resumo Av1 direito do trabalho

Prévia do material em texto

Direito do Trabalho pode ser conceituado como um conjunto de normas referentes às relações de trabalho, individuais e coletivas, entre empregado e empregador.
É possível definir Direito do Trabalho como o ramo da ciência do direito que tem
por objeto as normas, as instituições jurídicas e os princípios que disciplinam as
relações de trabalho determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas
à proteção desse trabalho em sua estrutura e atividade.
Princípio protetor
Segundo este princípio o Direito do Trabalho, procura proteger a relação de trabalho, e mais especificamente, a parte mais fraca da relação de emprego, ou
seja, o trabalhador. Divide-se em: In dúbio pró operário – interpretação sempre favorável ao empregado; Normas mais favorável – havendo mais de uma norma, aplica-se a mais favorável ao empregado; Condição mais benéfica – criação de condições e regras benéficas, mas as vantagens adquiridas não podem ser retiradas. 
Princípio da irrenunciabilidade
Segundo este princípio, em uma relação de emprego, o empregado não pode
renunciar ao direito seu, previsto na legislação trabalhista. Pela indisponibilidade das normas trabalhistas, imperatividade, serem de ordem pública.
Princípio da Continuidade da relação de emprego
Para este princípio, o Direito do Trabalho, prioriza os contratos de trabalho por
prazo indeterminado, trazendo assim, situações específicas em que é possível
a contratação por prazo determinado. Provar falta de vinculo. 
Princípio da irredutibilidade de salário
Segundo este princípio, o salário do empregado não pode ser reduzido, salvo,
através de negociação coletiva de trabalho, ou quando este causar prejuízo. 
Súmula 342: Descontos podem ser feitos, salvo comprovada coação ou outro defeito. C/c art. 462 é vetado o desconto salarial. 
Princípio da primazia da realidade
Para este princípio, o Direito do Trabalho prioriza a realidade fática vivida pelo
trabalhador, admite prova em contrario. Ex: Trabalhador autônomo que possui subordinação. 
Fonte formal do direito pode ser autônoma (participação dos interessados, RE, ACT, CCT) ou heterônoma (não criado pelas partes interessadas, CLT). 
Aplicação no tempo: Imediato protegendo direitos adquiridos.
Aplicação no espaço: Onde prestar serviços ao empregador.
Relação de trabalho X Relação de emprego 
Relação de trabalho pode ser conceituada como, toda e qualquer atividade humana em que haja prestação de trabalho; é gênero que tem como espécies asrelações jurídicas abaixo citadas.
Já a relação de emprego consiste em uma atividade humana específica, ou seja, o trabalho subordinado, prestado por um tipo especial de trabalhador, o empregado. Esta relação de trabalho é regida pelas normas previstas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). 
Do conceito de empregado previsto na CLT, artigo 3º, podemos especificar os requisitos que caracterizam uma relação de emprego, sendo estes: 
I. Pessoa física - Pessoalidade;
II. Subordinação jurídica;
III. Continuidade - Habitualidade;
IV. Remuneração – Onerosidade;
V. Alteridade – Para o outro.
 Sem vínculo de emprego:
Trabalho autônomo
Leque diversificado de figuras jurídicas de trabalho que se diferenciam da relação de emprego por falta de subordinação e, em alguns casos, por falta também da pessoalidade.
Representante Comercial Autônomo
Um dos trabalhadores que habita a chamada “zona grise”, isto é, zona cinzenta
ou fronteiriça habitada por trabalhadores que tanto poderão ser enquadrados
como empregados quanto como autônomos, é o vendedor. 
Trabalho eventual
Trabalho sem habitualidade, fora das atividades da empresa, tem certa autonomia e pessoalidade. 
Trabalho avulso
É uma modalidade de trabalhador eventual que oferta sua força de trabalho,
por curtos períodos de tempo, a distintos tomadores, sem se vincular especificamente a nenhum deles. Pagamento em forma de rateio, igualdade de direitos com o empregado. Sem pessoalidade ou Habitualidade. 
Pode ser: Avulso portuário (fica no cais e regulado pela OGMO) ou Não portuário que é pelo sindicato, rural ou urbano. 
 Estágio – Lei no 11.788/08
O estágio pode ser considerado como a atividade exercida por um estudante, em
um ambiente de trabalho, visando o seu aperfeiçoamento prático-profissional. É um ato pedagógico. Deve possuir termo de compromisso entre o educando, a instituição de ensino onde o mesmo estuda,
e a empresa onde o mesmo realizará o estágio, matriculado em instituição de ensino, 
Não cria vinculo empregatício, Forma escrita, máximo de 2 anos, 6 horas diárias e 30 semanais, Se não houver as formalidades previstas na lei, será considerado vinculo de emprego, salvo ente da administração publica direta ou indireta. 
