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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO de acordo com o novo CPC (2017.1) SLIDE 3 Partes e Procuradores. I- Capacidade para ser parte; II- Capacidade de estar em juízo. Representação e Assistência; III - Capacidade postulatória. Jus postulandi; IV- Mandato: tácito e expresso. Representação por advogado; V- Substituição processual; V- Sucessão processual. VI- Litisconsórcio; VII- Assistência Judiciária Gratuita e Gratuidade de Justiça: VIII- Honorários Advocatícios; 1)Capacidade processual:É a capacidade para estar em Juízo, ou seja, ad processum, para praticar todos os atos da vida civil (art. 70 do CPC). È inerente a toda pessoa que ajuíza uma ação ou se defende em Juízo. Essa capacidade, sem representação ou assistência, é conferida aos maiores de 18 anos (art. 792, CLT): Art. 70, CPC: Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. Art. 792, CLT: Os maiores de 18 (dezoito) e menores de 21 (vinte e um) anos e as mulheres casadas poderão pleitear perante a Justiça do Trabalho sem a assistência de seus pais, tutores ou maridos. 1.1) Menor de 18 anos: será assistido na forma do artigo 793 da CLT ou representando se for o caso (Entre 14 a 16 anos – Representado; 16 a 18 – Assistido) § 2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato Art. 793 - A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em Juízo. 1.2)Impossibilidade do Empregado comparecer em audiência: Neste caso pode ser enviado um empregado que pertença à mesma profissão para avisar ao Juízo . Diz o art. 843, § 2º CLT: II. CAPACIDADE PROCESSUAL (estar em Juízo ) 1.Conceito: È a faculdade de requerer e praticar atos processuais em juízo. No Juízo Trabalhista não é necessário estar representado por advogado, salvo em casos especiais, podendo a parte praticar os atos sem advogado. È o que denominamos de Jus Postulandi e que vem consagrado no artigo 791, CLT e segundo jurisprudência do TST somente se aplica às Varas e aos TRT´s: Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 2. Exceções ao Direito de Postular em causa própria (S. 425, TST) A) Ação Rescisória; B) Ação Cautelar; C) Mandado Segurança D) Recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho SUM-425 JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. III. CAPACIDADE POSTULATÓRIA 3) Do Empregador em Juízo e a figura do Preposto: O empregador poderá comparecer em audiência caso seja um dos sócios da pessoa jurídica, pessoalmente, ou por quem seus estatutos determinar. No entanto, caso não queira comparecer em Juízo, poderá indicar um empregado para lhe representar. Trata-se da figura do Preposto. Estabelece o artigo abaixo da CLT: 2.Segundo a Jurisprudência do TST, ao interpretar o referido artigo da CLT, o preposto na Justiça do Trabalho deve: 3. Diz a Súmula 377 do TST: Súmula nº 377 do TST. PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO. Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Art. 843, § 1º da CLT: O empregador pode se fazer substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento dos fatos, e cujas declarações obrigarão o preponente . a) Conhecer dos fatos alegados em Juízo, mesmo que não os tenha presenciado; b) Ser empregado, exceto quanto às ações de empregado doméstico, contra micro empresa ou EPP III. CAPACIDADE POSTULATÓRIA 1.Conceito: É a aptidão para postular em Juízo, sendo privativa do advogado de acordo com o art. 1º, I, da Lei 8.906/94. Mas na Justiça do Trabalho, como já vimos, sobre restrições em razão do jus postulandi previsto no artigo 791 da CLT. 2. Da Procuração: A procuração é o instrumento do mandato. O advogado só pode postular em juízo se tiver procuração assinada pelo seu cliente, salvo exceções previstas no CPC. Estabelece a CLT: Art. 791 § 3º A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada. IIII. Capacidade Postulatória - O Advogado Súmula nº 456 do TST REPRESENTAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. PROCURAÇÃO. INVALIDADE. IDENTIFICAÇÃO DO OUTORGANTE E DE SEU REPRESENTANTE. I - É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não contenha, pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois estes dados constituem elementos que os individualizam. II – Verificada a irregularidade de representação da parte na instância originária, o juiz designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, extinguirá o processo, sem resolução de mérito, se a providência couber ao reclamante, ou considerará revel o reclamado, se a providência lhe couber (art. 76, § 1º, do CPC de 2015). III – Caso a irregularidade de representação da parte seja constatada em fase recursal, o relator designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de2015). 1. Conceito: A Assistência Judiciária consiste no benefício concedido ao necessitado de utilizar os serviços jurídicos de um advogado do Sindicato sem custos. 