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CASO 3 Como foi dito, o contratualismo é um rótulo teórico que guarda concepções bastante diferenciadas de organização do poder estatal. Nas várias visões contratualistas, embora a soberania seja percebida como um conceito central para justificar a forma de organização do Estado, os diversos filósofos a enxergaram de forma diversa uns dos outros. Então, tendo por pressuposto a questão da soberania nos três filósofos contratualistas clássicos (Hobbes, Locke e Rousseau), responda: Na charge acima, a que tipo de soberania seria possível dizer que a Graúna (o pássaro, personagem do cartunista Henfil) está referenciando, aquela pensada no contratualismo hobbesiano ou aquela pensada no contratualismo Rousseau? Justifique. R: A Graúna está referenciando o contratualismo de Rousseau, já que o autor defendia a democracia e o personagem da charge brinca conjugando o verbo poder. O exercício da soberania popular no contratualismo lockeano se dá na mesma forma que no contratualismo rousseauniano? Justifique R: Não, pois Rousseau entendia da renúncia de cada um à sua vontade particular nasce a vontade geral, que é nada mais nada menos do que a vontade do corpo social unido por um interesse comum, inalienável e indivisível. Já Locke entendia como soberania popular o conjunto de indivíduos que preferiram a vida civil a condição natural, aceitando abrir mão do seu direito a uma organização estatal. No entanto, o indivíduo não aliena todos os seus direitos, pois, ao confiar o cuidado da sua salvaguarda as leis cedem tão somente o seu direito de punir.
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