna foi realizada em São Paulo, a despeito de a capital política e cultura do Brasil na época ser o 
Rio de Janeiro. Podemos atribuir este fato: 
 
 Ao fato de que a Semana obteve importante ajuda de setores ligados à burguesia cafeeira, o que teria sido mais 
difícil se o evento se realizasse no Rio. 
 Ao fato de que a capital paulista estava menos impregnada dos padrões de gosto das velhas gerações, bem como 
da influência dos intelectuais à antiga. 
 Apenas dois desses fatores atendem ao que se propõe na questão. 
 As respostas propostas nas letras A, B e C se completam e todas elas respondem ao que se propõe. 
 Ao fato de que os capitais gerados pelo café e pelos começos da industrialização estavam já transformando São 
Paulo em palco privilegiado da modernidade no país. 
 
2
a
 Questão (Ref.: 201504620247) 
 
 
(http://www.singularsantoandre.com.br). 
 Leia o poema Irene do céu, de Manuel Bandeira. 
Irene preta /Irene boa /Irene sempre de bom humor./Imagino Irene entrando no céu:/- Licença, meu branco!/E São 
Pedro bonachão:/- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença. 
 No texto, o poeta sugere: 
 I. A possibilidade de redenção do excluído diante da morte./II. O orgulho e prepotência da preta ao chegar ao céu./III. 
A inautenticidade da atitude humilde de Irene./IV. A simplicidade e a força humanizadora de Irene. 
 Estão corretas apenas as afirmativas: 
 
 I e III 
 I e II. 
 III e IV 
 I e IV. 
 II, III e IV 
 
3
a
 Questão (Ref.: 201504617992) 
 
 
O Movimento Verde-Amarelo e o Grupo da Anta foram movimentos culturais decorrentes da Semana de Arte moderna 
em 1922. 
A característica que não corresponde a esses movimentos, é: 
 
 Textos patrióticos 
 A idealização do país 
 Versos livres 
 Discurso não linear 
 Apuro formal 
 
4
a
 Questão (Ref.: 201504620098) 
 
 
Lóide Brasileiro 
canto de Regresso à Pátria 
 
Minha terra tem palmares 
Onde gorjeia o mar 
Os passarinhos daqui 
Não cantam como os de lá 
 
Minha terra tem mais rosas 
E quase que mais amores 
Minha terra tem mais ouro 
Minha terra tem mais terra 
 
Ouro terra amor e rosas 
Eu quero tudo de lá 
Não permita Deus que eu morra 
Sem que volte para lá 
 
 
Não permita Deus que eu morra 
Sem que volte pra São Paulo 
Sem que veja a Rua 15 
E o progresso de São Paulo. 
O poema acima é de Oswald de Andrade e pertence ao Modernismo de 22. A principal característica é a de se remeter a 
um famoso poema de Gonçalves Dias, poeta do Romantismo brasileiro. Esse recurso rompe com o modelo original e se 
chama: 
 
 Alegoria 
 Paródia 
 Antítese 
 Estilização 
 Paráfrase 
 
5
a
 Questão (Ref.: 201504620229) 
 
 
(CESCEM) A Semana de Arte Moderna representou, no panorama cultural da época: 
 
 a reação aos ataques que os últimos parnasianos dirigiam contra a obra incipiente dos primeiros modernistas 
 o resultado da condensação de aspirações vagas, ainda informes até então, mas perceptíveis nas preferências do 
público em geral. 
 a congregação de tendências que, sob formas várias e nas várias artes, se vinham delineando desde a década 
anterior. 
 a decorrência de reelaboração de recursos estilísticos presentes tanto na poesia parnasiana quanto na simbolista. 
 a ruptura total com o passado artístico mais recente, no qual nada permitia prevê-la; daí a comoção que causou. 
 
6
a
 Questão (Ref.: 201504620253) 
 
 
(http://www.singularsantoandre.com.br). 
Caracterizando-se como um código novo, diverso dos códigos parnasianos e simbolistas, o Modernismo se firma na cena 
artística brasileira por suas inovações formais e por novos ideais estéticos. 
 
Dentre essas inovações, podemos citar: 
1. cultivo do verso livre. 
2. defesa de uma estética revolucionária. 
3. resgate do decassílabo heroico como modelo ideal de verso. 
4. busca pelas inovações fônicas, léxicas e sintáticas do verso. 
5. cultivo exclusivo dos ideais estéticos do Futurismo. 
 
Estão corretas apenas: 
 
 1, 2 e 3 
 2, 3 e 4 
 2, 3 e 5 
 1, 4 e 5 
 1, 2 e 4 
 
7
a
 Questão (Ref.: 201504620088) 
 
 
 O VIOLEIRO 
 
Vi a saída da lua 
Tive um gosto singulá 
Em frente da casa sua 
São vortas que o mundo dá 
 
 Oswald de Andrade 
 
 Dentro do ideário modernista, a experimentação estética encontrava um de seus campos de atuação no próprio 
campo da linguagem, uma vez que: 
 
 Nenhuma das opções acima. 
 Os modos de falar do povo interessavam ao poeta modernista pelo que poderiam representar de exotismo e de 
instrumento para se romper com o formalismo de outras gerações. 
 O modernismo passou a valorizar os modos de falar do cotidiano, as variantes populares da língua, em busca de 
uma dicção mais despojada informal do que a parnasiana. 
 A inovação estética deveria necessariamente passar pela busca de novos modos de exprimir as emoções 
humanas, tendo em vista que a linguagem do cotidiano não servia para algo tão elevado como a poesia. 
 A inovação estética não precisaria necessariamente passar pela busca de novos padrões de expressão das 
emoções humanas, já que a linguagem do cotidiano era o suficiente, para as expectativas da nova poesia. 
 
8
a
 Questão (Ref.: 201504620254) 
 
 
(http://www.singularsantoandre.com.br). 
Macunaíma, perdido e sem dinheiro na cidade de São Paulo, escreve uma carta para as guerreiras do Mato Virgem. 
Sobre essa carta, assinale a alternativa correta. 
 
 A Carta pràs Icamiabas é elaborada em linguagem formal, como os demais capítulos da obra, a fim de ilustrar a 
linguagem erudita do protagonista. 
 A Carta para as Icamiabas é elaborada em linguagem informal, como os demais capítulos da obra, a fim de 
inovar a língua brasileira. 
 A Carta paraas Icamiabas é elaborada em linguagem erudita, seguindo o estilo dos demais capítulos, visto que 
o autor se inspira no vernáculo português. 
 A Carta pràs Icamiabas, diferentemente dos demais capítulos, é elaborada em linguagem erudita, visto que nela 
está implícita uma crítica à linguagem portuguesa européia. 
 A Carta pràs Icamiabas é elaborada em linguagem informal, como os demais capítulos da obra, a fim de ilustrar 
a influência portuguesa na língua brasileir 
 
9
a
 Questão (Ref.: 201504620258) 
 
 
(http://www.singularsantoandre.com.br). 
 
 Leia o poema de Manuel Bandeira. 
 
Pneumotórax 
A vida inteira que podia ter sido e que não foi. 
Tosse, tosse, tosse. 
Mandou chamar o médico: 
- Diga trinta e três. 
(...)- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? 
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. 
 
Entre as características modernistas presentes no poema, destaca-se: 
 
 O uso de uma linguagem despojada, próxima do coloquial. 
 O diálogo com o Romantismo nacionalista 
 A retomada dos valores artísticos da Antiguidade Clássica. 
 A valorização da herança cultural brasileira. 
 A crueza da descrição naturalista. 
 
10
a
 Questão (Ref.: 201504617991) 
 
 
A partir das informações a seguir, nos dois blocos, a associação dessas informações está correta na opção: 
I-Pau -Brasil 
II- Verde Amarelo 
III- Antropofagia 
Princípios: 
1.Uma literatura vinculada à realidade brasileira, a partir da redescoberta do Brasil 
2- Antes dos portugueses descobrirem o Brasil, o Brasil tinha descoberto a felicidade. 
3-Liberdade plena de cada um ser brasileiro como quiser e puder. 
 
 I-1; II-1; III-1 
 I-3; II-2; III-3 
 I-1;II-2;III-3 
 I-1;II-3;III-2 
 I-2;II-2;III-2 
11
a
 Questão (Ref.: 201504620087) 
 
 
FIM E COMEÇO 
 
A noite caiu com licença da Câmara 
Se a noite não caísse 
Que seriam dos lampiões? 
 
 Oswald de Andrade 
 
Mário de Andrade, em seu texto teórico A escrava que não é Isaura, afirmou que o poema curto seria "resultado 
inevitável da época". O que acontecia na sociedade brasileira daquele período que pudesse justificar tal afirmativa? 
 
