AULA 3 SISTEMA NERVOSO SENSORIAL

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SISTEMAS SENSORIAIS: VIAS E RECEPTORES SENSORIAIS; SISTEMA SOMATOSSENSORIAL 
(TATO, PROPRIOCEPÇÃO, DOR, TEMPERATURA) 
E SENTIDOS QUÍMICOS (GUSTAÇÃO E OLFAÇÃO)
Rita de Cássia Siqueira Pestana
AULA 3 – FISIOLOGIA HUMANA
AULA 3 – FISIOLOGIA HUMANA
OBJETIVOS:
·         Definir a sensação e discutir os seus componentes.
·         Descrever as diferentes formas de classificação dos receptores sensoriais.
·         Descrever a localização e a função dos receptores para as sensações táctil, 
 térmica, de pressão e de dor.
·         Identificar os receptores para a propriocepção e descrever suas funções.
·         Descrever os mecanismos de transmissão dos impulsos nervosos envolvidos 
 nas sensações de tato, temperatura, pressão e dor, 
·         Determinar os processos que contribuem para a percepção da Dor.
·         Descrever os componentes neuronais e as funções das vias coluno-posterior-
 lemnisco medial, antero-lateral e espinocerebelar.
·         Descrever os receptores olfatórios e a via neural para a olfação.
·         Descrever os receptores gustatórios e as vias nervosas para a gustação.
SISTEMA NERVOSO
FUNÇÃO SENSORIAL
DE ENTRADA - INPUT
SNC – FUNÇÃO INTEGRATIVA
FUNÇÃO MOTORA DE 
SAÍDA - OUTPUT
SISTEMA SENSORIAL
MECANISMOS BÁSICOS NA TRANSFORMAÇÃO DOS ESTÍMULOS SENSITIVOS EM SINAIS NERVOSOS 
O SISTEMA NERVOSO RECEBE E PROCESSA CONTINUAMENTE
TODAS AS INFORMAÇÕES SOBRE POSIÇÃO E O MOVIMENTO
DAS PARTES DO CORPO E DO CORPO COMO UM TODO,
SOBRE O ESTADO DAS NOSSAS VÍSCERAS, SOBRE A TEXTURA,
A FORMA E A TEMPERATURA DOS OBJETOS QUE TOCAMOS E
SOBRE A INTEGRIDADE DOS NOSSOS TECIDOS.
O sistema nervoso recebe as informações dos 
estímulos dos meios externo e interno por meio
das terminações nervosas receptoras, órgãos do
sistema nervoso periférico – SENSORES PARA INFORMAÇÃO.
AS INFORMAÇÕES RECEBIDAS SÃO SELECIONADAS, FILTRADAS
E ENCAMINHADAS A DIFERENTES REGIÕES NEURAIS, QUE AS
VÃO UTILIZAR DE DIVERSAS MANEIRAS.
As informações neurais são conduzidas, em forma de 
sinais elétricos, por meio das vias periféricas e vias 
centrais de tráfego para os centros superiores do 
sistema nervoso central – VIAS DE TRÁFEGO.
A PARTE QUE ATINGIRÁ A CONSCIÊNCIA SERVIRÁ PARA 
ORIENTAR O COMPORTAMENTO E O RACIOCÍNIO, PODENDO
SER ARMAZENADA NA MEMÓRIA PARA UTILIZAÇÃO POSTERIOR.
A PARTE INCONSCIENTE SERVIRÁ PARA COORDENAR NOSSOS 
MOVIMENTOS DE MODO A MANTER A POSTURA E O EQUILÍBRIO
CORPORAL, E PARA AJUSTAR O FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS DE
ACORDO COM AS NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.
As informações sensoriais chegarão nos centros nervosos superiores
Para que possam ser percebidas e para que as respostas aos 
Estímulos sejam elaboradas – CIRCUITO NEURAL DE PROCESSAMENTO.
