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SEMANA 8 – RELAÇÃO DE CAUSALIDADE 8.1. Conceito 8.2. Teoria da equivalência das condições ou conditio sine qua non 8.3. Limitações ao alcance da teoria da conditio sine qua non 8.4. Outras teorias da causalidade 8.5. Relevância causal na omissão 8.6. Teoria da imputação objetiva 8.1. Conceito Relação de causalidade é o meio pelo qual se comprova a ligação entre a conduta do agente e o resultado naturalístico, sendo então possível afirmar se aquela deu ou não causa a este. 8.2. Teoria da equivalência das condições ou conditio sine qua non Art. 13, caput, 2ª parte, do CP, consagra a teoria da equivalência das condições. Todo fator que contribui, de alguma forma, para a ocorrência do evento é causa deste evento. Deve-se fazer o “juízo hipotético de eliminação”. 8.3. Limitações ao alcance da teoria da conditio sine qua non Cadeia causal, aparentemente infinita, é limitada pelo dolo ou pela culpa. Causas (concausas) absolutamente independentes Sejam preexistentes, concomitantes ou supervenientes, as concausas podem ser absolutamente independentes. Causas relativamente independentes: pelo juízo hipotético de eliminação, verifica-se que a conduta foi necessária a produção do evento, ainda que auxiliada por outras forças. Também podem ser preexistentes, concomitantes ou supervenientes. Superveniência de causa relativamente independente que por si só produziu o resultado: Art. 13, § 1º do CP. 8.4. Outras teorias da causalidade Teoria da causalidade adequada: somente é causa a condição idônea à produção do resultado, tanto do ponto de vista objetivo, quanto subjetivo. Teoria da causa juridicamente relevante: além dos aspectos adotados pela teoria da equivalência das condições, devem ser levados em conta os critérios de interpretação do tipo penal que se trate. 8.5. Relevância causal na omissão: Prevalece o entendimento de que na omissão não existe causalidade sob o ponto de vista naturalístico. Há, sem dúvida, um vínculo jurídico Crimes omissivos próprios e impróprios (comissivos por omissão) art. 13, § 2º, do CP. 8.8. Teoria da imputação objetiva: Para essa teoria a relação de causalidade não é suficiente nos crimes de ação, nem sempre é necessária nos crimes omissivos e irrelevante nos crimes de mera conduta. Estrutura-se sobre o conceito de “risco permitido”. Permitido o risco, isto é, sendo socialmente tolerado, não cabe a imputação. No entanto, se o risco for proibido, caberá em princípio, a imputação objetiva do resultado. “Na realidade, a teoria da imputação objetiva tem natureza complementar, uma vez que não despreza de todo a solução oferecida pela teoria da conditio, pois admite essa solução causal” (Bitencourt, 2014).
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