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UNIVERSIDADE MAURÍCIO DE NASSAU DISCIPLINA: PROCESSOS CONSTRUTIVOS PROF.: CRISTIANE MARQUES Sistemas Construtivos e suas variações Do que se trata a disciplina “Processos Construtivos”? A disciplina será uma ferramenta básica que trará noções sobre alguns dos diversos tipos de Sistemas Construtivos, bem como abordará aspectos sobre gerenciamento de obra. Sistemas Construtivos, o que são? Conjunto de normas e especificações voltadas para execução completa ou parcial de um determinado serviço que vai resultar num produto imóvel. Metodologia executiva com uma receita para construir alguma coisa de forma mais eficiente que o usual. Os sistemas construtivos devem estabelecer um sistema de produção, um conjunto de produção, um conjunto de processos construtivos, cujo produto final será o edifício. Tipos de sistemas construtivos – são vários 1. Sistema alvenaria convencional 2. Sistema alvenaria estrutural 3. Sistema construtivo Drywall 4. Sistema em concreto armado e pré-moldado 5. sistema construtivo Concreto-PVC 6. Sistemas construtivos em madeira 7. Sistema Light Steel Framing 8. Inovatec System 9. Estruturas metálicas 10. tecnologia BubbleDeck 11. ACM (Alluminum Composite Material) – subsistema de fachada* 12. Pele de vidro – subsistema de fachada* Sistemas construtivo Principais subsistemas: Estrutural Vedação Fachada = vedação exterior Cobertura Elétrico Hidráulico Sistemas construtivos e seus subsistemas CONCEPÇÃO DE PROJETO Subsistema Estrutural Supra-estrutura Parte superior da estrutura de um edifício que suporta as cargas dos diversos pavimentos e as transmite à infra-estrutura. Infra-estrutura Parte inferior da estrutura de um edifício que suporta e transmite cargas ao terreno. Composta: pilares, vigas e lajes de concreto; Vedação: Vãos preenchidos com tijolos cerâmicos ou outros materiais; Peso da construção: distribuído nos pilares, vigas, lajes e fundações; Paredes: não-portantes Vantagens: possibilidade de criação de um projeto mais arrojado e a utilização de portas e janelas fora das medidas padronizadas. Apesar de ser mais caro que a alvenaria estrutural, é possível realizar qualquer tipo de reforma. Para a construção de elementos como pilares e vigas são usados aço estrutural e fôrmas de madeira. Depois da construção das paredes, é preciso “rasgá-las” para embutir as instalações hidráulicas e elétricas. Em seguida, deve ser iniciada a etapa de revestimento, caracterizada pela aplicação do chapisco, massa grossa, massa fina e pintura. 1. Alvenaria convencional Depois da construção das paredes, é preciso “rasgá-las” para embutir as instalações hidráulicas e elétricas. Em seguida, deve ser iniciada a etapa de revestimento, caracterizada pela aplicação do chapisco, emboço, reboco, massa fina e pintura. A principal característica: função primária de vedação (ou fechamento), separando ambientes e fachadas. O emprego de vigas e pilares moldados por formas de madeira também é grande, sendo este o método construtivo mais utilizado pelos brasileiros. Estruturação: é preciso contar com materiais como o concreto armado, que ficou popular durante o período modernista da arquitetura nacional. Estrutura e vedação dão diversas possibilidades estéticas a um projeto e deixam as reformas mais flexíveis. Desvantagens: a) vícios construtivos, tais como de fora de prumo, nível e esquadro; b) mais suscetíveis a "gambiarras" e improvisos; c) bastante entulho e impacto ambiental; d) Perdas em excesso. 1. Alvenaria convencional 1. Alvenaria convencional Definição – sistema composto por blocos, os quais compõem paredes estruturais de alvenaria. Constituída com blocos vazados de composição variada mas, normalmente concreto ou cerâmico, assentados com argamassa específica, e que podem conter armaduras com finalidade construtiva ou de amarração. Metodologia do projeto • Detalhes • Mão de obra “especializada” • Normas e ensaios • Coordenação modular Em blocos de concreto podem ter cavidades preenchidas continuamente com graute. 2. Alvenaria estrutural: bloco de concreto ou bloco cerâmico Funciona como 2 em 1 → funções de estrutural e vedação em um só sistema racionalizado, que utiliza medidas padrões de elementos construtivos, como blocos concretos e cerâmicos, acrescidos de elementos compensadores para uma melhor modulação. Características: - Dimensionadas (cálculos de confiabilidade determinável); - Planejada e dimensionada para suportar cargas determinadas; - As paredes em alvenaria estrutural atuam como subsistemas de estrutura e vedação de vãos; - Dispensa o uso de vigas e pilares, substituídas pelo uso de blocos com capacidade para resistir a compressão; Elementos constituintes: Blocos vazados com função estrutural; As paredes são portantes – suporte de cargas 1. Utilizados para fazer a maior parte das paredes estruturais. 2. Utilizadas em vergas e contravergas para sustentar janelas e respaldos de lajes, evitando possíveis trincas e rachaduras pelos esforços solicitados nesses locais. 3. Elemento de encaixe no encontro entre as empenas e lajes. Formam as cintas de amarração e se estendem por toda a extensão das paredes estruturais, substituindo as fôrmas de madeira. Possuem alturas variáveis na extremidade externa para se ajustarem à espessura da laje especificada em projeto. 2. Alvenaria estrutural Bloco inteiro Meio-bloco Blocos compensadores Blocos canaletas Blocos J 5. Os blocos chanfrados são usados somente quando há uma parede não ortogonal, como em halls de distribuição de apartamentos, o que é raro na maioria das obras em alvenaria estrutural. 6. Blocos componentes já vêm preparados para receber os pontos de elétrica, como interruptores e tomadas. 2. Alvenaria estrutural 2. Alvenaria estrutural: blocos cerâmicos 4. Utilizados para fazer a união de paredes em “T” ou em “L”, sem interferir na modulação dos blocos. A amarração das paredes em “L” é feita com os blocos de 14 cm x 19 cm x 34 cm, pertencentes à família 39. T. Para amarrações em “T”, utilizam-se tanto os de 14 cm x 19 cm x 54 cm, da família 39, quanto os de 14 cm x 19 cm x 44 cm, da família 29. 