2. Sindicato de Classe: A Assistência judiciária tem previsão legal nos artigos 14 e 18 da Lei 5584/70, tendo o Sindicato da categoria a qual pertence o empregado, filiado ou não a ele, o direito de exigir advogado para sua causa sem que lhe sejam cobrados honorários advocatícios. Art. 18. A assistência judiciária, nos termos da presente lei, será prestada ao trabalhador ainda que não seja associado do respectivo Sindicato OJ 304 SDI1 TST. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DECLARAÇÃO DE POBREZA. COMPROVAÇÃO. Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art. 14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica (art. 4º, § 1º, da Lei nº 7.510/86, que deu nova redação à Lei nº 1.060/50) Neste caso em que o empregado esteja sob Assistência judiciária de seu sindicato, serão devidos honorários de 20% (novo CPC) em favor do advogado do sindicato, pago, no entanto, pela parte sucumbente na Ação Trabalhista, desde que o empregado receba até dois salários mínimos ou declare o estado de miserabilidade (Lei 5584/70, art. 14 § 2º. E OJ 304,SDI I: IV. DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIAIV. DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA 1.Na Justiça do Trabalho em causas que decorrem das relações de emprego, em regra, não existem honorários de sucumbência, pois a parte pode litigar e se defender sem advogado. No entanto,os honorários advocatícios somente serão devidos nas seguintes hipóteses: 1º Quando o trabalhador declarar que recebe atédois salários mínimos, e provar que não tem condições de litigar sozinho, e estar acompanhado do sindicato (Assistência judiciária) 2º Ações oriundas das Relações de Trabalho IN 27/2005 3º Em ações Rescisórias; 4º Nas lides em que o Sindicato figure como Substituto Processual V- DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS OJ SDI I 420.HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRABALHO OU DE DOENÇA PROFISSIONAL. AJUIZAMENTO PERANTE A JUSTIÇA COMUM ANTES DA PROMULGAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45/2004. POSTERIOR REMESSA DOS AUTOS À JUSTIÇA DO TRABALHO. ART. 85 DO CPC DE 2015. ART. 20 DO CPC DE 1973. INCIDÊNCIA. A condenação em honorários advocatícios nos autos de ação de indenização por danos morais e materiais decorrentes de acidente de trabalho ou de doença profissional, remetida à Justiça do Trabalho após ajuizamento na Justiça comum, antes da vigência da Emenda Constitucional nº 45/2004, decorre da mera sucumbência, nos termos do art. 85 do CPC de 2015 (art. 20 do CPC de 1973), não se sujeitando aos requisitos da Lei nº 5.584/1970. V- DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO. S. 219 TST. I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar- se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º). VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil. V- DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOSV- DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS S. 219 TST 1. Conceito: Consiste no direito da parte ficar isenta de pagar custas, taxas, emolumentos e despesas com o processo, podendo ser requerida pela parte ou pelo advogado com ou sem poderes para tanto, inclusive, deferida de ofício pelo Órgãos da Justiça do Trabalho. Até então era tão somente deferida às pessoas físicas Art. 790, § 3º: É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. 3. Isenção honorários do perito: Aquele que busca um direito em que seja necessária a realização de perícia deverá pagá-la se for sucumbente em seu objeto. Não devem ser antecipadas, mas pagas após a perícia diz a CLT. Caso o trabalhador obtenha a gratuidade de Justiça os honorários ficam a cargo da União. Vejamos a CLT e Súmula do TST, inclusive o momento para requerer a mesma Súmula nº 457 do TST. HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. RESPONSABILIDADE DA UNIÃO PELO PAGAMENTO. RESOLUÇÃO Nº 66/2010 DO CSJT. OBSERVÂNCIA. A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da Resolução n.º 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT. OJ 269. JUSTIÇA GRATUITA. REQUERIMENTO DE ISENÇÃO DE DESPESAS PROCESSUAIS. MOMENTO OPORTUNO. O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo alusivo ao recurso. Art. 790-B - A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita. 2. Isenção das custas: VI - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA “Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.” “Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.” Segundo Leonardo Dias Borges, Desembargador convocado do TRT/RJ: “Como se pode depreender, as alterações promovidas no novo Código de Processo Civil – que também teve por escopo revogar a Lei no. 1.060, de 1950, que por si só trazia muito conflito jurisprudencial -, em nada contribuirá para o processo do trabalho, que continuará a seguir a trilha deixada pela jurisprudência, que, no particular, encontra-se bastante amadurecida” (Obra – O Processo do Trabalho à Luz do novo Código de Processo Cicil, pág. 92, editora Lumem Juris) VI. - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA NO CPC 1. Como regra as partes que estão litigando em juízo, são os sujeitos da relação jurídica material controvertida. E quando o detentor desse direito material ingressa em juízo em face do devedor desse obrigação, temos a chamada legitimação ordinária. 