 O ritmo acelerado da vida moderna, bem como a falta de habilidade dos poetas novos, incapazes de elaborar 
sonetos à moda antiga. 
 O baixo nível de consciência do público provocava um desestímulo para a criação poética no Brasil, o que se 
aliava à pressa inerente à sociedade capitalista, que então se afirmava entre nós. 
 O ritmo acelerado da vida moderna, assim como a busca de formas de expressão novas, que se distanciassem 
dos padrões herdados das gerações passadas. 
 A necessidade de atender à demanda do mercado, dentro do contexto do capitalismo industrial, que se 
afirmava no Brasil. 
 O ritmo da vida moderna, que se aproximava ainda dos padrões das gerações passadas. 
 
12
a
 Questão (Ref.: 201504617862) 
 
 
Um dos mais importantes temas que surgem do relacionamento entre as vanguardas e o nosso modernismo é o 
nacionalismo.Neste tema estão embutidos questões de ordem estética, como: 
 
 A discussão da dependência brasileira às matrizes europeias. 
 Elogio e veto à questão do Estado como instituição centralizadora. 
 Papel das elites culturais como legitimadora da função da arte. 
 Repúdio às formas consagradas pelo academicismo parnasiano e naturalista. 
 O marasmo cultural brasileiro nas letras de fim de século XIX e início do XX. 
 
13
a
 Questão (Ref.: 201505148300) 
 
 
A primeira geração do modernismo se caracterizou pela: 
 
 Pela pureza gramatical 
 Pelo verso livre 
 métrica rigorosa 
 Rima sem nenhum defeito 
 rima forte 
 
14
a
 Questão (Ref.: 201504620222) 
 
 
Leia o texto a seguir: 
"Vede como primo 
 Em comer os hiatos 
Que arte! E nunca rimo 
Os termos cognatos" 
 Manuel Bandeira, Os Sapos 
A respeito da proposta estética que o grande poeta pernambucano insinua em seu célebre poema, podemos afirmar que: 
 
 Nenhuma das opções acima. 
 Representa o reconhecimento da poética simples do povo, que jamais se preocupa com questões de rigor 
semântico. 
 Representa uma crítica ao excessivo rigor dos padrões de rima que triunfavam no período parnasiano. 
 Representa uma recusa em bloco de toda e qualquer tentativa de rima em arte 
 Representa a opção por rimar termos cognatos, fazendo disso um fundamento da nova estética. 
 
15
a
 Questão (Ref.: 201504620233) 
 
 
Atente para o texto a seguir: 
A língua sem arcaísmo. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. 
Como somos. 
Neste trecho do Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, depreende-se um dos programas propostos pelos 
modernistas: 
 
 o repúdio à literatura dos escritores do passado, apenas porque eram afeitos à extrema correção. 
 a incorporação da fala brasileira à língua literária nacional. 
 a invenção de uma nova língua, estruturalmente diferente da falada e escrita pelos portugueses 
 a recusa da língua falada pelos portugueses 
 a imitação do discurso dos autores populares da literatura oral brasileira 
 
16
a
 Questão (Ref.: 201504620255) 
 
 
http://www.singularsantoandre.com.br). 
 
.As proposições abaixo se referem ao Modernismo e aos seus Manifestos. 
Assinale a alternativa incorreta. 
 
 O Manifesto Verde-Amarelo, formado por um grupo de escritores jovens, surgiu logo depois do Movimento Pau-
Brasil e tinha como objetivo dar continuidade ao Romantismo, que focava o homem português como herói 
nacional. 
 O Movimento da Escola da Anta, que fazia parte do Manifesto Verde-Amarelo, representava a proposta do 
nacionalismo primitivo, elegendo como símbolo nacional a anta, além de valorizar a língua indígena tupi. 
 Na Grande Noite da Semana da Arte Moderna, Menott del Picchia fora vaiado ao apresentar o seu discurso, 
ilustrado com alguns poemas e excertos. 
 O Manifesto Pau-Brasil (1924) propunha uma literatura autenticamente nacionalista com base nas características 
do povo brasileiro e combatia a influência estrangeira na literatura. 
 A ideia do Manifesto Antropofágico surgiu quando Tarsila do Amaral presenteou seu marido, Oswald de 
Andrade, com a sua obra, a tela Abaporu 
 
17
a
 Questão (Ref.: 201504734298) 
 
 
Participaram da Semana de Arte moderna: 
 
 Guimarães Rosa e Nelson Rodrigues 
 Monteiro Lobato e Cecília Meireles 
 Graça Aranha e Rubem Fonseca 
 Machado de Assis e José de Alencar 
 Mario de Andrade e Oswald de Andrade 
 
18
a
 Questão (Ref.: 201504620237) 
 
 
A poesia modernista sobretudo a da primeira fase (1922-1928): 
 
 enriquece e dinamiza a linguagem, inspirando-se na sintaxe clássica. 
 incentiva a pesquisa formal com base nas conquistas parnasianas, a ela anteriores. 
 confere ao nível coloquial da fala brasileira a categoria de valor literário. 
 faz uma síntese dos pressupostos poéticos que norteavam a linguagem parnasiano-simbolista. 
 retoma os ideais neoclássicos de beleza 
 
19
a
 Questão (Ref.: 201504620231) 
 
 
Faça uma leitura do texto a seguir: 
"Quando sinto a impulsão lírica escrevo sem pensar tudo o que meu inconsciente me grita. Penso depois: não só para 
corrigir, como para justificar o que escrevi." 
 (Mário de Andrade, "Prefácio Interessantíssimo") 
A respeito da novidade contida na proposta estética de Mário, é mais adequado afirmar que: 
 
 Representa uma adesão a alguns aspectos das pesquisas de Freud, mas mantém o foco na pesquisa estética, 
recusando as práticas parnasianas e repensando as práticas românticas. 
 Representa uma ruptura com a estética ¿artesanal¿ dos parnasianos,além de recusar também os fundamentos da 
inspiração romântica, agora reputada como operação do inconsciente. 
 Representa uma adesão a alguns aspectos das pesquisas sociológicas, mas mantém o foco na pesquisa estética, 
recusando as práticas parnasianas e repensando as práticas românticas. 
 Traz uma total ruptura com as soluções estéticas anteriores, uma vez que o apelo ao inconsciente nega por 
completo a visão mais ¿artesanal¿ inerente às práticas poéticas de outras gerações. 
 Representa uma adesão entusiasmada à psicanálise freudiana, que passa a nortear todo o ideário estético do 
poeta, influenciando as gerações mais novas. 
 
20
a
 Questão (Ref.: 201504620257) 
 
 
http://www.singularsantoandre.com.br). 
 
O Modernismo literário é também caracterizado por seu ecletismo, ou seja, a presença de várias tendências 
simultaneamente. 
 
Entre as marcas abaixo, aquela que representa uma conquista exclusivamente modernista é: 
 
 A introdução da linguagem coloquial como literária. 
 A liberdade diante dos poemas de forma fixa. 
 A adaptação do ritmo à temática do poema 
 A presença de valores nacionalistas. 
 A mistura de gêneros textuais. 
 
21
a
 Questão (Ref.: 201504620244) 
 
 
Em relação ao Modernismo, é correto afirmar que: 
 
 Revelou, ao valorizar o passado, o discurso de um homem em harmonia consigo mesmo 
 Exaltou o sentimentalismo e o final feliz nas narrativas 
 Alguns escritores pesquisaram a cultura popular e inseriram nas suas produções a fala popular. 
 A temática agrária foi um aspecto marcante da primeira fase do Movimento 
 Na poesia predominou o emprego do soneto como forma poética. 
 
22
a
 Questão (Ref.: 201504620239) 
 
 
Baseando-se no trecho abaixo, responda obedecendo ao código: 
Trem de ferro 
Café com pão / Café com pão / Café com pão / Virge Maria que foi isto maquinista (Manuel Bandeira) 
 
I - A significação do trecho provém da sugestão sonora. 
II - O poeta utiliza expressões da fala popular brasileira. 
III - A temática e a estrutura do poema contrariam o programa poético do Modernismo. 
 
 se I e II forem incorretas e apenas III correta 
 se I,II e III forem incorretas 
 se I, II e III forem corretas 
 se I e II forem corretas e III incorreta 
 se I e III forem corretas 
 
23
a
 Questão (Ref.: 201504630741) 
 
 
Do ponto de vista das propostas estéticas, podemos afirmar que: 
 
 Os modernistas da Semana eram resistentes à ideia de aceitar a influência das vanguardas europeias. 
Reconheciam a importância destes movimentos, mas davam prioridade à busca de caminhos próprios para a 
expressão artística. 
 Os modernistas da Semana eram um grupo coeso em torno de ideias e propostas que representassem uma tomada 
de consciência nacional diante das novidades propostas pelas vanguardas europeias. 
 Nenhuma das opções acima. 
 Os modernistas da Semana, a despeito de não serem um grupo coeso, aceitavam a ideia de copiar modelos 
europeus de vanguarda, adaptados ao contexto nacional. 
 Os modernistas da Semana negavam o academicismo nas artes, inspirados e influenciados esteticamente por 
tendências e movimentos como o Cubismo, o Expressionismo e Futurismo. 
 