2. Alvenaria estrutural 2. Alvenaria estrutural Alvenaria estrutural: tipos Alvenaria não armada - não recebe graute, mas sim reforços de aço (barras, fios e telas) apenas por razões construtivas - vergas de portas, vergas e contravergas de janelas e outros reforços construtivos para aberturas - e para evitar patologias futuras; Alvenaria armada ou parcialmente armada - recebe reforços em algumas regiões, devido a exigências estruturais. São utilizadas armaduras passivas de fios, barras e telas de aço dentro dos vazios dos blocos e posteriormente grauteados, além do preenchimento de todas as juntas verticais. Alvenaria protendida - reforçada por uma armadura ativa (pré-tensionada) que submete a alvenaria a esforços de compressão. Esse tipo de alvenaria é pouco utilizada, pois os materiais, dispositivos e mão de obra para a protensão têm custo muito alto para o nosso padrão de construção. Atenção!! Ponto importante: as paredes portantes têm que ser especificadas no projeto, bem como o cliente tem que ter ciência de suas limitações. As maiores vantagens da alvenaria estrutural em relação aos processos tradicionais são: • Economia no uso de madeira para formas; • Redução no uso de concreto e ferragens; • Redução na mão-de-obra em carpintaria e ferraria; • Facilidade de treinar mão-de-obra qualificada; • Projetos são mais fáceis de detalhar; • Maior rapidez e facilidade de construção; • Menor número de equipes ou sub-contratados de trabalho; • Ótima resistência ao fogo; • Ótimas características de isolamento termo-acústico; •Flexibilidade arquitetônica pelas pequenas dimensões do bloco; Vantagens da alvenaria estrutural - Diminuição no tempo da construção; - Economia no custo da obra; - Menor gasto com revestimento; - Flexibilidade e versatilidade da construção; - Liberdade no layout; - Resultados esteticamente modernos; - Fácil coordenação e controle; - Técnica executiva simplificada; - Menor diversidade de materiais e mão de obra; - Eliminação de interferências; - Facilidade de integração com outros subsistemas; Desvantagens da alvenaria estrutural - Restrições de possibilidades de mudanças não planejadas; - Dificuldade de improvisações; - Limitação de grandes vãos e balanços; A alvenaria estrutural, exige maior esforço quanto a - Elaboração e estudo do projeto; - Cuidado com materiais; - Treinamento e supervisão da mão de obra; - Organização e planejamento na obra; Possibilita reformas posteriores. TIJOLO – BLOCOS (CERÂMICO OU CONCRETO) • São a própria essência da alvenaria. • São peças cerâmicas ou de concreto, de forma e dimensões adequadas e empregadas para levantamento de alvenaria, estruturais ou de simples vedação, como elementos, ativos ou não, das lajes mistas e como peças de ligação de viguetas pré-fabricadas. • Principais características: Aspectos; Dimensões; Resistência à compressão. Normatização: leva em consideração, principalmente, os blocos Normatização e Ensaios • Características Geométricas: deve ser um prisma reto, com medidas especificadas pela norma; • Características Físicas: Massa seca e índice de absorção de água; • Características Mecânicas: Resistência a Compressão individual; ALGUMAS NORMAS TÉCNICAS DA ABNT PARA ALVENARIA ESTRUTURAL: NBR 6136/2006 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos NBR 8215/1983 – Prisma de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural – Preparo e ensaio à compressão NBR 8798/1985 – Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto NBR 8949/1985 – Paredes de alvenaria estrutural – Ensaio à compressão simples NBR 10837/1989 – Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto NBR 15270-1 – Blocos Cerâmicos para alvenaria de vedação. NBR 15270-3 – Ensaios de Blocos Cerâmicos para alvenaria de Vedação; NBR 717/92 – Bloco Cerâmico para alvenaria. Especificação. NBR 8042/83 – Bloco Cerâmico para alvenaria. Formas e dimensões. Padronização NBR 6461/83 – Bloco Cerâmico para alvenaria. Verificação da resistência à compressão. NBR 8043/83 – Bloco Cerâmico portante para alvenaria. Determinação da área líquida. Referências para “Alvenaria Estrutural Livro: Alvenaria Estrutural Autores: Carlos Alberto Tauil Flávio José Martins Nesse Metodologia do projeto Detalhes Mão de obra Normas e ensaios Editora: PINI 1ª edição/2010 3. SUBSISTEMA DE VEDAÇÃO INTERNA DRYWALL CONSTRUÇÃO A SECO 3. Subsistema de vedação Drywall = Construção a seco Subsistema industrializado → reduz bastante o tempo de execução da obra e o desperdício, fazendo com que as construções sejam mais limpas e com um ótimo acabamento final. Placa produzida a partir do gesso e do papel cartão. Possui resistência à compressão e à maleabilidade, oferecendo, também, praticidade, rapidez e versatilidade na elaboração e execução dos projetos, assim como proporciona poucos resíduos ao final da instalação. Drywall: combina estruturas de aço galvanizado com chapas de gesso de alta resistência mecânica e acústica, produzidas com rigoroso padrão de qualidade. Massa para juntas e massa para colagem Definição As massas para juntas são produtos específicos para o tratamento das juntas entre chapas de gesso, tratamento dos encontros entre as chapas e o suporte (alvenarias ou estruturas de concreto), além do tratamento das cabeças dos parafusos. Estas massas devem ser utilizadas juntamente com fitas apropriadas. • As massas para colagem são produtos específicos para a fixação das chapas de gesso diretamente sobre os suportes verticais (alvenarias ou estruturas de concreto) e para pequenos reparos nas chapas. • A utilização das massas e fitas de rejunte assegura o acabamento sem trincas. Observação: Em nenhuma hipótese deve-se utilizar gesso em pó ou massa corrida de pintura para a execução das juntas Tipos de massas Fonte: Manual de Projeto de Sistemas Drywall – paredes, forros e revestimentos Fitas: São componentes utilizados para o acabamento e para melhorar o desempenho dos sistemas drywall. Tipos de fitas Fonte: Manual de Projeto de Sistemas Drywall – paredes, forros e revestimentos Acessórios: são peças indispensáveis para a montagem dos sistemas drywall. Normalmente são utilizadas para a sustentação mecânica dos sistemas. Especificação – Para acessórios em aço galvanizado, os mesmos deverão ter, no mínimo, revestimento zincado Z (275 g/m2 dupla face). – Para os acessórios de outros materiais, os mesmos deverão ter uma proteção contra a corrosão, no mínimo equivalente aos de aço galvanizado. Fonte: Manual de Projeto de Sistemas Drywall – paredes, forros e revestimentos Fonte: Manual de Projeto de Sistemas Drywall – paredes, forros e revestimentos Fonte: Manual de Projeto de Sistemas Drywall – paredes, forros e revestimentos 3. Sistema Drywall Resistente? Totalmente. As estruturas metálicas são