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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

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CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 0 
PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL DE 1988: PPA, LDO E LOA 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
É com enorme satisfação que inicio este novo Curso Regular de
Administração Financeira e Orçamentária (AFO) e cada vez mais feliz por 
integrar esta renomada equipe de professores do Ponto dos Concursos! 
E já começo falando do nosso curso: 
• Conteúdo atualizadíssimo de Administração Financeira e Orçamentária; 
• Questões comentadas contextualizadas com a teoria; 
• Questões propostas de concursos recentes com gabaritos; 
• Fórum de dúvidas; 
• Contato direto com o professor por e-mail; 
• Resumos (mementos) ao final de cada aula; 
• Foco total nos últimos editais dos principais concursos que cobram AFO. 
Devido a sua abrangência, é recomendável a todos os estudantes que 
farão prova de AFO ou Orçamento Público, como Ministério Público da 
União (MPU), Polícia Federal (PF), Controladoria Geral da União (CGU), 
Tribunal de Contas da União (TCU), Receita Federal, Agências 
Reguladoras, Analistas Judiciários e vários outros. 
Com esse enfoque começo este curso e cada vez mais motivado em transmitir 
conhecimentos a estudantes das mais diversas regiões deste país! Sei que 
muitas vezes as aulas virtuais são as únicas formas de acesso ao ensino de 
excelência que o aluno dispõe. Outros optam por este tão efetivo método de 
ensino porque conhecem a capacidade do material elaborado pelo Ponto. 
Porém, mais importante ainda que um professor motivado são estudantes 
 
 
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
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motivados! O aluno é sempre o centro do processo e é ele capaz de fazer a 
diferença. A razão de ser da existência do professor é o aluno. 
Voltando à aula demonstrativa, esta tem o intuito de apresentar ao estudante 
como será a metodologia de nosso curso, bem como o conhecimento do perfil 
do professor. Já adianto que gosto de elaborar as aulas buscando sempre a 
aproximação com o aluno, para que você que está lendo consiga imaginar que 
o professor está próximo, falando com você. 
Meu nome é Antônio Sérgio Mendes Júnior. Para que me conheçam melhor, 
minha experiência em concursos começou quando eu tinha 17 anos. Fui 12° 
lugar no concurso público nacional para ingresso na Escola Preparatória de 
Cadetes do Exército. Cursei, a seguir, a Academia Militar das Agulhas Negras, 
concluindo meu curso de Ciências Militares em 4° lugar, com ênfase em 
Intendência (Logística e Administração). Lá tive meus primeiros contatos com 
administração pública, orçamento e execução financeira. Como Oficial do 
Exército, desempenhei, entre outras diversas funções tipicamente militares, as 
funções de Pregoeiro e de Membro da Comissão Permanente de Licitações e 
Contratos, nas quais tive contato constante com a ponta da linha do gasto 
público, que é a execução financeira. 
Comecei a estudar em 2006 visando à Receita Federal, buscando um novo 
horizonte, e como o concurso não saía, procurei novas frentes. Surgiu o 
concurso para meu cargo atual, analisei o edital e as funções desempenhadas, 
quando vislumbrei que tal cargo era muito mais voltado para minhas 
preferências pessoais. Até então nem sabia que ele existia! Mesmo mudando o 
foco em cima da hora, sem ter estudado algumas matérias, obtive a aprovação, 
a qual consegui muito em função do conhecimento de Administração 
Financeira e Orçamentária - AFO (ou Orçamento Público) que sempre tem um 
peso significativo nesta prova. Por isso considero AFO tão importante. 
Quanto a meu concurso, hoje estou realmente realizado como Analista de 
Planejamento e Orçamento (APO) do Ministério do Planejamento, Orçamento e 
 
 
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Gestão. Estou lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF), onde convivo 
diariamente com esse assunto fascinante que é o Orçamento, chave da nossa 
matéria. 
A minha experiência anterior como Pregoeiro e em Licitações me ajudou e 
ajuda até hoje a ter uma visão mais completa do emprego do dinheiro público, 
pois agora estou do outro lado, o da alocação dos recursos. Assim, 
compreendo todas as dificuldades e anseios daqueles que efetivamente 
“gastam”. 
Além de Analista de Planejamento e Orçamento, atualmente sou Instrutor da 
Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), das Semanas de 
Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas pela 
Escola de Administração Fazendária (ESAF) e pós-graduando em Orçamento 
Público pelo Instituto Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União 
(ISC/TCU). 
Assim, numa divisão mais didática que os editais, buscando ser o mais 
completo e objetivo possível, serão 11 aulas (0 a 10), desenvolvidas da 
seguinte forma: 
• Aula 0 – Planejamento e Orçamento na CF/88: Plano Plurianual (PPA); 
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e seus Anexos de Metas Fiscais 
e de Riscos Fiscais. Lei Orçamentária Anual (LOA). 
• Aula 1 - Ciclo ou Processo Orçamentário: elaboração da proposta, 
discussão/votação/aprovação, execução, controle/fiscalização/avaliação 
da lei de orçamento. 
• Aula 2 – Parte I) Créditos Adicionais: suplementares, especiais e 
extraordinários. Parte II) Evolução conceitual e Funções Clássicas do 
Orçamento. 
• Aula 3 – Parte I) Características do orçamento tradicional, do orçamento 
de base zero, do orçamento de desempenho e do orçamento-programa. 
Orçamento Participativo. Parte II) Princípios Orçamentários. 
 
