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Texto 4 - Crime Doloso e Crime Culposo

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Coordenação de Direito
Período: 2º Período
Disciplina: Direito Penal I
Professor: Gustavo Mendes Tupinambá
Aluno(a): ____________________________________________ Turma: __________ Data: ____/ ____/ ____
TEXTO 04
DO TIPO DOLOSO E DO TIPO CULPOSO
DO DOLO
1. Previsão Legal
- art. 18, I, CP: Diz-se o crime: doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
2. Conceito de Dolo
	- Dolo é a vontade livre e consciente dirigida a realizar a conduta prevista no tipo penal incriminador.
	- Elementos constitutivos:	- elemento intelectual – caracteriza-se pela consciência do agente quanto à sua conduta.
				- elemento volitivo – caracteriza-se pela proposição quanto à prática de sua conduta (exteriorização)
	-Vontade X Desejo
3. O Código Penal brasileiro e o dolo
	- De acordo com a redação do art. 18, parágrafo único, CP, os crimes, em regra são dolosos, somente havendo admissibilidade quanto aos crimes culposos, quando houver previsão desta modalidade no tipo penal.
4. Teorias acerca do crime doloso
	- Teoria da vontade – há dolo quando o agente age livre e conscientemente para a prática de um crime.
	- Teoria do assentimento (assunção) – há dolo quando o agente antevê o resultado criminoso como possível e, embora não o queira produzir imediatamente, não se importa com sua ocorrência, assumindo o risco de produzi-lo.
	- Teoria da representação – há dolo com a mera previsão do resultado criminoso por parte do agente, ainda que não venha assumir o risco da produção do mesmo.
	- Teoria da probabilidade – trabalha com elementos estatísticos para o reconhecimento do provável acontecimento do resultado ou do reconhecimento da possibilidade que venha a ocorrer.
	- No Brasil, de acordo com o Código Penal Pátrio, são adotadas as teorias da vontade e do assentimento. 
5. Espécies de dolo
	- Dolo direto (Teoria da vontade)
		- Dolo direito de 1º grau (leva em consideração os fins propostos e os meios escolhidos para o crime)
		- Dolo direto de 2º grau (não leva em consideração os efeitos colaterais para a prática do crime)
- Dolo indireto (Teoria do assentimento)
		- Dolo alternativo (a vontade do agente é dirigida, alternativamente, quer quanto ao resultado, quer contra a pessoa contra quem o crime é praticado)
	- Dolo eventual (o resultado criminoso pode vir a concretizar-se, mediante uma conduta assumida pelo agente de forma indireta)
6. Aspectos de destaque quanto ao dolo
	- Dolo geral (dolus generalis) – caracteriza-se pelo reconhecimento da aberratio causae, ou seja, pelo reconhecimento do agente em ter obtido o resultado intencionado, produz ação subseqüente à criminosa que efetivamente produz o resultado esperado.
	- Dolo genérico X Dolo específico
	- Erro de tipo X Dolo – (art. 20, CP)
DA CULPA
1. Previsão legal
	- art. 18, II, CP: Diz-se o crime: culposo, quando o agente deu causa ao resultado, por imprudência, negligência ou imperícia.
2. Conceito de culpa
	- Consiste no elemento subjetivo do agente responsável pela produção de um resultado criminoso, em face da falta de dever de cuidado, caracterizador de imprudência, negligência ou imperícia.
3. Elementos constitutivos da culpa
	- conduta humana voluntária, comissiva ou omissiva, voltada a uma finalidade lícita;
	- inobservância de dever objetivo de cuidado – dever objetivo de cuidado X dever subjetivo de cuidado;
	- resultado lesivo não querido e, tampouco assumido pelo agente, de caráter naturalístico;
	- nexo de causalidade entre a conduta do agente e o resultado lesivo;
	- previsibilidade – previsibilidade objetiva X previsibilidade subjetiva;
	- tipicidade.
4. Modalidades de culpa
	- Imprudência – conduta culposa que se caracteriza por um comportamento positivo que extrapola o dever objetivo de cuidado. Caracteriza-se, sobretudo, pelo excesso.
	- Negligência – conduta culposa que se caracteriza por um comportamento negativo do agente que não agiu com diligência suficiente para caracterizar o dever objetivo de cuidado.
	- Imperícia – conduta culposa que se caracteriza, em regra, por um comportamento positivo, em que o agente demonstra uma falta de habilidade técnica, ainda que momentânea, que produz o dano.
5. Crime culposo e tipo aberto
	- O legislador não descreve claramente a conduta culposa, apenas prevê a possibilidade que em face da falta de dever de cuidado, de alguma forma, possa ocorrer um resultado lesivo.
6. Culpa inconsciente e culpa consciente
	- Culpa inconsciente – associação à incapacidade do agente em antever o resultado.
	- Culpa consciente – associação à capacidade do agente em antever o resultado.
7. Culpa consciente X Dolo eventual
	- Na culpa, o agente prevê o resultado, mas acredita piamente que no desenvolvimento de sua conduta pode evitar que aludido resultado seja produzido, portanto, não aceita o resultado em momento algum.
	- No dolo, o agente prevê o resultado, mas ao contrário da culpa, desenvolve sua conduta pouco se importando se o resultado será produzido ou não, razão pela qual, de certo modo, o agente assume o risco de produzir o resultado.
8. Culpa imprópria (por assimilação, por extensão ou por equiparação)
	- Erro putativo (art. 20, § 1º, CP)
	- Possibilidade conferida ao agente em reconhecer a situação de fato: erro vencível ou erro invencível.
9. Compensação de culpas (art. 368, CC)
	- Impossibilidade de compensação em matéria penal.
	- Admissibilidade de concorrência em matéria penal.
10. Natureza excepcional dos crimes culposos
	- art. 18, parágrafo único, CP
11. Tentativa
	- Não se admite tentativa em crimes culposos.

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