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Plano de Aula: CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO II. ROUBO, EXTORSÃO E 
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO. 
DIREITO PENAL III - CCJ0110 
Título 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO II. ROUBO, EXTORSÃO E EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO. 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
7 
Tema 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO II. ROUBO, EXTORSÃO E EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO. 
(art.157, 158 ,159 e 160, do Código Penal). 
 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
Identificar o bem jurídico-penal tutelado. 
Aplicar, nos casos concretos apresentados, a incidência de conflito aparente de normas 
ou concurso de crimes com os demais crimes contra o patrimônio. 
Diferenciar os delitos de extorsão, extorsão mediante sequestro e extorsão indireta entre 
si e dos demais crimes contra o patrimônio. 
Estrutura do Conteúdo 
 
Antes da aula, não esqueça de ler : 
Os artigos. 157, 158, 159 e 160, do Código Penal. 
O artigo 1º, da lei n.8072/1990 (Lei de Crimes Hediondos). 
Verbetes de Súmula n.96 e 443, do Superior Tribunal de Justiça. 
Verbetes de Súmula n.603, 610 e 711 do Supremo Tribunal Federal. 
 
 
ESTRUTURA DE CONTEÚDO DESTA AULA: 
 
1 Roubo. Art.157, do Código Penal 
1.1. Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo: descritos, 
subjetivos e normativos. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. 
1.2. Roubo de uso. 
1.3 Distinção entre roubo próprio e impróprio. 
1.4 Consumação e tentativa - controvérsias acerca do momento consumativo. 
1.5 Figuras típicas - roubo simples, roubo majorado e roubo qualificado 
1.6. Roubo qualificado pelo resultado morte (latrocínio) - incidência da Lei 8.072/90; 
consumação e tentativa (Súmula 610, do STF); competência para julgamento (Súmula 
603, do STF). 
2. Extorsão. Art.158, do Código Penal. 
2.1. Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do 
delito. Classificação doutrinária. 
2.2. Consumação e tentativa. 
2.3 Figuras típicas - simples, majoradas e qualificadas. 
- A figura do sequestro relâmpago: questões sobre a incidência da Lei 8.072/90 quando 
ocorre o resultado morte; distinção com a extorsão mediante sequestro e o roubo 
majorado pelo sequestro. 
2.4. Incidência da Lei 8.072/90; 
3. Extorsão mediante sequestro. Art.159, do Código Penal 
3.1. . Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do 
delito. Classificação doutrinária. 
3.2. Consumação e tentativa. 
3.3. Figuras típicas - simples e qualificadas. 
3.4. Delação premiada. 
3.5. Incidência da Lei 8.072/90. 
4. Extorsão indireta. Art.160, do Código Penal 
4.1 Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do 
delito. Classificação doutrinária. 
4.2 Consumação e tentativa; 
4.3 Distinção com as demais figuras típicas contra o patrimônio e com a denunciação 
caluniosa. 
 
UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS: 
 
 
I. Roubo. Art.157, do Código Penal. 
Delito complexo na medida em que contempla duas figuras típicas, quais sejam furto e 
as decorrentes do emprego da violência ou grave ameaça à pessoa. 
Configura-se como delito comum, subjetivamente complexo, unissubjetivo, 
plurissubsistente, material e instantâneo, diferenciando-se do furto pelo emprego de 
violência, grave ameaça à pessoa ou qualquer outro meio que reduza à impossibilidade 
de resistência da vítima. 
Questão controvertida versa sobre o momento consumativo do delito de roubo, sendo 
discutidas as mesmas teorias vistas no delito de furto. 
Classifica-se em roubo próprio e impróprio conforme o momento no qual se aplica a 
violência contra a vítima. 
Ainda, apresenta como figuras típicas o roubo simples, circunstanciado e qualificado . 
Denomina-se roubo circunstanciado o previsto no §2º do art.157, pois apresenta 
situações nas quais a pena poderá ser majorada de terço até metade. Já o roubo é 
qualificado, seja pelo resultado lesão de corporal grave ou morte, este último 
denominado latrocínio, pois apresenta uma nova escala penal (pena abstrata). 
II. Extorsão. Art.158, do Código Penal. 
Configura-se como delito comum, subjetivamente complexo, formal, unissubjetivo, 
plurissubsistente. e instantâneo e, como o roubo, apresenta-se como delito pluriofensivo 
na medida em que lesiona mais de um bem jurídico, quais sejam : patrimônio e 
integridade física e psíquica (PRADO, Luiz Regis, pp 330). 
A descrição típica contempla as figuras de constranger alguém mediante o emprego de 
violência (física) ou grave ameaça (psíquica), a fazer, tolerar que se faça ou deixar de 
fazer alguma coisa. 
 