 
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• Aula 4 – Receita Pública: classificação pela natureza. Outras 
Classificações. Distinção entre taxa e preço público (ou tarifa). Dívida 
Ativa. 
• Aula 5 – Despesa Pública: classificação institucional, funcional, pela 
natureza e estrutura programática adotada no setor público brasileiro. 
Outras Classificações. 
• Aula 6 – Estágios da Receita e da Despesa. Regra de ouro. 
• Aula 7 - Execução orçamentária e financeira: Conta Única do Tesouro 
Nacional. SIAFI. Programação Orçamentária e Financeira. 
Descentralização de Créditos Orçamentários e Recursos Financeiros. 
Elaboração da Programação Financeira. Contingenciamento. Limite de 
Empenho e de Movimentação Financeira. Restos a Pagar. Despesas de 
Exercícios Anteriores. Suprimento de Fundos. 
• Aula 8 - Tópicos selecionados da Lei Complementar n° 101/2000: 
princípios, conceitos, planejamento, renúncia de receitas, geração de 
despesas, despesa obrigatória de caráter continuado, Receita Corrente 
Líquida, Pessoal, transferências voluntárias, destinação de recursos 
para o setor privado, transparência da gestão fiscal. 
• Aula 9 – Parte I) Crédito Público e Endividamento: Dívida, Operações de 
Crédito e Garantias. Parte II) Apresentação do Simulado com gabarito. 
• Aula 10 – Simulado comentado 
Estou ministrando este curso on-line porque realmente acredito em sua 
efetividade. Sou natural de Juiz de Fora – MG e estava morando e trabalhando 
lá. Embora seja uma cidade de porte médio (mais de 500 mil habitantes), os 
cursinhos preparatórios de lá, apesar de bons, praticamente só ofereciam 
cursos para Escolas Militares, Receita Federal, Polícia Federal e alguns 
tribunais. Se hoje sou Analistade Planejamento e Orçamento, devo muito aos 
cursos on-line. 
 
 
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E quanto a você estudante? Quer mudar de vida? Quer ser reconhecido 
profissionalmente? Está se sentindo subempregado? Quer respirar novos 
ares? Quer ser aprovado em um grande concurso? 
Como motivação lei esta pequena crônica cujo autor eu desconheço: 
A mamãe e seu filhote camelo estavam à toa, quando de repente o bebê 
camelo perguntou: 
__ Mãe, mãe, posso lhe perguntar algumas coisas? 
__ Claro! O que está incomodando o meu filhote? 
__ Por que os camelos têm corcova? 
__ Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corcovas 
para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver sem 
água! 
__ Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas? 
__ Filho, certamente elas são assim para nos permitir caminhar no deserto. 
Sabe, com essas pernas eu posso me movimentar pelo deserto melhor do que 
qualquer um! 
__ Tá... Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles 
atrapalham minha visão. 
__ Meu filho, esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para 
os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia 
e pelo vento do deserto! 
__ Ahhh! – concordou o camelinho. 
__ Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as 
pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus 
olhos do deserto. 
__ Isso mesmo, meu filho! 
__ Então... o que estamos fazendo nesse tal de zoológico? 
MORAL DA HISTÓRIA 
Não adianta você ter tudo se não está no lugar certo. 
 
 
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Venha comigo nesta empreitada! Busque seus objetivos! 
“As ideias e estratégias são importantes, mas o verdadeiro desafio é a 
sua execução”. (Percy Barnevick) 
Nesta aula estudaremos os instrumentos de planejamento e orçamento da 
Constituição Federal. 
O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei 
Orçamentária Anual (LOA) são as leis que regulam o planejamento e o 
orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leis 
constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um 
planejamento estrutural das ações governamentais. 
Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988 
(CF/1988) tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de 
planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na 
administração pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por 
meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O 
PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da 
CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o 
Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o 
qual não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração. 
 
 
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O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal 
que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas 
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o 
planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter 
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais 
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo 
operacionalizada por meio de diversos programas. 
Atenção: as bancas ainda tentam confundir o estudante como se o PPA já 
existisse antes da CF/1988, porém com outro nome. Existiam outros 
instrumentos de planejamento, mas eles não têm relação com o Plano 
Plurianual. O PPA é inovação da atual CF! O PPA substituiu os Orçamentos 
Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um exercício 
financeiro. 
1. PLANO PLURIANUAL 
O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento do Governo 
Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de 
quatro anos, podendo ser revisado a cada ano. 
Segundo o § 1.o do art. 165 da CF: 
§ 1.º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, 
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
 
 
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despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada. Um grande desafio do 
planejamento é promover, de maneira integrada, oportunidades de 
investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, 
levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do 
país. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As 
diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer 
frente às transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas 
associadas ao processo de inserção do país na economia mundial. Tais 
mudanças são estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e 
perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na 
perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual 
nesse contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de 
longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo 
encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condições para sua 
materialização. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de 
coordenação e busca de sinergias entre as ações do Governo Federal e os 
demais entes federados e entre a esfera pública e a iniciativa privada. Ao 
caracterizar e propor uma estratégia para cada um dos agrupamentos 
territoriais (macrorregiões de referência), a expectativa é que ocorra um 
processo de convergência das políticas públicas ao nível dos territórios. 
As diretrizes são normas gerais, amplas, que mostram o caminho a ser 
seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos. Grandes 
diretrizes orientam a elaboração e implementação do PPA 2008-2011: a 
redução das desigualdades econômicas, sociais e regionais com 
sustentabilidade (que deve condicionar todas as demais); a integração 
nacional e sul-americana; o fortalecimento das capacidades regionais de 
produçãoe inovação e a inserção competitiva externa; a 
conservação/preservação do meio ambiente; o fortalecimento da inter-relação 
dos meios urbano e o rural; e a construção de uma rede equilibrada de 
 