2. A legitimação extraordinária ocorre quando alguém, em nome próprio, pleiteia direito alheio. Somente isso ocorrerá quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Estabelece o art. 18 do CPC: Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. 3. Assim, podemos dizer que o Sindicato, na esfera processual do trabalho, é o substituto processual da categoria por disposição do ordenamento jurídico nos seguintes casos: 1. Art. 8,III, CF - Direitos Individuais homogêneos ou Coletivos da Categoria; 2. Art. 195, § 2º da CLT – Reclamação de Adicionais de Periculosidade e Insalubridade; 3. Art. 872, § único da CLT – ação de cumprimento de sentença normativa VII – Da Substituição Processual 1. As condições da ação passaram a ser tão somente Legitimidade ad causam e interesse de agir – Art. 17, CPC. 2. A legitimidade pode ser: a) exclusiva (ordinária); b) concorrente, c)Extraordinária (ex: art. 18, CPC); 3. Primazia do Julgamento de Mérito (arts. 14 e 488 CPC); 4. Havendo falta de pressupostos processuais (objetivos e subjetivos, positivos ou negativos), o Juiz antes de extinguir sem resolução de mérito deverá ouvir a parte contrária art. 10, CPC), ver IN 39, diz o que é decisão surpresa. 5. As hipóteses de julgamento sem resolução de mérito estão dispostas no artigo 485 e Incisos do CPC. 6. As hipóteses de julgamento com resolução de mérito estão previstas no artigo 487 do CPC; VIII. Condições da Ação, Pressupostos Processuais, Primazia do Julgamentode Mérito e Julgamento com e sem resolução de mérito no novo CPC Art. 4° Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do CPC que regulam o princípio do contraditório, em especial os artigos 9o e 10, no que vedam a decisão surpresa. § 1o Entende-se por “decisão surpresa” a que, no julgamento final do mérito da causa, em qualquer grau de jurisdição, aplicar fundamento jurídico ou embasar-se em fato não submetido à audiência prévia de uma ou de ambas as partes. § 2o Não se considera “decisão surpresa” a que, à luz do ordenamento jurídico nacional e dos princípios que informam o Direito Processual do Trabalho, as partes tinham obrigação de prever, concernente às condições da ação, aos pressupostos de admissibilidade de recurso e aos pressupostos processuais, salvo disposição legal expressa em contrário. IN 39 TST Quanto ao momento da formação, o litisconsórcio pode ser: Inicial: é aquele que surge no início do processo, na constituição da relação processual. Ex.: o autor demanda vários réus, vários autores demandam um réu ou vários réus. Ulterior: é aquele que surge no curso do processo, depois de constituída a relação processual ou pela junção de duas ou mais distintas relações processuais. Quanto à sentença a ser proferida: Unitário: quando o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todos os litisconsortes. Simples: quando a decisão possa não ser uniforme para todos os litisconsortes. LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO (ou INDISPENSÁVEL) É aquele que se dá na ação que somente pode ser intentada pró ou contra duas ou mais pessoas, seja por disposição de lei, seja em razão da natureza da relação jurídica material posta em juízo – artigo 114. LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO É aquele que, para se formar, depende da vontade das partes. A vontade das partes, porém, não é arbitrária: condição é que o litisconsórcio, para ser admitido, incida em casos especificados no artigo 113, que prevê as fontes do litisconsórcio. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DOS LITIGANTES • Cada litisconsorte é parte distinta dos demais em relação aos adversários. É o chamado princípio da autonomia dos coligantes expresso no artigo 117 do CPC, salvo no unitário. IX- Do litisconsórcio 2. Da Assistência - Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.” Da Assistência simples. - Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.” Da Assistência Litisconsorcial -Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. 3. Da Denunciação da Lide Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: I – ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; II – àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.” 4. Do Chamamento ao Processo Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: I – do afiançado, na ação em que o fiador for réu; II – dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; III – dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.” 1.Conceito: Dá-se a intervenção de terceiros quando alguém ingressa como parte ou coadjuvante da parte em processo pendente. Terceiro (que deve ser juridicamente interessado) significa estranho à relação processual estabelecida entre o autor e réu. Segundo Leone Pereira, "o tema intervenção de terceiros é um dos mais complexos e controvertidos da ciência processual.