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Relatório Química Geral Teor de Alcool na Gasolina

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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 
QUÍMICA GERAL 
 
CURSO Engenharia 
TURMA 3147 DATA 05/04/2017 
Aluno/ 
Grupo 
Eduardo de Almeida Xavier 
Eric Machado de Souza Borges 
Luana Albuquerque Castro* (Turma 3139) 
TÍTULO Teor de álcool na gasolina 
OBJETIVOS 
Determinar a densidade da gasolina; Verificar o teor de álcool na gasolina; 
Verificar se o teor de álcool encontrado está dentro das normas técnicas. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 A gasolina é um combustível fóssil, originária do petróleo. Através da destilação fracionada 
do petróleo, pode-se obter outros vários produtos derivados de grande importância econômica, 
como o gás natural, o querosene, o diesel, os óleos lubrificantes, a parafina e o asfalto. Mas a 
fração do petróleo que apresenta maior valor comercial é a gasolina, formada por uma mistura 
de hidrocarbonetos saturados contendo tipicamente de 5 a 8 átomos de carbono por molécula 
(DAZZANI et al., 2003). 
 
 No Brasil, para a comercialização deste combustível, se adiciona etanol anidro à gasolina. O 
álcool etílico (CH3-CH2-OH), apesar de possuir em sua molécula um grupamento hidroxila que 
lhe confere uma polaridade, tem um radical de carbono apolar que possibilita sua solubilidade 
na gasolina que também é apolar. A mistura do álcool na gasolina proporciona uma melhora 
na octanagem do combustível, evitando sua explosão prematura ao ser comprimido no motor, 
o que pode danificá-lo, além de reduzir a emissão de CO2 (DAZZANI et al., 2003). A 
quantidade de etanol presente na gasolina deve respeitar os limites estabelecidos pela 
Agência Nacional do Petróleo - ANP. 
 
 
REAGENTES, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 
 
Proveta de vidro (capacidade: 100 mL); 
Proveta de vidro (capacidade: 50 mL); 
Pipeta Pasteur; 
Bastão de vidro; 
Becker; 
Balança analítica; 
Água destilada; 
Pissete; 
Amostra de gasolina comum. 
 
PROCEDIMENTOS 
 
 
Uma amostra de gasolina comum, disposta em um becker, foi disponibilizada para a prática. 
O cálculo da densidade da gasolina se deu aferindo a massa de uma subamostra de 50 mL 
da amostra de forma indireta. Pesou-se uma proveta de vidro de 100 mL vazia em uma balança 
analítica. Depois, 50 mL da gasolina foi colocada nesta proveta com o auxílio de uma pipeta 
Pasteur para ser novamente pesada. A densidade da gasolina foi então calculada pela 
diferença dos valores dividida pelo volume de 50 mL da subamostragem. 
 
Para a determinação do teor de álcool na gasolina, aproveitou-se a proveta de 100 mL 
contendo os 50 mL de gasolina e a ela foi adicionado 50 mL de água destilada. Estes 50 mL 
de água destilada foram previamente separados em uma proveta de 50mL com o auxílio de 
um pissete antes de serem misturados com a gasolina. A mistura de água e gasolina na 
proveta de 100 mL foi agitada pelo período de 3 minutos para que a água extraísse o álcool 
da gasolina. Após a agitação a mistura foi deixada para repousar outros 3 minutos de modo 
que as duas fases formadas se acomodarem. O volume de álcool foi calculado através do 
volume medido da fase aquosa resultante da agitação, subtraído do volume de 50 mL originais 
da água destilada. Calculou-se o teor de álcool obedecendo a relação de que 100% dos 
elementos que constituem a gasolina correspondiam aos 50 mL originais da subamostragem 
de gasolina (de onde o volume de álcool foi extraído), e o percentual de álcool na gasolina 
corresponderia assim ao volume de álcool extraído. 
 
 
RESULTADOS e DISCUSSÃO 
 
A massa aferida de 50 mL da amostra de gasolina foi de 36,8 g o que corresponde a uma 
densidade de 0,736 g/mL. A ANP (2011) indica que a densidade da gasolina se situa 
normalmente entre 0,7300 e 0,7700 g/mL, o que indica que a amostra testada está dentro da 
margem e que possivelmente o teor de álcool pode estar também dentro das especificações. 
 
