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CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 0 PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: PPA, LDO E LOA Olá amigos! Como é bom estar aqui! É com enorme satisfação que inicio este novo Curso Regular de Administração Financeira e Orçamentária (AFO) e cada vez mais feliz por integrar esta renomada equipe de professores do Ponto dos Concursos! E já começo falando do nosso curso: • Conteúdo atualizadíssimo de Administração Financeira e Orçamentária; • Questões comentadas contextualizadas com a teoria; • Questões propostas de concursos recentes com gabaritos; • Fórum de dúvidas; • Contato direto com o professor por e-mail; • Resumos (mementos) ao final de cada aula; • Foco total nos últimos editais dos principais concursos que cobram AFO. Devido a sua abrangência, é recomendável a todos os estudantes que farão prova de AFO ou Orçamento Público, como Ministério Público da União (MPU), Polícia Federal (PF), Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU), Receita Federal, Agências Reguladoras, Analistas Judiciários e vários outros. Com esse enfoque começo este curso e cada vez mais motivado em transmitir conhecimentos a estudantes das mais diversas regiões deste país! Sei que muitas vezes as aulas virtuais são as únicas formas de acesso ao ensino de excelência que o aluno dispõe. Outros optam por este tão efetivo método de ensino porque conhecem a capacidade do material elaborado pelo Ponto. Porém, mais importante ainda que um professor motivado são estudantes CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 2 motivados! O aluno é sempre o centro do processo e é ele capaz de fazer a diferença. A razão de ser da existência do professor é o aluno. Voltando à aula demonstrativa, esta tem o intuito de apresentar ao estudante como será a metodologia de nosso curso, bem como o conhecimento do perfil do professor. Já adianto que gosto de elaborar as aulas buscando sempre a aproximação com o aluno, para que você que está lendo consiga imaginar que o professor está próximo, falando com você. Meu nome é Antônio Sérgio Mendes Júnior. Para que me conheçam melhor, minha experiência em concursos começou quando eu tinha 17 anos. Fui 12° lugar no concurso público nacional para ingresso na Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Cursei, a seguir, a Academia Militar das Agulhas Negras, concluindo meu curso de Ciências Militares em 4° lugar, com ênfase em Intendência (Logística e Administração). Lá tive meus primeiros contatos com administração pública, orçamento e execução financeira. Como Oficial do Exército, desempenhei, entre outras diversas funções tipicamente militares, as funções de Pregoeiro e de Membro da Comissão Permanente de Licitações e Contratos, nas quais tive contato constante com a ponta da linha do gasto público, que é a execução financeira. Comecei a estudar em 2006 visando à Receita Federal, buscando um novo horizonte, e como o concurso não saía, procurei novas frentes. Surgiu o concurso para meu cargo atual, analisei o edital e as funções desempenhadas, quando vislumbrei que tal cargo era muito mais voltado para minhas preferências pessoais. Até então nem sabia que ele existia! Mesmo mudando o foco em cima da hora, sem ter estudado algumas matérias, obtive a aprovação, a qual consegui muito em função do conhecimento de Administração Financeira e Orçamentária - AFO (ou Orçamento Público) que sempre tem um peso significativo nesta prova. Por isso considero AFO tão importante. Quanto a meu concurso, hoje estou realmente realizado como Analista de Planejamento e Orçamento (APO) do Ministério do Planejamento, Orçamento e CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 3 Gestão. Estou lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF), onde convivo diariamente com esse assunto fascinante que é o Orçamento, chave da nossa matéria. A minha experiência anterior como Pregoeiro e em Licitações me ajudou e ajuda até hoje a ter uma visão mais completa do emprego do dinheiro público, pois agora estou do outro lado, o da alocação dos recursos. Assim, compreendo todas as dificuldades e anseios daqueles que efetivamente “gastam”. Além de Analista de Planejamento e Orçamento, atualmente sou Instrutor da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), das Semanas de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas pela Escola de Administração Fazendária (ESAF) e pós-graduando em Orçamento Público pelo Instituto Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União (ISC/TCU). Assim, numa divisão mais didática que os editais, buscando ser o mais completo e objetivo possível, serão 11 aulas (0 a 10), desenvolvidas da seguinte forma: • Aula 0 – Planejamento e Orçamento na CF/88: Plano Plurianual (PPA); Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e seus Anexos de Metas Fiscais e de Riscos Fiscais. Lei Orçamentária Anual (LOA). • Aula 1 - Ciclo ou Processo Orçamentário: elaboração da proposta, discussão/votação/aprovação, execução, controle/fiscalização/avaliação da lei de orçamento. • Aula 2 – Parte I) Créditos Adicionais: suplementares, especiais e extraordinários. Parte II) Evolução conceitual e Funções Clássicas do Orçamento. • Aula 3 – Parte I) Características do orçamento tradicional, do orçamento de base zero, do orçamento de desempenho e do orçamento-programa. Orçamento Participativo. Parte II) Princípios Orçamentários. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 4 • Aula 4 – Receita Pública: classificação pela natureza. Outras Classificações. Distinção entre taxa e preço público (ou tarifa). Dívida Ativa. • Aula 5 – Despesa Pública: classificação institucional, funcional, pela natureza e estrutura programática adotada no setor público brasileiro. Outras Classificações. • Aula 6 – Estágios da Receita e da Despesa. Regra de ouro. • Aula 7 - Execução orçamentária e financeira: Conta Única do Tesouro Nacional. SIAFI. Programação Orçamentária e Financeira. Descentralização de Créditos Orçamentários e Recursos Financeiros. Elaboração da Programação Financeira. Contingenciamento. Limite de Empenho e de Movimentação Financeira. Restos a Pagar. Despesas de Exercícios Anteriores. Suprimento de Fundos. • Aula 8 - Tópicos selecionados da Lei Complementar n° 101/2000: princípios, conceitos, planejamento, renúncia de receitas, geração de despesas, despesa obrigatória de caráter continuado, Receita Corrente Líquida, Pessoal, transferências voluntárias, destinação de recursos para o setor privado, transparência da gestão fiscal. • Aula 9 – Parte I) Crédito Público e Endividamento: Dívida, Operações de Crédito e Garantias. Parte II) Apresentação do Simulado com gabarito. • Aula 10 – Simulado comentado Estou ministrando este curso on-line porque realmente acredito em sua efetividade. Sou natural de Juiz de Fora – MG e estava morando e trabalhando lá. Embora seja uma cidade de porte médio (mais de 500 mil habitantes), os cursinhos preparatórios de lá, apesar de bons, praticamente só ofereciam cursos para Escolas Militares, Receita Federal, Polícia Federal e alguns tribunais. Se hoje sou Analistade Planejamento e Orçamento, devo muito aos cursos on-line. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 5 E quanto a você estudante? Quer mudar de vida? Quer ser reconhecido profissionalmente? Está se sentindo subempregado? Quer respirar novos ares? Quer ser aprovado em um grande concurso? Como motivação lei esta pequena crônica cujo autor eu desconheço: A mamãe e seu filhote camelo estavam à toa, quando de repente o bebê camelo perguntou: __ Mãe, mãe, posso lhe perguntar algumas coisas? __ Claro! O que está incomodando o meu filhote? __ Por que os camelos têm corcova? __ Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corcovas para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver sem água! __ Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas? __ Filho, certamente elas são assim para nos permitir caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas eu posso me movimentar pelo deserto melhor do que qualquer um! __ Tá... Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão. __ Meu filho, esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! __ Ahhh! – concordou o camelinho. __ Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto. __ Isso mesmo, meu filho! __ Então... o que estamos fazendo nesse tal de zoológico? MORAL DA HISTÓRIA Não adianta você ter tudo se não está no lugar certo. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 6 Venha comigo nesta empreitada! Busque seus objetivos! “As ideias e estratégias são importantes, mas o verdadeiro desafio é a sua execução”. (Percy Barnevick) Nesta aula estudaremos os instrumentos de planejamento e orçamento da Constituição Federal. O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) são as leis que regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais. Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988 (CF/1988) tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. Segundo o art. 165 da CF/1988: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais. A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na administração pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o qual não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 7 O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes antes da CF/1988. A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversos programas. Atenção: as bancas ainda tentam confundir o estudante como se o PPA já existisse antes da CF/1988, porém com outro nome. Existiam outros instrumentos de planejamento, mas eles não têm relação com o Plano Plurianual. O PPA é inovação da atual CF! O PPA substituiu os Orçamentos Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um exercício financeiro. 1. PLANO PLURIANUAL O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de quatro anos, podendo ser revisado a cada ano. Segundo o § 1.o do art. 165 da CF: § 1.º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 8 despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada. Um grande desafio do planejamento é promover, de maneira integrada, oportunidades de investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do país. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer frente às transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas associadas ao processo de inserção do país na economia mundial. Tais mudanças são estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual nesse contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condições para sua materialização. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de coordenação e busca de sinergias entre as ações do Governo Federal e os demais entes federados e entre a esfera pública e a iniciativa privada. Ao caracterizar e propor uma estratégia para cada um dos agrupamentos territoriais (macrorregiões de referência), a expectativa é que ocorra um processo de convergência das políticas públicas ao nível dos territórios. As diretrizes são normas gerais, amplas, que mostram o caminho a ser seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos. Grandes diretrizes orientam a elaboração e implementação do PPA 2008-2011: a redução das desigualdades econômicas, sociais e regionais com sustentabilidade (que deve condicionar todas as demais); a integração nacional e sul-americana; o fortalecimento das capacidades regionais de produçãoe inovação e a inserção competitiva externa; a conservação/preservação do meio ambiente; o fortalecimento da inter-relação dos meios urbano e o rural; e a construção de uma rede equilibrada de CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 9 cidades. Os objetivos correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo Governo Federal no período do Plano para que, a longo prazo, a visão estabelecida se concretize. Devem ser passíveis de mensuração, sendo assim acompanhados de indicadores e metas que permitam o monitoramento e a avaliação dos resultados alcançados por meio das políticas e programas a eles associados. As metas correspondem à quantificação física dos objetivos. As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção, etc. Neste mesmo exemplo, após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital pavimentação da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesa de capital) quanto o custeio com sua manutenção (despesa corrente relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano Plurianual. Os programas de duração continuada são aqueles cuja duração seja prolongada por mais de um exercício financeiro. Se o programa é de duração continuada, deve constar do PPA. Logo, as ações cuja execução esteja restrita a um único exercício financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no PPA do governo federal, porque não se caracterizam como de duração continuada. Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF: § 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 10 Atenção: Investimento, na linguagem do dia a dia, se refere normalmente a uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro. Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, portanto em todo o nosso conteúdo, é diferente: investimentos são despesas com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. Exemplo: construção de um prédio público. A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, os quais são elementos centrais do PPA, integrando o Plano Plurianual aos orçamentos anuais, à execução e ao controle. O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações orçamentárias ou não-orçamentárias, que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. Podem abranger atividades desenvolvidas por diferentes Ministérios. Exemplos de programas: Brasil Universitário, Administração Tributária e Aduaneira, Calha Norte, Controle Externo, Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública, Cidadania e Efetivação do Direito das Mulheres. A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de um dado objetivo e elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. Assim, toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos para o período do PPA. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 11 Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto não for editada a Lei Complementar prevista na CF/1988 para: I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. Estudaremos tal Lei Complementar na aula sobre ciclo orçamentário. Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado. Atenção: o PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. A ideia é manter a continuidade dos Programas. Cuidado: um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar durante todo o seu PPA? A resposta é sim, desde que o chefe do executivo seja reeleito. Porém, como vimos, será o mesmo governante em mandatos diferentes. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 12 QUADRO DO PPA Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. Caiu na prova: (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Em nenhuma hipótese um investimento com duração superior a um exercício financeiro poderá ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA. Já vimos que nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Logo, há uma hipótese de um investimento com duração superior a um exercício financeiro ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA: existência de uma lei que autorize a inclusão. Resposta: Errada 2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS A LDO também surgiupor meio da Constituição Federal de 1988, almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 13 dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes antes da CF/1988. Segundo o § 2.o do art. 165 da CF/1988: § 2.º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. SEGUNDO A CF, A LDO: Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal. Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. Orientará a elaboração da LOA. Disporá sobre as alterações na legislação tributária. Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Caiu na prova: (ESAF – APO – MPOG – 2010) Na integração do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as metas e prioridades para cada ano. a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual. b) A Lei de Responsabilidade Fiscal. c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual. e) A Lei Orçamentária Anual. Atenção: os examinadores tentam confundir o termo “diretrizes, objetivos e metas” que se refere ao PPA com o termo “metas e prioridades” que se refere CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 14 à LDO. PPA Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) LDO Metas e Prioridades Logo, a Lei de Diretrizes Orçamentárias explicita as metas e prioridades para cada ano. Resposta: Letra C A doutrina majoritária afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o encerramento da 1.ª sessão legislativa e orienta a elaboração da LOA no segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a LDO elaborada em 2010 terá vigência já em 2010 para que oriente a elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2011, quando ocorrerá a execução orçamentária. O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17 de julho). Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos objetivos, entre eles as metas e prioridades da administração pública. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Vamos agora destrinchar esse parágrafo: CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 15 Definição das metas e prioridades da administração pública federal: as disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as metas e prioridades da administração pública. Assim, pode-se verificar se as metas e prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos na LOA. Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia que a LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois incluem também as metas e prioridades da administração pública, as alterações na legislação tributária e a política de aplicação das agências oficiais de fomento. Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para arrecadação. No entanto, uma outra importante função é a reguladora, em que o governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária e se justifica sua presença na LDO. Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que fomentam o desenvolvimento do país. Sua presença na LDO justifica-se pela repercussão econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF), Agência de Fomento do Paraná (AFPR), Agência de Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM). Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos que a Lei de Responsabilidade Fiscal , em seu art. 4.º, I, a, b, e e f, aumentou o rol de funções da LDO: Art. 4.o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.o do art. 165 da Constituição e: I – disporá também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas; b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 16 previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9.º e no inciso II do § 1.º do art. 31; (...) e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos; f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. Obs.: As alíneas c e d não foram citadas porque foram vetadas. Assim: SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: Equilíbrio entre receitas e despesas. Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. Segundo o art. 4.°, § 1.º, da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO: § 1.o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas arrecadadas e as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Já o resultado nominal é mais abrangente, pois corresponde à diferençaentre todas as receitas CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 17 arrecadadas e as despesas empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas do principal e dos juros da dívida, bem como as receitas financeiras obtidas. Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conterá: I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; IV – avaliação da situação financeira e atuarial: a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. Temos também integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida. Os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja existência dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em curso e dívidas em processo de reconhecimento. Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 18 específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e também as metas de inflação, para o exercício subsequente. Montamos mais um quadro, desta vez com o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais: INTEGRARÁ O PLDO O ANEXO DE METAS FISCAIS QUE CONTERÁ: As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional. Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos. Avaliação da situação financeira e atuarial: • dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT; • dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial. Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. INTEGRARÁ O PROJETO DA LDO O ANEXO DE RISCOS FISCAIS Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. Vamos falar de mais uma característica da LDO, segundo o § 1.o, I e II, do art. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 19 169 da CF/1988: § 1.ºA concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público. A exceção se dá para as empresas públicas e para as sociedades de economia mista. Caiu na prova: (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A alteração da estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só poderá ser realizada se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada para este exercício contiver a respectiva autorização. A alteração da estrutura de carreira do pessoal do Ministério da Previdência Social (MPS) ou dos demais órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderá ser realizada se a LDO aprovada para este exercício contiver a respectiva autorização. Resposta: Certa A cobrança da letra fria da LDO é mais comum nas provas do CESPE. Citarei CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 20 os artigos que considero com mais probabilidade de aparecerem numa prova, considerando o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2011 (PLDO – 2011): • Art. 5.º: traz definições importantes sobre as despesas. O tema será estudado na aula sobre Despesa Pública. • Art. 6.º: exclusões aos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. • Art. 7.º: classificações da despesa pública. O tema será estudado também na aula sobre Despesa Pública. • Art. 8.º: todo e qualquer crédito orçamentário deve ser consignado, diretamente, independentemente do grupo de natureza de despesa em que for classificado, à unidade orçamentária à qual pertencem as ações correspondentes, vedando-se a consignação de crédito a título de transferência a unidades orçamentárias integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. • Art. 32: condições para transferência de recursos a título de subvenções sociais. • Art. 54: as empresas estatais não integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social serão incluídas nos orçamentos de investimentos das estatais com todos os investimentos realizados, independentemente da fonte de financiamento utilizada. • Art. 56 (caput, §§ 8, 12, 13 e 14): abertura de créditos adicionais suplementares e especiais por projeto de lei. • Art. 57: abertura de crédito adicional suplementar por decreto.• Art. 58: abertura de crédito adicional extraordinário. O tema Créditos Adicionais será tratado em aula específica sobre o assunto. • Art. 68: regras para a realização de despesas caso o PLOA não seja sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro. O tema será estudado na aula sobre o Ciclo Orçamentário. Segundo o art. 6.