“ Segundo este autor a doutrina vem entendendo que nas lides de rito SUMARISSIMO e SUMÁRIO não é cabível a intervenção de terceiros, por força do art. 280 do CPC. Além do amicus curiae temos segundo o novo CPC: X- Intervenção de Terceiros 5. Da Desconsideração da Personalidade Jurídica e inversa: Como se trata de uma nova figura de intervenção de terceiros, por opção didática iremos tratá-la neste slide específico. È importante dizer que a Oposição deixou de ser intervenção de terceiros pelo novo CPC passando a ser uma ação incidental. Vejamos as regras do Novo CPC: Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo cesso de conhecimento, no cumprimento § 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica. Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. § 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas. § 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica. § 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2o. § 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para desconsideração da personalidade jurídica. Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória. Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno. Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente. X- Intervenção de Terceiros Leonardo Dias Borges: “No processo do trabalho, a ampliação subjetiva do processo, por meio da desconsideração da personalidade jur ídica, é medida que se tem mostrado muito eficaz.... Como as modificações processuais são úteis e se encontram na mais plena harmonia com os valores e princípios constitucionais, penso que o novo Código de Processo Civi l pode ser plenamente utilizado no processo laboral.” Art. 6° Aplica-se ao Processo do Trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica regulado no Código de Processo Civil (arts. 133 a 137), assegurada a iniciativa também do juiz do trabalho na fase de execução (CLT, art. 878). § 1o Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente: I – na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do art. 893, § 1o da CLT; II – na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo; III – cabe agravo interno se proferida pelo Relator, em incidente instaurado originariamente no tribunal (CPC, art. 932, inciso VI). § 2o A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 do CPC. XI. IN. 39 TST DESCONSIDERAÇÃO DA PJ CASO CONCRETO: Marcelo Antonio, por intermédio do seu advogado, ajuizou ação trabalhista postulando a condenação da ex-empregadora ao pagamento das horas extras. Na sentença o juiz do trabalho julgou improcedente o pedido condenando o Autor ao pagamento das custas processuais. O advogado de Marcelo, inconformado, interpôs recurso ordinário requerendo o deferimento da gratuidade de justiça, declarando, expressamente, no recurso que o Autor não tem condições financeiras para recolher o valor das custas sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, masnão juntou declaração de miserabilidade nem na petição inicial nem no recurso. Diante do caso narrado responda de forma justificada, se de acordo com o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, o advogado de Marcelo terá êxito quanto ao deferimento da gratuidade de justiça para o processamento do seu recurso. Semana 4 Semana 4 1a QUESTÃO OBJETIVA: (FCC AJAJ TRT 20 2016) Vênus atuou durante 6 anos como preposta da Cia de Bebidas Fonte de Amor. Por força da crise econômica foi dispensada sem receber alguns direitos trabalhistas. Em razão de sua experiência, ingressou com reclamação trabalhista de forma verbal, sem constituir advogado. Conforme sumula do TST e dispositivo processual trabalhista, a de Vênus em relação a essa reclamatória: A) está restrita a fase de conhecimento na Vara do Trabalho. B) limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a fase executória. C) limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. D) é ilimitadaquantoafaseprocessual,bem como em relação à instância , alcançando inclusive o Tribunal Superior do Trabalho, porque a lei permite o acompanhamento das reclamações até o final. E) está restrita à fase de conhecimento,incluindo recursos em toda as instâncias trabalhistas, Varas do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho, mas não envolve a fase de execução. 2ª QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV - VI EXAME NACIONAL UNIFICADO 2011.3) Quanto à nomeação de advogado na Justiça do Trabalho, com poderes para o foro em geral, é correto afirmar que (A) na Justiça do Trabalho, a nomeação de advogado com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada mediante simples registro na ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado e com a anuência da parte representada. (B) as partes que desejarem a assistência de advogado sempre deverão outorgar poderes para o foro em geral por intermédio de instrumento de mandato, com firma devidamente reconhecida. (C) na Justiça do Trabalho, o advogado pode atuar sem que lhe sejam exigidos poderes outorgados pela parte, haja vista o princípio do jus postulandi. (D) somente o trabalhador poderá reclamar na Justiça do Trabalho sem a necessidade de nomeação de advogado, uma vez que o princípio do jus postulandi somente se aplica à parte hipossuficiente. Semana 4
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