24
a
 Questão (Ref.: 201504617875) 
 
 
Os traços gerais da fase heróica do do Modernismo brasileiro podem ser agrupados em metas e princípios que aparecem 
em várias produções do período. A opção que NÂO caracteriza essa fase, é: 
 
 A revitalização do falar brasileiro. 
 O resgate do coloquial e regional. 
 O repúdio aos erros gramaticais. 
 O gosto pela renovação estética permanente. 
 A apropriação dos princípios das vanguardas. 
 
25
a
 Questão (Ref.: 201504620259) 
 
 
(http://www.singularsantoandre.com.br). 
 
Leia, abaixo, um poema de Manuel Bandeira. 
Poema tirado de uma notícia de jornal 
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número./Uma noite ele 
chegou no bar Vinte de Novembro/Bebeu/Cantou/Dançou /Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu 
afogado. (Manuel Bandeira, Estrela da vida inteira) 
 
A respeito do poema e da proposta poética que o autor assume em Libertinagem não podemos afirmar: 
 
 Podemos entender que o tamanho do primeiro e do último versos do poema exprimem um grande número de 
dificuldades vividas pelo personagem e contrastam com os versos curtos Bebeu/ Cantou/ Dançou que 
apontam os momentos de alívio como raros na vida dele. 
 O poema assume a proposta de cumprimento do rigor da forma poética, em redondilhas 
 A partir do título notamos uma proposta de redimensionar o assunto da poesia, uma vez que o cotidiano pode 
assumir uma dimensão poética, na medida em que é reinventado em linguagem e ritmo. 
 O segundo verso do poema, iniciado pela construção uma noite, sugere que o que João Gostoso viveu naquela 
noite, Bebeu/ Cantou/ Dançou, foi uma exceção em sua rotina. 
 A omissão do número do barracão em que João Gostoso morava, confere a ele um caráter de personagem 
tipo, isto é, representa várias pessoas que vivem em mesma situação. 
 
26
a
 Questão (Ref.: 201504617859) 
 
 
Leia com atenão o texto que segue: 
Por Ocasião da Descoberta do Brasil 
No Pão de Açúcar 
De cada Dia 
Dai-nos Senhor 
A Poesia 
De cada Dia 
 (Oswald de Andrade) 
O poema acima apresenta traços modernos. A única opção que não define a poesia modernista, é: 
 
 Paródia da linguagem religiosa 
 Caráter sintético 
 Reforço do conservadorismo 
 Ausência total de pontuação 
 Presença do humor 
 
27
a
 Questão (Ref.: 201504633078) 
 
 
"Dentro da noite a vida canta / E esgarça névoas ao luar... / Fosco minguante o vale encanta / Morreu pecando alguma 
santa... / A água não para de chorar." 
 Manuel Bandeira, "Dentro da Noite". 
 No fragmento de poema acima, a estética modernista se funde a um certo tom melancólico, herança do simbolismo. Isto 
torna evidente que: 
 
 Alguns modernistas não buscavam a inovação com seus poemas, mas a afirmação de um diálogo com a tradição. 
 Alguns poetas simbolistas foram pioneiros do modernismo, sendo mesmo convidados para participar da Semana 
de 22. 
 Nem todos os modernistas buscavam o diálogo com a tradição, mas ele se realizou na obra de alguns dos 
principais autores. Pode mesmo isto ser considerado um critério de avaliação positiva. Melhores foram os que 
souberam manter este diálogo. 
 Nenhuma das opções acima. 
 Alguns poetas modernistas trazem em sua obra aspectos da estética simbolista, com a qual mantiveram vivo e 
intenso diálogo. Afinal, em outros países, o movimento simbolista já prenuncia o clima das vanguardas do 
modernismo. 
 
28
a
 Questão (Ref.: 201504620230) 
 
 
(UFRGS-RS) 
O sapo-tanoeiro, 
Parnasiano aguado, 
Diz: -'Meu cancioneiro 
É bem martelado... 
 
O poema, Os sapos, de Manuel Bandeira, pertence ao primeiro momento do Modernismo brasileiro, em que ocorreu 
uma tomada de posição contra: 
 
 a expressão de sentimentos, o culto de temas clássicos, a atitude impessoal e erudita do poeta. 
 a ênfase oratória, as atitudes sentimentais, a poesia pessoal. 
 o culto de rimas ricas, o metro perfeito, a expressão classicizante. 
 a interferência emocional do poeta, a linguagem classicizante, as rimas ricas. 
 a poesia de expressão pessoal, a linguagem menos rigorosa, a ausência de rimas. 
 
29
a
 Questão (Ref.: 201504620212) 
 
 
Latentamente o que segue: 
"Se por Modernismo entende-se algo mais que um conjunto de experiências de linguagem; se a literatura que se 
escreveu sob o seu signo representou também uma crítica global à estrutura mental das velhas gerações e um esforçode 
penetrar mais fundo na realidade brasileira (...)" 
(Alfredo Bosi, História Concisa da Literatura Brasileira, 1994, p. 332). 
 Interpretando as afirmações do importante crítico e historiador da literatura acima citado, é possível afirmar que o 
Modernismo: 
 
 Representa uma inquietação que reúne artistas de diferentes tendências e matizes, tendo em comum a 
recusa a velhos padrões de gosto estético, como também uma tentativa de testar novas linguagens para a 
arte. 
 É um projeto elaborado com a finalidade específica de provocar uma transformação social no país. 
 Representa uma iniciativa liderada pelos paulistas de tornar a arte e a literatura mais antenadas com as mais 
recentes tendências da arte mundial. 
 Tem uma atitude que privilegia uma crítica social, deixando a pesquisa estética em segundo plano. 
 Representa uma atitude estética que implicava essencialmente em recusar tudo o que havia sido feito antes, 
em termos de expressão literária. 
 
30
a
 Questão (Ref.: 201504618611) 
 
 
A Poesia Modernista,sobretudo a da primeira fase (1922-1928), tem como pressuposto básico: 
 
 Exaltação da mitologia greco-latina. 
 Inspiração na sintaxe clássica 
 Valorização do passado colonial. 
 Inserção literária da linguagem coloquial 
 Uso irrestrito da linguagem nobre. 
 
31
a
 Questão (Ref.: 201504620245) 
 
 
Leia o poema a seguir: 
 
Chama uma voz amiga: "Aí tem o Ceará". 
E eu, que nas ondas punha a vista deslumbrada 
Olho a cidade. Ao sol chispa a areia doirada. 
A bordo a faina avulta e toda a gente já 
 (...) 
Fitando a vastidão magnífica do mar, 
Que ressalta e reluz: "Verdes mares bravios..." 
Cita um sujeito que jamais leu Alencar. 
 (Manuel Bandeira, Verdes Mares) 
 
Uma leitura atenta da última estrofe do poema nos permite afirmar que: 
 
 O Modernismo tinha entre seus objetivos denunciar o falso beletrismo de muitos indivíduos pertencentes à elite e 
por isso o poema satiriza a postura de um indivíduo que cita Alencar sem jamais ter lido Iracema. 
 O Modernismo tinha como seu objetivo retratar os problemas sociais do Brasil, e por isso poema se reporta ao 
fato de que, na época, grande parte da população brasileira era analfabeta, não tendo, assim, acesso, aos tesouros 
literários de Alencar. 
 O Modernismo brasileiro mostrou-se particularmente interessado em atualizar os temas antes trabalhados pela 
tradição, como os Românticos.. Isso justifica o recurso às citações, como a verificada no poema "Verdes Mares". 
 O Modernismo brasileiro mostrou-se, até certo ponto, incapaz de atualizar os temas antes trabalhados pelo 
Romantismo. Isso justifica a necessidade de haver a constante prática de citações, como a verificada no poema 
"Verdes Mares" 
 O fato de um trecho de Alencar vir a ser recitado por alguém que nunca o leu só demonstra, apesar de desprovido 
de viés crítico, mostra o quanto o Romantismo é importante para a nossa história literária. 
 
32
a
 Questão (Ref.: 201504620242) 
 
 
(http://www.singularsantoandre.com.br). 
 