SISTEMA SENSORIAL
MODALIDADE DE SENSAÇÃO
 A sensação é a capacidade que os animais apresentam de codificar certos aspectos
 da energia física e 	química que os circunda, representando-os como impulsos nervosos
 capazes de serem compreendidas pelos neurônios (Lent, 2001, p. 169).
 Os sentidos são a tradução feita pelo sistema nervoso das diferentes formas de energia
 existentes no ambiente – modalidades de sensação.
 Percepção é a capacidade de alguns animais em vincular os sentidos a outros aspectos da
 existência. Depende dos mecanismos de atenção, emoção, sono.
PROPRIEDADES COMUNS DAS SENSAÇÕES
RECEPTORES SENSORIAIS
SÃO ESTRUTURAS ESPECIALIZADAS EM TRADUZIR AS DIVERSAS FORMAS DE ENERGIA QUE INCIDEM SOBRE O NOSSO CORPO, TRANSFORMANDO-AS EM POTENCIAIS RECEPTORES E POTENCIAIS DE AÇÃO.
EXISTEM RECEPTORES SENSORIAIS
EM TODOS OS ÓRGÃOS DO CORPO,
EMBORA A PELE SEJA O “ÓRGÃO
SOMESTÉSICO” POR EXCELÊNCIA.
RECEPTORES SENSORIAIS
DETECTAM OS DIFERENTES ESTÍMULOS QUE INCIDEM 
SOBRE A PELE (OU ÓRGÃOS INTERNOS).
COMPOSTOS POR TERMINAÇÃO NERVOSA DE UMA FIBRA
 NERVOSA, QUE PODE ESTAR LIVRE OU ASSOCIADA A
 CÉLULAS NÃO-NEURAIS.
			AS FIBRAS QUE EMERGEM DOS RECEPTORES
			PODEM SER MIELINIZADAS OU NÃO. SE JUNTAM
			A NERVOS PERIFÉRICOS AFERENTES OU
			SENSITIVOS. OS CORPOS CELULARES QUE
			ORIGINAM ESTAS FIBRAS ESTÃO NOS GÂNGLIOS
			ESPINHAIS (NEURÔNIOS PRIMÁRIOS DO 
			SISTEMA SOMESTÉSICO)
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DOS RECEPTORES 
RECEPTORES NÃO ENCAPSULADOS:
TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES
DISCOS DE MERKEL
RECEPTORES DOS FOLÍCULOS PILOSOS
RECEPTORES ENCAPSULADOS:
CORPÚSCULOS DE MEISSNER
CORPÚSCULOL DE PACINI
CORPÚSCULOS DE RUFFINI
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DOS RECEPTORES NÃO ENCAPSULADOS
 TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES: detectam dor, sensações de tato grosseiro, de pressão, 
 cócegas e possivelmente de frio e calor.
 DISCOS DE MERKEL: detectam tato.
 RECEPTORES DOS FOLÍCULOS PILOSOS: detectam tato.
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DOS RECEPTORES ENCAPSULADOS
 CORPÚSCULOS DE MEISSNER: detectam tato.
 CORPÚSCULOL DE PACINI: detectam tato.
 CORPÚSCULOS DE RUFFINI: detectam estímulos tato.
-SOMÁTICOS - EXTEROCEPTORES: temperatura, tato, pressão, luz, som
 PROPRIOCEPTORES: consciência de posição e movimento
			a)conscientes
			b)inconscientes
- VISCERAIS - INTEROCEPTORES (VISCEROCEPTORES)
 sensações viscerais: fome, sede, dor, etc...
			a) conscientes
			b) inconscientes
CLASSIFICAÇÃO DE SHERINGTON DOS RECEPTORES
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS RECEPTORES
MECANORRECEPTORES – DETECTAM DEFORMAÇÃO MECÂNICA DOS RECEPTORES
TERMORRECEPTORES – DETECTAM ALTERAÇÕES NA TEMPERATURA
NOCICEPTORES – DETECTAM LESÕES FÍSICAS E QUÍMICAS NOS TECIDOS
RECEPTORES ELETROMAGNÉTICOS – DETECTAM A LUZ NA RETINA
QUIMIORRECEPTORES – DETECTAM GOSTO E OLFATO, NÍVEL DE O2 NO SANGUE, 
	 	 OSMOLALIDADE DOS LÍQUIDOS CORPORAIS, CONCENTRA-
		 ÇÃO DE CO2.