 
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cidades. 
Os objetivos correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo 
Governo Federal no período do Plano para que, a longo prazo, a visão 
estabelecida se concretize. Devem ser passíveis de mensuração, sendo assim 
acompanhados de indicadores e metas que permitam o monitoramento e a 
avaliação dos resultados alcançados por meio das políticas e programas a eles 
associados. As metas correspondem à quantificação física dos objetivos. 
As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a 
formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a 
pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se 
relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar 
após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem, 
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as 
despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção, etc. Neste 
mesmo exemplo, após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos 
com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital 
pavimentação da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesa 
de capital) quanto o custeio com sua manutenção (despesa corrente 
relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano Plurianual. 
Os programas de duração continuada são aqueles cuja duração seja 
prolongada por mais de um exercício financeiro. Se o programa é de duração 
continuada, deve constar do PPA. Logo, as ações cuja execução esteja restrita 
a um único exercício financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no 
PPA do governo federal, porque não se caracterizam como de duração 
continuada. 
Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF: 
§ 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
 
 
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Atenção: Investimento, na linguagem do dia a dia, se refere normalmente a 
uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro. 
Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, portanto 
em todo o nosso conteúdo, é diferente: investimentos são despesas com 
softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a 
aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e 
com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. 
Exemplo: construção de um prédio público. 
A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, os 
quais são elementos centrais do PPA, integrando o Plano Plurianual aos 
orçamentos anuais, à execução e ao controle. O programa é o instrumento de 
organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações 
orçamentárias ou não-orçamentárias, que concorrem para a concretização de 
um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à 
solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou 
demanda da sociedade. Podem abranger atividades desenvolvidas por 
diferentes Ministérios. Exemplos de programas: Brasil Universitário, 
Administração Tributária e Aduaneira, Calha Norte, Controle Externo, 
Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública, Cidadania e 
Efetivação do Direito das Mulheres. 
A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa 
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e 
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, 
bem como facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de 
um dado objetivo e elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. 
Assim, toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em 
Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos 
para o período do PPA. 
 
 
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Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto 
não for editada a Lei Complementar prevista na CF/1988 para: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração 
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de 
fundos. 
Estudaremos tal Lei Complementar na aula sobre ciclo orçamentário. 
Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no 
segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando 
no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser 
encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do 
encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao 
Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão 
legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado. 
Atenção: o PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O 
PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo 
ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato 
seguinte. A ideia é manter a continuidade dos Programas. 
Cuidado: um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar 
durante todo o seu PPA? A resposta é sim, desde que o chefe do executivo 
seja reeleito. Porém, como vimos, será o mesmo governante em mandatos 
diferentes. 
 
 
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QUADRO DO PPA 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as 
relativas aos programas de duração continuada. 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado 
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de 
crime de responsabilidade. 
Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Em nenhuma 
hipótese um investimento com duração superior a um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA. 
Já vimos que nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício 
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem 
lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Logo, há uma hipótese de um investimento com duração superior a um 
exercício financeiro ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA: existência de 
uma lei que autorize a inclusão. 
Resposta: Errada 
2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
A LDO também surgiupor meio da Constituição Federal de 1988, almejando 
ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento 
operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter 
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais 
 
 
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dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
Segundo o § 2.o do art. 165 da CF/1988: 
§ 2.º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
SEGUNDO A CF, A LDO: 
Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal. 
Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
Orientará a elaboração da LOA. 
Disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO – MPOG – 2010) Na integração do Sistema de Planejamento e 
Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as 
metas e prioridades para cada ano. 
a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual. 
b) A Lei de Responsabilidade Fiscal. 
c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual. 
e) A Lei Orçamentária Anual. 
Atenção: os examinadores tentam confundir o termo “diretrizes, objetivos e 
metas” que se refere ao PPA com o termo “metas e prioridades” que se refere 
 
 
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à LDO. 
PPA Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) 
LDO Metas e Prioridades 
Logo, a Lei de Diretrizes Orçamentárias explicita as metas e prioridades para 
cada ano. 
Resposta: Letra C 
A doutrina majoritária afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a 
LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o 
encerramento da 1.ª sessão legislativa e orienta a elaboração da LOA no 
segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem 
executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a 
LDO elaborada em 2010 terá vigência já em 2010 para que oriente a 
elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2011, quando ocorrerá a 
execução orçamentária. 
O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio 
antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao 
Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da 
sessão legislativa (17 de julho). 
Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos objetivos, 
entre eles as metas e prioridades da administração pública. 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a 
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Vamos agora destrinchar esse parágrafo: 
 