Leia o poema Erro de português, de Oswald de Andrade 
Quando o português chegou 
Debaixo duma bruta chuva 
Vestiu o índio 
Que pena! 
Fosse uma manhã de sol 
O índio tinha despido 
O português 
 
Em relação ao poema, assinale a alternativa CORRETA. 
 
 O clima determinou os acontecimentos históricos referidos no poema. 
 O título faz uma crítica à forma de linguagem utilizada pelos índios, após contato com a língua portuguesa. 
 A expressão Vestiu o índio remete ao processo de aculturação observado no período da colonização portuguesa. 
 Tematiza a inadaptação e rebeldia do índio em relação à exploração portuguesa nos tempos do descobrimento do 
Brasil. 
 Apresenta-se em verso livre e em linguagem rebuscada, características inovadoras da literatura modernista 
 
33
a
 Questão (Ref.: 201504620251) 
 
 
(http://www.singularsantoandre.com.br). 
 Leia o poema Vício na fala, de Oswald de Andrade. 
 Para dizerem milho dizem mio 
Para melhor dizem mió 
Para pior pió 
Para telha dizem teia 
Para telhado dizem teiado 
E vão fazendo telhados. 
 
Sobre o poema Vício na fala, é incorreto afirmar: 
 
 Formas não cultas estão associadas, no poema, a trabalhos braçais. 
 Do ponto de vista da forma poética, a regularidade métrica está de acordo com a estética modernista 
 A repetição da preposição para enfatiza a ideia de inadequação da linguagem à norma culta. 
 mio, mió, pió, teia e teiado caracterizam a linguagem dos falantes pouco escolarizados. 
 O uso da linguagem popular não impede as pessoas de serem produtivas para a sociedade. 
 
34
a
 Questão (Ref.: 201504618852) 
 
 
Leia atentamente o texto a seguir: 
VERDES MARES 
 Manuel Bandeira Chama uma voz amiga: - Aí tem o Ceará ? E eu, que nas ondas punha a vista deslumbrada Olho a 
cidade. Ao sol chispa a areia doirada. A bordo a faina avulta e toda a gente já Desce. Uma moça ri, quebrando o panamá. 
- Perdi a mala! um diz de cara acabrunhada. Sobre as águas, arfando, uma breve jangada Passa. Tão frágil! Deus a leve, 
onde ela vá. (...) Fitando a vastidão magnífica do mar, Que ressalta e reluz: "Verdes mares bravios..." Cita um sujeito 
que jamais leu Alencar. 
 Embora publicado em 1919, o livro Carnaval, ao qual pertence o poema, antecipa algumas das propostas estéticas da 
Semana de Arte Moderna. 
Com base na leitura atenta do texto, é possível afirmar que: 
 
 O título do poema é uma alusão ao romance Iracema, de José de Alencar, e sua presença no texto se justifica 
pelo fato de os modernistas terem copiado e atualizado os principais temas românticos, recorrendo portanto a 
uma estratégia que pode ser qualificada como plágio crítico. 
 O título do poema não faz alusão a texto algum do período romântico, pois a releitura crítica de nossa tradição 
literária não interessava aos modernistas. 
 O título do poema é uma alusão a um célebre poema de Gonçalves Dias, e sua presença no texto se justifica 
pelo fato de os modernistas terem feito uma releitura crítica de nossa tradição literária, valendo-se do recurso 
ao pastiche. 
 O título do poema é uma alusão ao romance Iracema, de José de Alencar, e sua presença no texto se justifica 
pelo fato de os modernistas terem feito uma releitura crítica de nossa tradição literária, frequentemente marcada 
pela prática da paráfrase. 
 O título do poema é uma alusão ao romance Iracema, de José de Alencar, e sua presença no texto se justifica 
pelo fato de os modernistas terem feito uma releitura crítica de nossa tradição literária, frequentemente marcada 
pela prática da paródia. 
 
35
a
 Questão (Ref.: 201504617990) 
 
 
Leia o texto a seguir: 
3 de Maio 
Aprendi com meu filho de dez anos 
Que a poesia é a descoberta 
Das coisas que eu nunca tive 
(Oswald de Andrade) 
 
Assinale a alternativa abaixo que se relaciona com o poema 3 de Maio. 
 Ver com os olhos livres, sem fórmulas. 
 Aprofundamento de temas nacionais. 
 Apuro formal e conservadorismo. 
 Gosto pela síntese e o estilo telegráfico. 
 Contribuição milionária de todos os erros 
 
36
a
 Questão (Ref.: 201505189009) 
 
 
De que maneira os poetas da primeira fase modernista romperam com os modelos parnasianos? 
 
 não romperam com os padrões estéticos parnasianos. 
 tematizaram somente sobre poesia. 
 trabalharam o conceito da Arte sobre a Arte. 
 produziram poemas em versos livres. 
 trabalharam o conceito da Arte pela Arte. 
 
37
a
 Questão (Ref.: 201504734950) 
 
 
Texto I Porquinho-Da-Índia Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índia. Que dor de coração me dava Por 
que o bichinho só queria estardebaixo do fogão! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos Ele não 
gostava: Queria era estar debaixo do fogão. Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas... O meu porquinho-da-índia 
foi minha primeira namorada. Texto II Madrigal Tão Engraçadinho Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje 
na minha [ v ida, inclusive o porquinho-da-índia que [me deram quando eu tinha seis anos. BANDEIRA M. 
Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000, p. 36. Os textos I e II 
 
 utilizam metalinguagem e temática do cotidiano, que são características da estética do Modernismo. 
 apresentam características da estética do Modernismo,presentes nos versos livres e na reescritura de textos 
clássicos do passado 
 apresentam concepções diversas em relação à primeira namorada, porque a linguagem do texto I se aproxima 
da prosa, ao passo que o texto II mantém a estrutura clássica do madrigal. 
 estão em consonância com a estética do Modernismo,pois são construídos em versos livres e com linguagem 
que se aproxima da prosa, características pertinentes a esse estilo literário. 
 afastam-se da estética do Modernismo, pois apresentam distanciamento temporal: o eu lírico, no exto I, 
rememora a infância e, no texto II, foca-se no presente. 
 
38
a
 Questão (Ref.: 201504620207) 
 
 
 CP2- 2008 (Modificada) 
Momento num café 
Quando o enterro passou/Os homens que se achavam no café/Tiraram o chapéu maquinalmente/Saudavam o morto 
distraídos/Estavam todos voltados para a vida/Absortos na vida /Confiantes da vida. /Um no entanto se descobriu num 
gesto largo e demorado /(...)Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade/(...)E saudava a matéria que 
passava /Liberta para sempre da alma extinta. 
(BANDEIRA, Manuel. ) 
 
Considere a abordagem do tema da morte no poema, de Manuel Bandeira, e marque a alternativa correta. 
 
 Assemelha-se à visão escapista enfatizada pelos poetas ultrarromânticos 
 É análoga à abordagem dos simbolistas, na qual a morte é a libertação da alma. 
 Configura a visada barroca, manifesta nos paradoxos 
 Compara-se à visão materialista de Augusto dos Anjos, o que se verifica sobretudo pelos três últimos 
versos. 
 Trata-se de uma abordagem inovadora, pois apresenta a morte metonimicamente através da imagem do 
enterro. 
 
39
a
 Questão (Ref.: 201504632055) 
 
 
Pneumotórax - Manuel Bandeira 
 
Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos. 
A vida inteira que podia ter sido e que não foi. 
Tosse, tosse, tosse. 
 
Mandou chamar o médico: 
- Diga trinta e três. 
- Trinta e três . . . trinta e três . . . trinta e três . . . 
- Respire. 
 ... 
 - O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. 
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? 
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. 
 Se tivermos que considerar por que o texto cabe nos preceitos da poesia modernista, a melhor resposta é: 
 
 Pesquisa novas temáticas para a poesia, a tal ponto que transforma uma mera consulta médica em assunto para a 
expressão da nova estética. 
 Nenhuma das opções acima atendem à proposta da questão. 
 Rompe com os padrões de métrica e de rima, tão ao gosto das gerações mais antigas. 
 Apresenta um tom irônico, além de flertar com a linguagem coloquial, o que vem a representa dois aspectos bem 
interessantes da estética modernista. 
 Todas as opções acima atendem à proposta da questão. 
Aula 3 
1
a
 Questão (Ref.: 201505107778) 
 
 
Assinale a alternativa que apresenta o nome de um poeta da segunda fase modernista. 
 
 Rubem Fonseca. 
 Álvares de Azevedo. 
 Gonçalves Dias. 
 Carlos Drummond de Andrade. 
 Graciliano Ramos. 
 
2
a
 Questão (Ref.: 201504734337) 
 
 
No poema abaixo de Carlos Drummond de Andrade é flagrante: Cota zero Stop. A vida parou Ou foi o automóvel? 
 
