Buscar

Artigo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO
Os sistemas produtivos dominantes se desenvolveram durante muitos anos adequando se às demandas da sociedade e o homem se adequando às formas de trabalho. Taylor estudou a fábrica para melhor produzir, Ford se apropriou de certas idéias para dinamizar ainda mais o processo, tudo isso entre guerras que assolaram diversos países do mundo o que fez desses sistemas os regentes da economia da época, mas essa hegemonia entrou em colapso quando as economias dependentes dele se reergueram e novas demandas tomaram o cenário produtivo. A partir disso uma reestruturação entrou em cena, os sistemas antes regentes estavam agora em colapso. Mudanças tiveram que ser instauradas para continuação do desenvolvimento e manter o capital em constante movimentação. 
Contudo mudanças sempre movem mais variáveis que as desejadas, então essa reestruturação foi o causador desse novo mundo industrial. Esse estudo é centrado nas mutações que a flexibilização das formas de trabalho moveu/move o trabalho em si, a sociedade e as instituições sindicais. Os reflexos da reestruturação produtiva são expostos globalmente no estudo de Marco Aurélio Santana e José Ricardo sobre a sociologia do trabalho na sociedade contemporânea, e abordada mais especificamente na obra de Geraldo Augusto “A organização do trabalho no século 20” a reestruturação produtiva ajuda a elucidar os fatos e as formas de como essas adequações transformaram o mundo industrial antes conhecido, e como chegamos a nossa forma atual de organização, divisão e produção industrial.
TAYLORISMO E FORDISMO
O jovem Frederick Winslow Taylor ainda que de família rica quis ter a experiência de um trabalhador comum, o que pode ter sido de grande valia depois quando se tornara um engenheiro e voltou para a fábrica. Suas análises do comportamento dos trabalhadores, possivelmente adquiridas quando trabalhara como operário, o ajudou a desenvolver um sistema de produção onde o tempo era o regente do trabalho, onde cada minuto contava para a produção. 
Ele ateve – se muito à quantidade de trabalho e não à sua qualidade, desenvolvendo assim um modo de produção baseado em longas horas de trabalho e cada função era unicamente realizada por um operário, fazendo deste um trabalhador estático que apenas manejava aquele certo ponto da produção. Para padronizar a forma de trabalho na fábrica ele usou o trabalhador mais aplicado como base, e então treinava todos os outros para que pudesse tirar o melhor de cada um, usando o trabalhador apenas como uma ferramenta que sabe apenas o que necessita para cumprir o seu dever, estático, repetitivo e sem mobilidade.
A repetitividade das formas de produção no taylorismo afetaram não somente nos lucros, mas também no físico e psicológico dos empregados. As longas jornadas de trabalho levavam os operários a exaustão física e mental por tanto repetirem o mesmo processo durantes horas a fio, esse modelo foi criticado no filme de Charles Chaplin “Tempos modernos”, que satirizava e demonstrava o que acontecia nas fábricas tayloristas.
Quando Ford surgiu, ninguém imaginara que ele seria o pai de uma forma de produção tão grande. Ele participava de torneios de carros, projetando – os e colocando os em corridas para testar seus desempenhos. Após fazer sucesso com uma de suas invenções foi convidado a trabalhar numa oficina e depois de anos testando e criando motores a combustão, desenvolveu seu primeiro calhambeque em 1894 e logo mais montou uma fábrica de carros em associação a outros em 1896 a qual saiu para tempos depois montar sua própria fábrica em Detroid, a qual ficaria conhecida como a maior fabricante mundial de veículos.
Mesmo que agora fosse um administrador, Ford, nunca perdera o costuma de passear pela fábrica, vendo o processo de produção sempre com atenção. Então ele teve a idéia de que se produzissem grandes quantidades por dia diminuiria seus gastos em vista disso o consumo aumentaria, gerando maiores lucros o que levaria ao aumento salarial de seus próprios funcionários. Mas ele inovou mais ainda aplicando a uma esteira rolante em larga escala, ligando o inicio da produção até o fim. Essa inovação proporcionou que milhares de carros fossem produzidos num curto intervalo de tempo, e com Ford incentivando o consumismo na época como algo saudável e essencial, suas vendas multiplicavam – se assim como seus lucros transformando - o um dos homens mais poderosos dos anos 40-50.
