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CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 5 
DESPESA PÚBLICA 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
A despesa assume fundamental importância na Administração Pública por 
estar envolvida em situações singulares, como o estabelecimento de limites 
legais impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda, possibilita a 
realização de estudos e análises acerca da qualidade do gasto público e do 
equilíbrio fiscal das contas públicas. 
O conhecimento dos aspectos relacionados com a Despesa no âmbito do setor 
público, principalmente em face da LRF, contribui para a transparência das 
contas públicas e para o fornecimento de informações de melhor qualidade aos 
diversos usuários, bem como permite estudos comportamentais no tempo e no 
espaço. 
O orçamento é instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou 
privada, e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em 
determinado período. Dessa forma, despesa orçamentária é fluxo que deriva 
da utilização de crédito consignado no orçamento da entidade, podendo ou não 
diminuir a situação líquida patrimonial. 
Segundo Aliomar Baleeiro, despesa pública é a aplicação de certa quantia em 
dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma 
autorização legislativa, para execução de fim a cargo do governo. 
1. ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA 
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e 
organização, as quais são implementadas por meio de um sistema de 
classificação estruturado com o propósito de atender às exigências de 
 
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
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informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças 
públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e os 
cidadãos em geral. 
A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em: 
Programação qualitativa: o Programa de Trabalho define qualitativamente a 
programação orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às 
perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista 
operacional, composto dos seguintes blocos de informação: Classificação por 
Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional e Estrutura 
Programática. 
Programação quantitativa: compreende a programação física e financeira. A 
programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por 
meio da meta física, que corresponde à quantidade de produto a ser ofertado 
por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e 
instituída para cada ano. Já a programação financeira define o que adquirir e 
com quais recursos, por meio da natureza da despesa, identificador de uso, 
fonte de recursos, identificador de operações de crédito, identificador de 
resultado primário, dotação e justificativa. 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO/MPOG – 2010) A respeito da programação qualitativa do 
orçamento, é correto afirmar: 
a) caracteriza-se pela classificação do orçamento, segundo a natureza 
econômica da despesa (corrente e capital). 
b) decorre do agrupamento dos recursos em unidades orçamentárias. 
c) é representada pela divisão do orçamento em fiscal e de seguridade social. 
d) é caracterizada pela quantificação dos recursos dos programas e das 
naturezas da despesa. 
e) é definida pelo Programa de Trabalho e composta por esfera, classificação 
institucional, classificação funcional e estrutura programática. 
 
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
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A programação qualitativa do Orçamento é definida pelo Programa de Trabalho 
e composta por esfera, classificação institucional, classificação funcional e 
estrutura programática. 
Resposta: Letra E 
Segundo Fabiano Core1, o qual cita Cunha, com base nas classificações 
utilizadas em um determinado processo orçamentário, é possível identificar o 
estágio da técnica adotada. Assim, um orçamento que se estrutura apenas com 
a informação de elemento de despesa ou objeto de gasto (o que será gasto ou 
adquirido), além, naturalmente, do aspecto institucional, caracteriza um 
orçamento tradicional ou clássico. Por apresentar somente uma dimensão, isto 
é, o objeto de gasto, também é conhecido como um orçamento unidimensional; 
já o orçamento em que, além do objeto de gasto, encontra-se presente a 
explicitação do programa de trabalho, representado pelas ações desenvolvidas 
(em que serão gastos os recursos), corresponderia a um orçamento 
bidimensional, também conhecido como orçamento de desempenho ou 
funcional; e o orçamento tridimensional seria aquele que agregaria ao tipo 
anterior uma outra dimensão, que seria o objetivo da ação governamental (para 
que serão gastos os recursos), o que tipifica um orçamento-programa. 
2. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA 
A primeira classificação da programação qualitativa é a classificação por 
esfera orçamentária. A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o 
orçamento é fiscal, da seguridade social ou de investimento das empresas 
estatais, conforme disposto no § 5.º do art. 165 da CF/1988: 
• Orçamento Fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
• Orçamento de Investimento: orçamento das empresas em que a 
 
1 CUNHA, Armando Moreira da apud CORE, Fabiano Garcia. Reforma gerencial dos processos de 
planejamento e orçamento. In: GIACOMONI, J.; PAGNUSSAT, J. L. Planejamento e orçamento 
governamental. Brasília: ENAP, 2006. v. 2. 
 
