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Immanuel Kant

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Immanuel 
Kant 
(1724-1804)
VIDA E OBRA
NASCEU EM KÖNIGSBERG, CIDADE PORTUÁRIA DO BÁLTICO (PRÚSSIA ORIENTAL);
FOI O QUARTO DE ONZE IRMÃOS, NUMA FAMÍLIA POUCO PRÓSPERA;
COM A MORTE DO PAI, DEIXA A UNIVERSIDADE E PASSA A MINISTRAR AULAS PARTICULARES;
VIDA E OBRA
ESTUDOU NO ‘COLLEGIUM FRIEDERICIANUM’ E DAÍ FOI PARA A UNIVERSIDADE DE KÖNIGSBERG;
FOI INFLUENCIADO PELO RACIONALISMO (ILUMINISMO), POR NEWTON, LOCKE;
VIDA E OBRA
CONCLUI SUA GRADUAÇÃO, TORNA-SE DOUTOR E ORGANIZA CURSOS LIVRES PARA UNIVERSITÁRIOS,
FOI PROFESSOR DE MATEMÁTICA, LÓGICA, METAFÍSICA, FÍSICA, PEDAGOGIA, DIREITO NATURAL E GEOGRAFIA;
EM 1770 TORNA-SE PROFESSOR TITULAR, EXERCE VÁRIAS FUNÇÕES, INCLUSIVE REITOR, ATÉ 1796, MORRE EM 1804;
VIDA E OBRA
ERA UM HOMEM METÓDICO, RESOLUTO E DETERMINADO;
VIVEU 80 ANOS SEM NUNCA TER IDO AO MÉDICO;
ACREDITAVA NA FORÇA DE VONTADE, NA RESPONSABILIDADE PELOS ATOS LIVRES E NO DEVER.
VIDA E OBRA
ACORDAVA ANTES DAS CINCO DA MANHÃ, TRABALHAVA EM SEU ESCRITÓRIO ATÉ AS SETE, DEPOIS, SAÍA PARA DAR AULAS;
VOLTAVA E TRABALHAVA ATÉ A UMA HORA, ENTÃO ALMOÇAVA;
NUNCA ALMOÇAVA SÓ, SEMPRE TRAZIA CONVIDADOS À SUA CASA;
VIDA E OBRA
PONTUALMENTE, ÀS TRÊS E MEIA, SAIA PARA UM PASSEIO POR UMA PEQUENA AVENIDA EM SUA CIDADE, QUE HOJE É CHAMADA ‘AVENIDA DO FILÓSOFO’;
ALIÁS, SUBIA E DESCIA A AVENIDA OITO VEZES, SEMPRE RESPIRANDO PELONARIZ;
VOLTAVA PARA CASA,LIA E TRABALHAVA E SE RECOLHIA AS DEZ.
VIDA E OBRA
APESAR DE PARECER TER UMA VIDA BASTANTE MONÓTONA, NUNCA TER SAÍDO DE KÖNIGSBERG, NEM CASADO, OU TIDO FILHOS, KANT FOI UM HOMEM AFÁVEL, FALANTE, APRECIADOR DECOMPANIAS INTELIGENTES, E DAS COISAS BOAS DA VIDA;
VIDA E OBRA
SEU GÊNIO MUDOU A FILOSOFIA OCIDENTAL, JULGANDO O ALCANCE E O LIMITE DO ENTENDIMENTO HUMANO, QUESTIONANDO AS CONDIÇÕES SUBJETIVAS DOCONHECIMENTOHUMANO NA SUA ‘CRÍTICA DA RAZÃO PURA’, OBRA DE 1781.
A Crítica da Razão Pura (1871)
Obra que significou um “giro copernicano” no campo da filosofia e da teoria d conhecimento;
Nela Kant se propôs a julgar o nosso ENTENDIMENTO, isto é, as condições subjetivas do conhecimentos;
A Crítica da Razão Pura (1871)
Segundo ele “Não resta dúvida de que todo o nosso conhecimento começa pela experiência”, porém, isso não significa todo o conhecimento derive da experiência;
Assim, ele questiona:
Como são possíveis os juízos sintéticos a priori?
