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SEMANA 7 – DOS TIPOS PENAIS DOLOSOS E CULPOSOS 7.1 – Do tipo penal nos crimes dolosos 7.2 – Do tipo penal nos crimes culposos 7.1 – Do tipo penal nos crimes dolosos Dolo é o elemento psicológico da conduta, constituindo-se em um dos elementos do fato típico. Elementos do dolo: consciência e vontade. Dolo abrange todos os elementos do tipo. Fases da conduta: interna e externa. 7.1.1. Teorias do dolo Da vontade: dolo é a vontade de realizar a conduta. Da representação: dolo é a vontade de realizar a conduta, prevendo a possibilidade de o resultado ocorrer, sem desejá-lo. Do assentimento: dolo é o assentimento do resultado, ou seja, a previsão do resultado com a aceitação dos riscos de produzi-lo. Código Penal adotou as teorias da vontade e do assentimento, conforme art. 18, I. 7.1.2. Espécies de dolo Dolo natural: é aquele identificado como um elemento puramente psicológico, sem qualquer juízo de valor. Dolo normativo: está situado na culpabilidade e não na conduta. Dolo direto ou determinado: é a vontade de realizar a conduta e de produzir o resultado (teoria da vontade). Dolo indireto ou indeterminado: o agente não quer diretamente o resultado, mas aceita a possibilidade de produzi-lo (eventual), ou não se importa em produzir este ou aquele resultado (alternativo). Dolo de dano: intenção de produzir uma lesão efetiva a um bem jurídico. Dolo de perigo: intenção de expor o bem a um perigo de lesão. Dolo genérico: intenção de realizar a conduta sem um fim especial. Dolo específico: vontade de realizar a conduta visando a um fim especial previsto no tipo. dolo geral, erro sucessivo ou aberratio causae: o agente realiza uma conduta e imagina ter alcançado o resultado, no entanto, com uma segunda conduta é que o resultado acaba sendo alcançado. Dolos de primeiro grau e de segundo grau: no de primeiro grau o agente quer produzir os efeitos primários do delito; no de segundo grau estão incluídos os efeitos colaterais do delito. Dolo e dosagem da pena: embora a pena prevista não seja diferente quanto ao tipo de dolo, o juiz deve levar em conta tal classificação na dosagem da pena. 7.2. O tipo penal nos crimes culposos Culpa: constitui-se no elemento normativo da conduta, sendo que sua verificação necessita de um prévio juízo de valor, sem o qual não se sabe se ela está ou não presente. Normativo é o sentimento médio da sociedade sobre o que é justo ou injusto. Dever objetivo de cuidado é a exigência de cuidado que todas as pessoas devem ter. Tipo aberto: a conduta culposa não é descrita. 7.2.1. Elementos do fato típico culposo a) conduta (voluntária); b) resultado involuntário; c) nexo causal; d) tipicidade; e) previsibilidade objetiva; f) ausência de previsão; g) quebra do dever objetivo de cuidado. Previsibilidade objetiva: é a possibilidade de qualquer pessoa com prudência mediana prever o resultado. Previsibilidade subjetiva: é a possibilidade que o agente, dadas as suas condições particulares, tinha de prever o resultado. Não exclui a culpa. Princípios do risco tolerado e da confiança. Inobservância do dever de cuidado: é manifestado por meio de três modalidades de culpa: Imprudência Negligência Imperícia 7.2.2. Espécies de culpa 1ª) Culpa inconsciente: é a culpa sem previsão, em que o agente não prevê o que era previsível. 2ª) Culpa consciente: o agente prevê o resultado, embora não o aceite, pois confia que o evitará. 3ª) Culpa imprópria ou por extensão: há uma equivocada apreciação da realidade fática, fazendo o agente supor que está acobertado por uma causa de exclusão de ilicitude. Como o erro poderia ter sido evitado pelo emprego de diligência mediana, subsiste o comportamento culposo. 4ª) Culpa presumida: por ser uma forma de responsabilidade objetiva não é prevista na legislação penal. Ou seja, é necessário comprovar que houve culpa. 5ª) Culpa mediata ou indireta: ocorre quando o agente produz indiretamente um resultado a título de culpa. Graus de culpa: grave, leve e levíssima. Não existe compensação de culpas no direito penal. Participação em crime culposo: há divergência sobre a admissibilidade.
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