 
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Definição das metas e prioridades da administração pública federal: as 
disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as 
metas e prioridades da administração pública. Assim, pode-se verificar se as 
metas e prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos 
na LOA. 
Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia que a 
LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é 
um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois incluem também as 
metas e prioridades da administração pública, as alterações na legislação 
tributária e a política de aplicação das agências oficiais de fomento. 
Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm 
diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para 
arrecadação. No entanto, uma outra importante função é a reguladora, em que 
o governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, 
incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do 
Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária 
e se justifica sua presença na LDO. 
Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais 
de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que fomentam o 
desenvolvimento do país. Sua presença na LDO justifica-se pela repercussão 
econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal 
(CEF), Agência de Fomento do Paraná (AFPR), Agência de Fomento do 
Estado do Amazonas (AFEAM). 
Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos que a 
Lei de Responsabilidade Fiscal , em seu art. 4.º, I, a, b, e e f, aumentou o rol 
de funções da LDO: 
Art. 4.o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.o do art. 165 
da Constituição e: 
I – disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas; 
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses 
 
 
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previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9.º e no inciso II do § 1.º 
do art. 31; 
(...) 
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos 
programas financiados com recursos dos orçamentos; 
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades 
públicas e privadas. 
Obs.: As alíneas c e d não foram citadas porque foram vetadas. 
Assim: 
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: 
Equilíbrio entre receitas e despesas. 
Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. 
Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados 
com recursos dos orçamentos. 
Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
Segundo o art. 4.°, § 1.º, da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO: 
§ 1.o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas 
Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e 
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e 
montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois 
seguintes. 
O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas arrecadadas e 
as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos 
juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Já o resultado nominal é 
mais abrangente, pois corresponde à diferençaentre todas as receitas 
 
 
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arrecadadas e as despesas empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas 
do principal e dos juros da dívida, bem como as receitas financeiras obtidas. 
Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conterá: 
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de 
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as 
fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com 
as premissas e os objetivos da política econômica nacional; 
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, 
destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de 
ativos; 
IV – avaliação da situação financeira e atuarial: 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e 
do Fundo de Amparo ao Trabalhador; 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; 
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da 
margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a 
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo 
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um 
período superior a dois exercícios. 
Temos também integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão 
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas 
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida. 
Os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja existência 
dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em curso e 
dívidas em processo de reconhecimento. 
Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo 
 
 
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específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem 
como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, 
e também as metas de inflação, para o exercício subsequente. 
Montamos mais um quadro, desta vez com o Anexo de Metas Fiscais e o 
Anexo de Riscos Fiscais: 
INTEGRARÁ O PLDO O ANEXO DE METAS FISCAIS QUE CONTERÁ: 
As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, 
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se 
referirem e para os dois seguintes. 
A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. 
Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que 
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios 
anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da 
política econômica nacional. 
Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a 
origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos. 
Avaliação da situação financeira e atuarial: 
• dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT; 
• dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial. 
Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de 
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
INTEGRARÁ O PROJETO DA LDO O ANEXO DE RISCOS FISCAIS 
Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as 
contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
Vamos falar de mais uma característica da LDO, segundo o § 1.o, I e II, do art. 
 
 
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169 da CF/1988: 
§ 1.ºA concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a 
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, 
bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos 
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções 
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, 
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de 
qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, 
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a 
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e 
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo poder público. A exceção se dá para as empresas públicas e 
para as sociedades de economia mista. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A alteração 
da estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só poderá ser realizada 
se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada para este exercício 
contiver a respectiva autorização. 
A alteração da estrutura de carreira do pessoal do Ministério da Previdência 
Social (MPS) ou dos demais órgãos e entidades da administração direta ou 
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só 
poderá ser realizada se a LDO aprovada para este exercício contiver a 
respectiva autorização. 
Resposta: Certa 
A cobrança da letra fria da LDO é mais comum nas provas do CESPE. Citarei 
 
 
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os artigos que considero com mais probabilidade de aparecerem numa prova, 
considerando o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2011 (PLDO – 
2011): 
• Art. 5.º: traz definições importantes sobre as despesas. O tema será 
estudado na aula sobre Despesa Pública. 
• Art. 6.º: exclusões aos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. 
• Art. 7.º: classificações da despesa pública. O tema será estudado 
também na aula sobre Despesa Pública. 
• Art. 8.º: todo e qualquer crédito orçamentário deve ser consignado, 
diretamente, independentemente do grupo de natureza de despesa em 
que for classificado, à unidade orçamentária à qual pertencem as ações 
correspondentes, vedando-se a consignação de crédito a título de 
transferência a unidades orçamentárias integrantes dos Orçamentos 
Fiscal e da Seguridade Social. 
• Art. 32: condições para transferência de recursos a título de subvenções 
sociais. 
• Art. 54: as empresas estatais não integrantes dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social serão incluídas nos orçamentos de investimentos das 
estatais com todos os investimentos realizados, independentemente da 
fonte de financiamento utilizada. 
• Art. 56 (caput, §§ 8, 12, 13 e 14): abertura de créditos adicionais 
suplementares e especiais por projeto de lei. 
• Art. 57: abertura de crédito adicional suplementar por decreto.• Art. 58: abertura de crédito adicional extraordinário. O tema Créditos 
Adicionais será tratado em aula específica sobre o assunto. 
• Art. 68: regras para a realização de despesas caso o PLOA não seja 
sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro. O tema 
será estudado na aula sobre o Ciclo Orçamentário. 
Segundo o art. 6.º do PLDO-2011, os Orçamentos Fiscal e da Seguridade 
Social compreenderão o conjunto das receitas públicas bem como o das 
despesas dos Poderes da União, seus fundos, órgãos, autarquias, inclusive 
especiais, e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como 
 