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CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES SENSORIAIS
MECANORRECEPTORES - AUDIÇÃO
 RECEPTORES SONOROS DA CÓCLEA
MECANORRECEPTORES – EQUILÍBRIO
 RECEPTORES VESTIBULARES
CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES SENSORIAIS
MECANORRECEPTORES - PRESSÃO ARTERIAL
 BAROCEPTORES DOS SEIOS CAROTÍDEOS
 E AÓRTICO
CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES SENSORIAIS
TERMORRECEPTORES 
RECEPTORES DE FRIO E CALOR
NOCICEPTORES - DOR
TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES
CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES SENSORIAIS
RECEPTORES ELETROMAGNÉTICOS – VISÃO (LUZ)
 CONES E BASTONETES
CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES SENSORIAIS
QUIMIORRECEPTORES
 GUSTAÇÃO – RECEPTORES DAS PAPILAS GUSTATIVAS
OLFATO – RECEPTORES DO EPITÉLIO OLFATÓRIO
OXIGÊNIO ARTERIAL – RECEPTORES DOS CORPÚSCULOS CAROTÍDEO E AÓRTICO
OSMOLALIDADE – NEURÔNIOS DO NÚCLEO SUPRA-ÓPTICO
CO2 SANGUÍNEO – RECEPTORES DOS CORPÚSCULOS CAROTÍDEO E AÓRTICO
GLICOSE, AMINOÁCIDOS E ÁCIDOS GRAXOS SANGUÍNEOS – RECEPTORES NO HIPOTÁLAMO
GUSTAÇÃO E OLFATO
 As terminações nervosas receptoras recebem a informação das formas de energia 
 no ambiente e transforma em sinal elétrico , que é conduzido para regiões mais superiores
 do sistema nervoso central.
RECEPTORES
ENERGIA
POTENCIAL RECEPTOR (GERADOR)
POTENCIAL DE AÇÃO
TRANSDUÇÃO
CODIFICAÇÃO
Processo pelo qual uma forma 
de energia (estímulo) é transformada
em outra forma de energia pelos receptores
sensoriais.
(Variação do potencial elétrico da membrana plasmática do receptor)
(É local e graduado) 
(Impulso nervoso que vai se propagar ao longo da fibra aferente até o SNC)
(Possui característica tudo-ou-nada)
ESTÍMULO
POTENCIAL
RECEPTOR
POTENCIAL
DE 
AÇÃO
MODALIDADE DE SENSAÇÃO
DIFERENTES FIBRAS NERVOSAS TRANSMITEM DIFERENTES MODALIDADES DE SENSAÇÃO.
CADA FEIXE NERVOSO TERMINA NUM DETERMINADO LOCAL DO SNC QUE DETERMINA
 O TIPO DE SENSAÇÃO SENTIDA
PRINCÍPIO DA LINHA DESIGNADA – ESPECIFICIDADE DAS FIBRAS NERVOSAS PARA
			 TRANSMITIREM APENAS UMA MODALIDADE DE
			 SENSAÇÃO.
TRANSDUÇÃO DOS ESTÍMULOS SENSORIAIS EM IMPULSOS NERVOSOS
POTENCIAL DO RECEPTOR – modificação do potencial de membrana de repouso após o estímulo por modificação na permeabilidadeda membrana receptora.
