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AMOSTRAGENS E PREPARO DA AMOSTRA NA ANÁLISE DE ALIMENTOS Profa. Msc. Milena Maia MÉTODO ANALÍTICO A escolha do método analítico vai depender de uma série de fatores: Quantidade relativa do componente desejado Exatidão requerida Composição química da amostra Recursos disponíveis Quantidade relativa do componente desejado Classificação dos componentes (em relação ao peso total da amostra) 1. Maiores (mais de 1%). 2. Menores (0,01 – 1%). 3. Micros (menos de 0,01%). 4. Traços (ppm e ppb). COMPONENTES MAIORES Métodos Analíticos Clássicos ou Convencionais: Gravimétricos e Volumétricos COMPONENTES MENORES E MICROS Técnicas mais sofisticadas e altamente sensíveis: Métodos Instrumentais Exatidão requerida Métodos clássicos Exatidão de 99,9% Quando o composto se encontra em mais de10% na amostra Quantidades menores de 10% Métodos mais sofisticados e exatos Composição química da amostra Substâncias interferentes em potencial. Determinação de um componente predominante: não oferece grandes dificuldades. Materiais de composição extremamente complexa Necessidade de efetuar a separação dos interferentes antes da medida final. Extração ou separação prévia dos componentes a ser analisado. Recursos disponíveis Alto custo. Equipamento. Reagente. Pessoal especializado. AMOSTRA “uma porção limitada do material tomada do conjunto selecionada de maneira a possuir as características essenciais do conjunto”. Amostra heterogênea Ex.: caminhão de laranjas. Amostra homogênea Ex.: lote de suco de laranja processado. Sistema de processamento da amostra A preparação da amostra está relacionada com o tratamento que ela necessita antes de ser tratamento que ela necessita antes de ser analisada. Moagem dos sólidos; Filtração de partículas sólidas em líquidos; Eliminação de gases. AMOSTRAGEM é a série sucessiva de etapas operacionais especificadas para assegurar que a amostra seja obtida com a necessária condição de representatividade. Lote Amostra Bruta Amostra de laboratório Amostra para análise Etapas do processo de amostragem 1. Coleta da amostra bruta 2. Preparação da amostra de laboratório 3. Preparação da amostra para análise Coleta da amostra bruta A amostra bruta deve ser uma réplica, em ponto reduzido, do universo considerado, no que diz respeito tanto à composição como à distribuição do tamanho da partícula. Coleta da amostra bruta AMOSTRAS FLUÍDAS (líquidas ou pastosas) homogêneas Coletadas em frascos com o mesmo volume (do alto, do meio e do fundo do recipiente), após agitação e homogeneização. AMOSTRAS SÓLIDAS Cujos constituintes diferem em textura, densidade e tamanho de partículas, devem ser moídas e misturadas. QUANTIDADES Embalagens únicas ou pequenas lotes Todo o material pode ser tomado como amostra bruta. Lotes maiores Amostragem deve compreender de 10 a 20 % do nº de embalagens contidas no lote, ou 5 a 10% do peso total do alimento a ser analisado; Lotes muito grandes Toma-se a raiz quadrada do nº de unidades do lote Preparação da amostra de laboratório (redução da amostra bruta) A amostra bruta é frequentemente grande demais para ser grande demais para ser convenientemente trabalhada em laboratório e, portanto, deve ser reduzida. A redução vai depender do tipo de produto a ser analisado e da análise. Preparação da amostra de laboratório (redução da amostra bruta) Alimentos secos ( em pó ou granulares) a redução pode ser manual ou através de equipamentos. • Manual – agitação apropriada ou quarteamento • Equipamento – Amostrador tipo Riffle Preparação da amostra de laboratório (redução da amostra bruta) Alimentos líquidos: misturar bem o líquido no recipiente por agitação, por inversão e por repetida troca de recipientes. Retirar porções de líquido de diferentes partes do recipiente, do fundo, do meio e de cima, misturando as porções no final. Preparação da amostra de laboratório (redução da amostra bruta) Alimentos semi-sólidos (queijos duros e chocolate): as amostras devem ser raladas e depois pode ser utilizado o quarteamento. Preparação da amostra de laboratório (redução da amostra bruta) Alimentos úmidos (carnes, peixes e vegetais): a amostra deve ser picada ou moída e misturada; e depois, se necessário, passar pelo quarteamento. Em seguida toma-se a alíquota suficiente para análise. A estocagem deve ser sob refrigeração. Preparação da amostra de laboratório (redução da amostra bruta) Alimentos semiviscosos e pastosos (pudins, molhos, etc.) e alimentos líquidos contendo sólidos (compotas de frutas, vegetais em salmoura e produtos enlatados em geral): as amostras devem ser picadas em liquidificador, misturadas e as alíquotas retiradas para análise. Preparação da amostra de laboratório (redução da amostra bruta) Alimentos com emulsão (manteiga e margarina): as amostras devem ser cuidadosamente aquecidas a 35°C em frasco com tampa, que depois é agitado para homogeneização. São retiradas alíquotas para análise. Preparação da amostra de laboratório (redução da amostra bruta) Frutas: as frutas grandes devem ser cortadas ao meio no sentido longitudinal e transversal, de modo a repartir em quatro partes. Duas partes opostas devem ser descartadas, e as outras duas devem ser juntadas e homogeneizadas em liquidificador. As frutas pequenas podem ser simplesmente homogeneizadas inteiras no liquidificador. Preparação da amostra para análise Vai depender: da natureza da amostra e do método analítico envolvido. Para extração de um componente da amostra, muitas vezes é necessária uma preparação prévia da mesma, a fim de se conseguir uma extração eficiente do componente em estudo. Por exemplo: para determinação de proteína bruta, é necessário uma desintegração prévia da amostra com ácidos. Preparação da amostra para análise 1. Desintegração mecânica: para amostras secas, utiliza- se moagem em moinho tipo Wiley (martelo) ou similar. Para amostras úmidas, usa-se moedores do tipo para carnes ou liquidificadores. Preparação da amostra para análise 2. Desintegração enzimática Útil em amostras vegetais - uso de celulases. Protease e carboidratases são úteis para solubilizar componentes de alto peso molecular (proteínas e polissacarídeos) em vários alimentos. 3. Desintegração química: agentes químicos usados na dispersão ou solubilização dos componentes dos alimentos Preservação da amostra 1. Inativação Enzimática 2. Diminuição das Mudanças Lipídicas 3. Controle de Ataque Oxidativo 4. Controle do ataque microbiológico O ideal seria analisar as amostras frescas o mais rápido possível. Mas nem sempre isto é possível e, portanto, devem existir maneiras de preservá-las. Preservação da amostra Inativação enzimática: serve pra preservar o estado original dos componentes de um material vivo. Depende: tamanho, composição e consistência dos alimentos, enzimas presentes e as determinações analíticas que se pretende. Preservação da amostra Diminuição das mudanças lípidicas: os métodos tradicionais de preparo de amostras podem afetar a composição dos extratos lipídicos. Resfriar a amostra rapidamente antes da extração ou congelar, se for estocar. Preservação da amostra Controle do ataque oxidativo: recomenda-se a preservação a baixa temperatura (N líquido), para a maioria dos alimentos. Preservação da amostra Controle do ataque microbiológico: congelamento, secagem, uso de conservadores ou a combinação de qualquer um dos três. A escolha vai depender: natureza do alimento, tipo de contaminação possível, período e condições de estocagem e tipo de análise. Fatores que influenciam na composição de alimentos de: • Conteúdo de gordura • Parte do animal • Alimentação, idade e raça do animal Origem animal • Constituição genética • Condições de crescimento • Estádio de maturação • Condições de estocagem • Parte do alimento • Origem Origem vegetal Fatores que influenciam na pós-colheita Perda ou absorção de umidade; Perda dos constituintes voláteis; Decomposição química e enzimática (vitaminas, clorofila); Oxidação causada pela aeração durante a homogeneização; Remoção de materiais estranhos; Ataque por microorganismos, com deterioração das amostras; Contaminação com traços de metais por erosão mecânica nos moedores. milenamaiaprofa@gmail.com
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