Com Vínculo de emprego: 
Empregado em domicílio ou a distância
De acordo com o Artigo 6º não se destingue do empregado no estabelecimento, desde que tenha relação de emprego. O Teletrabalho é aquele que o empregado utiliza tecnologia e meios informatizados trabalhando fora do estabelecimento, celebrado por escrito e equipamentos fornecidos pelo empregador, sem considerar como sendo salário. 
Aprendiz 
A partir dos 14 anos até os 24, salvo necessidade especial; Por 2 anos apenas; Recebe proporcional a horas trabalhadas; Não pode em horário noturno ou atividade insalubre e perigosa, salvo maior; Pode trabalhar de 6 horas a 8 horas por dia, caso tenha terminado ensino fundamental; Deve estar matriculado em ensino fundamental ou médio e técnico.
Dispensado: Em caso de desempenho insuficiente; falta disciplinar grave; Ausência injustificada a escola que resulte perda do ano letivo; A pedido do aprendiz; Ou passado 2 anos ou maior de 24 sem deficiência. 
Diferenças para mulheres
Não pode peso superior a 20 kg para atividade cotidianas ou 25 kg para ocasionalmente, enquanto dos homens são 60 kg, licença maternidade de 4 a 6 meses, e estabilidade no emprego, desde que descobre até 5 meses após o parto. 
Empregado rural 
O empregado rural é a pessoa física que, em propriedade rural ou prédio
rústico, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário (art. 2º, da Lei nº 5.889/73), na pecuária ou agricultura. Não tem distinção de direitos com o empregado urbano, mas não é regido pela CLT. 
Na pecuária, horário noturno de 20hrs às 4hrs, adicional de 25% sobre a remuneração normal, cada hora tem 60 min. Na Agricultura, horário noturno de 21hrs às 5hrs com 25 % sobre a remuneração normal, cada hora tem 60 min. Moradia é de 20% e alimentação de 25% do salário-contratual ou mínimo. 
Horário noturno do urbano: 22hrs as 5 hrs com adicional de 20% sobre a hora do dia, cada hora possui 52 min e 30 segundos. Auxilio de 20% para moradia e 25% da alimentação sobre o salário mínimo.
Empregado Doméstico 
 O empregado doméstico pode ser conceituado como aquele funcionário que presta serviços não eventuais no âmbito de uma residência, sem finalidade lucrativa. Possui habitualidade, pessoalidade, subordinação, onerosidade, só não serve como fim lucrativo ao empregador, tendo qualquer forma de lucro ao empregador, o empregado é considerado celetista ou rural.
Trabalha no âmbito familiar para pessoa ou família. 
Empregador: Conceito 
A empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e
dirige a prestação pessoal de serviços.
Grupo econômico: havendo grupo econômico, todas as empresas serão solidariamente responsáveis pelo cumprimento das obrigações trabalhistas, podendo o empregado, acionar qualquer empresa do grupo para o cumprimento das obrigações trabalhistas, mesmo que, não tenha prestado qualquer serviço para a empresa acionada. O requisito principal é o controle de uma empresa sobre outra, que consiste na possibilidade de uma empresa exercer influência dominante sobre outra.
Sucessão trabalhista:
A sucessão de empresas pode ocorrer através da transformação, incorporação, fusão ou cisão de uma empresa, sendo que, qualquer mudança na estrutura jurídica ou na propriedade da empresa, nãoaltera os direitos trabalhistas dos empregados, artigo 10 da CLT. 
Para caracterização da sucessão trabalhista, é necessária, portanto, a transferência total ou parcial da unidade econômico-jurídica, que continua a ser explorada pelo novo proprietário. É automática transferência de direitos e obrigações contratuais. O novo titular sub-roga-se nos direitos e obrigações do anterior, passando a responder, imediatamente, pelas repercussões presentes, futuras e
passadas dos contratos de trabalho que lhe foram transferidos, assume todo o ativo e passivo, salvo fraude em que responde solidariamente ou que o sucedido responde de forma subsidiária a ações ajuizadas a ate dois anos após a sucessão. As inadimplências deverão ser arcadas pelo sucessor podendo ter direito de regresso contra o sucedido.
Não há sucessão quando a empresa entrou em processo falimentar, o arrematante não assume o passivo continuando o antigo dono responsável, e não á sucessão para o âmbito familiar ou com o objetivo de fraudar a sucessão. 
Contrato Individual de Trabalho 
Contrato de trabalho pode ser conceituado como o acordo tácito ou expresso mediante o qual ajustam as partes pactuantes direitos e obrigações recíprocas (Sinalagmático ou comutativo), bilateral, consensual. É de direito Privado. Obriga-se, perante pessoa natural, jurídica ou ente despersonificado, a uma prestação pessoal, não eventual, subordinada e onerosa de serviços.
