Buscar

MODELO DE RESUMO (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PLAQUETOPENIA E PERFIL PLAQUETÁRIO DE PACIENTES PORTADORES DE MALÁRIA SINTOMÁTICA CAUSADA PELO PLASMODIUM VIVAX.
FÁBIO ALEXANDRE LEAL DOS SANTOS
THAMIRES OLIVEIRA GASQUEZ
EDUARDO RODRIGUES ALVES JÚNIOR
MÁRCIA BEATRIZ CATTINI DE MELLO
ANDREIA FERREIRA NERY
DR. COR JESUS FERNANDES FONTES
Laboratório de Malária – Hospital Universitário Júlio Muller – Universidade Federal de Mato Grosso.
INTRODUÇÃO: Os parâmetros plaquetários (PP) estão bem descritos nos casos de P. falciparum, isso por que essa doença inspira maior preocupação das autoridades por ser comuns relatos de casos mais graves. Apesar das controvérsias, temos observado nos últimos anos um comportamento semelhante em casos pelo P. vivax que antes era considerada uma doença benigna. O objetivo desse trabalho foi de descrever a frequência e os fatores associados às alterações dos PP em portadores de malária sintomática causada pelo P. vivax que demandaram o serviço de referência do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM) desde o ano 2002. MATERIAIS E MÉTODOS: Obtivemos dados de informações de prontuários de pacientes portadores de malária causada pelo P. vivax que demandaram o serviço de referência do HUJM desde o ano 2002. Tabulamos e analisamos as seguintes informações parâmetros clínicos, epidemiológicos, socioeconômicos e hematológicos. RESULTADOS: Foram incluídos 162 pacientes no nosso estudo sendo que estes apresentaram em média 4,9 episódios pregressos de malária (EPM). O tempo de vida na área endêmica (TVA) foi geral menos de 6 meses (73,4%). A parasitemia (PAR) média observada foi de 7.487,2 parasitos por mm³, e 60 foram clinicamente ou laboratorialmente classificados como pacientes portadores de malária grave. Em relação aos PP, observamos que em média são plaquetopênicos (115.647,5 plaquetas por mm³), possuem valores de volume plaquetário médio (VPM) (9,2 µm³) e índice de distribuição de plaquetas (IDP) (17,5%) na faixa da normalidade, porém apresentaram plaquetócrito baixo (PLT) (0,102%). Tais parâmetros foram todos estatisticamente diferentes quando comparamos entre os grupos graves e não graves (p<0,05). E percebemos associação inversa entre o PLT e PAR (p<0,001) e uma relação direta com TVA (p=0,082), no caso do VPM observamos relação inversa com o TVA (p<0,05) e EPM (p<0,05), e finalmente no caso do IDP houve também uma relação inversa com o TVA (p<0,005) e EPM (p<0,05). DISCUSSÃO: Apesar dos PP estarem associados com critérios de gravidade e até mesmo como fator de risco para diversas doenças, inclusive às cardiopatias, as informações que os relacionam com a malária são escassas. Na verdade é importante entender não só a contagem de plaquetas mais sim as alterações no tamanho e a forma dessas células, que estão diretamente associados com seu correto funcionamento. Sabe-se que alterações nos processos homeostáticos do corpo ligados diretamente à patogenia da malária e podem acarretar em uma maior gravidade na doença, como já está descrito para o P. falciparum. Sucessivas infecções acarretam em uma manutenção de valores relativamente baixos de IDP e VPM, talvez por que a medida em que a pessoa vai se expondo à doença as reações do corpo sejam cada vez mais amenas. CONCLUSÃO: Sucessivas exposições à malária aparentemente fazem com que os PP fiquem cada vez mais baixos, talvez por que os mecanismos patogênicos se tornem mais brandos com o decorrer das infecções.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes