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Plano de Aula: CRIMES CONTRA A VIDA II. DIREITO PENAL III - CCJ0110 Título CRIMES CONTRA A VIDA II. Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 2 Tema CRIMES CONTRA A VIDA II. INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO E AUXÍLIO AO SUICÍDIO. INFANTICÍDIO. ABORTO. (Art.122 a 128, CP) Objetivos O aluno deverá ser capaz de: Identificar as figuras típicas de induzimento, instigação e auxílio ao suicídio; infanticídio e aborto. Diferenciar, nos casos concretos apresentados, as condutas de infanticídio dos delitos de abandono de incapaz e abandono de recém-nascido, qualificados pelo resultado morte. Diferenciar, nos casos concretos apresentados, as condutas típicas aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante e os delitos previstos no art. 129, §§ 1° e 2°, incisos IV e V do Código Penal. Estrutura do Conteúdo Antes da aula, não esqueça de ler : Os artigos. 122 a 128, 133,§2º e 134,§2º, todos do Código Penal. ESTRUTURA DE CONTEÚDO DESTA AULA: 1 Induzimento, instigação e auxílio ao suicídio Art.122, do Código Penal. 1.1. A autolesão e o sistema jurídico-penal vigente. 1.2. Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. 1.3. Consumação e tentativa. Natureza jurídica do resultado lesão corporal grave ou morte; controvérsia: elementar do tipo penal ou condição de punibilidade. 1.4. Figuras típicas a) Figura simples. b) Figuras majoradas: motivo egoístico, menoridade da vitima (capacidade de discernimento) e vítima com capacidade de resistência diminuída. 1.5. Questões controvertidas. a) O pacto de morte: caracterização; distinção do delito de homicídio. b) A conduta omissiva e a caracterização do tipo penal. c) A figura do médico como agente garantidor quando sua conduta for contrária à vontade do paciente ou de seus responsáveis legais. d) análise da conduta de induzimento, instigação e auxílio ao suicídio quando resultado for de lesão corporal leve. 2 Infanticídio. Art.123, do Código Penal. 2.1. Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. Consumação e tentativa. 2.2. Questões controvertidas. a) natureza jurídica do estado puerperal. b) distinção entre o delito de infanticídio e outras figuras típicas, tais como: homicídio e crimes de perigo (abandono de incapaz e abandono de recém-nascido, qualificados pelo resultado morte). c) concurso de pessoas no delito de infanticídio: possibilidade e comunicabilidade do estado puerperal (art. 30 do Código Penal). 3 Aborto 3.1. Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. Consumação e tentativa. 3.2. Figuras típicas. a) Autoaborto. Art.124, do Código Penal. b) Aborto provocado por terceiro com o consentimento da gestante. Art.126, do Código Penal. c) Aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante. Art.125, do Código Penal. - dissenso real e presumido. A capacidade para consentir. d) Aborto qualificado pelo resultado lesão corporal de natureza grave ou morte. Art.127, do Código Penal. e) Aborto necessário natureza jurídica. Art.128, do Código Penal. f) Aborto humanitário natureza jurídica. Art.128, do Código Penal. 3.3. Questões Controvertidas a) Tipificação das condutas e a teoria adotada acerca do concurso de pessoas. b) Confronto com os delitos de lesão corporal qualificada pelo resultado previstas nos §§ 1° e 2°, incisos IV e V, todos do art. 129 do Código Penal. c) Aplicação de analogia para a figura prevista no art.128, II do Código Penal. d) Aborto de feto anencefálico: entendimentos doutrinários e jurisprudenciais. e) Aborto qualificado pelo resultado e resultado diverso do pretendido. f) Aborto e Lei de Biossegurança. 3.4. Confronto com outras figuras típicas contra a pessoa. Conflito aparente de normas e Concurso de crimes. UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS: A partir da premissa de que o sistema jurídico-penal vigente não sanciona a conduta de destruir a própria vida por questões de Política Criminal e do princípio da alteridade, a conduta de quem induz, instiga ou auxilia a outrem a suicidar-se configura infração penal, sendo indispensável para sua caracterização: que o sujeito passivo seja pessoa certa e determinada, tenha capacidade de discernimento. Ainda, podemos questionar a natureza jurídica da produção de lesões corporais graves ou morte do sujeito passivo: elementares do tipo ou condições de punibilidade. Com relação ao delito de infanticídio, no qual a mãe puérpera, durante o parto ou logo após, elimina a vida de seu filho, o estado puerperal caracteriza-se como elementar do tipo, razão pela qual surgem controvérsias acerca do requisito temporal do puerpério, bem como sobre a admissibilidade ou não do concurso de pessoas para a prática desta infração penal. No delito de aborto, tutela-se a vida intrauterina e somente haverá relevância jurídico- penal a conduta de abortamento quando da eliminação dolosa da vida intrauterina. O aborto pode ser praticado pela própria gestante (autoaborto) ou por terceiro (com ou sem seu consentimento e neste último caso, a gestante também configura sujeito passivo da infração penal). Há todavia, situações nas quais, a lei expressamente permite a conduta de aborto, quais sejam: nos denominados aborto necessário e humanitário. Aplicação Prática Teórica APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO HORTÊNCIA, maior, que fora vítima de estupro perpetrado com violência real, interrompeu ela mesma, na sua própria residência, a gravidez resultante do crime contra a liberdade sexual, causando a destruição do produto da concepção, para o que se valeu de meios mecânicos obstétricos diretos e de informações, que, para o abortamento, foram-lhe fornecidos pelo enfermeiro ALEXANDRINO. A gestante, em conseqüência dos meios empregados na provocação do aborto, sofreu lesão corporal de natureza grave. Identifique justificadamente a conduta de HORTÊNCIA e ALEXANDRINO QUESTÕES OBJETIVAS 1)Exemplo de abortamento legal é o a) Aborto eugênico b) Aborto miserável c) Aborto sentimental praticado por médico d) Aborto honoris causa. 2) Infanticídio: a) É crime de mão própria. b) É crime próprio. c) Não cabe tentativa. d) É crime de perigo.
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