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SAUDE DA MULHER E DA CRIANÇA

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VIOLÊNCIA CONTRA À 
MULHER 
A violência contra mulheres 
constitui-se em uma das principais 
formas de violação dos seus 
direitos humanos, atingindo-as em 
seus direitos à vida, à saúde e à 
integridade física. Apesar de ser 
um fenômeno que atinge grande 
parte das mulheres em diferentes 
partes do mundo, dados e 
estatísticas sobre a dimensão do 
problema ainda são bastante 
escassos e esparsos. 
A violência contra as mulheres em todas as suas formas 
(doméstica, psicológica, física, moral, patrimonial, sexual, tráfico 
de mulheres) é um fenômeno que atinge mulheres de diferentes 
classes sociais, origens, regiões, estados civis, escolaridade ou 
raças. 
 
Uma pesquisa realizada pelo DataSenado em 2005 constatou que: 
 
 17% das mulheres entrevistadas declararam já ter sofrido algum 
tipo de violência doméstica em suas vidas 
40% relatam já ter presenciado algum ato de violência 
doméstica contra outras mulheres 
sendo que 80% desses constituíram atos de violência física. 
Pesquisa realizada em conjunto pelo Instituto Patrícia Galvão e pelo 
Ibope, em maio de 2006, mostra que: 
 
 33% da população brasileira com 16 anos ou mais de idade, a 
violência contra as mulheres (dentro e fora de casa) é percebida 
como o problema que mais preocupa a população feminina na 
atualidade. 
 55% da população, este é um dos três principais problemas que 
afligem as mulheres. 
 51% dos entrevistados declararam conhecer ao menos uma 
mulher que foi agredida pelo seu companheiro 
 
Colaborando com dados da OMS segundo os quais metade 
dos crimes cometidos contra as mulheres no mundo é de 
autoria de seus (ex) companheiros. 
As primeiras conquistas do movimento feminista junto ao Estado para a 
implementação de políticas públicas voltadas ao combate à violência contra 
mulheres datam da década de 80. 
 
No ano 1985, justamente na culminância da Década da Mulher declarada pela 
ONU, é inaugurada a primeira Delegacia de Defesa da Mulher em São Paulo e 
criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), através da lei 
7353/85. 
 
 
 
 
 
 
 
No ano seguinte - no mesmo estado, foi criada pela Secretaria de Segurança 
Pública a primeira Casa-Abrigo do país para mulheres em situação de risco de 
morte (Silveira, 2006) 
órgão de caráter consultivo e deliberativo da sociedade civil junto ao Governo, vinculado 
ao Ministério da Justiça, foi criado com a missão de promover políticas para assegurar 
condições de igualdade às mulheres. Esse Conselho era, portanto, responsável pelo 
monitoramento das políticas públicas de combate à violência contra as mulheres, que 
estavam voltadas para a criação e manutenção de Delegacias especializadas de 
Atendimento à Mulher (DEAMs) e de Casas-Abrigo. 
No Brasil, há onze anos, em agosto de 2006, era sancionada a Lei 11.340, conhecida 
como Lei Maria da Penha, visando incrementar e destacar o rigor das punições para 
esse tipo de crime. 
 A introdução do texto aprovado constitui 
uma boa síntese da Lei: 
Cria mecanismos para coibir a violência 
doméstica e familiar contra a mulher, nos 
termos do art. 226 da Constituição 
Federal, da Convenção sobre a Eliminação 
de Todas as Formas de Discriminação 
contra as Mulheres e da Convenção 
Interamericana para Prevenir, Punir e 
Erradicar a Violência contra a Mulher; 
dispõe sobre a criação dos Juizados de 
Violência Doméstica e Familiar contra a 
Mulher; altera o Código de Processo 
Penal, o Código Penal e a Lei de Execução 
Penal; e dá outras providências. 
Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) 
representou marco importante no 
combate a violência de gênero, com a 
previsão de mecanismos para coibir a 
violência doméstica e familiar contra a 
mulher 
Embora muitos avanços tenham sido alcançados com a Lei Maria 
da Penha, ainda assim hoje contabiliza-se 4,8 assassinatos a cada 
100 mil mulheres – o que coloca o Brasil no 5° lugar no ranking de 
países nesse tipo de crime. 
Fonte: Google imagens 
Segundo o Mapa da Violência 
2015, doa 4.762 assassinatos de 
mulheres registrados em 2013, 
50,3% foram cometidos por 
familiares, destes 32%, o crime 
foi praticados pelo parceiros ou 
ex. 
Em 2013 ocorreram 13 homicídios 
femininos por dia 
No ano 2015 é sancionada a Lei 13.104/2015, a Lei do Feminicídio 
 
“crime hediondo e com agravantes quando acontece em 
situações específicas de vulnerabilidade (gravidez, menor de 
idade, na presença de filhos, etc.)” 
 