 
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das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades em 
que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional, devendo a 
correspondente execução orçamentária e financeira, da receita e da despesa, 
ser registrada na modalidade total no Sistema Integrado de Administração 
Financeira do Governo Federal – SIAFI. Até este ponto, pouco acrescenta à 
CF/1988. No entanto, apresenta algumas exclusões. 
São estas as exclusões dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social: 
I – os fundos de incentivos fiscais, que figurarão exclusivamente como 
informações complementares ao Projeto de Lei Orçamentária de 2011; 
II – os conselhos de fiscalização de profissão regulamentada, constituídos sob 
a forma de autarquia; e 
III – as empresas públicas ou sociedades de economia mista que recebam 
recursos da União apenas em virtude de: 
• participação acionária; 
• fornecimento de bens ou prestação de serviços; 
• pagamento de empréstimos e financiamentos concedidos; 
• transferência para aplicação em programas de financiamento. 
Um fundo é um conjunto de recursos previamente definidos na sua lei de 
criação ou em outro ato legal, destinados, exclusivamente, ao 
desenvolvimento ou à consolidação de atividades públicas devidamente 
caracterizadas. Já incentivos fiscais são estímulos a determinadas 
atividades criadas por medidas tributárias que reduzam ou eliminem os 
impostos efetivamente cobrados sobre tais atividades. Assim, os fundos de 
incentivos fiscais são aqueles que atuam com recursos destinados a 
incentivos fiscais, por meio de instituições financeiras oficiais e sob a 
supervisão de órgãos regionais. Segundo o PLDO-2011, são os fundos de 
incentivos fiscais que figurarão exclusivamente como informações 
complementares ao Projeto de Lei Orçamentária de 2011. Exemplos: Fundo 
de Recuperação Econômica do Espírito Santo – FUNRES, Fundo de 
Investimentos do Nordeste – FINOR e Fundo de Investimentos da Amazônia 
 
 
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– FINAM. 
O art. 32 do PLDO – 2011 trata das condições para a transferência de recursos 
a título de subvenções sociais. Dispõe que para a entidade privada sem fins 
lucrativos receber recursos a título de subvenções sociais, deverá exercer 
atividades de natureza continuada nas áreas de assistência social, saúde ou 
educação. 
3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
3.1 A Lei Orçamentária Anual na CF/1988 
A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a 
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de 
um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente 
dito. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas 
estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em 
consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas 
diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem 
executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO. 
Quanto à vigência, também segue o ADCT. O projeto da Lei Orçamentária 
anual deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do término 
do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o 
encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de sua 
elaboração. 
Segundo o § 5.o, I, II e III, do art. 165 da CF/1988: 
§ 5.º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
 
 
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III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
Cabe ressaltar que até a década de 1980 o que havia era um convívio 
simultâneo com três orçamentos distintos: o orçamento fiscal, o orçamento 
monetário e o orçamento das estatais. Não ocorria nenhuma consolidação 
entre eles. 
O orçamento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O 
orçamento monetário e o das empresas estatais eram deficitários, sem controle 
e, além do mais, não eram votados. Como o déficit público e os subsídios mais 
importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo encontrava-se, 
praticamente, alijado das decisões mais relevantes em relação à política fiscal 
e monetária do País. O orçamento monetário era elaborado pelo Banco Central 
e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso. 
Cuidado: pela CF/1988, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade 
social e de investimentos das estatais. Não existe mais o orçamento monetário, 
porém ele ainda cai em prova para confundir o estudante! Não existem mais 
orçamentos paralelos. 
Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de 
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério 
populacional. 
Atenção: note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função de 
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
 
 
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sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. Quanto à previdência social, fundada na 
ideia de solidariedade social, deve ser organizada sob a forma de um regime 
geral, sendo este de caráter contributivo e filiação obrigatória. Já a assistência 
social apresenta característica de universalidade, visto que será prestada a 
quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social. 
Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social 
será elaborada de forma integradapelos órgãos responsáveis pela saúde, 
previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a 
gestão de seus recursos. 
No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não 
integrando o orçamento da União. 
Atenção: o orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que 
possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social 
(previdência, assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente 
relacionados à seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema 
Único de Saúde (SUS). Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui 
despesas de assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa 
faz parte do orçamento da seguridade social. 
A CF/1988 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA. 
Ainda, veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos 
dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir 
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os 
próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade 
social. 
Segundo o Professor Giacomoni, a forma de tratamento e disposição dos três 
orçamentos que constituem a lei orçamentária anual – fiscal, seguridade social e 
investimento das empresas estatais – é, igualmente, estabelecida nas LDOs. 
 