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União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto; e 
• Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como 
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
A classificação por esfera aponta “em qual orçamento” será alocada a despesa. 
Na base do Sistema de Orçamento o campo destinado à esfera orçamentária é 
composto de dois dígitos e será associado à ação orçamentária, com os 
seguintes códigos: 
CÓDIGO ESFERA ORÇAMENTÁRIA 
10 Orçamento Fiscal 
20 Orçamento da Seguridade Social 
30 Orçamento de Investimentos 
Caiu na prova: 
(CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) 
Entre os componentes da programação qualitativa do orçamento está a 
classificação por esfera orçamentária, que pode ser dividida em orçamento 
fiscal, orçamento de investimento, orçamento da seguridade social e orçamento 
monetário. 
A classificação por esfera orçamentária está entre os componentes da 
programação qualitativa do orçamento. Ela é divida em orçamento fiscal (10), 
orçamento da seguridade social (20) e orçamento de investimentos (30). 
Não existe mais orçamento monetário. 
Resposta: Errada. 
 
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3. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL 
A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a 
elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os 
orçamentos fiscal e da seguridade social.Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos 
na tarefa de elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas 
instâncias da Administração Federal e dos demais Poderes da União. 
Esses órgãos e entidades constam dos orçamentos da União e são 
identificados na classificação institucional, que relaciona os órgãos 
orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. São eles os 
componentes naturais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. 
A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos 
créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão 
orçamentário e unidade orçamentária. 
Segundo o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o 
agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que 
serão consignadas dotações próprias. As dotações orçamentárias, 
especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são 
consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas 
responsáveis pelas dotações e pela realização das ações. Órgão orçamentário 
é o agrupamento de unidades orçamentárias. 
A classificação institucional aponta “quem faz” a despesa. Ela permite 
comparar imediatamente as dotações recebidas por cada órgão ou unidade 
orçamentária, pois identifica o agente responsável pelas dotações autorizadas 
pelo Legislativo, para dado programa. Assim, o agente encarregado do gasto 
pode ser identificado na classificação institucional. 
Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a 
uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos 
especiais e com os “órgãos” “Transferências a Estados, Distrito Federal e 
Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, 
 
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“Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de 
Contingência”. No entanto, são um conjunto de dotações administradas por 
órgãos do governo que também têm suas próprias dotações. 
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os 
dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade 
orçamentária: 
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 
Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária 
Exemplos: O Órgão 26.000 – Ministério da Educação tem diversas Unidades 
Orçamentárias, como 26.105 – Instituto Benjamin Constant; 26.237 – 
Universidade Federal de Juiz de Fora; 26.290 – INEP. Todas essas 
correspondem a uma estrutura administrativa, com pessoal, espaço físico, etc. 
Mas também tem outras Unidades Orçamentárias sob sua supervisão, como 
74.902 – Recursos sob Supervisão do Fundo de Financiamento ao Estudante 
do Ensino Superior/FIEES – Min. da Educação (Órgão Operações Oficiais de 
Crédito) e 73.107 – Recursos sob Supervisão do Ministério da Educação 
(Órgão Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios). 
São Unidades Orçamentárias, mas não correspondem a uma estrutura 
administrativa, são somente fundos que geram recursos. 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO/MPOG – 2010) Segundo definido no Manual Técnico de 
Orçamento para o exercício de 2010 – MTO-2010, o sistema de planejamento 
e orçamento federal é integrado pelos seguintes órgãos: 
a) Todos os órgãos e entidades públicas e privadas que são responsáveis pela 
aplicação de recursos oriundos do orçamento. 
b) Unidades setoriais de orçamento de cada ministério ou órgão. 
 
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c) Aqueles identificados na classificação institucional do orçamento e que 
relacionam os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades 
orçamentárias. 
d) Órgãos de programação orçamentária e financeira dos Poderes da União. 
e) Unidades orçamentárias não relacionadas com estruturas administrativas. 
 
A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a 
elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os 
orçamentos fiscal e da seguridade social. 
Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos 
na tarefa de elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas 
instâncias da Administração Federal e dos demais Poderes da União. 
Esses órgãos e entidades constam dos orçamentos da União e são 
identificados na classificação institucional, que relaciona os órgãos 
orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. São eles os 
componentes naturais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. 
Resposta: Letra C 
4. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 
A classificação funcional, por funções e subfunções, busca responder 
basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa 
será realizada. 
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria 42, de 14 de abril de 
1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta por um rol de 
funções e subfunções prefixadas, que serve como agregador dos gastos 
públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. A 
Portaria 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata 
a Lei 4.320/1964; estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, 
projeto, atividade, operações especiais; e dá outras providências. 
Trata-se de uma classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos 
Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a 
consolidação nacional dos gastos do setor público. 
 