fabricadas em aço galvanizado para garantir a resistência do Drywall aos impactos normais do dia-a-dia. O sistema é testado em laboratório dentro dos mais rígidos critérios, para que o Drywall suporte, com toda a segurança, portas, armários, estantes etc. Drywall oferece mais economia que a parede de alvenaria? Sim, com o projeto em mãos, você faz o orçamento e sabe exatamente o quanto vai investir, evitando gastos extras. A execução é rápida, limpa e realizada por profissionais especializados, sem desperdícios nem custos com remoção de entulho. Resistência ao fogo O fato de 20% do peso das placas de gesso ser água, garante excelente desempenho quanto à resistência ao fogo. Pode ser melhorado com o uso da placa RF específica para este fim. As possíveis composições podem atender disposições legais e regulamentações específicas referentes à segurança contra incêndio para cada localidade de implantação do edifício. A manutenção é mais fácil em Drywall ou em paredes de alvenaria? Em Drywall, pela própria natureza da tecnologia. As instalações elétricas e hidráulicas passam pelo interior das paredes, agilizando o acesso. Drywall oferece bom isolamento acústico? Sim. Por isso, o sistema é utilizado nas melhores casas de shows, salas de concerto, cinemas etc. A proteção sonora de uma parede em Drywall é no mínimo igual à de alvenaria. Mas o Drywall ainda permite composições de duas ou mais chapas de gesso com lã mineral, para atender às mais exigentes especificações de isolamento acústico. Comparação drywall x outros produtos Subsistema Drywall Drywall é superior à alvenaria na questão do conforto térmico? Sim. As propriedades das chapas de gesso contribuem para regular e estabilizar a temperatura. Dessa forma, o ambiente fica fresquinho no verão e quentinho no inverno. Isolamento térmico O espaço interno dos sistemas construtivos em drywall permite a colocação de lã mineral reforçando o isolamento térmico a fim de evitar o desperdício de calor. Alternativas de Lã Mineral: • Lã de Rocha: 50mm de espessura Características: • Incombustibilidade • Resistência ao fogo • Segurança • Proteção pessoal • Favorável custo/benefício • Absorção acústica • É leve, fácil de manusear e de cortar; • É incombustível, evitando a propagação das chamas e o risco de incêndio; • Não deteriora nem apodrece; • Não favorece a proliferação defungos ou bactérias; • Não atacam as superfícies com as quais estão em contato; • Não é atacada nem destruída pela ação de roedores; • Reduz o consumo de energia do sistema de ar condicionado; • Sua capacidade isolante não diminui com o passar do tempo. • Alto poder de isolação térmica; • Excelente absorção acústica; • Lã de Vidro: 50mm de espessura Drywall permite fixação de armários, estantes, quadros e suportes de TV? Sim. Todo tipo de objeto pode ser fixado em Drywall. As lojas especializadas vendem buchas do tipo expansivas ou basculantes, que são ancoradas direto na chapa. Cozinhas e outras áreas que exigirem armários mais pesados ou suporte de TV devem ser especificadas no projeto, para que a estrutura do sistema seja reforçada. Bucha-parafuso Bucha de expansão Bucha basculante Algumas regras relativas à utilização dos parafusos: Fonte: Manual de Projeto de Sistemas Drywall – paredes, forros e revestimentos • O Drywall requer peças específicas (prateleiras e armários na parede); • Empresas especializadas na manutenção também não são encontradas com facilidade; • resistência do sistema construtivo (para sustentar sobrecargas maiores de 18kg o drywall necessita de reforços com chapas de aço ou madeira); • Baixa resistência a água e fogo, as placas de gesso não são recomendadas para a construção de paredes externas; • Menos resistentes a impactos, mas atende as normas técnicas; Sistema Drywall O ideal é que a perfuração nas paredes seja feita antes da instalação. Drywall pode receber pintura, azulejo, papel de parede ou outro tipo de revestimento? Sim. Neste caso, o Drywall funciona exatamente como uma parede convencional, com a vantagem de oferecer uma superfície lisa e já pronta para o acabamento. É fácil personalizar um ambiente construído com Drywall? Sim, porque a praticidade é um dos maiores benefícios do Drywall. Você pode ampliar a sala, construir o quarto do bebê, projetar o home theater, enfim, adaptar a casa de acordo com o seu momento de vida, com facilidade e economia. Sistema Drywall – personalização de ambiente 3.4. Tipos de chapas de Drywall – Placas Standard (ST) – cor branca: Destinadas as áreas secas; – Placas Resistentes à Umidade (RU) – cor verde: Destinadas as áreas molhadas; – Placas Resistentes à Fogo – cor rosa (RF): Placas especialmente resistentes ao fogo. As placas possuem espessuras de 9,5mm – 12,5mm – 15,0mm Drywall pode ser utilizado em áreas úmidas como cozinha, banheiro e área de serviço? Sim. Para essas áreas são especificadas as chapas verdes, com proteção antifungo, resistentes à umidade. A impermeabilização deve seguir os procedimentos adotados como padrão para áreas úmidas em alvenaria. Impermeabilização: define-se como impermeabilização a proteção das vedações contra a ação da água. A impermeabilização deve ser aplicada em paredes, forros e revestimentos sujeitos à ação da água. Nas áreas em contato direto com a água, como duchas, é importante a utilização de revestimentos que proporcionem impermeabilização e resistência mecânica à superfície. A impermeabilização deve ser objeto de um projeto específico. Impermeabilização Impermeabilização da base das paredes em áreas úmidas • Prever sempre a proteção da base das paredes em áreas molháveis (banheiros, cozinhas e áreas de serviço). • Deverá ser aplicado um sistema de impermeabilização flexível, subindo na parede a uma altura de pelo menos 20 cm acima do piso, de acordo com o projeto de impermeabilização. • Dependendo do sistema de impermeabilização escolhido, deverá ser prevista a vedação da folga entre a chapa e o piso com mástique ou similar. • No caso da utilização de manta asfáltica, utilizar rodapé metálico de impermeabilização para suporte da mesma. Facilidade na montagem; Otimiza espaço; Excelente desempenho termoacústico; Isolamento sonoro; Instalações no imóvel, como elétrica, hidráulica ou telefonia. Paredes mais leves; Paredes aceitam qualquer tipo de acabamento; Sem desperdícios de materiais; Bastante útil na reforma estrutural com reformulação de cômodos; Economia (p.e. sem gastos com reboco ou massa corrida); Dependendo do produto, ele assegura resistência à umidade e ao fogo. Sistema Drywall - vantagens A Universidade de Franca, na região norte do estado de São Paulo, é a primeira instituição de ensino superior do país a organizar um curso de pós-graduação para engenheiros e arquitetos sobre construção a seco. Sob o título de “Sistemas Leves de Construção Industrializada (drywall, light steel frame e wood frame) – projeto, execução e gestão de obras”, o curso terá orientação técnica da Associação Brasileira do Drywall. 