 A importância da rima 
 O humor 
 A retomada do princípio parnasiano da ¿Arte pela Arte¿. 
 A linguagem formal 
 A valorização da métrica 
 
3
a
 Questão (Ref.: 201504618043) 
 
 
Leia com atenção o texto que segue: 
" Não faça versos sobre acontecimentos. 
 Não há criação nem morte perante a poseia 
Diante dela, a vida é um sol estático, 
Não aquece nem ilumina" 
 (Carlos Drummond de Andrade) 
No fragmento acima, a poesia apresenta uma das características constantes, que é: 
 
 Desintegração da palavra 
 Pessimismo lírico 
 Preocupação com o homem social 
 Exaltação nacionalista 
 Gosto pela estética 
 
4
a
 Questão (Ref.: 201505107765) 
 
 
É correto afirmar sobre a poesia da segunda fase modernista: 
 
 valorizou o soneto. 
 tematizou sobre a questão agrária. 
 tematizou sobre questões sociais e existenciais. 
 mostrou-se alheia às questões sociais. 
 preocupou-se somente com a forma. 
 
5
a
 Questão (Ref.: 201504618048) 
 
 
Assinale a única opção que não caracteriza a segunda fase da poesia modernista: 
 
 O Espiritualismo 
 Vocabulário nobre 
 A poesia sintética 
 O verso livre 
 Intimismo 
 
6
a
 Questão (Ref.: 201505274810) 
 
 
Leia a seguir o poema PRÉ HISTÓRIA, de Murilo Mendes, e assinale o tema que dá unidade temática ao texto: Mamãe 
vestida de rendas/ Tocava piano no caos./ Uma noite abriu as asas/ Cansada de tanto som,/ Equilibrou-se no azul,/ De 
tonta não mais olhou/ Para mim, para ninguém!/ Caiu no álbum de retratos. 
 
 A maternidade 
 O passado 
 O medo 
 A morte 
 O sonho 
 
7
a
 Questão (Ref.: 201505106814) 
 
 
É correto afirmar que a poesia da segunda fase modernista: 
1. Caracterizou-se pelo amadurecimento e pela ampliação das conquistas da fase heroica. 
2. Valorizou uma linguagem rebuscada. 
3. Explorou temas do cotidiano, além de manifestar preocupação com questões existenciais. 
4. Optou pela disposição assimétrica dos versos no papel. 
 
 Todas estão corretas. 
 Apenas 4 está correta. 
 Apenas 1 e 3 estão corretas. 
 Apenas 1 e 2 estão corretas. 
 Apenas 1 está correta. 
 
8
a
 Questão (Ref.: 201504620261) 
 
 
(FME-PR) Indique o autor cujo nascimento literário foi anunciado por um Anjo torto que lhe determinou ser gauche na 
vida, sempre encontrar uma pedra no meio do caminho, que o faz perguntar-se: E agora José? 
 
 João Cabral de Mello Neto 
 Vinícius de Moraes 
 Manuel Bandeira 
 Carlos Drummond de Andrade 
 Oswald de Andrade 
 
9
a
 Questão (Ref.: 201504633107) 
 
 
Das características destacadas abaixo, qual está presente tanto na literatura romântica como na modernista? 
 
 Idelização do amor. 
 Valorização da modernidade. 
 Culto ao progresso e à velocidade. 
 Valorizãção do sentimentalismo. 
 Tendência à evasão. 
 
10
a
 Questão (Ref.: 201504620262) 
 
 
(PUC-RS) São obras de Carlos Drummond de Andrade, exceto: 
 
 Morte e Vida Severina, Libertinagem 
 Boitempo, Menino Antigo. 
 A Rosa do Povo, Sentimento do Mundo. 
 Lição de coisas, Claro Enigma. 
 Corpo, Amar se aprende amando. 
 
11
a
 Questão (Ref.: 201505107784) 
 
 
Na estrofe abaixo, extraída de um famoso poema de Carlos Drummond de Andrade, o eu lírico: 
 
" Mundo mundo vasto mundo, 
se eu me chamasse Raimundo 
seria uma rima, não seria uma solução. 
Mundo mundo vasto mundo, 
mais vasto é meu coração." 
 
 evidencia que gostaria de mudar de nome. 
 deixa evidente que a atividade poética não consiste apenas em fazer rimas. 
 afirma que a sonoridade de seu nome não se justifica pela rima. 
 demonstra insatisfação em estar no mundo. 
 coloca em xeque o tamanho de seu coração. 
 
12
a
 Questão(Ref.: 201505106837) 
 
 
Leia o poema abaixo, de Cecília Meireles, e assinale a alternativa incorreta: 
Retrato 
Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos vazios, 
nem o lábio amargo. 
Eu não tinha esta estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração 
que nem se mostra. 
Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 
_Em que espelho ficou perdida a minha face? 
 
 A expressão "mão sem força" conota o lado fragilizado do eu lírico diante de sua postura existencial. 
 Não há impressões sensoriais no poema. 
 Há, no poema, questionamento existencial do eu lírico. 
 O poema mostra um autorretrato. 
 As palavras são sugestivas, daí a forte presença de impressões sensoriais. 
 
13
a
 Questão (Ref.: 201504620264) 
 
 
Em: 
 
Não serei o poeta de um mundo caduco. 
Também não cantarei o mundo futuro. 
Estou preso à vida e olho meus companheiros. 
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. 
Entre eles, considero a enorme realidade. 
 
Os versos acima, do poema Mãos dadas, de Carlos Drummond de Andrade, prendem-se a uma fase de sua poesia na 
qual o poeta mineiro, 
 
 promovendo um balanço crítico de sua poesia, aventura-se em novas formas poéticas, de caráter experimental 
 já na casa dos setenta anos, entrega-se a um memorialismo em tom de crônica, revivendo suas experiências 
juvenis. 
 influenciado diretamente por Oswald de Andrade, passa a compor epigramas irônicos 
 desiludido com os rumos do mundo contemporâneo, recolhe-se à intimidade e passa a refletir sobre o absurdo 
da existência 
 relativizando a ironia que caracterizava momentos anteriores, escreve poemas de cunho político-social. 
 
14
a
 Questão (Ref.: 201505107770) 
 
 
Leia o verso de Carlos Drummond de Andrade e assinale a alternativa que melhor expressa o sentimento do eu lírico 
diante do conceito ser nacional: 
"E a gente viajando na pátria sente saudades da pátria". 
 
 O sentimento nacionalista no verso de Drummond pode ser pensado tendo por base a definição sociológica de 
"nacional". 
 O sentimento nacionalista em Drummond é o mesmo apresentado pelos poetas românticos da primeira 
geração. 
 O eu lírico demonstra dificuldade em definir o que é ser nacional. 
 A aversão de tudo que seja originalmente brasileiro. 
 A descoberta do eu lírico em se sentir brasileiro fora de seu país. 
 
15
a
 Questão (Ref.: 201505106824) 
 
 
Podemos considerar o poema abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, modernista porque: 
 
Ponho-me a escrever teu nome 
com letras de macarrão. 
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas 
e debruçados na mesa todos contemplam 
esse romântico trabalho. 
Desgraçadamente falta uma letra, 
uma letra somente 
para acabar teu nome! 
Estás sonhando? Olhe que a sopa esfria! 
Eu estava sonhando... 
E há em todas as consciências, um cartaz amarelo: 
"Nesse país é proibido sonhar". 
 valoriza os padrões da poesia clássica. 
 apresenta linguagem formal. 
 valoriza o tema onírico. 
 satiriza o modelo romântico. 
 a linguagem coloquial apresenta com humor o lirismo do cotidiano. 
 
16
a
 Questão (Ref.: 201504620027) 
 
 
Leia o texto a seguir: 
"Não faço versos sobre acontecimentos. 
Não há criação nem morte perante a poseia 
Diante dela, a vida é um sol estático, 
Não aquece nem ilumina." 
 Carlos Drummond de Andrade 
A obra poética de Carlos Drummond de Andrade apresenta uma constante que se verifica nos versos acima. Marque a 
opção correta a esse respeito: 
 
 a presença do social 
 o negativismo destrutivo 
 o pessimismo intimista 
 o questionamento da poesia 
 a desintegração da palavra 
 
17
a
 Questão (Ref.: 201504620263) 
 
 
EM: 
 
Então desanimamos. Adeus, tudo! 
A mala pronta, o corpo desprendido, 
resta a alegria de estar só e mudo. 
 