Traduzindo...
A pergunta fundamental que Kant faz na sua Critica da Razão Pura é:
Quais são os meios para chegar a um conhecimento?
As influências de Descartes de Hume
René Descartes defende o inatismo, que constituem, por intuição, as “primeiras verdades” (tipo...Eu penso...ãããããã.....caramba!!! Eu existo mano!!!), e a partir daí podemos deduzir todo o resto, usando apenas a razão;
As influências de Descartes de Hume
David Hume (1711-1776/ escocês / empirista cético) escreveu uma obra chamada Investigação sobre o Entendimento Humano, que abalou as convicções racionalistas de Kant (o fez despertar do sonho dogmático);
Segundo Hume, a razão não pode afirmar conhecer , a priori, uma relação de causa e efeito e que tal “conhecimento” não passa de mera experiência comum falsamente rotulada
O despertar do sonho dogmático
Uma pergunta em particular, na história da filosofia é muito velha. Sócrates, Descartes, Kant, tentaram responde-la:
O que a razão pode conhecer? E o que ela não pode?
Sócrates dizia saber que nada sabia...
O racionalismo cartesiano não respondia a dúvida de Hume...
O ceticismo de Hume paralisava a possibilidade de conhecimento...
Kant foi além de Descartes e procurou descobrir na própria razão as regras e os limites de sua própria atividade; 
(leia a 1ª e a 2ª citações da p. 11)
É possível conhecer além da experiência?
Sim!
A matemática e a física são conhecidas racionalmente (foi daí que Descartes partiu para defender a tese racionalista);
E a metafísica? É possível?
É possível obter conhecimentos além da experiência física?
A METAFÍSICA É POSSÍVEL?
Os empiristas dizem “Não!”, pois só podemos conhecer o que existe e o que existe nos causa uma impressão sensorial.
Até os racionalistas dirão “Não!”, pois aprendemos pela razão as mesmas coisas que os empiristas dizem aprender pelos sentidos.
Para esses caras os objetos estão sempre lá!
E a metafísica? É possível?
Aí chega Kant e muda essa concepção;
Ele opera aquilo que chamamos anteriormente de “giro copernicano”, ou “revolução copernicana”;
Revolução copernicana
Ao invés de ajustar o nosso conhecimento aos objetos dados, devemos ajustar os objetos ao nosso conhecimento dado;
A metafísica é possível para Kant
Nossa razão possui mecanismos “a priori” que nos permite conhecer algo dos objetos reais;
O resultado dessa “construção” de conhecimento é o eu chamamos de nossa realidade;
Quer dizer:
O mundo objetivo em si não é ordenado, é a nossa razão que estabelece um ordenamento tal, segundo seus mecanismos, que nos permite aquilo que chamamos “conhecimento.
(Leia a citação da p. 11)
Raciocínio transcendental
O conhecimento não se dá apenas pela experiência e, também, não é puramente racional;
Conhecemos o que nossa razão pode conhecer, partindo de uma síntese dos sentidos, por meio dos “óculos da razão”, que nos dão alguma visão das coisas...
Em resumo:
O conhecimento é , porém limitado.
Raciocínio transcendental
A mente humana possui conceitos inatos, necessários e universais, (faculdades a priori), sejam elas, tempo, espaço, identidade, números (as formas sintéticas a priori);
Raciocínio transcendental
Essas formas “filtram” o conhecimento que é dado pela experiência, portanto, não conhecemos “as coisas em si mesmas”, mas conhecemos aquilo que é “filtrado” pelas formas sintéticas a priori de nossa percepção;
Conhecimento abstrato
É possível conhecer o que há fora da percepção, mas não é possível verificar (Por exemplo: Deus);
O conhecimento depende da SENSIBILIDADE – meio pelo qual os objetos são dados na intuição;
O conhecimento depende do ENTENDIMENTO – meio pelo qual os objetos são “transformados” em conceitos;
As 12 categorias das representações
Quando pensamos o mundo, as coisas, fazemos uma “representação” dele por meio de nossa faculdade da razão. 