 
Entende a lei que existe feminicídio quando a agressão envolve 
violência doméstica e familiar, ou quando evidencia menosprezo ou 
discriminação à condição de mulher, caracterizando crime por razões de 
condição do sexo feminino, as agressões cometidas contra a mulher de 
forma intencional, causando lesões ou agravos à saúde que levam a sua 
morte. 
O conceito de violência contra as mulheres, adotado pela 
Política Nacional,fundamenta-se na definição da Convenção de 
Belém do Pará (1994), segundo a qual a violência contra a mulher 
constitui 
 
 “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause 
morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à 
mulher, tanto no âmbito público como no privado” 
 
O conceito de violência contra as mulheres é bastante amplo e compreende diversos 
tipos de violência: 
 
 violência doméstica (que pode ser psicológica, sexual, física, moral e patrimonial) 
 violência sexual, 
 abuso e a exploração sexual mulheres adolescentes/jovens, 
 assédio sexual no trabalho, 
 assédio moral, 
 tráfico de mulheres 
 violência institucional. 
Os atendimentos por violência doméstica, sexual e/ou outras 
violências registrados no Sinan, em 2014, mostram que foram 
atendidas 223.796 vítimas de diversos tipos de violência. 
 
 Duas em cada três dessas vítimas de violência (147.691) 
foram mulheres que precisaram de atenção médica por violências 
domésticas, sexuais e/ou outras. 
 
A cada dia de 2014, 405 mulheres demandaram 
atendimento em uma unidade de saúde, por alguma 
violência sofrida. 
Violência Doméstica 
 A violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer 
ação ou omissão que cause morte, lesão, sofrimento físico, 
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial no 
âmbito da unidade doméstica, da família ou de qualquer 
relação íntima de afeto. 
 
 
 
 
(Instituto Maria da Penha, 2013) 
Fonte: Google imagens 
a violência física, entendida 
como qualquer conduta que 
ofenda sua integridade ou saúde 
corporal 
 
a violência psicológica, entendida como 
qualquer conduta que lhe 
cause dano emocional e diminuição da auto-
estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno 
desenvolvimento ou que vise degradar ou 
controlar suas ações, comportamentos, crenças e 
decisões, mediante ameaça, constrangimento, 
humilhação, manipulação, isolamento, vigilância 
constante, perseguição contumaz, insulto, 
chantagem, ridicularização, exploração e 
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro 
meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e 
à autodeterminação 
Fonte: Google imagens 
a violência sexual, entendida como qualquer conduta 
que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de 
relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, 
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, 
de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar 
qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à 
gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, 
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o 
exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos. 
Violência sexual 
• Lado mais perverso da violência de gênero 
• Guarda proporções pandêmicas e características universais – 12 
milhões por ano no mundo. 
• É um impulsoagressivo fundamentado num modelo que 
estrutura as relações de gênero enquanto relações de poder, 
implicando uma usurpação do corpo do outro, e que se 
configura, em geral, entre homens e mulheres, mas não 
exclusivamente. 
• Inverte responsabilizações deslocando as sensações de culpa e 
medo para as próprias mulheres. 
 
(BRASIL, 2012) 
"mulheres que usam roupas que mostram o 
corpo merecem ser atacadas“ – 26% dos 
entrevistados 
 
58% dos entrevistados concordam com a 
frase: "se as mulheres soubessem como se 
comportar, haveria menos estupros” 
 
(IPEA, 2014) 
 
 a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta 
que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus 
objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, 
valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a 
satisfazer suas necessidades; 
 
 
a violência moral, entendida como qualquer conduta que 
configure calúnia, difamação ou injúria. 
Violência Institucional : “é aquela praticada, por ação e/ou 
omissão, nas instituições prestadoras de serviços públicos (...)É 
perpetrada por agentes que deveriam garantir uma atenção 
humanizada, preventiva e reparadora de danos. 
 
A violência institucional compreende desde a dimensão mais ampla, 
como a falta de acesso aos serviços e a má qualidade dos serviços 
prestados, até expressões mais sutis, mas não menos violentas, tais 
como os abusos cometidos em virtude das relações desiguais de poder 
entre profissional e usuário. 
 
