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RECURSO SENTIDO ESTRITO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA 
____ª VARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA 
DE _____________.
PROCESSO Nº 
JERUSA, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, 
por meio de sua procuradora infra- assinada, interpor:
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
com fulcro no art. 581, inciso IV do Código de Processo Penal. 
Requerendo ainda que este seja recebido e processado, com a 
consequente remessa à instância superior, na hipótese de V. Exa. 
Não retratar-se, conforme art. 589 do Código de Processo Penal.
Termos em que
pede deferimento.
______-__, 09 de Agosto de 2016.
ADVOGADO
OAB nºxxxxx
Razões de Recurso em Sentido Estrito
Recorrente: JERUSA
Recorrida: Justiça Pública
Egrégio Tribunal de Justiça
Colenda câmara
Eméritos julgadores
Em que pese o ilustre entendimento do MM. Julgador de primeiro 
grau, tal decisão deve ser modificada, pelos fatos e fundamentos a 
seguir expostos:
I - DOS FATOS
A Acusada foi denunciada como incurso no artigo Art. 121 c/c Art. 
18, I parte final, ambos do CP, pelo falecimento de DIOGO em via 
de trânsito, que no momento da ação andava em alta velocidade 
em via de mão dupla.
O inquérito foi instaurado e a denúncia foi recebida pelo juiz 
competente, todos os demais atos processuais foram executados 
regularmente.
Ao fim da instrução probatória, para a sua surpresa, a recorrente 
foi pronunciada pelo juiz ao crime discriminado na inicial 
acusatória, ou seja, homicídio simples, na forma de dolo eventual, 
como se de fato tivesse assumido o risco de atropelar e 
consequentemente matar a vítima. 
Ressaltando que tais alegações não correspondem à realidade dos 
fatos, tendo em vista que recorrente, prestou socorro a vítima, no 
momento do acidente dirigia abaixo da velocidade permitida, ou 
seja, não esperava que o simples fato de não ter dado o sinal da 
ultrapassagem ocasionaria o falecimento de uma pessoa. 
É o relato.
II - DO DIREITO
Na sentença de pronúncia, não há mínimos esclarecimentos que 
determinem a materialidade do delito e indícios de autoria que 
indiquem que a Acusada ora Recorrente, como única responsável 
ao crime lhe imputado, tendo em vista, que a mesma tomou 
algumas precauções para tinham o intuito de evitar o acidente.
Além disso, Jerusa não agiu com dolo e sim com culpa, pois para 
ocorrer o dolo eventual exige que além da previsão do resultado, 
que o agente assuma o risco pela ocorrência do mesmo, nos 
termos do Art. 18, I (parte final) do CP, que adotou, em relação ao 
dolo eventual, a teoria do consentimento. 
Coadunado a este artigo, a conduta de Jerusa amolda-se àquela 
descrita no Art. 302 do CTB, razão pela qual ela deve responder 
pela prática, apenas, de homicídio culposo na direção de veículo 
automotor. 
Em consequência, não havendo crime doloso contra a vida, o 
Tribunal do Júri não é competente para apreciar a questão, razão 
pela qual deve ocorrer a desclassificação, nos termos do Art. 419, 
do CPP.
Desta forma, imperiosa a impronúncia da Acusada de tal crime que 
lhe é imputado.
2.1 SUBSIDIARIAMENTE
Na remota hipótese de não absolvição, o Acusado requer ainda, a 
desclassificação da conduta para o delito previsto não doloso 
contra a vida humana, previsto em legislação especial a ser 
imputado pelo julgador, conforme Art. 302 do CTB.
Como presente nos autos, a recorrente, ao realizar manobra de 
ultrapassagem não liga a respectiva seta luminosa sinalizadora do 
veículo e, no momento da ultrapassagem, vem a atingir Diogo, 
motociclista que, em alta velocidade, conduzia sua moto no sentido 
oposto da via. Ressalta-se que a recorrente prestou socorro que 
veio após o chamado da própria recorrente e das demais 
testemunhas.
III - DOS PEDIDOS
Isto posto, o Acusado requer à V. Exa.:
1. Que seja desconstituída a decisão de pronúncia, com a 
consequente impronúncia da acusada;
2. Subsidiariamente, a desclassificação da conduta para o 
crime de não doloso contra a vida, com a remeça dos autos 
à vara competente para apreciação do delito, ou seja, a 
desclassificação de homicídio simples doloso para o delito 
de homicídio culposo na direção de veículo automotor (Art. 
302 do CTB).
Termos em que,
pede deferimento.
________-__, 09 de Agosto de 2016.
ADVOGADO
OAB nº

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