MECANISMOS DE POTENCIAL RECEPTOR:
por deformação mecânica do receptor que distende
 a membrana e abre os poros
2) pela aplicação de uma substância química na membrana e
 abre os poros
3) pela modificação da temperatura da membrana que altera
 a permeabilidade da membrana
4) pelo efeito de radiação eletromagnética que permite o
 fluxo iônico através dos poros de membrana
POTENCIAL RECEPTOR DO CORPÚSCULO DE PACINI
1) Extremidade não
 mielinizada com
 camadas capsulares
 concêntricas
2) Deformação pela compressão do
 corpúsculo, provoca a abertura dos
 canais iônicos que carregam Na+ para
 o interior da fibra – potencial receptor.
3) Causando um circuito local
 de corrente que se espalha
 ao longo da fibra, iniciando
 potencial de ação
ADAPTAÇÃO DE RECEPTORES
TODOS OS RECEPTORES SENSORIAIS SE ADAPTAM, PARCIAL OU COMPLETAMENTE, 
AOS SEUS ESTÍMULOS APÓS UM PERÍODO DE TEMPO.
MECANISMOS GERAIS DE ADAPTAÇÃO:
REAJUSTAMENTOS NA ESTRUTURA DO RECEPTOR
ACOMODAÇÃO DA FIBRILA NERVOSA TERMINAL
RECEPTORES DE ADAPTAÇÃO RÁPIDA:
CORPÚSCULO DE PACINI
RECEPTOR DO FOLÍCULO PILOSO
RECEPTORES DE ADAPTAÇÃO LENTA OU RECEPTORES TÔNICOS:
(CONTINUAM A TRANSMITIR IMPULSOS AO ENCÉFALO ENQUANTO O ESTÍMULO
 ESTIVER PRESENTE)
RECEPTORES DA CÁPSULA ARTICULAR
FUSOS MUSCULARES E ÓRGÃOS TENDINOSOS DE GOLGI
RECEPTORES PARA DOR
BAROCEPTORES E QUIMICEPTORES DOS SEIOS CAROTÍDEOS E AÓRTICO
 TERMINAÇÕES DE RUFFINI E DISCOS DE MERKEL
RELAÇÃO ENTRE POTENCIAL DO RECEPTOR E POTENCIAL DE AÇÃO
QUANDO O POTENCIAL DO RECEPTOR SE ELEVA
ACIMA DO LIMIAR PRODUZ POTENCIAIS DE
AÇÃO NA FIBRA NERVOSA LIGADA A ESSE RECEPTOR
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TIPOS DE FIBRAS NERVOSAS
MIELINIZADAS E
AMIELINIZADAS
CLASSIFICAÇÃO FISIOLÓGICA DAS FIBRAS NERVOSAS
AS FIBRAS NERVOSAS APRESENTAM DIÂMETROS QUE VARIAM DE O,2 A 2 μ.
AS FIBRAS DE MAIOR DIÂMETRO CONDUZEM O IMPULSO COM MAIOR VELOCIDADE.
(ENTRE 0,5 A 120 m/s)
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FIBRAS NERVOSAS TIPO A:
MIELINIZADAS (TÍPICAS DOS NERVOS ESPINAIS)
SUBDIVIDIDAS EM α,β,γ,δ
CONDUZEM IMPULSOS COM MAIOR VELOCIDADE
FIBRAS NERVOSAS DO TIPO C:
SÃO MUITO PEQUENAS 
 E NUMEROSAS
AMIELINIZADAS
CONDUZEM IMPULSOS COM 
 BAIXA VELOCIDADE
FIBRAS SENSORIAIS DOS NERVOS
 PERIFÉRICOS E TODAS AS FIBRAS
 AUTÔNOMAS PERIFÉRICAS
CLASSIFICAÇÃO FIBRAS NERVOSAS
Ia - fusos neuromusculares
Ib- órgãos neurotendinosos
II- fusos neuromusculares
MODALIDADES DE SENSAÇÃO
 As modalidades de sensação são divididas de acordo com a natureza de sua energia.