Por tratar-se de delito formal, consoante entendimento firmado pelo Superior Tribunal 
de Justiça ? Verbete n.96, se consuma independentemente da obtenção da vantagem 
indevida. Desta forma, investigaremos sobre a possibilidade de caracterização da 
modalidade tentada na referida figura típica. 
A figura qualificada do sequestro relâmpago, prevista no §3º, foi inserida pela lei 
11923/2009 e ocorre nos casos em que o agente restringe a liberdade da vítima como 
condição necessária para a obtenção da vantagem econômica. 
III. Extorsão Mediante Sequestro. Art. 159, do Código Penal. 
Delito complexo na medida em que contempla duas figuras típicas, quais sejam: a 
extorsão e o sequestro. 
Configura-se como delito comum, permanente, formal, de dano, subjetivamente 
complexo, unissubjetivo e plurissubsistente. 
 
Consumação: Por tratar-se de delito formal, consuma-se no momento em que a vítima é 
arrebatada, independentemente da obtenção da vantagem indevida que configuraria 
mero exaurimento da conduta do agente. 
 
Classifica-se em simples e qualificado pelo resultado lesão corporal de natureza grave, 
morte ou nos casos em que o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o 
sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é 
cometido por associação criminosa. 
Interessante destacar a causa de diminuição de pena denominada delação premiada 
aplicável no caso de concurso de pessoas quando um dos concorrentes denunciar à 
autoridade, facilitando a libertação do sequestrado sendo, portanto, imprescindível a 
relação de causalidade entre a delação e a libertação da vítima. 
I. Extorsão Indireta Art. 160, do Código Penal. 
Configura-se pela conduta de exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da 
situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a 
vítima ou contra terceiro e possui como objeto material o documento utilizado pelo 
autor da conduta, seja ele qualquer documento instrumental, podendo ser qualquer 
escrito, público ou particular, fixado por uma pessoa, através de meio apto a transmitir o 
seu pensamento, vontade etc [...] (PRADO, Luiz Regis, pp 342). 
Configura-se como delito próprio, formal (questão controvertida), instantâneo, 
unissubjetivo e plurissubsistente. 
Consuma-se no momento da exigência ou do recebimento do documento em garantia de 
dívida. 
Aplicação Prática Teórica 
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
RODINEI, sócio majoritário de uma transportadora que presta serviços para Souza 
Cruz, na ausência de três motoristas, seus funcionários, que estão em auxílio doença, e 
por necessidade, está fazendo a distribuição diária de cigarros junto aos fornecedores, 
dirigindo veículo funcional pertencente a própria frota da transportadora. Na segunda 
entrega do dia, RODINEI foi surpreendido por TALLES, 17 anos e DANILO, 28 anos e 
ex-funcionário da transportadora que, por intermédio de grave ameaça exercida por 
arma de fogo, subtraíram-lhe o veículo com as mercadorias e restringindo sua liberdade, 
vindo a liberá-lo em local ermo, após 10 horas da referida atividade criminosa. 
Identifique, fundamentadamente,a adequação típica a ser imputada ao caso aventado. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Com relação à consumação do crime de roubo, há entendimento sumular do STJ 
adotando a corrente doutrinária da: 
a) Contrectatio 
b) Amotio 
c) Ablatio 
d) Ilatio. 
2) Quanto ao crime de extorsão, é correto afirmar que (CP, art. 158) 
a) o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, inclusive o funcionário público no exercício de suas funções. 
b) a vítima precisa ser aquela quem tenha sofrido a subtração do patrimônio, como quem foi alvo de 
violência ou grave ameaça. 
c) a colaboração da vítima é dispensável. 
d) também há a figura do seqüestro relâmpago.

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