Os versos demonstram um dos traços marcantes da poesia de Carlos Drummond de Andrade, que é o: 
 
 euforia 
 radicalismo. 
 misticismo. 
 desencanto 
 sentimentalismo 
Aula 4 
1
a
 Questão (Ref.: 201505192135) 
 
 
Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, identifica-se como: 
 
 um auto de Natal que rememora a visita dos reis Magos e pastores ao Deus menino. 
 um conto cujo interesse se centraliza na preocupação do autor como o problema da seca no nordeste. 
 um poema que encerra uma síntese das propostas vanguardistas contidas na obra geral do autor. 
 um auto que explora a temática do nascimento como signo do ressurgir da esperança. 
 uma obra que, refletindo inovações e experimentações linguísticas do autor, torna tênues as barreiras entre a 
prosa e a poesia. 
 
2
a
 Questão (Ref.: 201505192621) 
 
 
Leia o trecho de Guimarães Rosa abaixo e reponda. Liga-se a este trecho a seguinte afirmação: 
"E desse modo ele se doeu no enxergão, muitos meses, porque os ossos tomavam tempo para se ajuntar, e a fratura 
exposta criara bicheira. Mas os pretos cuidavam muito dele, não arrefecendo na dedicação. 
- Se eu pudesse ao menos ter absolvição dos meus pecados!... 
Então eles trouxeram, uma noite, muito à escondida, o padre que o confessou e conversou com ele, muito tempo, dando-
lhe conselhos que o faziam chorar. 
- Mas será que Deus vai ter pena de mim, com tamnta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal? 
- Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea , e não tira o estribo do pé de arrependimento nenhum... 
E por aí fora foi, com um sermão comprido, que acabou depondo o doente num desvenecido torpor." 
 
 A miséria arrasta as personagens para a desesperança, revelando-se ainda na pobreza de sua expressão 
verbal. 
 É um exemplo de crise da fala narrativa, dissolvendo-se a história num estilo indagador e metafísico. 
 O autor recolheu lenda de interesse folclórico, que sabe recontar de modo documental, isento e objetivo. 
 Um universo rude e um plano místico se cruzam com frequência em sua obra, fundindo-se um no outro. 
 É uma arte marcada pelo grotesco, pela deformação, que coloca em cenas tipos humanos refinadamente 
exóticos. 
 
3
a
 Questão (Ref.: 201505065894) 
 
 
A partir do fragmento apresentado, que foi extraído do auto de Natal Morte e Vida Severina, identifique qual é a sina do 
sertanejo. 
 (...)Somos muitos Severinos 
iguais em tudo e na sina: 
a de abrandar estas pedras 
suando-se muito em cima, 
a de tentar despertar 
terra sempre mais extinta,(...) 
a de querer arrancar 
algum roçado da cinza. 
http://www.releituras.com/joaocabral_morte.asp 
 
 Trabalhar para dividir os frutos com aqueles que habitam a mesma região. 
 Trabalhar, arduamente, para fazer brotar da terra seca algo para sua sobrevivência. 
 Caminhar pelas pedras do sertão 
 Trabalhar sem objetivo algum. 
 Não trabalhar na região por falta de esperança, pois a terra já havia se transformado em cinza. 
 
4
a
 Questão (Ref.: 201505192118) 
 
 
Sobre Guimarães Rosa podemos afirmar: 
 
 inovou sobretudo o aspecto linguístico, revelando trabalho criativo na exploração potencial da língua. 
 inovou sobretudo nos temas, explorando tipos inéditos. 
 foi autor regionalista, seguindo a linha do regionalismo romântico. 
 sua obra se revela intimista com raízes surrealistas. 
 escreveu obra política de contestação à sociedade de consumo. 
 
5
a
 Questão (Ref.: 201505192119) 
 
 
"O lápis, o esquadro, o papel; 
o desenho, o projeto, o número: 
o engenheiro pensa o mundo justo. 
o mundo que nenhum véu encobre." 
A estrofe acima ilustra a assertiva de quea poesia de João Cabral de Melo Neto revela um rigor ____ e a preocupação 
com o _____. 
 
 semântico, fazer poético. 
 técnico, problema social. 
 estilístico, ambiente regional. 
 formal, momento político. 
 métrico, conflito estético. 
 
6
a
 Questão (Ref.: 201504633088) 
 
 
Leia o texto a seguir: 
"Mal em mim não veja, meu patrão Nhô Augusto, mas todos no lugar estão falando que o senhor não possui mais nada, 
que perdeu suas fazendas e riquezas, e que vai ficar mais pobre, no já-já... E estão conversando, o Major e mais outros 
grandes, querendo pegar o senhor à traição. Estão espalhando... ¿ o senhor dê o perdão p¿ra minha boca que eu só falo o 
que é preciso ¿ estão dizendo que o senhor nunca respeitou filha dos outros nem mulher casada, e mais que é que nem 
cobra má, que quem vê tem de matar por obrigação... Estou lhe contando p¿ra modo de o senhor não querer facilitar. 
Carece de achar outros companheiros bons p'ra o senhor não ir sozinho... Eu, não, porque sou medrosos. Eu cá pouco 
presto... Mas se o senhor mandar, também vou junto." 
 [A hora e a vez de Augusto Matraga (fragmento) João Guimarães Rosa] 
Acerca da linguagem usada pelo autor no conto do qual foi retirado o fragmento acima, é possível afirmar que: 
 
 A tentativa de reprodução do modo de falar do sertanejo caracteriza uma iniciativa de elogio idealizado do 
homem do campo, tendência presente na Literatura Brasileira desde o Romantismo; 
 A tentativa de reprodução do modo de falar do sertanejo caracteriza uma tentativa de afirmação do homem do 
campo, contudo o regionalismo se articula em Guimarães Rosa a outros elementos, tais como a sondagem 
psicológica dos personagens; 
 A tentativa de reprodução fiel do modo de falar do sertanejo caracteriza uma tentativa de retratar a realidade 
fielmente, o que demonstra a filiação do autor à estética naturalista; 
 A tentativa de reprodução do modo falar do sertanejo fracassa, traço comum à grande maioria dos ficcionistas 
do Modernismo, alcança em Guimarães Rosa um nível de elaboração supremo. 
 A tentativa de reprodução fiel do modo de falar do sertanejo caracteriza uma tentativa de afirmação do homem 
do campo, e por isso está claro que o autor foi um dos expoentes do romance regionalista nordestino da década 
de 1930; 
 
7
a
 Questão (Ref.: 201504734360) 
 
 
No poema o Engenheiro, de João Cabral de Melo Neto é flagrante: O Engenheiro A luz, o sol, o ar livre envolvem o 
sonho do engenheiro. O engenheiro sonha coisas claras: Superfícies, tênis, um copo de água. O lápis, o esquadro, o 
papel; o desenho, o projeto, o número: o engenheiro pensa o mundo justo, mundo que nenhum véu encobre. (Em certas 
tardes nós subíamos ao edifício. A cidade diária, como um jornal que todos liam, ganhava um pulmão de cimento e 
vidro). A água, o vento, a claridade, de um lado o rio, no alto as nuvens, situavam na natureza o edifício crescendo de 
suas forças simples. 
 
 O humor 
 A ironia 
 a preocupação com a geometrização e exatidão da linguagem. 
 o coloquialismo da linguagem 
 A informalidade 
 
8
a
 Questão (Ref.: 201505189482) 
 
 
Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos; "Falo somente com o 
que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo 
somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: 
para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Para João Cabral de Melo Neto, no texto 
literário: 
 
 a linguagem está além do tema , e o fato social deve ser a proposta do escritor para convencer o leitor. 
 o escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor. 
 a linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja 
lido. 
 a linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores. 
 a linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados 
leitores. 
 
9
a
 Questão (Ref.: 201505192121) 
 
 
"Sertão. Sabe o senhor: sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar. Viver é muito 
perigoso." 
Pelo fragmento acima de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, percebe-se que neste romance, como em 
outros regionalistas do autor: 
 
 Há um conceito muito restrito de sertão, reduzido a palco de lutas entre bandos de jagunços. 
 o conflito entre o eu e o mundo se realiza pela interação entre as personagens e o sertão que acaba por ser mítico 
e metafísico. 
 a periculosidade da vida das personagens está circunscrita ao meio físico e social em que vivem. 
 o sertão é um lugar perigoso, onde os habitantes sofrem agressões do meio hostil e adverso à sobrevivência 
humana. 
 não existe uma região a que geograficamente se possa chamar de sertão: ele é fruto da projeção do inconsciente 
dos personagens. 
 