º do PLDO-2011, os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social compreenderão o conjunto das receitas públicas bem como o das despesas dos Poderes da União, seus fundos, órgãos, autarquias, inclusive especiais, e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 21 das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional, devendo a correspondente execução orçamentária e financeira, da receita e da despesa, ser registrada na modalidade total no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI. Até este ponto, pouco acrescenta à CF/1988. No entanto, apresenta algumas exclusões. São estas as exclusões dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social: I – os fundos de incentivos fiscais, que figurarão exclusivamente como informações complementares ao Projeto de Lei Orçamentária de 2011; II – os conselhos de fiscalização de profissão regulamentada, constituídos sob a forma de autarquia; e III – as empresas públicas ou sociedades de economia mista que recebam recursos da União apenas em virtude de: • participação acionária; • fornecimento de bens ou prestação de serviços; • pagamento de empréstimos e financiamentos concedidos; • transferência para aplicação em programas de financiamento. Um fundo é um conjunto de recursos previamente definidos na sua lei de criação ou em outro ato legal, destinados, exclusivamente, ao desenvolvimento ou à consolidação de atividades públicas devidamente caracterizadas. Já incentivos fiscais são estímulos a determinadas atividades criadas por medidas tributárias que reduzam ou eliminem os impostos efetivamente cobrados sobre tais atividades. Assim, os fundos de incentivos fiscais são aqueles que atuam com recursos destinados a incentivos fiscais, por meio de instituições financeiras oficiais e sob a supervisão de órgãos regionais. Segundo o PLDO-2011, são os fundos de incentivos fiscais que figurarão exclusivamente como informações complementares ao Projeto de Lei Orçamentária de 2011. Exemplos: Fundo de Recuperação Econômica do Espírito Santo – FUNRES, Fundo de Investimentos do Nordeste – FINOR e Fundo de Investimentos da Amazônia CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 22 – FINAM. O art. 32 do PLDO – 2011 trata das condições para a transferência de recursos a título de subvenções sociais. Dispõe que para a entidade privada sem fins lucrativos receber recursos a título de subvenções sociais, deverá exercer atividades de natureza continuada nas áreas de assistência social, saúde ou educação. 3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 3.1 A Lei Orçamentária Anual na CF/1988 A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO. Quanto à vigência, também segue o ADCT. O projeto da Lei Orçamentária anual deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do término do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de sua elaboração. Segundo o § 5.o, I, II e III, do art. 165 da CF/1988: § 5.º A lei orçamentária anual compreenderá: I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 23 III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Cabe ressaltar que até a década de 1980 o que havia era um convívio simultâneo com três orçamentos distintos: o orçamento fiscal, o orçamento monetário e o orçamento das estatais. Não ocorria nenhuma consolidação entre eles. O orçamento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O orçamento monetário e o das empresas estatais eram deficitários, sem controle e, além do mais, não eram votados. Como o déficit público e os subsídios mais importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo encontrava-se, praticamente, alijado das decisões mais relevantes em relação à política fiscal e monetária do País. O orçamento monetário era elaborado pelo Banco Central e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso. Cuidado: pela CF/1988, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais. Não existe mais o orçamento monetário, porém ele ainda cai em prova para confundir o estudante! Não existem mais orçamentos paralelos. Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. Atenção: note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 24 sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Quanto à previdência social, fundada na ideia de solidariedade social, deve ser organizada sob a forma de um regime geral, sendo este de caráter contributivo e filiação obrigatória. Já a assistência social apresenta característica de universalidade, visto que será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social. Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integradapelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. Atenção: o orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência, assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente relacionados à seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS). Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui despesas de assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa faz parte do orçamento da seguridade social. A CF/1988 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA. Ainda, veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social. Segundo o Professor Giacomoni, a forma de tratamento e disposição dos três orçamentos que constituem a lei orçamentária anual – fiscal, seguridade social e investimento das empresas estatais – é, igualmente, estabelecida nas LDOs. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 25 Enquanto o orçamento de investimento das empresas é individualizado, constituindo documento separado, os outros dois – fiscal e seguridade social – são tratados como categorias classificatórias de receita e despesa, e apresentados conjuntamente no mesmo documento. Essa solução tem merecido críticas, pois a falta de separação clara entre os citados orçamentos deixaria pouco transparentes os valores de um e outro. De qualquer forma, como praticamente todas as entidades federais têm encargos classificáveis nos dois orçamentos, a metodologia utilizada é a mais recomendável. Ao contrário do que pode parecer, não há duas leis, uma com os orçamentos fiscal e da seguridade social e outra com o orçamento de investimento. Na verdade, há uma clara divisão dentro da própria lei. Por exemplo, na lei orçamentária anual (LOA) de 2010 temos o Capítulo II “DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL” e o Capítulo III “DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO”. Nos volumes que compõem a LOA o orçamento de investimento também está separado. Esta é a razão da crítica. Caiu na prova: (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças – IBGE – 2010) De acordo com o disposto na atual Constituição da República Federativa do Brasil, a lei orçamentária anual contempla os seguintes orçamentos: a) participativo, previdenciário e atuarial. b) misto, derivado e legislativo. c) plurianual, monetário e de investimentos. d) previdenciário, monetário e social. e) fiscal, da seguridade social e de investimento das estatais. Os orçamentos que compõem a LOA são denominados de orçamento fiscal, orçamento de investimentos (ou de investimentos das estatais) e orçamento da seguridade social. Resposta: Letra E CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 26 3.2 Empresa estatal dependente Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes, precisaremos do importante conceito de empresa estatal dependente. Primeiro, temos que saber que uma empresa controlada é uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federação. Consoante a LRF, empresa estatal dependente é uma empresa controlada, mas que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. Este conceito é importantíssimo, porque, sendo uma empresa estatal considerada dependente, ela participará do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Integram o orçamento de investimentos apenas as chamadas empresas estatais não dependentes. Desta forma, a empresa estatal não dependente é autossustentável e não faz parte do campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram a LOA por lidar com o dinheiro público. Isso ocorre para que a empresa tenha liberdade de atuação e ao mesmo tempo o Poder Público tenha controle sobre os investimentos dela. Por exemplo, a Petrobrás é uma Sociedade de Economia Mista e estatal não dependente. Não sofre as restrições da LRF porque tem que ser dinâmica para concorrer com a iniciativa privada. Por outro lado, o Estado deve deter o poder para influenciar onde ela aplicará seus investimentos e a população deve ter conhecimento, por isso ela compõe o Orçamento de Investimentos. Já as empresas dependentes recebem recursos do Estado para se manter, portanto não se sustentam sozinhas. Existem para suprir alguma falha de mercado em que a iniciativa privada não quis ou não conseguiu êxito e é relevante para a sociedade. Exemplos: Empresa Brasileira de Pesquisa CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 27 Agropecuária (Empraba) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Assim, possuem controle total do Estado, seguem a LRF e fazem parte do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. A separação é tão nítida que a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) é responsável pelo Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Já o Orçamento de Investimentos fica a cargo do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST). São duas estruturas totalmente diferentes integrantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Vejamos agora o já citado art. 54 do PLDO-2011, cujo conteúdo já caiu em provas, pois ele já existia em LDOs anteriores: “O Orçamento de Investimento previsto no art. 165, § 5.º, inciso II, da Constituição, abrangerá as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, ressalvado o disposto no § 5.º deste artigo, e dele constarão todos os investimentos realizados, independentemente da fonte de financiamento utilizada”. A ressalva do § 5.º desse artigo do PLDO-2011 é a que trata das estatais dependentes, ou seja, as que estão integralmente nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social e não constam do Orçamento de Investimentos. Logo, as empresas estatais não integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social (ou seja, as não dependentes) serão incluídas nos orçamentos de investimentos das estatais com todos os investimentos realizados, independentemente da fonte de financiamento utilizada. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 28 QUADRO: EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE É uma empresa controlada, ou seja, é uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação. Porém, que receba do ente controlador recursos financeiros parapagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital. Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes de aumento de participação acionária, não será considerada estatal dependente. Sendo estatal dependente, integrará o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Se for não dependente, integrará o Orçamento de Investimentos. 3.3 A Lei Orçamentária Anual na LRF A LRF também traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias: I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 29 créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas, contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. O mesmo artigo da LRF determina ainda que constarão da LOA todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão. Ainda, tem-se que o refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional. Finalmente, integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos. Caiu na prova: (FCC – Técnico de Controle Externo – TCM/PA – 2010) Sobre orçamento, é correto afirmar que: (A) o demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia é objeto do plano plurianual. (B) as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente são objeto do plano plurianual. (C) a orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei de diretrizes orçamentárias. (D) as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas relativas aos programas de duração continuada são previstas na lei de diretrizes orçamentárias. (E) o objeto do plano plurianual vem definido na Lei Complementar n° 101/00 - Lei de Responsabilidade Fiscal. a) Errada. O projeto da LOA será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 30 creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado. b) Errada. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. c) Correta. A orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei de diretrizes orçamentárias. d) e) Erradas. Segundo o art. 165 da CF/88, a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Resposta: Letra C E aqui terminamos nossa aula demonstrativa. Conforme combinamos, segue ao final de cada aula o “memento do concurseiro”, a lista de questões comentadas nesta aula e as questões de concursos anteriores com seus respectivos gabaritos. Lembro que o memento é apenas um lembrete dos principais pontos do conteúdo abordado. Logo, é uma diretriz para o estudante, porém recomendo que você o complemente de acordo com suas necessidades e não deixe de constantemente consultar o conteúdo da aula. Não se prenda apenas ao memento. Na próxima aula trataremos do Ciclo Orçamentário, também denominado de Processo Orçamentário. Forte abraço! Sérgio Mendes CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 31 MEMENTO 0 PPA Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. LDO SEGUNDO A CF, A LDO: Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal. Incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. Orientará a elaboração da LOA. Disporá sobre as alterações na legislação tributária. Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: Equilíbrio entre receitas e despesas. Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 32 Integrará o PLDO o Anexo de Metas Fiscais que conterá: As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional. Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios,destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos. Avaliação da situação financeira e atuarial: • dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT; • dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial. Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. Integrará o PLDO o Anexo de Riscos Fiscais Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. LOA SEGUNDO A CF, A LOA COMPREENDERÁ: I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 33 Público. Seu projeto será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. Os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social. SEGUNDO A LRF, A LOA: Deve ter seu projeto elaborado de forma compatível com o PPA e a LDO. I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Constarão todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão. O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na LOA e nas de crédito adicional. EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 34 É uma empresa controlada, ou seja, é uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federação. Porém, que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital. Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes de aumento de participação acionária, não será considerada estatal dependente. Sendo estatal dependente, integrará o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Se for não dependente, integrará o Orçamento de Investimentos. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 35 I) LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 1) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Em nenhuma hipótese um investimento com duração superior a um exercício financeiro poderá ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA. 2) (ESAF – APO – MPOG – 2010) Na integração do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as metas e prioridades para cada ano. a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual. b) A Lei de Responsabilidade Fiscal. c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual. e) A Lei Orçamentária Anual. 3) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A alteração da estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só poderá ser realizada se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada para este exercício contiver a respectiva autorização. 4) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças – IBGE – 2010) De acordo com o disposto na atual Constituição da República Federativa do Brasil, a lei orçamentária anual contempla os seguintes orçamentos: a) participativo, previdenciário e atuarial. b) misto, derivado e legislativo. c) plurianual, monetário e de investimentos. d) previdenciário, monetário e social. e) fiscal, da seguridade social e de investimento das estatais. 5) (FCC – Técnico de Controle Externo – TCM/PA – 2010) Sobre orçamento, é correto afirmar que: CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 36 (A) o demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia é objeto do plano plurianual. (B) as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente são objeto do plano plurianual. (C) a orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei de diretrizes orçamentárias. (D) as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas relativas aos programas de duração continuada são previstas na lei de diretrizes orçamentárias. (E) o objeto do plano plurianual vem definido na Lei Complementar n° 101/00 - Lei de Responsabilidade Fiscal. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 37 II) QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 1) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) O TRE/BA recebe dotações de recursos unicamente do orçamento fiscal, não podendo executar despesas que são do orçamento da seguridade social, pois não é órgão ou entidade das áreas de saúde, previdência social nem de assistência social. 2) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Segundo a Constituição Federal, um dos instrumentos em que se materializa o processo de planejamento do Governo Federal é o Plano Plurianual – PPA. Assinale a opção em que a afirmação se aplica inteiramente a esse instrumento. a) Embora de natureza constitucional, o PPA não abrange todos os projetos do ente, em razão das emergências não possíveis de serem previstas em lei. b) O PPA tem seu foco nos programas degoverno, seu período de abrangência é de quatro anos podendo ser revisado a cada ano. c) A elaboração do PPA é feita no nível de cada órgão e sua submissão ao Congresso Nacional se dá por intermédio da presidência de cada um dos Poderes da República. d) O PPA, embora fundamentado em programas de governo, tem como objetivo definir as modalidades de aplicação de recursos que priorizam o cumprimento das políticas públicas. e) A inclusão de novos programas no PPA se dá na revisão anual e está condicionada ao cumprimento das metas anteriormente aprovadas. 3) (FCC - Analista Judiciário – Economia – TJ/PA – 2009) No Brasil, em relação à lei orçamentária, é correto afirmar que: (A) poderá conter autorização para contratação de operações de crédito, exceto as efetuadas por antecipação de receita. (B) integrará seu projeto de lei o Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 38 (C) deverá conter normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. (D) seu projeto de lei deverá ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. (E) deverá discriminar também as despesas de capital para o exercício seguinte, desde que em consonância com a lei das diretrizes orçamentárias. 4) (FGV – APO/PE – 2008) É matéria tratada na lei do Plano Plurianual: a) as metas fiscais para o exercício em curso e para os dois exercícios seguintes em valores correntes e constantes. b) a previsão das receitas e das despesas para o exercício em conformidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias. c) as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. d) as alterações na legislação tributária e os seus reflexos na instituição, previsão e efetiva arrecadação no exercício. e) a avaliação da situação financeira e atuarial do regime geral de previdência social e do regime próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador. 5) (CESGRANRIO – Auditor – Casa da Moeda – 2009) Sobre os instrumentos de planejamento e orçamento, analise as afirmações a seguir, na ótica da legislação pertinente. I. No início de um novo mandato, o novo plano plurianual terá vigência a partir do primeiro ano de gestão do chefe do Poder Executivo. II. A lei de diretrizes orçamentárias definirá, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública para as despesas totais, conforme regulamentação a ser estabelecida em lei complementar. III. Compete ao Poder Executivo a iniciativa e a promulgação de leis para o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual. Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões) CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 39 a) II, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) I e III, apenas. e) I, II e III. 6) (CESPE – Analista Administrativo – ANATEL – 2009) Em atendimento ao disposto no texto constitucional, estabelecendo a necessidade de lei complementar em matéria orçamentária, editou-se a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que preencheu as lacunas da Lei n. 4.320/1964. 7) (ESAF – Analista Administrativo – ANA – 2009) Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, para que uma empresa estatal seja considerada dependente, é necessário que, além de controlada, ela receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas: I. com pessoal. II. de custeio em geral. III. de capital, incluídos os provenientes de aumento de participação acionária. IV. de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação acionária. a) I ou II ou IV. b) I e II e III. c) II ou III ou IV. d) I e II e IV. e) I ou II ou III. 8) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Considere as assertivas abaixo. I. A Lei de Diretrizes Orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas caso se concretizem. II. O anexo de metas fiscais deverá integrar a Lei Orçamentária Anual, que demonstrará a evolução do patrimônio líquido da entidade, no exercício a que se referir. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 40 III. A avaliação financeira e atuarial dos fundos de previdência está compreendida no Anexo de Metas Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Está correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas. (D) I e III, apenas. (E) I, II e III. 9) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – TRE/GO – 2009) Devem integrar os orçamentos fiscal e da seguridade social os recursos destinados a: a) fundos de incentivos fiscais. b) conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas. c) um ente federativo diverso daquele que efetuou a arrecadação. d) empresas que recebam recursos apenas sob a forma de participação societária. 10) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças – IBGE – 2010) A Constituição Federal, em seu artigo 165, afirma que todo orçamento público (municipal, estadual ou federal) precisa ser elaborado a partir de três componentes do ciclo orçamentário, que são: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): a) define as prioridades do governo para os quatro anos seguintes, votadas no primeiro ano de um governo. b) propõe o orçamento elaborado por todos os órgãos do governo para o ano seguinte. c) é responsável pela definição de metas e prioridades a partir de programas que serão executados pelos governos. d) é um documento legal contendo previsão de receitas e despesas de um governo, em um prazo determinado. e) faz uma previsão orçamentária, sem considerar o ocorrido nos anos anteriores, quando se inicia um empreendimento. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 41 GABARITO I 1 2 3 4 5 E C C E C GABARITO II 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E B D C B E A D C C
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