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Hanseníase: Causas, Sintomas e Tratamento

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Hanseniase 
É uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. A hanseníase não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada. Ela atinge pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas.
Sintomas
Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).
Epidemiologia
A hanseníase é a terceira principal causa de cegueira e uma das principais causas de incapacidade física permanente no mundo, afetando essencialmente países situados nos trópicos. 
O Brasil fica atrás apenas da Índia em número de casos e ocupa o primeiro lugar na prevalência - quando se considera o número de casos proporcionalmente à população. As regiões mais endêmicas são norte e centro-oeste. O Paraná é o sexto estado com menor número de casos, mas apresenta elevada taxa de incapacidade física dos pacientes acometidos pela doença.
Transmissão 
A maioria das pessoas expostas ao M. leprae não adquire a doença. Isso ocorre por fatores imunológicos, genéticos e ambientais. Acredita-se que 90 % da população apresenta capacidade de defesa do organismo contra o bacilo.
A transmissão ocorre de indivíduo para indivíduo, por bacilos eliminados em gotículas da fala, tosse, espirros que são inalados por outras pessoas, penetrando no organismo pela mucosa do trato respiratório. Isto só ocorre se:
- o doente tiver a forma contagiante (multibacilar);
- não tiver iniciado o tratamento - pois ele interrompe a transmissão; 
- houver contato próximo e prolongado, como a convivência de familiares na mesma residência.
A hanseníase NÃO é transmitida por:
•	Apertos de mão, abraço, beijo e contatos em transportes coletivos ou serviços de saúde, não há necessidade de utilização de máscaras ou isolamento da pessoa com hanseníase;
•	O componente genético interfere na susceptibilidade do hospedeiro à hanseníase, mas ela não é hereditária.
•	Via congênita (parto);
•	Aleitamento materno;
•	Relação sexual;
•	Doação de sangue;
•	Picada de inseto;
•	Assentos, cadeiras, bancos;
•	Copos, pratos, talheres, portanto não há necessidade de separar utensílios domésticos da pessoa com hanseníase.
A pessoa com hanseníase não precisa ser isolada nos serviços de saúde, afastada do trabalho, nem do convívio familiar. 
Como é realizada a coleta?
Dar ao paciente uma breve explicação sobre o exame a ser realizado; 
Fazer anti-sepsia do local a ser coletado com álcool 70 %; 
Com auxílio de uma pinça de Kelli curva fazer uma boa isquemia para impedir o fluxo de sangue; 
Com o auxílio de um bisturi, cortar a pele em mais ou menos 5 mm de comprimento por 2 mm de profundidade; 
Com o lado não cortante da lâmina, raspar o bordo interno do corte 2 a 3 vezes até obter boa quantidade de linfa;
Transferi-la para uma lâmina de vidro com borda fosca,bem limpa e nova previamente identificada com lápis de vídeo ou com ponta de diamante, sempre do mesmo lado que serão colocados os esfregaços; 
Espalhar o material com a parte plana da lâmina do bisturi em movimentos circulares a fim de obter um esfregaço uniforme; 
Os 4 esfregaços serão colocados um ao lado do outro com a distância de 1 cm na seqüência da coleta do material;
Cada lâmina deverá ter no máximo 4 esfregaços. Obedecer à seqüência da coleta: lóbulo de orelha direta (LOD), lóbulo da orelha esquerda (LOE), cotovelo direito (CD) e cotovelo esquerdo (CE) ou á critério médico, quando necessário, joelho direito e esquerdo e lesão.
Os esfregaços não devem conter sangue, pois pode interferir no exame microscópico; 
Para o mesmo paciente usa-se a mesma lâmina de bisturi após limpá-la com álcool 70% e flambá-la em chama; 
Deixar os esfregaços secarem à temperatura ambiente e a seguir passar na chama, por 3 vezes, rapidamente; 
Observar que a face onde se encontra o esfregaço fique para cima; 
Usar sempre lâmina de bisturi e de vidro novos para cada paciente; A incisão feita no paciente deve ser coberta com um curativo estéril.
Modelo de distribuição padrão dos esfregaços na lâmina
Como é o tratamento?
O tratamento específico da pessoa com hanseníase, indicado pelo Ministério da Saúde, é a poliquimioterapia padronizada pela OMS, conhecida como PQT, devendo ser realizado nas unidades de saúde. A PQT mata o bacilo tornando-o inviável, evita a evolução da doença, prevenindo as incapacidades e deformidades causadas por ela, levando à cura. O bacilo morto é incapaz de infectar outras pessoas, rompendo a cadeia epidemiológica da doença. Assim sendo, logo no início do tratamento, a transmissão da doença é interrompida, e, sendo realizado de forma completa e correta, garante a cura da doença. A poliquimioterapia é constituída pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina, com administração associada. Essa associação evita a resistência medicamentosa do bacilo que ocorre com freqüência quando se utiliza apenas um medicamento, impossibilitando a cura da doença. É administrada através de esquema-padrão, de acordo com a classificação operacional do doente em Pauci ou Multibacilar. A informação sobre a classificação do doente é fundamental para se selecionar o esquema de tratamento adequado ao seu caso. Para crianças com hanseníase, a dose dos medicamentos do esquema-padrão é ajustada, de acordo com a sua idade. Já no caso de pessoas com intolerância a um dos medicamentos do esquema-padrão, são indicados esquemas alternativos.
Na tomada mensal de medicamentos é feita uma avaliação do paciente para acompanhar a evolução de suas lesões de pele, do seu comprometimento neural, verificando se há presença de neurites ou de estados reacionais. Quando necessárias, são orientadas técnicas de prevenção de incapacidades e deformidades. São dadas orientações sobre os auto cuidados que ela deverá realizar diariamente para evitar as complicações da doença, sendo verificada sua correta realização.
Esquema paucibacliar: casos com até 5 lesões. É utilizada uma combinação da rifampicina e dapsona, acondicionados numa cartela.
Esquema multibacilar: casos com mais de 5 lesões. É utilizada uma combinação da rifampicina, dapsona e de clofazimina, acondicionados numa cartela.
Exames complementares
 Teste de Mitsuda
Possui valor prognóstico e é recomendado para distinção dos casos neurais que não apresentam lesão cutânea, para classificação da doença. O teste é feito pela aplicação intradérmica de 0,1 ml de mitsudina na face anterior do antebraço direito, formando-se uma pápula com cerca de 1cm de diâmetro. Sendo feita a leitura após 21 e 28 dias.
Outros exames: 
O exame histopatológico de pele é solicitado em casos em que há dúvidas diagnósticas ou na classificação, e indica-se a biópsia do nervo em casos especiais, quando há dúvida no diagnóstico diferencial com outras neuropatias sendo feito por um especialista. Existem ainda provas complementares que são o teste da histamina e da pilocarpina. São de fácil realização.
A identificação do M. leprae pela reação em cadeia da polimerase (PCR) tem sido estudada em centros de pesquisa, mas não é realizada rotineiramente, por ser de alto custo.
Referências 
<http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=3237>
<http://lacen.saude.sc.gov.br/arquivos/doc/hanseniase.pdf>
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_de_hanseniase.pdf>
<http://www.uff.br/tudosobrelepra/exames_complementares.htm.> 
<http://www.fleury.com.br/saude-em-dia/dicionarios/doencas/pages/hanseniase.aspx>

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