Elementos essenciais para o contrato: Artigo 104 CC. Se não cumprir, os efeitos são nulos, mas caso o agente seja menor ele terá o direito a ter carteira assinada e todos os direitos, mas se for ilícito não. 
Contrato por prazo indeterminado
O contrato de trabalho por prazo indeterminado é aquele em que não foi estabelecido um prazo ou um termo final, prolongando-se no tempo de forma contínua e indefinida. Trata-se da regra geral prevista na CLT.
Contrato por prazo determinado (a termo): regras gerais
Os casos específicos em que são possíveis contratos de trabalho por prazo determinado estão no artigo 443 da CLT, de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; de atividades empresariais de caráter transitório; de contrato de experiência.
Termo deve ser certo (data exata) ou incerto (período). 
Prazo máximo de 02 (dois) anos, com exceção do contrato de experiência, que possui um prazo máximo de 90 (noventa) dias;
Poderá ser prorrogada uma única vez, respeitando, porém, o seu prazo máximo;
Desrespeito quanto aos prazos, será automaticamente convertido em
contrato por prazo indeterminado;
Não é permitida a realização de um novo contrato de trabalho por prazo determinado com o mesmo empregador, em um período inferior a 06 (seis)
meses, com relação ao contrato anterior.
As normas referentes à estabilidade no emprego, em regra, não são válidas para os contratos por prazo determinado.
Contrato de experiência
O contrato de experiência é modalidade de ajuste a termo, de curta duração,
que propicia às partes uma avaliação subjetiva recíproca: possibilita ao empregador verificar as aptidões técnicas e o comportamento do empregado e a este
último analisar as condições de trabalho. 
Segundo o artigo 479 da CLT, nos contratos que tenham termo estipulado,
o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado, será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito
até, o termo do contrato.
Havendo afastamento o prazo ainda corre e termina no tempo certo, salvo combinado pelas partes, mas se for por gravidez ou acidente de trabalho, irá até o fim da garantia provisória de emprego. 
Contrato de trabalho temporário:
“Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços.”
Deve ser escrito, prazo máximo de 180 dias, prorrogação de 90 dias, se passar o prazo sem prorrogar ou passar o prazo da própria prorrogação, será considerado por prazo indeterminado, ele pode sair e voltar após 90 dias. Se falar em quanto tempo pode ficar com a prorrogação 27 dias. 
Os empregados temporários terão os mesmos direitos trabalhistas pertinentes aos empregados regularmente contratados na empresa. Porém, o empregado temporário está subordinado à empresa especializada em trabalho temporário, embora realize o serviço em outra empresa, recendo
inclusive o seu salário pela empresa de trabalho temporário. Em caso de falência da empresa de trabalho temporário ou Empresa Cliente, a empresa tomadora do serviço será solidariamente responsável pelo pagamento das verbas trabalhistas pertinentes aos seus empregados.
Para substituição de pessoal ou demanda complementar de serviço, não pode atividade fim, só meio. 
Terceirização: É a descentralização das atividades da empresa, pode ser determinado ou indeterminado, contratação interposta de uma empresa prestadora de serviços que o coloca na empresa tomadora de serviço. 
Deve ser para: Atividade meio, sem pessoalidade ou subordinação para a Empresa Tomadora de Serviço. 
Responsabilidade da Tomadora é exclusiva, quando for ilícita.
Responsabilidade da Tomadora é subsidiária no caso de inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte da Prestadora de serviços, menos no caso de administração pública indireta ou direta 
Terceirização: Tanto faz se o prazo é determinado ou indeterminado. Súmula 331 do TST. 
Hipóteses 
Cooperativa – art. 442 p.u. da CLT;
Contrato de subempreitada. 
Responsabilidade da administração pública as empresas respondem subsidiariamente, a empresa Prestadora de serviços como principal e a empresa tomadora de serviços subsidiariamente. Em relação aos contratos de empreitada e subempreitada, conforme o artigo 455 e p.u. da CLT a responsabilidade do dono da obra é solidária cabendo a ele o direito de ação de regresso na justiça comum em face do subempreiteiro. A partir da edição da Sumula 331 do TST, a responsabilidade do dono da obra passou a ser subsidiária tendo em vista se o subempreiteiro o devedor principal, mas o TST em 2011 editou a OJ 191 da SDI – 1 do TST entendendo que o dono da obra quando contrata a subempreitada não tem responsabilidade solidária ou subsidiária, salvo se for uma construtora ou incorporadora de imóveis, que então, a responsabilidade será subsidiária.