 
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Enquanto o orçamento de investimento das empresas é individualizado, 
constituindo documento separado, os outros dois – fiscal e seguridade social – 
são tratados como categorias classificatórias de receita e despesa, e 
apresentados conjuntamente no mesmo documento. Essa solução tem merecido 
críticas, pois a falta de separação clara entre os citados orçamentos deixaria 
pouco transparentes os valores de um e outro. De qualquer forma, como 
praticamente todas as entidades federais têm encargos classificáveis nos dois 
orçamentos, a metodologia utilizada é a mais recomendável. 
Ao contrário do que pode parecer, não há duas leis, uma com os orçamentos 
fiscal e da seguridade social e outra com o orçamento de investimento. Na 
verdade, há uma clara divisão dentro da própria lei. Por exemplo, na lei 
orçamentária anual (LOA) de 2010 temos o Capítulo II “DOS ORÇAMENTOS 
FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL” e o Capítulo III “DO ORÇAMENTO DE 
INVESTIMENTO”. Nos volumes que compõem a LOA o orçamento de 
investimento também está separado. Esta é a razão da crítica. 
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças – IBGE – 2010) De 
acordo com o disposto na atual Constituição da República Federativa do Brasil, 
a lei orçamentária anual contempla os seguintes orçamentos: 
a) participativo, previdenciário e atuarial. 
b) misto, derivado e legislativo. 
c) plurianual, monetário e de investimentos. 
d) previdenciário, monetário e social. 
e) fiscal, da seguridade social e de investimento das estatais. 
Os orçamentos que compõem a LOA são denominados de orçamento fiscal, 
orçamento de investimentos (ou de investimentos das estatais) e orçamento da 
seguridade social. 
Resposta: Letra E 
 
 
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3.2 Empresa estatal dependente 
Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes, 
precisaremos do importante conceito de empresa estatal dependente. 
Primeiro, temos que saber que uma empresa controlada é uma sociedade 
cuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou 
indiretamente, a ente da Federação. 
Consoante a LRF, empresa estatal dependente é uma empresa controlada, 
mas que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de 
despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no 
último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. 
Este conceito é importantíssimo, porque, sendo uma empresa estatal 
considerada dependente, ela participará do Orçamento Fiscal e da Seguridade 
Social. Integram o orçamento de investimentos apenas as chamadas empresas 
estatais não dependentes. 
Desta forma, a empresa estatal não dependente é autossustentável e não faz 
parte do campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram a 
LOA por lidar com o dinheiro público. Isso ocorre para que a empresa tenha 
liberdade de atuação e ao mesmo tempo o Poder Público tenha controle sobre 
os investimentos dela. Por exemplo, a Petrobrás é uma Sociedade de 
Economia Mista e estatal não dependente. Não sofre as restrições da LRF 
porque tem que ser dinâmica para concorrer com a iniciativa privada. Por outro 
lado, o Estado deve deter o poder para influenciar onde ela aplicará seus 
investimentos e a população deve ter conhecimento, por isso ela compõe o 
Orçamento de Investimentos. 
Já as empresas dependentes recebem recursos do Estado para se manter, 
portanto não se sustentam sozinhas. Existem para suprir alguma falha de 
mercado em que a iniciativa privada não quis ou não conseguiu êxito e é 
relevante para a sociedade. Exemplos: Empresa Brasileira de Pesquisa 
 
 
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Agropecuária (Empraba) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA). 
Assim, possuem controle total do Estado, seguem a LRF e fazem parte do 
Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
A separação é tão nítida que a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) é 
responsável pelo Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Já o Orçamento de 
Investimentos fica a cargo do Departamento de Coordenação e Governança 
das Empresas Estatais (DEST). São duas estruturas totalmente diferentes 
integrantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). 
Vejamos agora o já citado art. 54 do PLDO-2011, cujo conteúdo já caiu em 
provas, pois ele já existia em LDOs anteriores: “O Orçamento de Investimento 
previsto no art. 165, § 5.º, inciso II, da Constituição, abrangerá as empresas em 
que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto, ressalvado o disposto no § 5.º deste artigo, e dele constarão 
todos os investimentos realizados, independentemente da fonte de 
financiamento utilizada”. 
A ressalva do § 5.º desse artigo do PLDO-2011 é a que trata das estatais 
dependentes, ou seja, as que estão integralmente nos Orçamentos Fiscal e da 
Seguridade Social e não constam do Orçamento de Investimentos. 
Logo, as empresas estatais não integrantes dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social (ou seja, as não dependentes) serão incluídas nos 
orçamentos de investimentos das estatais com todos os investimentos 
realizados, independentemente da fonte de financiamento utilizada. 
 
 
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QUADRO: EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE 
É uma empresa controlada, ou seja, é uma sociedade cuja maioria do capital social 
com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação. 
Porém, que receba do ente controlador recursos financeiros parapagamento de 
despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital. 
Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes 
de aumento de participação acionária, não será considerada estatal dependente. 
Sendo estatal dependente, integrará o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
Se for não dependente, integrará o Orçamento de Investimentos. 
3.3 A Lei Orçamentária Anual na LRF 
A LRF também traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5.º da LRF, o 
projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano 
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias: 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos 
orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da 
LDO; 
II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as 
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e 
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das 
medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas 
obrigatórias de caráter continuado; 
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, 
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, 
destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos 
fiscais imprevistos. 
A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de 
 