 Cada modalidade sensorial possui um estímulo específico, um órgão receptor.
SOMESTESIA
MODALIDADE SENSORIAL QUE RECEBE UM CONJUNTO DE INFORMAÇÕES SOBRE O CORPO.
É CONSTITUÍDA POR VÁRIAS SUBMODALIDADES:
	* TATO – PERCEPÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS OBJETOS QUE TOCAM A PELE
	* PROPRIOCEPÇÃO - CAPACIDADE DE DISTINGUIR A POSIÇÃO ESTÁTICA E 
			 DINÂMICA DO CORPO
	* TERMOSSENSIBILIDADE – PERCEPÇÃO DA TEMPERATURA DOS OBJETOS E DO AR
	* DOR – CAPACIDADE DE IDENTIFICAR ESTÍMULOS MUITO FORTES, POTENCIAIS 
		CAUSADORES DE LESÕES NOS TECIDOS
SUBSSISTEMAS SOMESTÉSICOS
DE ACORDO COM A NATUREZA FUNCIONAL E A ORGANIZAÇÃO MORFOLÓGICA.
* SUBSSISTEMA EPICRÍTICO – VEICULAM A SUBMODALIDADE
		 DO TATO E FIBRAS PROPRIOCEPTIVAS.
			 - POSSUI GRANDE CAPACIDADE DESCRIMINATIVA E ALTA 			 PRECISÃO SENSORIAL.
* SUBSSISTEMA PROTOPÁTICO – VEICULAM TERMOSSENSIBILIDADE E A DOR, ALÉM DE 		 FIBRAS TÁTEIS DE SENSIBILIDADE MAIS GROSSEIRA
		 - POUCO DISCRIMINATIVO E MENOS PRECISO.		
SISTEMA SOMESTÉSICO
É CAPAZ DE REPRESENTAR POR MEIO DE POTENCIAIS BIOELÉTRICOS OS
ESTÍMULOS AMBIENTAIS QUE ATINGEM O CORPO, CONDUZI-LOS A
REGIÕES CEREBRAIS SUPERIORES PARA SEREM TRANSFORMADOS EM
PERCEPÇÃO E EVENTUALMENTE UTILIZADOS NA MODULAÇÃO DO
COMPORTAMENTO.
FIBRAS NERVOSAS AFERENTES QUE CONDUZEM INFORMAÇÕES SOMESTÉSICAS 
 Nervos aferentes ou sensitivos, órgãos do sistema nervoso periférico, conduzem informações
 somestésicas para o sistema nervoso central.
 As informações somestésicas epicríticas (tato e propriocepção) são conduzidas por fibras
 nervosas formadas por axônios mais espessos e mielinizados (condução mais rápida).
 As informações somestésicas protopáticas (temperatura e dor) são conduzidas por fibras
 nervosas formadas for axônios mais finos e amielinizados (condução mais lenta).
 A informação somestésica periférica chega ao sistema nervoso central e passa a ser conduzida
 pelas fibras nervosas (axônios) denominadas por tratos, fascículos, lemniscos e funículos.
 Os neurônios de primeira ordem fazem sinapse com o de segunda ordem e estes, com o
 de terceira ordem para conduzir a informação para as regiões mais superiores do sistema
 nervoso central.
SISTEMA EPICRÍTICO
 Via para o tato: o primeiro neurônio tem um 
 trajeto ascendente na medula e faz sinapse com o
 segundo neurônio, que cruza a linha média no 
 tronco encefálico (contralateral); chega no tálamo,
 faz sinapse com o terceiro neurônio, que conduz a
 informação do tato para o córtex cerebral.
 Via para a propriocepção : o primeiro neurônio
 faz sinapse com o segundo neurônio na medula, que
 mantém-se do mesmo lado (ipsilateral) projetando
 para o cerebelo,para fazer sinapse com o terceiro
 neurônio que participa de circuitos intracerebelares.