4. SISTEMA CONSTRUTIVO EM CONCRETO ARMADO 4. Sistema construtivo em concreto armado Utiliza barras de aço - armaduras - inseridas no concreto moldado "in loco", em fôrmas de madeira, tal sistema permite a obtenção de estruturas aptas a resistir a qualquer tipo de carga. A composição do concreto armado é feita basicamente de concreto e ferro ou aço. A união desses elementos torna todo o material mais resistente, aproveitando as características de cada componente. Este sistema pode ser empregado na construção de estruturas, lajes, vigas, colunas, fundações, pontes, arcos, poços, tubulações, estacas, chaminés, portos, barragens, reservatórios, muros, bueiros, postes, bases, pisos e em toda obra que necessite apresentar grande resistência ao uso. Sistema formado por subsistemas ↓ Subsistemas de fôrmas Subsistemas de estruturas: infra e supra Sistema Concreto Armado Subsistema de Fôrmas A fôrma é um dos subsistemas dos muitos que compõem o sistema construtivo, todos trabalhando em prol das necessidades do empreendimento. A fôrma tem uma particularidade única dentro deste contexto: é o que inicia todo o processo, e por isso, passa a ser referência para os demais, estabelecendo e padronizando o grau de excelência exigida para toda a obra (NBR15696:2009). O desempenho do sistema de fôrma exerce forte influência na qualidade, prazo e custo do empreendimento. Escoramentos – Cimbramentos – Transporte - Manutenção As normas NBR 14931:2004 e a NBR15696:2009 estabelecem alguns critérios que devem ser respeitados para projetar e executar as fôrmas e escoramento para estruturas de concreto, como: Rigidez Estanqueidade Durabilidade Resistência Mecânica e ruptura Reatividade química Baixa aderência ao concreto Estabilidade Baixa absorção de água Influência da fôrma na qualidade da estrutura Qualidade é atender os clientes (internos e externos), assim, a fôrma é um subsistema primordial e de maior importância; O desempenho dos demais subsistemas dependerá diretamente do seu resultado: prumo, nível, alinhamento e esquadro das peças estruturais, que resultam da correta utilização da fôrma, são pré-requisitos básicos necessários para todos os demais subsistemas. A fôrma é a única responsável pela geometria dos elementos estruturais; Uma grande parte das patologias nos edifícios concluídos pode ter origem na fôrma; As frequentes trincas na estrutura ou na vedação podem ser consequências da deformação ou mobilidade excessiva da estrutura causada pela má utilização do sistema de fôrma, como também, pelo excesso de sobrecarga devido aos revestimentos e enchimentos não previstos decorrentes da correção de estrutura mal moldada. Até mesmo os vazamentos comuns causados pelas patologias nas instalações hidráulicas e das impermeabilizações podem ter origem no excesso de mobilidade da estrutura, consequência da utilização incorreta do sistema de fôrma. Fôrmas de Madeira Para execução de construções de médio e pequeno porte: tábua de pinho ou pinús (não recomendada), por ter um custo muito inferior ao de outros tipos de madeiras (Cedrinhoe Jatobá). Vantagens: Possibilidade de acabamento aparente; Facilidade de alinhamento e prumo Mais economia; Não são necessários turnos ininterruptos de trabalhos; Possibilidade de trabalhar estruturas inclinadas menor custo. Desvantagem: Existem restrições ao uso de madeira como elemento de sustentação e de molde para concreto armado, e se referem ao tipo de obra e condições de uso. Apresentam elevado custo de mão-de-obra e de materiais envolvidos na sua produção. •Aço: são elementos mais pesados, que exigem maquinário para transporte e colocação dentro do local de uso, tendo uma alta resistência a compressão e dilatação do concreto. •Desvantagens, tais como: baixo nível de acabamento final, custo alto, excessivo cuidado contra ferrugem do material e dificuldade de transporte. Fôrmas de aço: Fôrma de Alumínio •Alumínio: permitem uma evolução da obra mais rápida, alto acabamento final, fácil transporte e alta durabilidade do material. •Desvantagem é o custo elevado do alumínio o que pode tornar inviável sua utilização. Ainda não existe uma norma específica que certifique os critérios para utilização dessas fôrmas. Fôrma de Plástico: são as mais empregadas por construtoras por ser um material leve, utilizável por diversas vezes, possuem alta resistência a compressão e dilatação do concreto, além de ter um custo muito baixo, podendo ser amplamente utilizado por construtoras de grande porte. Economia de 20 a 40%. PREPARO DAS FORMAS PREPARO DAS ARMADURAS PREPARO DO CONCRETO EMBUTIDOS CONCRETAGEM: - Lançamento; - Adensamento - Cura DESFORMA PEÇA PRONTA MONTAGEM Fluxograma de produção de elementos em concreto armado. Fluxograma de produção Existem critérios para avaliação da eficiência da mistura ou de uma betoneira? a) Homogeneidade do concreto fabricado, em especial da dosagem do cimento; b) Resistência do concreto obtido e sua dispersão; c) Porcentagem de material que fica aderente às peças do tambor, depois da descarga; d) Velocidade de descarga; Critérios Utilização deste sistema requer muitos cuidados: Materiais de composição; Dosagem; Procedimentos em geral; Transporte (posicionamento); Lançamento; Cura; Propriedades; Ensaios Controle tecnológico Viga de concreto simples Viga de concreto armado O que a composição “concreto + aço” traz? Subsistema de estruturas em concreto armado Concreto armado - vantagens - É moldável, permitindo grande variabilidade de formas e de concepções arquitetônicas. - Apresenta alta resistência à maioria dos tipos de solicitação, desde que seja feito um cálculo correto e um adequado detalhamento das armaduras. - A estrutura é monolítica, com trabalho conjunto, através da união de concreto e ferro ou aço. - Os processos construtivos são conhecidos e bem difundidos em quase todo o país. - O concreto é durável e protege as armaduras contra corrosão. Concreto armado - vantagens - Os gastos de manutenção são reduzidos; - O concreto é pouco permeável à água, quando dosado corretamente e executado em boas condições de plasticidade, adensamento e cura; - É um material com bom comportamento em situações de incêndio; - Possui alta resistência a choques e vibrações, efeitos térmicos, atmosféricos e a desgastes mecânicos; - Uma das características mais marcantes é a durabilidade; - Pode ser pré-fabricado, o que gerou muito mais segurança e agilidade; Concreto pré-fabricado – diversidade em sua aplicação 1) Matéria prima; 2) Praticidade 3) Desenvolvimento tecnológico (aditivos); 4) Aplicabilidade; 5) Reconhecimento de mercado; 6) Segurança; 7) Durabilidade; 8) Mão de obra. Pré-fabricados de concreto - variedades → Estruturas entregues prontas para serem montadas no canteiro de obra; → Reduz o tempo de execução da estrutura física da obra em até 50%; → As fundações recebem sempre cuidados especiais; → Usados principalmente em obras industriais, associadas com estruturas metálicas. Concreto convencional - Utilizado na maioria das obras civis, sua resistência varia de 5,0 em 5,0MPa, a partir de 10,0 até 40,0MPa. Concreto de Alto Desempenho - É aplicado em obras especiais, hidráulicas em geral e em recuperações. Normalmente elaborado com adições minerais tipo sílica ativa e metacaulim e aditivos superplastificantes. Concreto Bombeável - Maioria das obras civis. Dosagem apropriada para utilização em bombas de concreto, evitando segregação e perdas de material. Sua resistência varia de 5,0 em 5,0MPa, a partir de 10,0 até 40,0MPa. Concreto de Alta Resistência inicial - tem a característica de atingir grande resistência, com pouca idade, podendo dar mais velocidade à obra ou ser utilizado para atender situações emergenciais. Concreto de Pavimento Rígido - requisito exigido para esse concreto é a resistência à tração na flexão e ao desgaste superficial. Trata-se de um concreto de fácil lançamento e execução. Concreto Pesado - A característica é a alta densidade, que varia entre 2800 e 4500 kg/m³, obtida com a utilização de agregados especiais, normalmente a hematita. É aplicado como contra peso em gasodutos, hospitais e usinas nucleares. Concreto Projetado – Concreto que é lançado por equipamentos especiais e em velocidade sobre uma superfície, proporcionando a compactação e a aderência do mesmo a esta superfície. Concreto Leve Estrutural – reduzido peso específico e elevada capacidade de isolamento térmico e acústico. Chegam a atingir densidades próximas a 500 kg/m³. Cabe lembrar que a diminuição da densidade afeta diretamente a resistência do concreto. Concreto Resfriado com gelo - Trata-se de um concreto, cuja quantidade de água é parcialmente substituída por gelo, para atender a condições específicas de projeto, por exemplo a retração térmica. É aplicado em paredes espessas e grandes blocos de fundação. Concreto Autoadensável - É o concreto do futuro. Elevada plasticidade. Em alguns casos, pode ter a sua reologia controlada. Aplicado em Fundações especiais tipo hélice contínua e paredes diafragma; peças delgadas e peças densamente armadas. Livro – Materiais de Construção Concreto Madeira Cerâmica Metais Plásticos Asfalto Novos Materiais para Construção Civil L. A. Falcão Bauer Volume 1 5ª Edição revisada Editora LTC 4.9. Referência bibliográfica para materiais e propriedades do concreto Conceitos básicos PVC é a sigla inglesa de “Polyvinyl chloride” que em português significa Policloreto de polivinila (ou policloreto de vinil), um plástico também conhecido como vinil. Obtido da combinação de etileno e cloro. Versátil: possibilita acrescentar alguns aditivos (plastificantes, estabilizantes, lubrificantes, pigmentos, espumantes etc.) que são incorporados antes da transformação no produto final. 5. Sistema construtivo concreto PVC 5.1. Sistema construtivo concreto PVC Concreto-PVC – conhecido internacionalmente como “Royal Building System. Alia produtividade, redução de custo com mão-de-obra, redução de tempo e desperdício; → Sistema industrializado → Desenvolvida: Royal Group Techonologies, no início da década de 80, no Canadá. → Chegada ao Brasil: em 1998, com a construção de uma escola no município de Macaé, no Rio de Janeiro; → Atualmente: Soma mais de 500.000 m² de área construída (casas populares de programas governamentais, a pavilhões industriais, passando por edifícios multipavimentos, lojas, escolas, e residências de alto padrão. → Concentração no Brasil: região sul, especialmente no Rio Grande do Sul. Projetos de construção em massa de “programas de governo” impulsionaram o fornecimento do sistema construtivo para todo o Brasil. “Os sistemas industrializados são tendência como alternativa viável em todos os níveis da construção civil. Os sistemas à base de cimentosão os mais utilizados, e é nesse grupo que se encontra o Concreto-PVC; É um sistema que tem espaço garantido nesse cenário, onde os projetos em grande escala necessitam de velocidade, qualidade e controle com custos adequados ao mercado; Estados que absorveram esta tecnologia: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. 5.2. Sistema construtivo concreto PVC Como funciona? → As paredes são ancoradas através de armaduras chumbadas à fundação, que são calculadas de acordo com a tipologia da edificação e características de solo; → As faces do perfil em PVC constituem-se no acabamento final de todas as paredes, portanto, dispensam revestimentos e pinturas; → É possível a aplicação opcional de outros revestimentos (pinturas, texturas, azulejo, granito, etc); → A instalação elétrica deve ser feita em um momento anterior a concretagem das paredes; → A tecnologia possui um sistema próprio para passagem de fios e cabos, baseado em uma canaleta com geometria especial que fica embutida nos painéis. 5.3. Sistema construtivo concreto PVC 5.4. Esquema de estruturação CPVC Perfis testados pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) → Utilização de eletrodutos rígidos ou flexíveis, respeitando sempre as definições de cada projeto; → Parte hidráulica, na execução da fundação devem ser previstos todos os pontos de tubulações de água e esgoto da obra; → O concreto para o preenchimento dos painéis em PVC deve ser o mais adequado à função estrutural e de vedação com resistência de 10 a 25 MPa. Pode-se utilizar concreto convencional, autoadensável, leves, com raspas de isopor ou, até mesmo, com resíduos de construção, desde que possua a resistência adequada, slump de 25-26 e brita “0” ou pedrisco. → O sistema é aberto e modulável, sendo assim, qualquer tipo de planta e layout pode ser adequado à tecnologia, sendo utilizado em projetos de volume (acima de 1000 casas) ou em projetos pontuais de 1 a 10 casas por exemplo. Como funciona? 