 
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créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas, 
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com 
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
O mesmo artigo da LRF determina ainda que constarão da LOA todas as 
despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que 
as atenderão. Ainda, tem-se que o refinanciamento da dívida pública constará 
separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional. 
Finalmente, integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei 
orçamentária, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e 
encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e 
assistência aos servidores, e a investimentos. 
Caiu na prova: 
(FCC – Técnico de Controle Externo – TCM/PA – 2010) Sobre orçamento, é 
correto afirmar que: 
(A) o demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, 
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de 
natureza financeira, tributária e creditícia é objeto do plano plurianual. 
(B) as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente são objeto 
do plano plurianual. 
(C) a orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei de 
diretrizes orçamentárias. 
(D) as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas relativas aos programas de duração continuada são previstas na lei 
de diretrizes orçamentárias. 
(E) o objeto do plano plurianual vem definido na Lei Complementar n° 101/00 - 
Lei de Responsabilidade Fiscal. 
a) Errada. O projeto da LOA será acompanhado do demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
 
 
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creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao 
aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado. 
b) Errada. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da 
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
c) Correta. A orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei 
de diretrizes orçamentárias. 
d) e) Erradas. Segundo o art. 165 da CF/88, a lei que instituir o plano 
plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
Resposta: Letra C 
E aqui terminamos nossa aula demonstrativa. 
Conforme combinamos, segue ao final de cada aula o “memento do 
concurseiro”, a lista de questões comentadas nesta aula e as questões de 
concursos anteriores com seus respectivos gabaritos. Lembro que o memento 
é apenas um lembrete dos principais pontos do conteúdo abordado. Logo, 
é uma diretriz para o estudante, porém recomendo que você o complemente de 
acordo com suas necessidades e não deixe de constantemente consultar o 
conteúdo da aula. Não se prenda apenas ao memento. 
Na próxima aula trataremos do Ciclo Orçamentário, também denominado de 
Processo Orçamentário. 
Forte abraço! 
Sérgio Mendes 
 
 
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MEMENTO 0
PPA 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administração pública 
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia 
inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. 
LDO 
SEGUNDO A CF, A LDO: 
Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal. 
Incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
Orientará a elaboração da LOA. 
Disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: 
Equilíbrio entre receitas e despesas. 
Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. 
Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com 
recursos dos orçamentos. 
Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
 
 
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Integrará o PLDO o Anexo de Metas Fiscais que conterá: 
As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e 
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. 
Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os 
resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a 
consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional. 
Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios,destacando a origem e a aplicação 
dos recursos obtidos com a alienação de ativos. 
Avaliação da situação financeira e atuarial: 
• dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT; 
• dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial. 
Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das 
despesas obrigatórias de caráter continuado. 
Integrará o PLDO o Anexo de Riscos Fiscais 
Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, 
informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
LOA 
SEGUNDO A CF, A LOA COMPREENDERÁ: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração 
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
 
 
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Público. 
Seu projeto será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, 
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia. 
Os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive 
daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade 
social. 
SEGUNDO A LRF, A LOA: 
Deve ter seu projeto elaborado de forma compatível com o PPA e a LDO. 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os 
objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; 
II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente 
de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem 
como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de 
caráter continuado; 
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita 
corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros 
riscos e eventos fiscais imprevistos. 
Constarão todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as 
atenderão. 
O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na LOA e nas de crédito adicional. 
EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE 
 
 
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É uma empresa controlada, ou seja, é uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto 
pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federação. 
Porém, que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou 
de custeio em geral ou de capital. 
Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes de aumento de 
participação acionária, não será considerada estatal dependente. 
Sendo estatal dependente, integrará o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
Se for não dependente, integrará o Orçamento de Investimentos. 
 
 
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I) LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
1) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Em nenhuma 
hipótese um investimento com duração superior a um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA. 
2) (ESAF – APO – MPOG – 2010) Na integração do Sistema de Planejamento 
e Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as 
metas e prioridades para cada ano. 
a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual. 
b) A Lei de Responsabilidade Fiscal. 
c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual. 
e) A Lei Orçamentária Anual. 
3) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A 
alteração da estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só poderá ser 
realizada se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada para este 
exercício contiver a respectiva autorização. 
4) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças – IBGE – 2010) De 
acordo com o disposto na atual Constituição da República Federativa do Brasil, 
a lei orçamentária anual contempla os seguintes orçamentos: 
a) participativo, previdenciário e atuarial. 
b) misto, derivado e legislativo. 
c) plurianual, monetário e de investimentos. 
d) previdenciário, monetário e social. 
e) fiscal, da seguridade social e de investimento das estatais. 
5) (FCC – Técnico de Controle Externo – TCM/PA – 2010) Sobre orçamento, é 
correto afirmar que: 
 
 
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(A) o demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, 
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de 
natureza financeira, tributária e creditícia é objeto do plano plurianual. 
(B) as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente são objeto 
do plano plurianual. 
(C) a orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei de 
diretrizes orçamentárias. 
(D) as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas relativas aos programas de duração continuada são previstas na lei 
de diretrizes orçamentárias. 
(E) o objeto do plano plurianual vem definido na Lei Complementar n° 101/00 - 
Lei de Responsabilidade Fiscal. 
 