SISTEMA PROTOPÁTICO
 Via para a dor: o primeiro neurônio faz sinapse com o
 segundo neurônio na medula, cruza a linha média
 (contralateral) e tem um trajeto ascendente na medula
 e faz sinapse com o terceiro neurônio no tronco 
 encefálico e inicia-se uma sequência de sinapses que
 dirigem a informação dolorosa a diversas regiões 
cerebrais. 
- Via para a temperatura : o primeiro neurônio
 faz sinapse com o segundo neurônio na medula, que
 cruza a linha média (contralateral) e tem um trajeto 
 ascendente na medula, tronco encefálico e faz sinapse
 com o terceiro neurônio no tálamo, que conduz a
 informação térmica para o córtex cerebral.
FIBRAS NERVOSAS - Classificação funcional
MODALIDADES SENSORIAIS
VIAS SENSORIAIS GERAIS
RECEPTOR
AMBIENTE
NEURÔNIO
NEURÔNIO
NEURÔNIO
VIA SENSORIAL
CIRCUITOS
NEURAIS
CÓRTEX
- TIPO DE SENSIBILIDADE
- RECEPTORES
- ÁREA SENSORIAL
- TRAJETO PERIFÉRICO : nervos espinais e cranianos (fibras nervosas do SNP)
- TRAJETO CENTRAL : tractos, fascículos, lemniscos,etc...(fibras nervosas do SNC)
SUB-ESTAÇÕES DE SINAPSE : gânglios (SNP), núcleos (SNC)
.
- ÁREAS DE PROJEÇÃO: corticais cerebrais e cerebelares 
 CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS SENSORIAIS
- VIA DE DOR E TEMPERATURA
- VIA DE PRESSÃO E TATO PROTOPÁTICO
- VIA DE PROPRIOCEPÇÃO CONSCIENTE E TATO EPICRÍTICO
- VIA DE PROPRIOCEPÇÃO INCONSCIENTE
- VIAS AFERENTES VISCERAIS GERAIS
 - VIAS DE DOR E TEMPERATURA
a) V. NEOESPINOTALÂMICA -trato espinotalâmico lateral
b) V.PALEOESPINOTALÂMICA- trato espinorreticulotalâmico
- V. DE PRESSÃO E TATO PROTOPÁTICO
 -trato espinotalâmico anterior
- VIA DE PROPRIOCEPÇÃO CONSCIENTE E TATO EPICRÍTICO
	 - fascículo grácil e cuneiforme
- VIA DE PROPRIOCEPÇÃO INCONSCIENTE
	 - trato espinocerebelares: anterior, posterior, 
		rostral
	 - trato cuneocerebelar
- VIAS AFERENTES VISCERAIS GERAIS
	 
MEMBROS E
TRONCO
CABEÇA
VIAS TRIGEMINAIS ( nervo trigêmeo- nervo facial- nervo glossofaríngeo - nervo vago)
	- EXTEROCEPTIVA
	- PROPRIOCEPTIVA
VIAS AFERENTES VISCERAIS GERAIS
 (nervo facial-nervo glossofaríngeo-nervo vago)
VIAS DE DOR
DOR
# É UM MECANISMOS DE DEMARCAÇÃO DE LIMITES PARA O ORGANISMO,
 E DE AVISO SOBRE OCORRÊNCIA DE ESTÍMULOS LESIVOS PROVENIENTES
 DO MEIO EXTERNO OU DO PRÓPRIO ORGANISMO.
# UM SISTEMA SENSORIAL PRÓPRIO VEICULA AS INFORMAÇÕES NOCICEPTIVAS.
# RECEPTORES DE DOR DISTRIBUEM-SEPOR TODOS OS TECIDOS DO CORPO.
 (EXCETO SNC; OS NOCICEPTORES ESTÃO PRESENTES NOS VASOS 
 SANGUÍNEOS CEREBRAIS MAIS CALIBROSOS E NAS MENINGES)
# HÁ NOCICEPTORES PARA DIFERENTES ESTÍMULOS: MECÂNICOS, 
 TÉRMICOS E QUÍMICOS.
