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DIREITO DO TRABALHO AULA 2 UNIDADE 2. RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO 2.1. Conceito e distinção 2.2. Requisitos da relação de emprego 2.3. Espécies de trabalhadores sem vínculo de emprego: autônomo, eventual, avulso, estagiário, empreiteiro, voluntário, representante comercial autônomo. Professor José Luis Oliveira DA RELAÇÃO DE TRABALHO X RELAÇÃO DE EMPREGO RELAÇÃO DE TRABALHO Corresponde a qualquer vínculo jurídico por meio do qual uma pessoa natural executa obra ou serviços para outrem, mediante o pagamento de uma contraprestação. RELAÇÃO DE EMPREGO È A RELAÇÃO JURÍDICA CENTRADA NUMA PRESTAÇÃO DE FAZER SUBORDINADA E REGIDA PELA CLT Texto extraído apostila da Estácio • Relação de emprego (art. 3º, CLT) • Trab. Eventual • Trab. Voluntário (Lei nº 9.608/98) • Trab. Autônomo • Representante Comercial Autônomo (Lei nº 4.886/65) • Trab. Autônomo por intermédio da cooperativa (art. 442, p. único, CLT) • Estagiário – Lei nº 11.788/08 • Avulso – Ex. Portuário – Lei nº 8.630/93 • Servidor Público Estatutário - regido pelo Dir. Administrativo Espécies de Relação de Trabalho S E R V I D O R P Ú B L I C O CELETISTA Administração direta, autárquica, fundacional Sociedade economia mista empresa pública ESTATUTÁRIO Regido pelo direito administrativo (COMP. JUST. COMUM) Regido pelo direito do trabalho (COMP. JUST. TRAB) Relação de caráter jurídico administrativo Nomeação para cargo em comissão de livre nomeação e livre exoneração ou contratação por prazo determinado para atender necessidade temporária de excepcional interesse público Servidor estatutário é aquele que adquire estabilidade após três anos de efetivo exercício. Seus direitos e deveres são previstos em lei municipal, estadual ou federal. O ARTIGO ART. 3º DA CLT DISPÕE QUE “CONSIDERA-SE EMPREGADO TODA PESSOA FÍSICA QUE PRESTAR SERVIÇOS DE NATUREZA NÃO EVENTUAL A EMPREGADOR, SOB A DEPENDÊNCIA DESTE E MEDIANTE SALÁRIO”. Pessoa física Pessoalidade Onerosidade Sub.juridica Habitualidade Alteridade SOMENTE PESSOA FÍSICA PODE SER SUJEITO DA RELAÇÃO DE EMPREGO CARÁTER INTUITU PERSONAE. NÃOPODE SER SUBSTITUÍDO VIA DE REGRA NÃO EVENTUAL. COM CERTA FREQUÊNCIA. PODE SER DESCONTÍNUO. O EMPREGADO EXERCE O SERVIÇO MEDIANTE DEPENDÊNCIA. RECEBE ORDENS DO EMPREGADOR. ESTADO DE SUBORDINAÇÃO JURÍDICA. EM RELAÇÃO A OBRIGAÇÃO DE FAZER, O EMPREGADOR FICA OBRIGADO RETRIBUIR O VALOR DO SERVIÇO COM PAGAMENTO DE SALÁRIO O EMPREGADOR RESPONDE PELOS PREJUÍZOS DO NEGÓCIO E O EMPREGADO TRABALHA POR CONTA ALHEIA REQUISITOS DA REL. EMPREGO TEORIA DOS FINS DO EMPREENDIMENTO Segundo apostila UNESA: " Várias teorias surgiram para determinar o real sentido de trabalho não eventual, prevalecendo a Teoria dos Fins do Empreendimento , considerando como trabalho não -eventual aquele prestado em caráter contínuo, duradouro, permanente, em que o empregado, em regra,se integrar aos fins sociais desenvolvidos pela empresa." SERVIÇO VOLUNTÁRIO(Lei nº 9.608/98) 1)serviço voluntário: Atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade (art. 1o.) 2)O serviço voluntário: não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim(P.Ú, art. 1o.) 3) O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício(art. 2o.) 4)O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias. REPRESENTANTE COMERCIAL O Representante Comercial vem disciplinado pela Lei 4.886/65 “Art. 1º Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego , que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para, transmití-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios.” É aquele cuja prestação de serviços é realizada sem subordinação jurídica (dependência). No trabalho autônomo o prestador de serviços desenvolve suas atividades com autonomia. As atividades realizadas são comandas pelo próprio trabalhador que corre os riscos de sua atividade econômica. Ex: prestação de serviços, contrato de empreitada. Trabalhador eventual Eventual é aquele que não se fixa a uma fonte de trabalho. É contratado para trabalhar em um único episódio ou para concluir determinada tarefa. Isso o diferencia do autônomo. TRABALHADOR AUTÔNOMO Segundo apostila da Estácio: " serviço ou obra contratada a uma ou mais pessoas, de forma autônoma, com profissionalidade e habitualidade". TRABALHADOR EVENTUAL E AUTÔNOMO Tanto o obrigatório, quanto o não obrigatório, não gera vínculo empregatício, desde que preenchidos os requisitos abaixo: 1.Matrícula e frequência em curso superior, profissional, ensino médio, educação especial; 2.Celebração termo de compromisso – educando, parte concedente estágio e instituição ensino 3.Compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. 