O volume de álcool extraído dos 50 mL da gasolina comum foi de 12,5 mL, o que corresponde 
a um teor de 25% do volume da gasolina. De acordo com a ANP (2011), o percentual de álcool 
etílico anidro combustível (etanol anidro combustível) presente na gasolina distribuída é de 
25% ± 1 (percentual estabelecido em junho de 2007 pela Portaria nº 143 do Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e que o percentual de etanol anidro na gasolina comum 
pode variar, por lei, de 18% a 25% (Medida Provisória 532, de 28/04/2011, que modificou, 
entre outras, a Lei 8.723, de 27/10/1993). Portanto, o valor encontrado encontra-se dentro das 
dos limites estabelecidos pela ANP. 
 
O método utilizado nesta prática para a determinação do teor de álcool na gasolina é bem 
similar àquele informado pela Cartilha do posto revendedor de combustíveis (ANP, 2011), na 
qual é proposta, inclusive, a utilização de equipamentos e amostras com os mesmos volumes 
utilizados nesta prática. O que difere são dois pontos: (1) ao invés de utilizar água destilada 
para extração do álcool da gasolina utiliza-se uma solução de 10% de NaCl e (2) a forma de 
se calcular o teor de álcool, na qual o valor do volume de álcool extraído é multiplicado por 2 
e a ele somado 1 unidade para se chegar ao valor percentual. Vale ressaltar que na prática 
não seguimos as instruções à risca da apostila de aulas práticas de química geral (AGUILAR 
et al., 2017), uma vez que está também instruiu a utilização de uma solução de 10% de NaCl 
ao invés de água destilada. 
 
O uso da solução salina de 10% NaCl está relacionado em intensificar propriedade polar da 
solução aquosa de forma a facilitar ainda mais a extração do álcool da mistura com a gasolina 
(SANTOS et al, 2015). A cartilha do posto revendedor de combustíveis (ANP, 2011) tem um 
caráter mais técnico do que científico e não explica o porquê da utilização de um cálculo 
diferenciado da porcentagem com um ajuste de +1 no valor de álcool extraído. Entretanto este 
ajuste pode estar relacionado a uma particularidade que ocorre quando se mistura o álcool 
etílico com a água. A extremidade polar da molécula do álcool, em razão da presença do grupo 
hidroxila, faz ligações de hidrogênio com os hidrogênios das moléculas de água. Como essa 
ligação intermolecular é mais forte que a dipolo-dipolo, há uma atração maior entre as 
moléculas ocasionando uma diminuição do volume da mistura de água com álcool (SANTOS 
et al, 2015), daí testes práticos por parte da ANP podem ter levado a adição de 1 unidade para 
compensar a contração do volume de álcool. 
 
Quanto ao cálculo de densidade o método utilizado pela ANP (2011) difere bastante do 
utilizado nesta prática. Na cartilha do posto revendedor de combustíveis (ANP, 2011) pede-se 
para utilizar um densímetro imerso numa amostra da gasolina e ainda há a preocupação com 
as variações desta propriedade de acordo com a temperatura pedindo-se também que seja 
aferida a temperatura e está convertida para valores de referência à 20ºC. 
 
CONCLUSÃO 
 
 
A gasolina analisada apresentou uma densidade de 0,736 g/mL e um teor de 25% de álcool, 
valores dentro das especificações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e 
Biocombustíveis. Não há indício de adulteração no combustível. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
AGUILAR, M. S.; LOPES, G. B. L.; LANDEIRO, R. Apostila de Aulas Práticas de Química 
Geral. Niterói: Universidade Estácio de Sá Campus Niterói. 2017. 32p. Apostila. 
 
ANP – AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS. 
Cartilha do posto revendedor de combustíveis. 5ª edição. Rio de Janeiro: ANP. 2011. 28 
p. 
 
DAZZANI, M.; CORREIA, P. R. M.; OLIVEIRA, P. V.; MARCONDES, M. E. R. Explorando a 
química na determinação do teor de álcool na gasolina. Química Nova na Escola, v.17, 
n.1, p. 42-45, 2003. 
 
SANTOS, C. M., CARVALHO, M. A. LIMA, N. S. Química Geral.1.ed. Rio de Janeiro: Lexikon. 
2015. 216p.

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