Todos os aspectos das coisas são captados pela nossa sensibilidade e codificadas por conceitos em diferentes categorias, como se fossem filtros que existem em nossas mentes;
As categorias reúnem o múltiplo das intuições sensíveis e, segundo Kant, são 12;
As 12 categorias das representações
1.QUANTIDADE: unidade, pluralidade e totalidade;
2. QUALIDADE: realidade, negação e limitação;
3. RELAÇÃO: substância, causalidade e comunidade;
4. MODALIDADE: possibilidade, existência e necessidade;
Elas dão significado ao que sentimos do real;
Os fenômenos (nossas construções mentais), por meio dessas categorias, são chamados de real;
A ética kantiana
A moral Kantiana exclui a ideia de que possamos ser regidos se não por nós próprios. 
É a pessoa humana, ela própria, que é a medida e a fonte do dever. 
O homem é criador dos valores morais, dirige ele próprio a sua conduta.
A ética kantiana
A consciência é a fonte dos valores, mas não uma consciência instintiva e sentimental, a consciência moral é a própria razão;
A moral é uma moral racional e a regra da moralidade é estabelecida pela razão; 
A regra da ação não é uma lei exterior a que o homem se submete, mas é uma lei que a razão, atividade legisladora, impõe à sensibilidade. 
A ética kantiana
É uma ética formal, vazia de conteúdo:
1º - não estabelece nenhum bem ou fim que tenha que ser alcançado;
2º - não nos diz o que temos que fazer, mas apenas como devemos atuar;
A ética kantiana
Kant critica as éticas tradicionais, pois nelas, a vontade é determinada a atuar deste ou daquele modo por desejo ou inclinação, pois:
a) seu conteúdo vem da experiência e não permite leis universais;
b) os preceitos das éticas materiais são meios para atingir um fim.
c) as éticas materiais são heterônomas, ou seja, não são respeitam a
autonomia do sujeito pensante;
O que é a Lei Moral?
A lei moral é, universal, necessária e “a priori”;
Não se fundamenta na experiência pois as inclinações e desejos são contraditórios;
A lei moral fundamenta-se na liberdade da razão e tem origem na consciência moral, isto é, na razão autônoma.
A lei moral é a lei que o homem, enquanto ser racional e livre;
A lei moral afirma-se como um dever na forma de “imperativo categórico”;
O dever
Ser caritativo quando se pode sê-lo é um dever, porém uma tal ação, por amável que ela seja, não tem contudo nenhum verdadeiro valor moral. 
Numa ação por dever, as inclinações estão subordinadas ao princípio moral.
O conceito de dever, significa a ação objetivamente prática, isto é, a coincidência entre a máxima que determina a vontade e a lei moral. 
Deontologia
É um conceito que deriva da língua grega (deonto + logia = ciência ou estudo dos deveres).
O termo é usado para designar uma classe de tratado ou disciplina que se centra na análise dos deveres e dos valores regidos pela moral.
O imperativo categórico
O imperativo categórico é, portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal.
Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando a máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.
A boa vontade
Com relação à boa vontade em Kant, podemos dizer que ela é a única coisa que podemos considerar como um bem em si mesmo. Sendo assim, é correto dizer que a boa vontade pode ser resumida na vontade de agirmos por dever. 
Na teoria moral kantiana, boa vontade, enquanto condição do dever, consiste em respeitar a lei moral, tendo como motivo da ação a simples conformidade à lei moral.
Em resumo
 Uma ação não é obrigatória porque é boa, é boa porque é obrigatória.
O dever é o bem e a boa vontade é a vontade de agir por dever.
A ética kantiana é deontológica porque defende que o valor de uma ação moral está em si mesma e não nas suas consequências.
Kant defendia que o valor moral das ações depende unicamente da intenção com que são praticadas, porque sem conhecermos as intenções dos agentes, não podemos determinar o valor moral das ações.
Uma ação pode não ter valor moral apesar das consequências.

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