5.5. Sistema construtivo concreto PVC Detalhamento: → Composto por perfis de PVC rígidos; → Peças fornecidas como um kit e fabricadas sob medida para cada projeto; → Os painéis são fabricados, etiquetados e enviados ao canteiro de obra para montagem; → As fôrmas para as paredes estão disponíveis em três espessuras: 64 mm, 100 mm e 150 mm; → A altura das peças é definida na fabricação, de acordo com o pé-direito indicado no projeto. 5.6. Sistema construtivo concreto PVC Perfis de montagem para paredes com Concreto PVC 5.7. Sistema construtivo concreto PVC Vantagens: → serve como acabamento; → Aceita qualquer tipo de pintura ou texturização; → É resistente às intempéries e à maresia; → Oferece fácil limpeza e manutenção; → Promove adequado isolamento térmico e acústico por conta do tipo de preenchimento dos painéis e espessura das paredes. → Redução de custos com revestimentos → Velocidade da montagem, o que reduz o gasto com a mão-de-obra; → Quase não produz resíduos no canteiro da obra; → Com formas de PVC pode ser usado vários tipos de concreto (p.e. concreto com resíduo de borracha); *Limitações: Necessita-se de bastante atenção no momento da concretagem para não deformar ou mesmo romper a fôrma; 5.8. Sistema construtivo concreto PVC Sistema Convencional Sistema PVC 5.9. Comparação entre os sistemas 5.10. Sistema construtivo concreto PVC - Montagem 5.10. Sistema construtivo concreto PVC - Montagem Trata-se de um sistema modular constituído por painéis leves de PVC, de encaixe simples e rápido dos módulos, com espessuras e alturas variáveis dependendo do projeto que são preenchidos internamente com concreto e aço estrutural. Normalmente utilizam fundações do tipo Radier. 5.12. Sistema construtivo concreto PVC 5.12. Sistema construtivo concreto PVC - Projetos 1) Radier: nas fundações do tipo radier ou bsldrame, onde são apoiadas as paredes, todos os pontos de tubulações de água, de esgoto e elétrica já são previstos; 2) Montagem dos perfis de PVC: escoramentos internos e externos, feitos com auxílio de sarrafos e escoras de madeira na diagonal, são usados para definir o prumo para a montagem dos painéis plásticos como escoramento para concretagem; 3) Preenchimento com concreto: embora o PVC seja resistente, é preciso concretar com cautela e lentidão para que o material flua entre as fôrmas evitando estufamento, principalmente no acabamento das portas e janelas. A fabricante das fôrmas recomenda slump de 25 cm para habitações populares e fôrmas concretadas por camadas entre 50 cm e 70 cm; 4) Instalação de laje: a estrutura das paredes de PVC suporta lajes com treliças, sem colunas nem vigamentos; 5) Colocação do telhado: para moradias de padrão popular, são muito usadas estruturas de madeira em formato de tesouras. As estruturas podem ser apoiadas diretamente no topo das paredes de PVC. 5.13. Sistema construtivo concreto PVC - Sequência 5.14. Resultados 5.15. Produtos em PVC e em Concreto PVC Casas Populares Casas Médio Padrão Casas Alto Padrão Condomínios de até 5 andares Pavilhões industriais Pavilhões Pecuários Escolas Hospitais Postos de Saúde Moradias Emergenciais Projetos Comerciais Postos de Combustíveis Barreiras acústicas Recuperação de Fachadas Forros Telhas Plantões de Venda Lojas de Conveniência Agências Bancárias móveis Quiosques de Praia Canteiros de Obras Shelters Desmontáveis Shelters Transportáveis Mini Shelters Shelters Móveis Shelters Outdoor Câmaras Subterrâneas Gabinetes Baús de Carga Geral Baús para Eventos Furgões Térmicos Carretas Graneleiras Implementos Rodoviários 5.15. OBSERVAÇÕES 1. Térreo mais 4 pavimentos, sem colunas e viagmentos. Os painéis preenchidos com concreto da planta de baixo são o suporte para os próximos andares. 2. Podem ser usadas ocas, quando servem como fechamentos, sem função estrutural. 3. Aceita qualquer tipo de esquadrias; 4. Aceita qualquer tipo de telhado; 5. A interface entre laje (pré-moldada ou treliçada) e o sistema é simples. A laje é apoiada diretamente sobre a parede. O concreto-PVC foi escolhido devido à simplicidade na montagem, durabilidade, já que vem com 20 anos de garantia de fábrica, pela redução significativa do consumo de água e energia da obra, por ser antichama (classificação como material Classe A) e por não utilizar equipes e nem ferramentas pesadas. "O custo direto do sistema se equivale ao do sistema construtivo convencional, mas se colocarmos na composição prazo de execução reduzido, redução da mão de obra e, principalmente, a diminuição significativa das patologias e pós-obra, o sistema se torna muito competitivo“. 5.16. Construções Condomínio Hospital Pavilhão Escola Abril de 2017 1. RESTRIÇÕES DE USO 2. CAMPO DE APLICAÇÃO 3. TERMINOLOGIA 4. DOCUMENTOS TÉCNICOS COMPLEMENTARES 5. CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO 6. REQUISITOS E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO 7. ESTUDO DO DESEMPENHO TÉRMICO 8. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO 9. ANÁLISE GLOBAL DO DESEMPENHO DO PRODUTO 10.CONTROLE DE QUALIDADE Diretrizes para Avaliação Técnica de Produtos Algumas diretrizes básicas devem mostrar uma análise de projeto tipo e, para cada empreendimento, essa análise deve ser feita, considerando ao menos os aspectos a seguir listados: − Implantação das unidades (posição em relação ao Norte), ou, em caso dessa não estar previamente definida, as mesmas estabelecidas no item A.1.3-b do Anexo A da ABNT NBR 15575-1 (2013); − Dados climáticos do local de implantação do empreendimento; − Topografia do terreno e seu impacto sobre a incidência de vento (coeficiente de pressão da ABNT NBR 6123);− Projeto de arquitetura (dimensões em planta dos cômodos, dimensões dos caixilhos – área de ventilação, ático ventilado ou não, e pé-direito); − Possibilidade de renovação de ar pela existência de ventilação cruzada; − Abertura de ventilação adequada, principalmente em banheiro e cozinha (sem exigência da ABNT NBR 15575); − Desempenho de um sistema construtivo convencional nas mesmas condições. Tubulações de gás: posicionadas externamente às paredes. Tubulações hidrossanitárias: posicionadas externamente às paredes ou em shafts específicos ou outra solução que permita a manutenção das tubulações sem a necessidade da quebra do concreto. Manual técnico do produto deve estabelecer o diâmetro máximo da tubulação que pode ser embutida. As informações constantes do Manual Técnico de uso e manutenção do produto (paredes) devem ser consideradas no Manual de Uso e Manutenção da unidade habitacional entregue ao usuário. A espessura mínima das paredes deve ser projetada em função de considerações estruturais, do projeto de instalações hidráulicas e elétricas e de outras exigências de desempenho pertinentes. 