TIPOS DE DOR
# DOR RÁPIDA OU AGUDA 
	* CESSA COM A INTERRUPÇÃO DO ESTÍMULO
# DOR LENTA OU CRÔNICA
	* NÃO CESSA COM A INTERRUPÇÃO DO ESTÍMULO
ENVOLVEM MECANISMOS CELULARES DIFERENTES E SÃO VEICULADOS
POR DIFERENTES RECEPTORES E VIAS ASCENDENTES.
DOR RÁPIDA
# ATIVAÇÃO DE TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES – POTENCIAL RECEPTOR.
# CODIFICAÇÃO EM POTENCIAL DE AÇÃO CONDUZIDO AO LONGO DA FIBRAS NERVOSAS AO SNC.
VIA NEOESPINOTALÂMICA
ÁREA SENSORIAL: tronco e membros
TIPO DE SENSIBILIDADE: dor localizada
RECEPTORES: terminações livres
1º NEURÔNIO: gânglios da raiz dorsal- nervos espinhais
2º NEURÔNIO: coluna posterior- medula espinhal
TRAJETO: cruza na comissura branca
 ascende no funículo lateral
 forma o lemnisco espinhal (ponte)
3º NEURÔNIO: tálamo - n. ventral postero lateral
ÁREA DE PROJEÇÃO: córtex somatosensorial
 lobo parietal
 giro pós central
GIRO PÓS-CENTRAL
(SOMESTÉSICO)
DOR LENTA OU CRÔNICA
# PROVOCADA POR LESÃO NOS TECIDOS QUE CIRCUNDAM OS
 NOCICEPTORES. (EX: AGULHADA)
# OCORREM DIVERSOS FENÔMENOS CELULARES QUE ACENTUAM E PROLONGAM A DOR. 
(HIPERALGESIA)
* sangramento – anóxia do tecido nutrido
* lesão celular
* inflamação (liberação de substâncias químicas que ativam outros nociceptores)
* cada um desses estímulos provocam abertura de diferentes canais iônicos,
 gerando mais sinais elétricos.
# CONDUÇÃO DA INFORMAÇÃO NEURAL A BAIXA VELOCIDADE AO SNC
# DESPOLARIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES PROVOCA SECREÇÃO DE PROSTAGLANDINAS E 
 NEUROPEPTÍDEOS COM AÇÃO VASODILATADORA (VERMELHIDÃO E EDEMA) 
 – REAÇÃO INFLAMATÓRIA NEUROGÊNICA
VIA PALEOESPINOTALÂMICA
AREA SENSORIAL: tronco e membros
TIPO DE SENSIBILIDADE: dor difusa (crônica)
RECEPTORES: terminações livres
1º NEURÔNIO: gânglio raiz dorsal –
		 nervos espinais
2º NEURÔNIO: coluna posterior –
		 medula espinal
TRAJETO: axônios homo e controlaterais –
	 fun. lateral tracto espinorreticular
3º NEURÔNIO: formação reticular
 fibras reticulotalâmicas
4º NEURÔNIO: tálamo - núcleos intralaminares
ÁREA DE PROJEÇÃO: difusas no córtex cerebral
BIBLIOGRAFIA
·         BEAR , M.F. et al. Neurociências, desvendando o Sistema Nervoso,  2ªed, Artmed,2002 (cap. 8; p. 265, 266, 267 e 268; cap.12; p. 408, 422 e 432).
·         AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. (cap. 16; p. 242-257; cap.17: p.258-265; cap. 19: p.278-287).
·         TORTORA, Gerard J & GRABOWSKI, Sandra R. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.(cap.15, p.440-464; cap.16, p. 465-468).