4.Não poderá exceder a dois anos no mesmo concedente . Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. ESTAGIÁRIO (Lei 11.788/08) Aquele que sindicalizado ou não, que presta serviços de natureza urbana ou rura l a d i versas e m p r e s a s , s e m v í n c u l o empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra ou do sindicato da categoria O avulso é equiparado em direitos aos empregados (art. 7º, XXXIV, CRFB/88) CONCEITO TRABALHADOR AVULSO: 1. Não Portuário 2. Portuário LEI Nº 12.023, DE 27 DE AGOSTO DE 2009. Trabalhador avulso não Portuário Dispõe sobre as atividades de movimentação de mercadorias em geral e sobre o trabalho avulso. Art. 1o As atividades de movimentação de mercadorias em geral exercidas por trabalhadores avulsos, para os fins desta Lei, são aquelas desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais sem vínculo empregatício, mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para execução das atividades. Art. 8o As empresas tomadoras do trabalho avulso respondem solidariamente pela efetiva remuneração do trabalho contratado e são responsáveis pelo recolhimento dos encargos fiscais e sociais, bem como das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social, no limite do uso que fizerem do trabalho avulso intermediado pelo sindicato. Art. 11. Esta Lei não se aplica às relações de trabalho regidas pela Lei no 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, e pela Lei no 9.719, de 27 de novembro de 1998. 1.TRABALHADOR AVULSO NÃO PORTUÁRIO 2.TRABALHADOR AVULSO PORTUÁRIO LEI Nº 9.719, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998 A mão-de-obra do trabalho portuário avulso deverá ser requisitada ao órgão gestor de mão-de-obra( Art. 1o ) Cabe ao operador portuário recolher ao órgão gestor de mão-de-obra os valores devidos pelos serviços executados (remuneração, décimo terceiro salário, férias, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, encargos fiscais e previdenciários ( Art. 2o., I) Cabe ao órgão gestor de mão-de-obra efetuar o pagamento da remuneração pelos serviços executados e das parcelas referentes a décimo terceiro salário e férias, diretamente ao trabalhador portuário avulso (art. 2o., II). O operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra são solidariamente responsáveis pelo pagamento dos encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias e demais obrigações, inclusive acessórias, vedada a invocação do benefício de ordem. (Art. 2o.,par. 4o.). "Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio." (NR) NÃO IMPORTA O LOCAL EM QUE O TRABALHO SE DESENVOLVA - BASTA EXISTIR OS REQUISITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO – VEJAMOS O ARTIGO 6º. DA CLT E P.Ú: LOCAL DE TRABALHO Questão discursiva: 1- Bruna, cozinheira, trabalha pessoalmente em um bar localizado no Posto de combustíveis na cidade de Petrolina, três vezes por semana cozinhando salgados. O dono do Posto de combustíveis pactuou que Bruna receberia o valor de R$ 50,00 (cinquenta) reais por dia de trabalho e que o horário em que ela estaria prestando serviços seria das 8:00h às 12:00h. O tomador de serviços dá as diretrizes do trabalho prestado por Bruna que cumpre as ordens e executa o serviço. Analisando o caso concreto apresentado, responda aos questionamentos abaixo; a) Existe entre as partes relação de emprego? Quais os requisitos necessários para a configuração da relação de emprego? Fundamente. b) Qual o princípio do direito do trabalho estaria presente nesta situação concreta apresentada? 1- (CESPE) A relação de trabalho autônomo se diferencia da relação de emprego basicamente pela presença, no tocante à relação de emprego, do requisito da: a) prestação de trabalho por pessoa física; b) prestação de trabalho por pessoa jurídica; c)autonomia na prestação de serviços; d)subordinação na prestação de serviços; e) onerosidade;
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