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A política monetária de Fernando Henrique Cardoso

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A política monetária de Fernando Henrique Cardoso, foi condicionada pelas bases em que foi implantado o plano real: ancora cambial, elevadas taxas de juros e ajuste fiscal. Essa política monetária seguia especialmente o plano de câmbio, na qual a mesma foi exultada para controlar a inflação e estabilizar a moeda se valendo o real ao dólar americano através e fixação de uma ancora cambial o governo adotou o regime de câmbio fixo e a moeda torna – se valorizada.
A política utilizada constitui a contracionista, na qual diminui a oferta monetária e oferta se mais títulos da dívida pública, isso forçou a redução da demanda de moeda buscando sempre especialmente reduzir a inflação. No entanto o governo atraiu os investidores estrangeiros e assim aumentou suas reservas monetárias. O governo FHC com proposto de financiar esse déficit nas transações correntes mantem as taxas de juros internas maiores do que as externas.
No início do real entre 1994 e 1995 a elevação do juros não conseguiu conter o aumento do consumo que a estabilidade monetária havia gerado, sendo assim o governo teve que aumentar a circulação de moeda, como o dinheiro não estava desvalorizando as empresas e também as pessoas conseguiam ficar mais com dinheiro, nesse período teve a crise mexicana de 1994 provocada pela falta de reservas internacionais, causando a desvalorização do peso, isto fez com que os investidores retirassem os investimentos do Brasil, provocando uma imensa saída de capitais externos do país.
O governo então aumentou as taxas de juros sobre os depósitos compulsórios, principalmente sobre os depósitos a vista no intuito de diminuir o aumento do poder de compra gerado pela queda da inflação, a fim de conter a fuga de capitais especulativos e conseguir manter os níveis de reservas para dar sustentação a ancora cambial.
Porém, isso de nada adiantou o país acabou consumindo todas suas reservas internacionais durante todo o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, para manter o câmbio fixo e minimizar os reflexos das crises externas na economia nacional.
Em 1998 governo FHC foi reeleito e iniciou o mandato promovendo uma série de mudanças na política econômica com intuito de estabilizar a economia de novo do pais depois de diversas crises seguidas, existiam muitos problemas políticos pois devido a elevadas taxas de juros o desemprego era grande, crises internacionais, isso forçou o governo a mudar o regime cambial de fixo para flutuante.
O governo passou a adotar metas para inflação a partir de 1999, como tolerância de intervalos de 2 pontos para baixo ou para cima, onde foi definido uma taxa de 8%. O banco central foi obrigado a divulgar um relatório de inflação mostrando se o governo cumpriu ou não a meta.
A fim de atingir um dado nível de inflação o governo usa um controle sobre as taxas nominais de juros, que funciona do seguinte modo:
Havendo um aumento das expectativas de inflação, o governo elevaria as taxas nominal de juros, diminuindo a oferta monetária e contraindo a demanda desestimulando o consumo das famílias, empresas, do próprio governo e investimentos, para tentar controlar a inflação.
Do contrário havendo uma diminuição da inflação, o governo reduziria as taxas nominais de juros, aumentado a oferta monetária de forma a expandir a demanda agregada, promovendo um aumento de consumo das famílias, empresa e do governo.
Esse regime de metas para inflação foi rodeado de incertezas e euforias por parte dos seus idealizadores, pois eram sempre pensados sobre se perder o controle inflacionário e retomar a inflação, o mercado conseguiu reagir de forma positiva, o governo diminuiu os juros e teve uma retomada do crescimento econômico melhorando a balança comercial.
Com o aumento das receitas e redução das despesas conseguiu se então a obtenção de superávits primários e uma grande retomada do crescimento, para que isso fosse mantido foi criada a taxa Selic, que deixou mais transparente e confiável a negociação de títulos públicos.
Porém, quando o país buscava uma alavancagem econômica depois de ter obtido em 2000 um excelente resultado, por fim deparou se com várias barreiras no caminho, como a crise de energia ( Apagão) em 2001 no Brasil, isso provocou a redução de níveis de atividades das industrias e retração da economia, em conjunto com outra crise da Argentina, que com consequência reduziu a entrada de capitais no Brasil, além disso teve o ataque de 11 de setembro nos Estados Unidos , aumentando as incertezas dos riscos dos investidores internacionais, afetando não só o Brasil mais todo mercado mundial, impactando negativamente a economia brasileira.
Em 2002 foi eleito Luiz Inácio Lula da Silva com presidente da república, em seu discurso o presidente promete promover todas mudanças necessárias para atacar as questões sociais do país e para retomar o crescimento econômico do país, e assim resolver os problemas de desemprego e distribuição de rendas.
O programa fome zero foi um dos principais meios para sua eleição, pois prometia acabar com a fome no Brasil, o governo Lula utilizou uma política Ortodoxa consolidando a luta a lota pela estabilidade econômica do país. Então em 2002 o presidente Lula elege Henrique Meirelles como presidente do Banco Central a partir de 2003. Lula também deu continuidade ao plano real e conseguiu manter a inflação sobre controle, os juros em queda e um superávit nas contas externas, com isso priorizou outras questões como saúde, educação e segurança pública. 
Seu primeiro mandato foi baseado no tríplice, flutuação cambial, metas de inflação e austeridade fiscal. Analisando os números percebesse que no ano de 2003 a inflação permaneceu em 9,30 %, portanto acima da meta oficial, porém, menor que no governo FHC que era de 12,53 no ano de 2002, no primeiro semestre de 2004, empregou um passo acelerado de 5,5% ao ano e o Bacen diminuiu ligeiramente os juros que estavam em 23% ao ano em 2003, para 16,2 em 2004.
Ao final do primeiro mandato foi apontado uma alta perspectiva inflacionaria, onde Lula e seu grupo econômico seguiram medidas de contenção ortodoxa, aumento a taxa de juros aproximando assim a 23% ao ano em taxa Selic, com um alcance fiscal rígido distinguido a restrição dos altos preços, com um Pé em média de 4,2 %.

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