O DECLÍNIO DAS FORMAS DE PRODUÇÃO
Os sistemas Taylorista/Fordista regeram a sociedade industrial em tempos difíceis, o mundo em guerra era um lugar muito incerto, mas ainda assim eles conseguiam produzir e vender seus produtos. No entanto no pós – guerra os países que antes não produziam por estarem em guerra voltaram a produzir não mais dependendo dos produtos advindos das mãos estatudinenses, enchendo armazéns com o excedente que era produzido e que agora não havia, mas para onde ser comercializado. Além de tudo os operários começaram a sentir os impactos físicos e mentais cada vez mais fortes, perdendo a vontade pelo trabalho, diminuindo a produção. Outras fábricas desenvolveram métodos para sanarem essa insatisfação, mas ainda eram falhas. 
Com isso a sociedade sem que esse tipo de trabalho é mais desgastante do que rentável para si, foi então que no Japão na fábrica da Toyota o engenheiro Taichii Ohno desenvolve um modelo moderno, que aumenta a produção sem aumentar os custos e mão de obra. Esse modelo se espalha facilmente tomando o lugar dos modelos Tayloristas e Fordistas como principais forma de produzir.
Contudo as mudanças trazidas pelas mãos da Toyota moveram não só a dinâmica do trabalho em si, mas também na forma da sociedade ver o trabalho e também nas instituições ligadas ao trabalho.
MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO
Uma série de fatores a partir dos anos 60 pôs em cheque a eficiência do Taylorismo e do Fordismo. Taxas de câmbio mudavam bastante no pós – guerra, os investidores começaram a ter mais cautela em seus investimentos, o que abalou os sistemas regentes já que eram baseados na produção em massa e diminuir seu ritmo de produção significaria prejuízo de milhões. Interesses por experiências alternativas começaram a surgir, meios para produzir mais dinamizados e como mais produtividade, então o sistema japonês entrou na cena produtiva. O sistema Toyota de produção logo ganhou força por sua forma dinamizada de organização do trabalho e sua forma de manejar a mão de obra para aumento da qualidade e produtividade de seus produtos sem riscos de superprodução.
Esse modelo flexível logo tomou força já que os antigos estavam em declínio nesse novo mundo crescente de produção ligada à necessidade do consumidor, e não mais onde o abastamento de produtos era o centro da produção.
A flexibilização do trabalho aumentou a produtividade, os lucros e ainda diminuiu a mão de obra na sua profunda divisão do trabalho, decorrente disso os capitalistas viram uma janela para maiores lucros, mas toda mudança trás seu impacto tanto favorável à alguns quanto desfavorável a outros setores.
MUTAÇÃO DO TRABALHO EM SI
Com a crise do Fordismo e o Toyotismo em ascensão, a organização do trabalho se modificou, antes de uma forma estática, parada, sem movimentação nem a criação de novos saberes já que o trabalhador apenas era submetido a uma única função na qual ele deveria dominar já que faria aquela mesma função durante o tempo em que trabalhasse na fábrica, sem saber no que aquilo iria se transformar, aonde o produto do seu esforço chegaria. Mas com a chegada do modelo japonês o sistema de fábrica modificou – se ganhando movimentação, criação de novos postos de trabalho, novas funções, novas formas de organização de funções e de funcionários.