6. Sistemas construtivos em madeira Existem inúmeros tipos de construções em madeira, e esta prática é utilizada há décadas. Quadro de classificação de sistemas de construção em madeira LOGHOMES 6.1. Sistema “LOGHOMES” – Casas de troncos Disposição mais comum dos troncos é a horizontal, devido à maior estabilidade estrutural, sendo que a disposição vertical dos mesmos é também uma opção correntemente adotada. Efetivamente, este sistema é o único que dispensa qualquer tipo de revestimento ou acabamento. atualmente, devido às evoluções tecnológicas, encontra-se extremamente valorizada pois traduz um aspecto rústico, artesanal e muito expressivo. A estabilidade da construção é mais afetada neste sistema relativamente aos posteriores, pois a madeira sofre processos complexos de secagem, o que resulta em variações dimensionais significativas e consequentes deslocamentos entre as peças. Troncos com superfícies planas LOGHOMES” – Casas de troncos 6.2. Sistema“HEAVY TIMBER” – casas com estruturas em madeira pesada Potencializa as características resistentes da madeira, colocando as peças a trabalhar ao longo da direção paralela às fibras e formando estruturas mistas com outros materiais (utilização de muros de carga). Este sistema inovador permite aberturas maiores e edifícios até seis andares. O sistema pode ser facilmente dividido e todas as peças desmontáveis e transportáveis, este tornou-se extremamente competitivo, potencializado pela crescente industrialização, instrumentalização e pela introdução da pré- fabricação. Faz-se uma divisão deste tipo de estruturas considerando o tipo de sistema apresentado, separando-se assim em duas soluções: o sistema porticado ou de treliças (“Post&Beam”) e o sistema entramado (“Timber Frame”). As estruturas referidas têm em comum a utilização de grandes elementos de madeira com elevado peso próprio. Sistema“HEAVY TIMBER” – Madeira Pesada 6.3. Sistema porticado e sistema entramado Sistema porticado “Post&Beam” o destacamento entre a estrutura em si e os revestimentos é evidente; As vigas e os pilares têm grandes dimensões, permitindo obter vãos com significado suficiente para ficarem aparentes. Os espaços são amplos, sendo definidos de forma moderadamente versátil através dos revestimentos. A rigidez do pórtico é obtida através de elementos diagonais que funcionam como escoras na direção em que estão dispostos. Portico Sistema entramado “Timber Frame” Varia do anterior essencialmente pela introdução de elementos portantes diagonais. Assim, nesta solução, a definição dos espaços fica obrigatoriamente condicionada pela presença destes elementos (definição de planos verticais). Estruturalmente, cada parede funciona como um muro resistente, onde a madeira trabalha na direção das fibras e as ligações de encaixe são menos complexas que no sistema porticado. Entramado Sistema porticado “Post&Beam Sistema Porticado Timber Frame 6.4. Sistema “Wood Frame” – Madeira leve Wood framing Sistema leve industrializado, estruturado em perfis de madeira reflorestada tratada, que permite a utilização em conjunto com diversos materiais, além de permitir rapidez na montagem e total controle dos gastos já na fase de projeto por ser industrializado. O comportamento estrutural do wood frame pode ser superior ao da alvenaria estrutural em resistência, conforto térmico e acústico. Quais os motivos do pouco uso deste sistema? Material utilizado: normalmente pinus Construções em até 5 pavimentos; Segurança contra incêndio; Fundação: construída em loco e o tipo depende do ambiente e condições climáticas; Elementos estruturais: (frames de madeira), fechamento (chapas de OSB e placas cimentícias) Pisos: chapas de OSB (Orinteded Strand Board) apoiadas sobre vigas de madeira; áreas úmidas com pisos de chapas de compensado naval; Paredes: são compostas por montantes verticais de madeira, dispostos em consonância com painéis de OSB. Subsistemas: elétrico e hidráulico podem ser idênticos ao de uma construção convencional; Revestimento: aço, madeira e PVC, tijolos aparentes, argamassa armada, e revestimento que proteja de intempéries; Telhado: shingle (asfáltico), cerâmicas, metálicas, fibrocimento. 6.5. Wood frame - Fabricação industrial 6.6. PLATFORM FRAME – estrutura em plataforma É caracterizado pela descontinuidade dos montantes de um pavimento a outro, que são interrompidos por vigas intermediárias que formam a estrutura do piso, servindo de plataforma para a montagem do pavimento seguinte. • Essa evolução possibilitou a construção de edificações com até nove pavimentos (2008). Etapa 1: preparo do solo. Etapa 2: Execução da fundação e fixação da soleira. Etapa 3: Início da montagem dos quadros. Etapa 4: Montagem dos quadros externos. Etapa 5: Montagem dos quadros internos. Etapa 6: Montagem das travas de piso. Etapa 7: Montagem dos painéis de piso. Etapa 8: Montagem do pavimento superior. Etapa 9: Montagem do da estrutura de cobertura. Etapa 10: Montagem dos painéis de cobertura. Etapa 11: Instalações elétricas e hidráulicas Etapa 12: Montagem dos painéis externos. Etapa 13: Montagem dos painéis internos. Etapa 13: Acabamento final e pintura Tipos de fechamento: OSB: oriented strand board Contraplacados Placa cimentícia Placa de gesso acartonado EPS: poliestireno expandido PVC: policloreto de vinila Processo conhecido por “estrutura em aço leve” e é definindo, na prática, como um sistema inteligente de perfis em aço galvanizado, que encaixam e sustentam placas próprias de revestimento. Construção à seco, ou simplesmente Steel Frame, é um sistema construtivo que utiliza o aço galvanizado como principal elemento estrutural. Seus principais componentes são perfis leves de aço galvanizado dobrados a frio, utilizados para formar painéis estruturais e não estruturais, vigas, tesouras, entre outros. 7. Sistema Light Steel frame – estrutura em aço leve 7.1. Sistema Light Steel frame – estrutura em aço leve 7. Sistema Light Steel frame – estrutura em aço leve Essa estrutura também comporta outros elementos, como as placas de fechamento externo (placas cimentícias), interno (gesso acartonado), mezaninos (painel wall) e isolantes termoacústicos, além das tradicionais instalações elétricas, hidráulicas, revestimentos e acabamentos. Estrutura da edificação 7.2. Sistema Light Steel frame – estrutura em aço leve Constituída de painéis metálicos, compostos de perfis de aço de 0,95 mm de espessura, com revestimento anticorrosivo zincado por imersão a quente. Fixados entre si através de parafusos auto brocantes,compondo painéis de paredes, lajes de piso/forro e estrutura de telhado, constituindo dessa forma, um conjunto monolítico de grande resistência e apto a absorver as cargas e esforços solicitados pela edificação e agentes da natureza (vento, chuva, etc...). Os demais elementos estruturais como cantoneiras e fitas de aço, utilizados para rigidez e contraventamento são compostos do mesmo tipo de aço dos perfis. A estrutura de aço é ancorada junto à fundação com parafusos e pinos específicos. Fundação A fundação: constituída de uma laje de concreto armado, tipo “radier”. Outros tipos de fundação podem ser utilizados dependendo do tipo de solo e necessidades do projeto estrutural. 7.3. Sistema Light Steel frame Fechamentos Paredes de elevação, lajes e estrutura do telhado são completadas com chapas de fechamento, que contribuem de forma importante no contraventamento da estrutura. parte externa: chapas cimentícias (cimento, fibras e agregados); Fixadas diretamente nos perfis estruturais, sobre manta impermeável justaposta ao perfil. As paredes externas: espessura final de 165 mm. As paredes internas: espessura final de 120 mm. Internamente: gesso acartonado ou perfis de madeira leve Chapa de fechamento externo Chapa de fechamento interno 7.4. Sistema Light Steel frame Impermeabilização As bases inferiores que compõem os painéis de aço galvanizado: revestidos por mantas impermeabilizantes auto adesivas de polietileno, como interface ao concreto da laje de fundação. Paredes de elevação externas e estrutura do telhado: revestidos com manta impermeável com a função de evitar condensação interna, garantindo estanqueidade contra presença de água ou umidade. Materiais mais comuns usados na impermeabilização em obras de Steel Framing Mantas pré-fabricadas: Asfálticas, de PVC (policloreto de vinila), de butil ou EPDM (etileno propileno dieno) e de EVA (acetato de vinil etileno). Materiais para aplicação em pinturas: Poliuretano, asfalto com poliuretano, acrílicos, silicones e asfaltos elastoméricos. Selantes - Selantes de poliuretano e acrílicos Revestimentos e Acabamentos Habituais: Pinturas texturizadas e lisas; Revestimentos cerâmicos (pisos, azulejos, tijolo à vista); Telhado ( telha cerâmica de barro, concreto, metálica, asfáltica). 7.5. Sistema Light Steel frame - vantagens •Redução em dos prazos de construção (1/3 do método convencional); •Custo de 20% a 30% por metro quadrado inferior ao convencional; •Desempenho acústico através da instalação da lã de rocha e lã de vidro entre as paredes e forro; •Facilita a manutenção de instalações de hidráulica, elétrica, ar condicionado, gás, etc. •Custos diretos e indiretos menores, devido aos prazos reduzido e ausência perdas; •O aço é o único material que pode ser reaproveitado inúmeras vezes sem nunca perder suas características básicas de qualidade e resistência; 7.5. Sistema Light Steel frame - vantagens •Por conta de suas características naturais, o aço não sofre o ataque de cupins. A estrutura do telhado em aço galvanizado, portanto, elimina qualquer necessidade de tratamento e despesas de manutenção; •Devido à sua comprovada resistência, o aço é capaz de vencer grandes vãos, eliminando colunas e paredes intermediárias. Com isso, oferece maiores espaços e confere flexibilidade na concepção e execução de projetos; •Redução substancial de entulhos; •Segurança: estrutural e contra propagação do fogo; •Além da resistência à corrosão, os perfis de aço galvanizado exibem maior estabilidade dimensional. •Não empenam nem trincam por causa da dilatação. Por isso, são ideais para quem não dispensa qualidade na hora de construir. 8. Inovatec System Diversos segmentos: hospitais, postos de saúde, escolas, armazéns, galpões e muito mais. Painéis são compostos estruturais e especiais, desenvolvidos a partir de materiais como fibra de vidro, resinas poliméricas, poliisocianurato (PIR) e um sistema exclusivo de soldagem química a frio (Inovatec Bond). Junto com a nova tecnologia e a sólida experiência construtiva da IT Sistemas Construtivos, os resultados são grandes avanços e sólidos diferenciais para a construção civil. I. Fundação radier; II. Canaletas de vidro e resina são colocadas na fundação e nelas são encaixados os painéis que formam as paredes da casa; III. A fixação de painéis é feita com cola especial, de grande resistência, que já vêm com as instalações elétrica e hidráulica; IV. A tecnologia tem um exclusivo sistema de soldagem química a frio; V. A agilidade do processo construtivo, a limpeza do canteiro de obras e a economia de recursos são os principais benefícios desse sistema construtivo; VI. Modelo de alvenaria convencional a perda de materiais é em torno de 30%, nesse modelo ele varia entre 2% e 3% do total; VII. Este sistema é projetado para resistir às diversas catástrofes naturais, suportando ventos de até 250 km/h. 8.2. Construção em 48 horas. A tecnologia Inovatec System tem sido considerada uma das mais inovadoras e revolucionárias da atualidade, porque utiliza o que há de mais moderno na composição de materiais sintéticos em processos industriais, através de uma tecnologia inédita. Baseada em processos náuticos e aeroespaciais. Os sistemas construtivos Inovatec System são projetados para resistir às diversas catástrofes naturais. Em 100% dos testes (corpo mole, corpo duro, acústica, estanqueidade e outros), suas construções são aprovadas com resultados bastante superiores ao técnico exigido. Ótimo acabamento 8.3. Inovatec System - vantagens Resistente e leve (10kg/m2) Ecologicamente correta; Impermeável; Não inflamável; Não tóxica; Resistente ao sol; Resistente à maresia (água salgada) Resistente à solvente; Alta segurança;
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