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Registro dos movimentos fetais

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Registro dos movimentos fetais:
Mobilograma
Alunos: Alexandre, Aline Sayuri, Amanda Anjos, Eduardo, Erik e Guilherme.
OBJETIVOS
A diminuição do movimento fetal é prova indireta de insuficiência placentária e tem como interpretação a adaptação fetal às condições de balanço negativo. Assim, o registro diário de movimento fetal é o teste clínico mais simples para avaliação das condições de vitalidade fetal, sendo relativamente recente, monitoramento dos movimentos fetais como meio de avaliação do seu bem-estar .
O RDMF deve ser realizado em todas as gestantes que apresentarem fatores de risco para resultados perinatais adversos e deve começar entre 26 e 32 semanas. 
As gestantes saudáveis, sem fatores de risco, devem ser orientadas a realizar a contagem dos movimentos fetais se perceberem uma diminuição subjetiva dos mesmos e após 36 semanas de gestação.
Padrões da atividade fetal
Inicialmente, os movimentos são débeis e pouco frequentes, podendo ser confundidos pela gestante com outros fenômenos, como o peristaltismo. 
Gradativamente, à medida que prossegue a integração do sistema nervoso central com o sistema muscular do feto, os movimentos tornam-se rítmicos, fortes e contínuos.
 O ritmo da atividade fetal pode sofrer interferência por:
Fatores endógenos (como a presença de insuficiência placentária, isoimunização pelo fator Rh ou malformações congênitas)
Fatores exógenos (como a atividade materna excessiva, o uso de medicamentos sedativos, álcool e nicotina, entre outros).
VANTAGENS
A presença de movimentos fetais ativos e frequentes é tranquilizadora quanto ao prognóstico fetal. 
É realizado pela gestante, como instrumento de avaliação fetal simples, de baixo custo, não requer instrumentalização e não tem contraindicações.
MÉTODO DE REGISTRO
Não existe padronização quanto ao método de registro. 
O importante é utilizar técnica simples e por período de tempo não muito longo, para não se tornar exaustivo e facilitar a sua realização sistemática pela mulher. Em gestação de baixo risco, o registro diário dos movimentos fetais pode ser iniciado a partir da 34ª semana gestacional. Existem vários métodos descritos (Cf. BRASIL, 2010d). 
Métodos
Escolha um período do dia em que possa estar mais atenta aos movimentos fetais;
Alimente-se previamente ao início do registro;
Sente-se com a mão sobre o abdome;
Registre os movimentos do feto nos espaços demarcados pelo formulário, anotando o horário de início e de término do registro.
Se, em uma hora, o bebê não se mexer seis vezes, pare de contar os movimentos. Repita o registro. Se persistir a diminuição, procure a unidade de saúde.
A contagem dos movimentos é realizada por período máximo de uma hora. 
Caso a gestante consiga registrar seis movimentos em menos tempo, não é necessário manter a observação durante uma hora completa. Entretanto, se após uma hora ela não foi capaz de contar seis movimentos, deverá repetir o procedimento. 
Se na próxima hora não sentir seis movimentos, deverá procurar imediatamente a unidade de saúde. Assim, considera-se como “inatividade fetal” o registro com menos de seis movimentos por hora, em duas horas consecutivas.
Métodos
Quatro são mais conhecidas:
1) Os registros são tomados em três intervalos de uma hora de duração, distribuídos pelos três períodos do dia (após o café da manhã, o almoço e o jantar), com a mãe repousando em decúbito lateral. 
Os valores obtidos em cada um dos três intervalos são somados, e o resultado multiplicado por quatro corresponde à atividade motora fetal em 12 horas. A soma diária da contagem deve ser maior ou igual a 15 movimentos fetais.
Diminuição acentuada (de mais de 50% no número de movimentos fetais) e brusca ou cessação da movimentação fetal, descritas como “sinal de alarme”, associam-se com sofrimento fetal e precedem de 12 a 24 horas o óbito fetal. Nestas situações, a gestante deve ser orientada a procurar a unidade de saúde ou o hospital de referência para avaliação da vitalidade fetal mais complexa.
2) Contagem da movimentação fetal até complementarem-se 10 movimentos, valor considerado como limite mínimo diário para fins clínicos. 
O registro da movimentação pode ser feito com a gestante em repouso, ou exercendo atividade leve, em qualquer período do dia. 
Valores menores que 10 movimentos em 12 horas sugerem a presença de hipóxia fetal. Também neste caso, diminuição abrupta ou cessação da movimentação são tomadas como sinal de alarme para óbito fetal iminente. 
3) Registro dos movimentos fetais por período de uma hora em posição sentada. 
Valores maiores que seis movimentos/hora correspondem a fetos em boas condições.
4) Contagem de movimentos fetais percebidos pela mãe em 2 horas. O registro dos movimentos devem ser feitos com a mãe em repouso somando 4 períodos de 30 minutos em 24 horas. Valor mínimo normal entre 30–40 semanas = 10 movimentos em 24 horas
RECOMENDAÇÕES
• A mãe deve estar em uma posição reclinada (não supina), concentrando-se na contagem dos movimentos 
• A mãe decide por si mesma o que é movimento fetal, tal como ela esteja habituada a sentir 
• Excluem-se movimentos tipo “soluço” 
• Considerar a variação nictêmera – há maior movimentação fetal nas primeiras horas da noite 
• O uso de medicamentos (sedativos, tranquilizantes) e de cigarro podem diminuir a movimentação fetal. Notadamente, os corticosteroides podem produzir o mesmo efeito por dois dias 
• O RDMF não pode determinar a conduta. Diante de um resultado anormal, o teste sempre deve ser seguido por outro teste mais específico de avaliação da vitalidade fetal, como os que se seguem. Se o teste for normal, não há necessidade da realização de outros testes.
EXEMPLO
REFERÊNCIAS
Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 
Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – 1. ed. rev. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013.
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