10
a
 Questão (Ref.: 201504619572) 
 
 
A Geração de 45 ganha corpo na poesia que se opõe às conquistas modernistas de 1922. O único princípio que pertence 
a essa nova proposta é: 
 
 utilização da sátira à linguagem formal 
 ênfase na ironia e na nacionalidade 
 negação da liberdade formal e das brincadeiras 
 restabelecimento da forma artística e bela 
 uso da paródia e de ruptura de modelos tradicionais 
 
11
a
 Questão (Ref.: 201504620234) 
 
 
A prosa regionalista ganha espaço no Modernismo a partir de 1928, mas se consolida na década seguinte. Dentre as 
sentenças seguintes a única correta no que diz respeito a um dos participantes do movimento é: 
 
 Nenhuma das opções acima. 
 Guimarães Rosa, autor do clássico ¿Grande Sertão Veredas¿, entre outras obras de grande valor. 
 José Américo de Almeida, autor de ¿A bagaceira¿, o precursor do rico filão de romances sobre a seca 
nordestina. 
 Lima Barreto, principal precursor do movimento, ao denunciar o racismo da sociedade carioca do começo 
do século XX. 
 Rachel de Queirós, cuja curta carreira marcou uma época na história da Literatura Brasileira. 
12
a
 Questão (Ref.: 201505065873) 
 
 
João Cabral de Melo Neto traz para a literatura a imagem da seca nordestina. Por que o nome SEVERINA aparece como 
um adjetivo? 
Morte e vida severina 
(Auto de Natal Pernambucano) 
João Cabral de Melo Neto 
 (...)E se somos Severinos 
iguais em tudo na vida, 
morremos de morte igual, 
mesma morte severina: 
que é a morte de que se morre 
de velhice antes dos trinta, 
de emboscada antes dos vinte, 
de fome um pouco por dia 
(de fraqueza e de doença 
é que a morte severina 
ataca em qualquer idade, 
e até gente não nascida). 
 
 Porque se trata de um nome comum no Nordeste. 
 Porque caracteriza a região da seca. 
 Porque caracteriza, apenas, a morte do homem sertanejo. 
 Porque qualifica e uniformiza a forma de viver e de morrer do homem sertão 
 Porque caracteriza, apenas, a vida do homem sertanejo. 
 
13
a
 Questão (Ref.: 201505192117) 
 
 
"Entre a paisagem/ (fluía)/ de homens plantados na lama;/ de casas de lama/ plantadas em ilha/coaguladas na 
lama;/paisagem de anfíbio/ de lama e lama. / Como o rio,/ aqueles homens / são como cão sem plumas./ Um cão sem 
plumas/ é mais/ que um cão saqueado;/ é mais que um cão assassinado." 
A estrofe acima é exemplo de traço de ______ e de _______ que existe no poema de João Cabral de Melo Neto. 
 
 melancolia, indiferença pelo mundo. 
 saudade, medo do quotidiano. 
 rebeldia, ódio pela sociedade. 
 ternura, paixão pela existência.compaixão, solidariedade ao homem. 
Aula 5 
1
a
 Questão (Ref.: 201504620093) 
 
 
Leia o fragmento abaixo transcrito da obra Vidas Secas e responda a questão a seguir: 
"Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura 
da terra. Montado confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e 
gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se agüentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, 
torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos ¿ 
exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, 
tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas." (Graciliano Ramos) 
O texto, no seu conjunto, enfatiza: 
 
 A miséria moral da personagem. 
 A falta de escolaridade da personagem. 
 A pobreza física da personagem. 
 A identificação da personagem com o mundo animal. 
 Nenhuma das opções acima. 
 
2
a
 Questão (Ref.: 201504620260) 
 
 
Leia o texto a seguir e complete a lacuna com a opção correta: 
 
Minhas mãos ainda estão molhadas 
Do azul das ondas entre abertas 
E a cor que escorre dos meus dedos 
Colore as areias desertas. 
 
 A estrofe revela um dos tópicos dominantes da poesia de Cecília Meireles, que é a percepção...............do mundo. 
 
 emotiva 
 racional 
 sentimental 
 onírica 
 sensorial 
 
3
a
 Questão (Ref.: 201504734382) 
 
 
Os romances de 30, de Graciliano Ramos, privilegiaram a temática do(a): 
 
 urbanismo 
 ironia 
 surrealismo 
 humor 
 regionalismo 
 
4
a
 Questão (Ref.: 201504620192) 
 
 
CONCURSO PÚBLICO - GRUPO MAGISTÉRIO EDITAL Nº. 36/2011-REITORIA/IFRN (modificada) 
Leia o fragmento de texto transcrito a seguir. 
 
Às mui queridas súbditas nossas, Senhoras Amazonas. 
Trinta de Maio de Mil Novecentos e Vinte e Seis, 
São Paulo. 
Senhoras: 
Não pouco vos surpreenderá, por certo, o endereço e a literatura desta missiva. Cumpre-nos, entretanto, 
iniciar estas linhas de saudade e muito amor, com desagradável nova.Muito nos pesou a nós Imperator 
vosso, tais dislates da erudição porémheis de convir conosco que, assim, ficais mais heróicas e mais 
conspícuas, tocadas por essa pátina respeitável da tradição e da pureza antiga. 
(ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 31. 
ed. Belo Horizonte / Rio de Janeiro: Livraria Garnier, 2000, p. 71.) 
 
Em relação à Carta pras Icamiabas (capítulo IX, do livro Macunaíma), fragmento reproduzido acima, é correto 
afirmar que o autor 
 
 elogia a dependência cultural a que a literatura brasileira estava submetida 
 insiste em reiterar os elementos próprios da dependência cultural a que estávamos sujeitos. 
 limita-se a reproduzir os registros da linguagem próprios à imitação do modelo colonizador. 
 tem a intenção de, com humor, criticar aqueles que se propunham a romper com o modelo 
hegemônico da cultura ocidental. 
 tem a intenção de, parodicamente, criticar a submissão cultural, que via o modelo europeu como 
único a ser adotado. 
 
5
a
 Questão (Ref.: 201504620164) 
 
 
ENADE-2008 
Olhou as cédulas arrumadas na palma, os níqueis e as pratas, suspirou, mordeu os beiços. Nem lhe restava o direito de 
protestar. Baixava a crista. Se não baixasse, desocuparia a terra, largar-se-ia com a mulher, os filhos pequenos e os 
cacarecos. Para onde? Hem? Tinha para onde levar a mulher e os meninos? Tinha nada! 
(...) Se pudesse mudar-se, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado, sentia um ódio imenso a 
qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na 
verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se arreliava. Não havia paciência 
que suportasse tanta coisa. 
 
(Graciliano Ramos. Vidas secas. 106.ª ed. São Paulo: Record, 1985, p.96-7.) 
A leitura do trecho acima do capítulo Contas, do romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, indica que, nessa obra, a 
relação entre o texto e o contexto de sua produção está concentrada 
 
 na atitude engajada do protagonista Fabiano, que se recusa a ser explorado pelo patrão. 
 na abordagem regionalista e pitoresca do fenômeno ambiental da seca no Nordeste. 
 no realismo descritivo, que apresenta pormenores da beleza da paisagem nordestina. 
 na representação da riqueza interior de vidas econômica e culturalmente pobres. 
 no caráter ufanista da obra, que exalta a força da cultura popular nordestina. 
 
6
a
 Questão (Ref.: 201504618056) 
 
 
Escolha a opção que melhor caracterize as tendências do romance brasileiro de 1930: 
 
 Preocupação com a interioridade 
 Uso de neologismos 
 Valorização do regional 
 Mergulho psicológico 
 Destruição da sintaxe 
 
7
a
 Questão (Ref.: 201504620187) 
 
 
Leia atentamente o texto que se segue: 
Como lhes disse, fui guia de cego, vendedor de doce e trabalhador alugado. Estou convencido de que nenhum desses 
ofícios me daria os recursos intelectuais necessários para engendrar esta narrativa. Magra, de acordo, mas em 
momentos de otimismo suponho que há nela pedaços melhores que a literatura de Gondim. Sou, pois, superior a Mestre 
Caetano e a outros semelhantes. Considerando,porém, que os enfeites do meu espírito se reduzem a farrapos de 
conhecimento apanhados sem escolha e mal cosidos, devo confessar que a superioridade que me envaidece é bem 
mesquinha. 
 