Os capitalistas aderiram fortemente ao modelo da Toyota porque ele se baseava numa forte divisão do trabalho, usando da terceirização uma forma de diminuir custos para seus cofres, comprando partes do seu produto e apenasencaixando – as diminuía assim os custos de transformação de matéria prima que tomava tempo e energia de suas fábricas. Um fator também decisivo na flexibilização do trabalho foi a polivalência, onde cada trabalhador era encarregado de diversas funções, sempre fazendo algo ligado ao seu trabalho, agora ele teria que saber como funcionava diversas funções dentro da fábrica, saber apenas uma função era o diferencial entre um trabalhador que custaria menos ao capitalista, já que existia uma pessoa que poderia manejar mais de uma função, para que contratar uma pessoa que custaria o mesmo que outros funcionários, mas que renderia menos? Isso acarretou mudanças no âmbito social as quais serão abordadas logo mais.
Antigas formas de comando dentro da fábrica foram flexibilizadas, transformando o trabalhador em seu próprio capataz e capataz de seus colegas, fazendo com que o ele ficasse sempre atento à sua própria produtividade e de seus colegas, já que agora os eles recebiam proporcionalmente a sua produção. Essa ferramenta de deixar os trabalhadores em cargo da qualidade da produção em função de sua remuneração foi/é uma forma explorativa dos funcionários pelos capitalistas, que criaram um tipo de controle mental sobre seus empregados o que antes era uma voz, normalmente um homem que ameaçava e obrigava o aumento da produção, agora está dentro da cabeça dos funcionários agindo todo momento em seu psicológico levando muitos a exaustão. Vivendo sempre soube pressão e stress, a chefia não mais necessitava de alguém pra mandar o trabalhador focar em sua função ou a fazer melhor, o próprio funcionário se ritmava e ritmava seus colegas desenvolvendo a chefia por stress, causando graves danos psicológicos aos funcionários.
Casos extremos foram determinados em certas fábricas no Japão em que funcionários não mais agüentavam o ritmo da produção que casos de suicídios foram diagnosticados por culpa dessa “responsabilidade” implantada na flexibilização.
MUDANÇAS NA SOCIEDADE
A profunda divisão e especialização do trabalho agora implantada criaram abismos não conhecidos antes pelos trabalhadores no Taylorismo/Fordismo. A fim de maximizar lucros e garantir uma produção contínua e de qualidade mudanças na organização do trabalhador e de sua força de trabalho foram modificadas, agora saber como realizar uma única função estática de uma parte determinada não era mais suficiente, a polivalência se tornou obrigatória, a especialização era fator decisivo na sociedade industrial, o trabalhador do ontem se deparou com o medo do desemprego, desemprego esse que se tornou um monstro a espreita da sociedade. 
A idéia de ser/estar desempregado assombrava a comunidade, uma divisão social entre empregado/desempregado se tornou mais visíve,l contudo ainda mais marcante era aquela entre “trabalhador - homem - especializado” contra “trabalhador -mulher - sem especialização”. As mulheres foram jogadas nas sombras do círculo empregativo, a sociedade capitalista-machista regente sempre depreciou o trabalho feminino, mas nesse novo cenário as reibaxaram aos trabalhos menos especializados, o que antes era feito por homens, trabalhos mais pesados começaram a ser feminilizados, e ainda quando conseguiam um emprego esse era sem garantias, muitas vezes sem carteira assinada e quando assinada sem diversos benefícios e na maioria das vezes ganhando menos do que homens no mesmo patamar empregativo.
 A escassez de postos de empregos marginalizou a camada de trabalhadores do que não eram especializados e não conseguiam achar emprego, e a flexibilização do trabalho enfraqueceu contratos em certos pontos, então os capitalistas tomaram proveito de diversas brechas para contratar esses trabalhadores não especializados, transformando – os em escravos do mundo atual com longas jornadas de trabalho, pouca remuneração e em fábricas que remetem aos antigos sistemas Taylorista/Fordista, que em suma ainda se tratavam do mesmo sistema só que de forma diferenciada usando – se da flexibilização das formas de trabalho para prender o trabalhador numa espiral de exploração “legalizada”, destruindo sua saúde e quando finalmente depois de anos de trabalho se aposenta tudo o que acumulou serve apenas para se tratar de anos de exploração, nunca podendo alcançar um estado de satisfação consigo mesmo e com seu trabalho.
4.3 MUDANÇAS SINDICAIS

Outros materiais