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Essa Portaria dispõe em seu art. 4.o que: 
Art. 4.º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em 
termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e 
operações especiais. 
A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros 
referem-se à função, enquanto os três últimos representam a subfunção, e 
podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do 
setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária. 
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 
Função Subfunção 
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas 
áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional 
do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação 
com os respectivos Ministérios. 
No entanto, tem-se a função “Encargos Especiais”, a qual engloba as 
despesas em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser 
gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, 
indenizações, cumprimento de sentenças judiciais e outras afins, 
representando, portanto, uma agregação neutra. 
Nesse caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo “Operações 
Especiais”, que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA. 
Segundo o art. 1.º, § 2.o, da Lei 11.653/2008 (Lei do PPA 2008-2011): 
§ 2.o Não integram o Plano Plurianual os programas destinados exclusivamente 
a operações especiais. 
A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função 
e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da 
CCCPPP
FFF:::
111999
000555
777444
777444
444666
888 
 
CCCPPP
FFF:::
111999
000555
777444
777444
444666
888 
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agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da 
natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As 
subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais 
estão relacionadas na Portaria 42/1999. 
As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua 
área específica. Existe a possibilidade de matricialidade na conexão entre 
função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com qualquer 
subfunção, mas não na relação entre ação e subfunção. 
Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, 
a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma única função, 
ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada 
ação. 
A exceção à matricialidade encontra-se na função 28 – Encargos Especiais e 
suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas. 
Atenção: Assunto muito cobrado em provas! As subfunções poderão ser 
combinadas com funções diferentes daquelas às quais estejam vinculadas. 
Exemplos: 
FUNÇÃO SUBFUNÇÃO 
12 – Educação 
361 – Ensino Fundamental 
362 – Ensino Médio 
363 – Ensino Profissional 
364 – Ensino Superior 
365 – Educação Infantil 
366 – Educação de Jovens e Adultos 
367 – Educação Especial 
01 – Legislativa 
031 – Ação Legislativa 
032 – Controle Externo 
 
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Podemos combinar a subfunção com a função vinculada, como 12.364 – 
Educação e Ensino superior; 01.031 – Legislativa e Ação Legislativa. 
No entanto, pela regra da matricialidade, também podemos combinar as 
subfunções com funções diferentes daquelas vinculadas, como: 01.365 – 
Legislativa e Educação infantil, usada na classificação da assistência pré-
escolar aos dependentes de servidores e empregados. 
Caiu na prova: 
(FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) As despesas referentes 
ao cumprimento de sentenças judiciais são classificadas na função: 
(A) Essencial à Justiça. 
(B) Segurança Pública. 
(C) Administração. 
(D) Encargos Especiais. 
(E) Judiciária. 
A função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relação às quais não 
se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo 
corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações, cumprimento de 
sentenças judiciais e outras afins, representando, portanto, uma agregação 
neutra. 
Resposta: Letra D 
5. ESTRUTURA PROGRAMÁTICA 
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a 
realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano 
Plurianual – PPA, que é de quatro anos. 
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que 
articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um 
objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no 
plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada 
 
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necessidade ou demanda da sociedade. 
A estrutura programática também tem previsão na Portaria 42/1999. A 
finalidade essencial da classificação programática é demonstrar as realizações 
do Governo e a efetividade de seu trabalho em prol da população. É a mais 
moderna das classificações orçamentárias da despesa, tendo surgido visando 
permitir a representação do programa de trabalho. 
A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa 
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e 
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, 
bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. 
Os Programas são classificados em dois tipos: 
• Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados 
diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de 
mensuração. Exemplos: Brasil Universitário, Calha Norte, Cidadania e 
Efetivação do Direito das Mulheres. 
• Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são 
programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à 
formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao 
controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços 
ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por 
despesas de natureza tipicamente administrativas. Exemplos: 
Administração Tributária e Aduaneira, Controle Externo, 
Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública. 
Cuidado: essa é a classificação atual! Alguns livros antigos ainda trazem a 
antiga classificação em 4 tipos que não existem mais! 
O programa finalístico deve conter objetivo, indicador que quantifica a situação 
que o programa tenha como finalidade modificar e os produtos (bens e 
serviços) necessários para atingir o objetivo. Para cada programa finalístico é 
obrigatório haver pelo menos um indicador. Para os programas de apoio às 
políticas públicas e áreas especiais a presença de indicadores é facultativa. 
 
