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DIREITO DO TRABALHO Professor José Luis Oliveira AULA 4 UNIDADE 3 -continuação 3.2.1. Empregador, empresa e estabelecimento: conceito e distinções 3.2.2. Poderes do empregador: de comando e disciplinar 3.2.3. Grupo econômico 3.2.4. Sucessão trabalhista: requisitos e efeitos O EMPREGADOR CONCEITO DA CLT: ARTIGO 2º. CLT “Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.” CARACTERÍSTICAS DESPERSONALIZAÇÃO – não há pessoalidade em relação ao empregador (art. 10 e 448, CLT) DOTADO DE ALTERIDADE. Os riscos correm por conta do empregador em razão de sua atividade PODER DIRETIVO OU HIERÁRQUICO DO EMPREGADOR ORGANIZAÇÃO DISCIPLINAR CONTROLE A CLT normatiza estes Poderes no artigo 2º quando fala que o empregador dirige a prestação pessoal de serviços. consiste na ordenação das atividades do empregado, inserindo- as no conjunto das atividades da produção, visando a obtenção dos objetivos econômicos e sociais da empresa; a empresa poderá ter um Regulamento Interno. É direito de impor sanções disciplinares aos empregados, subordinadas à lei: a)suspensão , b) advertência Art. 474. A suspensão do empregado por mais de 30 dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho. “ Direito do empregador fiscalizar as atividades profissionais dos seus empregados A. (revistas moderadas); B. Instalação de câmeras; C. Não se pode ferir o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. Lei nº 7.644, de 18 de dezembro de 1987. Art. 14 - As mães sociais ficam sujeitas às seguintes penalidades aplicáveis pela entidade empregadora: I - advertência; II - suspensão; III - demissão. O crédito do empregado encontra-se garantido pelo patrimônio do empregador. Logo quem o detém, em determinados limites, deve ser considerado sucessor para fins de responder por eventuais desrespeitos à legislação do trabalho. A Sucessão de empregadores assenta base legal nos artigos 10 e 448 da CLT SUCESSÃO DE EMPREGADORES (ARTIGOS 10 E 448 DA CLT) Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. 1.A Sucessão de Empregador possui por efeito a liberação do sucedido, respondendo o sucessor pelos créditos trabalhistas. 2. Qualquer cláusula de liberação do sucessor do débito do sucedido é ineficaz 3. Não caracteriza a sucessão a venda de bens de uma sociedade em hasta pública (Verificar, ainda, a Lei de recuperação judicial, em especial o art. 141, II e § 2o. Efeitos sucessão trabalhista PAES MENDONÇA SUCESSÃO TRABALHISTA No exemplo temos que a atividade econômica foi sendo transferida para outra pessoa jurídica com parte significativa dos bens. Logo, é empregador a PJ que a manteve CORRENTE MODERNA assegura que a empresa é sucessora quando ocorrer: a)Transferência significativa de bens da empresa a comprometer o crédito trabalhista b)não importe a que título ocorreu a transferência (arrendamento, venda, etc). c)Pode ocorrer mesmo sem a continuidade da prestação de serviço e do Contrato de Trabalho. CASO CONCRETO: 1- A empresa Veronick S/A, em processo falimentar, teve seus bens alienados a empresa Belonig S/A. No entanto a Veronick S/A, antes da alienação de seus ativos, figurava no polo passivo de inúmeras ações trabalhistas em todo território nacional. Há uma dúvida acerca da responsabilidade da sucessora Belonig S/A nos passivos da empresa Veronick S/A. Analisando a situação concreta apresentada em função do instituto da sucessão trabalhista e com base na legislação vigente, esclareça se há ou não responsabilidade da sucessora? Semana 4 MÚLTIPLA ESCOLHA; 1- (FCC) Considerando-se que ocorreu fusão da empresa A com a empresa B formando-se a empresa AB e que a empresa C foi adquirida pela empresa D, os empregados: e) apenas da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, exclusivamente para efeitos presentes e futuros. d) da empresa AB e da empresa D não preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, devendo ser elaborados novos contratos, dispensada a experiência. c) da empresa AB e da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros. b) apenas da empresa AB preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros. a) apenas da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros. 4 semana GRUPO ECONÔMICO ART. 2º. § 2º. DA CLT URBANO E ART. 3º. § 2º. DA LEI 5889/73 RURAL " Figura resultante da vinculação juslaboralista que se forma entre dois ou mais entes favorecidos direta ou indiretamente pelo mesmo contrato de trabalho, em decorrência de existir entre esses entes laços de direção ou coordenação em face de atividades industriais, comerciais, financeiras, industriais, agroindustriais,ou de qualquer outra natureza."(Maurício Godinho Delgado). § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. Art. 3º , § 2o, da Lei rural - 5.889/73: § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego. GRUPO ECONÔMICO RESPONSABILIDADE EFEITOS PASSIVA O empregador e as demais empresas do Grupo respondem pelos direitos trabalhistas do empregado de forma solidária. ATIVA Surge a figura do empregador único. O Grupo poderá exigir do empregado que trabalhe em qualquer das empresas. ABRANGÊNCIA DUAL SÚMULA 129 TST CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. TV GLOBO GRUPO ECONÔMICO GLOBO JORNAL O GLOBO RÁDIO GLOBO O objetivo essencial do Grupo econômico é ampliar a garantia do crédito trabalhista respondendo as empresas do grupo de forma solidária. CONSÓRCIO DE EMPREGADORES RURAIS (Empregador único) Lei 8212/91 - art. 25-A Art. 25A. Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos. RESPONSABILIDADE 1. Responsabilidade dual ( ativa e passiva) ou seja, também solidária em razão da lei, art.25-A, 3o. D lei 8.212/91. José Augusto Rodrigues "um ajuste de vontades de empregadores pessoas físicas ou jurídicas, objetivando a admissão e utilização em comum de empregados para execução de serviços no interesse e sob subordinação individualizados das respectivas empresas individuais ou coletivas".
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