Mulheres em situação de violência são, por vezes, „revitimizadas‟ nos 
serviços quando: são julgadas; não têm sua autonomia respeitada; 
são forçadas a contar a história de violência inúmeras vezes; são 
discriminadas em função de questões de raça/etnia, de classe e 
geracionais. 
violência física é, de longe, a mais freqüente, presente em 48,7% dos 
atendimentos,com especial incidência nas etapas jovem e adulta da vida da mulher, 
quando chega a representar perto de 60% do total de atendimentos. 
Violência Doméstica 
Em 2011, 71,8% das mulheres que sofreram violência física foram 
agredidas em suas residências (Mapa da violência, 2012) 
43,4% (a maior porcentagem entre todas as categorias) foram 
agredidas por seus parceiros ou ex-parceiros. 
A cada 15 segundos, uma mulher é agredida no Brasil (Mapa da 
violência, 2012) 
Nem câncer, nem acidente de trânsito: a maior causa de morte de 
mulheres de 16 a 44 anos é a violência doméstica (Instituto 
Maria da Penha, 2013) 
 
 
Roupa suja se lava em casa 
 A violência sofrida pela mulher é um problema de cunho 
social e público na medida em que os cofres 
governamentais continuarão a ser onerados com 
aposentadorias precoces, pensões por morte, auxílios- 
doença, afastamento do trabalho consultas e internações. 
 Os índices de delinquência juvenil e a repetência escolar 
continuarão altos e as mulheres continuarão a ser 
assassinadas 
 
(Instituto Maria da Penha, 2013) 
A violência doméstica só acontece em 
família de baixa renda e pouca instrução 
 É um fenômeno que não distingue classe social, etnia, religião, 
idade e grau de escolaridade. Basta abrir os jornais para ver a 
quantidade de mulheres mortas pelos seus ex-maridos: 
médicos, dentistas, jornalistas e empresários. 
 Em grande parte desses casos, elas vinham frequentemente 
sendo espancadas, mas a situação só chega a conhecimento 
publico quando a violência cresce 
 
(Instituto Maria da Penha, 2013) 
 
 
As mulheres apanham porque 
gostam ou porque provocam 
Fonte: Google imagens 
Quem vive a violência gasta a maior parte do seu 
tempo tentando evitá-la, protegendo a si e a seus 
filhos. As mulheres ficam ao lado dos agressores 
por medo, vergonha e esperando que a violência 
cesse, jamais para manter a violência. 
 
 
 
 
(Instituto Maria da Penha, 2013) 
 
Os agressores não sabem controlar 
suas emoções??? 
Sinais de que uma relação pode se 
tornar violenta 
 Comportamento controlador 
Com a pretensão de proteger, a pessoa potencialmente violenta 
passa a monitorar os passos da vitima e controlar suas relações 
 Rápido envolvimento amoroso 
“ A futura vitima é a única pessoa que pode entende-lo! Ele nunca 
amou ninguém daquela forma..” 
 Desenvolvimento de expectativas irrealistas com relação a parceira 
Espera que a mulher preencha todas as suas necessidades, exigindo 
que a mulher seja perfeita como mãe, esposa, amiga e amante. 
Ciclo da violência 
Fonte: APAV 
É preciso lembrar que... 
 A violência emocional vai muito além da ameaça! 
 
 
 Violência física não é só bater! 
 
 
 Violência sexual não é só estupro cometido por 
desconhecido! 
Fonte: Google imagens 
Violência de gênero 
 Gênero é um conceito das Ciências Sociais que surge 
enquanto referencial teórico para análise compreensão 
da desigualdade entre o que é atribuído à mulher e ao 
homem. 
 Principal idéia – MULHERES SÃO INFERIORES 
 Cultura patriarcal 
 Família como fator de 
 Proteção ou de Risco 
 
 
(GOMES et. al, 2007) 
 
 
 
 
Fonte: Google imagens 
Cuidado a Mulher Vitima de Violência 
 A mulher em situação de violência sofre com o medo, 
insegurança, vergonha, desconfiança, dor, incerteza, 
frustração, além das lesões físicas. A abordagem deve ser 
discreta e com apoio. 
 A mulher deve ser atendida com respeito e solidariedade 
e ser encaminhada ao assistente social, para que possa 
receber orientações que ajudem a resolver ou diminuir o 
problema. 
(Instituto Maria da Penha, 2013) 
 
As consequências da violência para a saúde das mulheres podem ser diretas 
ou de longo prazo. Incluem: 
 
 1. Danos e feridas por violência física ou sexual; morte (incluindo o suicídio 
e a mortalidade materna, resultado de abortos inseguros); 
 
2. Contaminação por infecções sexualmente transmissíveis e HIV/AIDS; 
 
 3. Gravidez indesejada; 
 
 4. Problemas de saúde mental (depressão, stress, problemas de sono, 
problemas de alimentação, problemas emocionais, uso e abuso de 
substâncias psicoativas e álcool); 
 
 5. Problemas físicos de médio e longo prazo (dor de cabeça, dor lombar, dor 
abdominal, fibromialgia, problemas gastrointestinais, problemas de 
locomoção e mobilidade). 
 
Atendimento a Mulher Vitima de 
Violência Sexual 
• A enfermeira deve estar habilitada para acolher e desenvolver 
assistência voltada para a recuperação física, psicológica e 
social, sem demonstrar atitudes preconceituosas que possam 
interferir na adesão ao tratamento 
 
 
 
 
(HIGA et. al, 2006) 
Fonte: Google imagens 
Fonte: Google imagens

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