 
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II) QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 
1) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) O TRE/BA 
recebe dotações de recursos unicamente do orçamento fiscal, não podendo 
executar despesas que são do orçamento da seguridade social, pois não é 
órgão ou entidade das áreas de saúde, previdência social nem de assistência 
social. 
2) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Segundo a 
Constituição Federal, um dos instrumentos em que se materializa o processo 
de planejamento do Governo Federal é o Plano Plurianual – PPA. Assinale a 
opção em que a afirmação se aplica inteiramente a esse instrumento. 
a) Embora de natureza constitucional, o PPA não abrange todos os projetos do 
ente, em razão das emergências não possíveis de serem previstas em lei. 
b) O PPA tem seu foco nos programas degoverno, seu período de 
abrangência é de quatro anos podendo ser revisado a cada ano. 
c) A elaboração do PPA é feita no nível de cada órgão e sua submissão ao 
Congresso Nacional se dá por intermédio da presidência de cada um dos 
Poderes da República. 
d) O PPA, embora fundamentado em programas de governo, tem como 
objetivo definir as modalidades de aplicação de recursos que priorizam o 
cumprimento das políticas públicas. 
e) A inclusão de novos programas no PPA se dá na revisão anual e está 
condicionada ao cumprimento das metas anteriormente aprovadas. 
3) (FCC - Analista Judiciário – Economia – TJ/PA – 2009) No Brasil, em relação 
à lei orçamentária, é correto afirmar que: 
(A) poderá conter autorização para contratação de operações de crédito, 
exceto as efetuadas por antecipação de receita. 
(B) integrará seu projeto de lei o Anexo de Metas Fiscais, em que serão 
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a 
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública. 
 
 
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(C) deverá conter normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos 
resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. 
(D) seu projeto de lei deverá ser acompanhado de demonstrativo regionalizado 
do efeito decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de 
natureza financeira, tributária e creditícia. 
(E) deverá discriminar também as despesas de capital para o exercício 
seguinte, desde que em consonância com a lei das diretrizes orçamentárias. 
4) (FGV – APO/PE – 2008) É matéria tratada na lei do Plano Plurianual: 
a) as metas fiscais para o exercício em curso e para os dois exercícios 
seguintes em valores correntes e constantes. 
b) a previsão das receitas e das despesas para o exercício em conformidade 
com a Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
c) as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública para as 
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
d) as alterações na legislação tributária e os seus reflexos na instituição, 
previsão e efetiva arrecadação no exercício. 
e) a avaliação da situação financeira e atuarial do regime geral de previdência 
social e do regime próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao 
Trabalhador. 
5) (CESGRANRIO – Auditor – Casa da Moeda – 2009) Sobre os instrumentos 
de planejamento e orçamento, analise as afirmações a seguir, na ótica da 
legislação pertinente. 
I. No início de um novo mandato, o novo plano plurianual terá vigência a partir 
do primeiro ano de gestão do chefe do Poder Executivo. 
II. A lei de diretrizes orçamentárias definirá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública para as despesas 
totais, conforme regulamentação a ser estabelecida em lei complementar. 
III. Compete ao Poder Executivo a iniciativa e a promulgação de leis para o 
plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual. 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões) 
 
 
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a) II, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) I, II e III. 
6) (CESPE – Analista Administrativo – ANATEL – 2009) Em atendimento ao 
disposto no texto constitucional, estabelecendo a necessidade de lei 
complementar em matéria orçamentária, editou-se a Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LRF), que preencheu as lacunas da Lei n. 4.320/1964. 
7) (ESAF – Analista Administrativo – ANA – 2009) Nos termos da Lei de 
Responsabilidade Fiscal, para que uma empresa estatal seja considerada 
dependente, é necessário que, além de controlada, ela receba do ente 
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas: 
I. com pessoal. 
II. de custeio em geral. 
III. de capital, incluídos os provenientes de aumento de participação acionária. 
IV. de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação acionária. 
a) I ou II ou IV. 
b) I e II e III. 
c) II ou III ou IV. 
d) I e II e IV. 
e) I ou II ou III. 
8) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Considere as assertivas abaixo. 
I. A Lei de Diretrizes Orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde 
serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as 
contas públicas, informando as providências a serem tomadas caso se 
concretizem. 
II. O anexo de metas fiscais deverá integrar a Lei Orçamentária Anual, que 
demonstrará a evolução do patrimônio líquido da entidade, no exercício a que 
se referir. 
 
 
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III. A avaliação financeira e atuarial dos fundos de previdência está 
compreendida no Anexo de Metas Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) II, apenas. 
(C) III, apenas. 
(D) I e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
9) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – TRE/GO – 2009) Devem 
integrar os orçamentos fiscal e da seguridade social os recursos destinados a: 
a) fundos de incentivos fiscais. 
b) conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas. 
c) um ente federativo diverso daquele que efetuou a arrecadação. 
d) empresas que recebam recursos apenas sob a forma de participação 
societária. 
10) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças – IBGE – 2010) A 
Constituição Federal, em seu artigo 165, afirma que todo orçamento público 
(municipal, estadual ou federal) precisa ser elaborado a partir de três 
componentes do ciclo orçamentário, que são: o Plano Plurianual (PPA), a Lei 
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). A Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO): 
a) define as prioridades do governo para os quatro anos seguintes, votadas no 
primeiro ano de um governo. 
b) propõe o orçamento elaborado por todos os órgãos do governo para o ano 
seguinte. 
c) é responsável pela definição de metas e prioridades a partir de programas 
que serão executados pelos governos. 
d) é um documento legal contendo previsão de receitas e despesas de um 
governo, em um prazo determinado. 
e) faz uma previsão orçamentária, sem considerar o ocorrido nos anos 
anteriores, quando se inicia um empreendimento. 
 
 
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GABARITO I 
1 2 3 4 5 
E C C E C 
GABARITO II 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E B D C B E A D C C

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