No trecho acima, de São Bernardo, de Graciliano Ramos, o narrador reflete sobre questões que dizem respeito 
diretamente à sua competência para desenvolver uma narrativa autobiográfica. Essa competência é explicitamente posta 
em dúvida em outras passagens do romance, como, por exemplo, em: 
 
 Começo declarando que me chamo Paulo Honório, peso oitenta e nove quilos e completei cinquenta anos 
pelo São Pedro. 
 E eu vou ficar aqui, às escuras, até não sei que horas, até que, morto de fadiga, encoste a cabeça na mesa 
e descanse uns minutos. 
 Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi diversas passagens, modifiquei outras. 
 João Nogueira queria o romance em língua de Camões, com períodos formados de trás para diante. 
Calculem. 
 As pessoas que me lerem terão, pois, a bondade de traduzir isto em linguagem literária, se quiserem 
 
8
a
 Questão (Ref.: 201504620091) 
 
 
O texto abaixo apresenta uma passagem do romance Vidas secas, de Graciliano Ramos, em que Fabiano é focalizado em 
um momento de preocupação com sua situação econômica. Escrito em 1938, o romance "Vidas Secas" se insere num 
momento em que a literatura brasileira centrava seus temas em questões sociais e econômicas. O personagem Fabiano 
está em um momento de preocupação com sua situação de vida: 
"Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se trepa. 
Consumidos os legumes, roídas as espigas de milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das 
sortes. Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados, engasgava-se, engolia em seco." 
Sobre este trecho do romance, somente está INCORRETO o que se afirma na alternativa: 
 
 A passagem resume a situação de permanente pobreza de Fabiano e revela-se como uma crítica à economia 
brasileira e às relações de trabalho que vigoravam no sertão nordestino no momento em que a obra foi criada. 
Isso pode ser confirmado pelas orações: "... Consumidos os legumes, roídas as espigas de milho, recorria à 
gaveta do amo, cedia por preçobaixo o produto das sortes...." 
 A oração: "Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça" tanto pode ser compreendido 
como o discurso do narrador que revela o pensamento de Fabiano, quanto pode ser o próprio pensamento dessa 
personagem. Esse modo de narrar também ocorre com as demais personagens do romance. 
 A expressão ¿Forjara planos¿, típica da linguagem culta, é seguida no texto por um provérbio popular: ¿quem é 
do chão não se trepa¿. Essa mudança de registro linguístico é reveladora do método narrativo de Vidas secas, 
que subordina a voz das classes populares à da elite. 
 A oração: "... Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados, engasgava-se, 
engolia em seco" indica a voz do narrador em terceira pessoa, necessário para mostrar o estado de agonia em que 
se encontra a personagem. 
 O texto tem início com a esperança de Fabiano de mudanças em sua situação econômica; a seguir, passa a 
focalizar a realidade de pobreza em que a personagem se encontra, e finaliza com sua revolta e angústia diante 
da condição de empregado, sempre em dívida com o patrão. 
 
9
a
 Questão (Ref.: 201504620092) 
 
 
Analise as afirmativas a seguir, considerando o romance regionalista: 
(I) "Será um romance? É antes uma série de quadros, de gravuras em madeira, talhadas com precisão e firmeza." 
(II) "Construído como uma longa narrativa oral, o romance tem como personagem-narrador Riobaldo, um velho 
fazendeiro, que já foi homem de letras e de armas e que vive às margens do rio São Francisco." 
(III) "Com a análise psicológica do universo mental das personagens, que expõe por meio do discurso indireto livre, o 
narrador nos vai decifrando a sua humanidade embotada, confundida com a paisagem áspera do sertão, neste romance 
que transcende o regionalismo e seu contexto específico." 
(IV) "Emprestando dinheiro a juros, negociando de arma engatilhada no sertão, passando fome e sede, [o protagonista] 
consegue acumular algum capital e com ele volta para a sua terra, no município de Viçosa, Alagoas, onde ficava a 
propriedade." 
(V) "O tema do poema é o itinerário do retirante nordestino, que parte do sertão em direção ao litoral, em busca de 
sobrevivência, devido à seca e às precárias, senão insustentáveis, condições de vida da maioria da população. 
 
 III - V 
 I - II - IV 
 II - III - IV 
 I - III 
 II - IV - V 
 
10
a
 Questão (Ref.: 201504620209) 
 
 
CP2-2008 (modificada) 
Quanto ao romance Vidas secas, de Graciliano Ramos, é correto afirmar que: 
 
 a questão urbana é o mote central do romance 
 o nomadismo de Fabiano e sua família evidencia o forte desejo de liberdade dos personagens 
 o romance vai ao encontro dos discursos patrióticos de integração construídos pelo Estado Novo. 
 trata-se de uma narrativa que opta pela focalização objetiva, própria de uma análise sociológica. 
 a opção por uma poética da escassez se contrapõe ao descritivismo e ao pitoresco presentes no romance da seca 
desde o naturalismo do século XIX. 
 
11
a
 Questão (Ref.: 201504630731) 
 
 
Acerca da dificuldade que os personagens do romance Vidas Secas encontram em se expressar, é INADEQUADO dizer 
que: 
 
 Trata-se de um problema que decorre exclusivamente do fato de Fabiano e Sinhá Vitória nunca terem 
frequentado escolas. 
 Trata-se de um dos aspectos de outro problema maior: a incapacidade de se relacionarem em condições normais 
com outros seres humanos, fora do pequeno núcleo familiar que está no centro da narrativa. 
 Trata-se de um recurso por meio do qual a narrativa denuncia o silenciamento das camadas mais humildes da 
população nordestina. 
 Trata-se de um dos aspectos a que diz respeito o título do romance, uma vez que não temos somente uma 
paisagem seca, mas também personagens que levam uma vida seca, sem muito sentido. 
 Nenhuma das opções acima. 
 
12
a
 Questão (Ref.: 201504620090) 
 
 
Sobre a obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, todas as alternativas estão corretas, EXCETO: 
 
 O narrador preocupa-se exclusivamente com a tragédia natural (a seca) e a descrição do espaço não é minuciosa; 
pelo contrário, revela o espírito de síntese do autor. 
 O relato dos fatos e a análise psicológica dos personagens articulam-se com grande coesão ao longo da obra, 
colocando o narrador como decifrador dos comportamentos animalescos dos personagens. 
 O ambiente seco e retorcido da caatinga é como um personagem presente em todos os momentos, agindo de 
forma contínua sobre os seres vivos. 
 O romance focaliza uma família de retirantes, que vive numa espécie de mudez introspectiva, em precárias 
condições físicas e num degradante estado de condição humana. 
 A narrativa faz-se em capítulos curtos, quase totalmente independentes e sem ligação cronológica e o narrador é 
incisivo, direto, coerente com a realidade que fixou 
 
13
a
 Questão (Ref.: 201504618052) 
 
 
A prosa da segunda fase do Modernismo brasileiro se caracterizou pela preocupação com: 
 
 Intimismo 
 Espiritualismo 
 Social 
 Cotidiano 
 Psicológico 
 
14
a
 Questão (Ref.: 201504619575) 
 
 
A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o pêlo caíra em vários pontos, as costelas avultavam num 
fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a inchação dos 
beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida. (...) Então Fabiano resolveu matá-la. Foi buscar a espingarda de pederneira, 
lixou-a, limpou-a com o saca-trapo e fez tenção de carregá-la bem para a cachorra não sofrer muito. Sinhá Vitória 
fechou-se na camarinha, rebocando os meninos assustados, que adivinhavam desgraça e não se cansavam de repetir a 
mesma pergunta: Vão bulir com a Baleia? (...) Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E 
lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. 
 (Vidas Secas de Graciliano Ramos) 
A ligação entre o homem e o animal transparece neste fragmento. Escolha a opção desta assertiva: 
 
 Então Fabiano resolveu matá-la. 
 Vão bulir com a Baleia? (...) 
 Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. 
 As chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida. (...) 
 A cachorra Baleia estava para morrer. 
 
15
a
 Questão (Ref.: 201504620084) 
 
 
Com base no conceito sociológico de "reificação" (o mesmo que "coisificação"), o crítico João Luis Lafetá, em seu 
ensaio "O mundo à revelia", busca interpretar a personalidade do protagonista do romance São Bernardo. Ao tentar usar 
os outros como se fossem objetos, Paulo Honório revela-se, ele mesmo, uma peça da engrenagem do capitalismo. Ou 
seja, ele é um elemento da dialética do sistema, que faz dos patrões criaturas que usam seus semelhantes, mas também 
são usados, terminam muitas vezes por ser tragados e destruídos. 
Levando em conta tais observações, pode-se dizer que: 
 
 Paulo Honório não recua diante de nada, o que é qualificado por Lafetá como uma atitude de empresário 
capitalista, ao contrário de Mendonça, senhor de terra mais tradicional. Por isso mesmo, o protagonista 
apresenta uma visão mais progressista no que diz respeito ao trato com os jagunços. 
 As marcas do passado não são empecilho para o ¿trator¿ Paulo Honório, que somente demonstra atitude 
diferenciada diante de dois personagens: seu Ribeiro e Madalena. Estes, cada um a seu modo entram no 
romance como oportunidades para a humanização do protagonista. 
 Diante das marcas do passado, Paulo Honório age como um trator, destruindo e limpando o terreno. O exemplo 
notório é o caso de Mendonça. Outro é o de seu Ribeiro. 
 A tentativa de manipular a tudo e a todos esbarra somente no

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