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A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades, 
projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas 
e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada 
projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado 
por sua unidade de medida, dará origem à meta. A finalidade do gasto pode 
ser observada na estrutura programática. 
As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que 
contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no 
conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes 
da federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, 
subvenções, auxílios, contribuições, financiamentos, etc. 
As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como 
atividades, projetos ou operações especiais, segundo a Portaria 42/1999: 
• Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o 
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se 
realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um 
produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. 
Exemplos: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e 
Seguros Privados de Assistência à Saúde”, “Manutenção de Sistema de 
Transmissão de Energia Elétrica”; “Vigilância Sanitária em Serviços de 
Saúde”. 
• Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o 
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, 
limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a 
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplos: 
“Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”, “Implantação 
de Poços Públicos”, “Construção da Interligação das Rodovias 
BR 040/262/381 no Estado de Minas Gerais”. 
• Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção, 
expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não 
resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de 
bens ou serviços. Exemplos: Amortização, juros, encargos e rolagem da 
 
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dívida contratual e mobiliária; Pagamento de aposentadorias e pensões;Transferências constitucionais ou legais por repartição de receita (FPM, 
FPE, Salário-Educação, Compensação de Tributos ou Participações aos 
Estados, Distrito Federal e Municípios, Transferências ao DF); 
Pagamento de indenizações, ressarcimentos, abonos, seguros, auxílios, 
benefícios previdenciários, benefícios de assistência social; Reserva de 
contingência, inclusive as decorrentes de receitas próprias ou 
vinculadas; Cumprimento de sentenças judiciais (precatórios, sentenças 
de pequeno valor, sentenças contra empresas, débitos vincendos, etc.). 
Nos exemplos acima foram citados os títulos da ação. O título é forma pela 
qual a ação será identificada pela sociedade e será apresentada no PPA, LDOs 
e LOAs. Expressa, em linguagem clara, o objeto da ação. 
No caso de projetos de grande vulto, a individualização do projeto em título 
específico é obrigatória. Ou seja, um projeto de grande vulto não pode ser 
incluído no título de outra ação, já que deve ter um título próprio. 
SUBTÍTULOS (localizador do gasto): a Portaria 42/1999 não estabelece 
critérios para a indicação da localização física das ações, mas a adequada 
localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a 
implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, 
os custos e os impactos da ação governamental. 
Segundo o MTO/2010, as atividades, projetos e operações especiais serão 
detalhados, ainda, em subtítulos, utilizados especialmente para especificar a 
localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da 
finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. 
A finalidade expressa o objetivo a ser alcançado pela ação, ou seja, o porquê 
do desenvolvimento dessa ação. O produto é o bem ou serviço que resulta da 
ação, destinado ao público-alvo, ou o investimento para a produção deste bem 
ou serviço. Cada ação deve ter um único produto, como “servidor treinado” e 
“estrada construída”. A unidade de medida é o padrão selecionado para 
mensurar a produção do bem ou serviço. 
 
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A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por 
Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, 
por um critério específico, quando necessário. A LDO da União veda que na 
especificação do subtítulo haja referência a mais de uma localidade, área 
geográfica ou beneficiário, se determinados. 
Exemplos de Subtítulos: Localizações 
Padronizadas (uso SOF): 0001 Nacion-
al NA 
0002 No Exterior EX 
Regiões Geográficas (baseada no padrão IBGE): 
0010 Na Região Norte NO 
0020 Na Região Nordeste NE 
0030 Na Região Sudeste SD 
0040 Na Região Sul SL 
0050 Na Região Centro-Oeste CO 
Estados da Federação (baseada no padrão IBGE): 
0011 No Estado de Rondônia RO 
0012 No Estado do Acre AC 
0013 No Estado do Amazonas AM 
0014 No Estado de Roraima RR 
0015 No Estado do Pará PA 
0016 No Estado do Amapá AP 
Etc. 
Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e 
será detalhado por esfera orçamentária, grupo de natureza de despesa, 
modalidade de aplicação, identificador de resultado primário, identificador de 
uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos 
da ação orçamentária. 
Na base do Sistema, o campo que identifica o Programa contém quatro dígitos. 
 
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1.º 2.º 3.º 4.º 
Programa 
Já a Ação é identificada por um código alfanumérico de oito dígitos: 
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 
Ação Subtítulo 
Ao observar o 1.º dígito do código pode-se identificar o tipo de ação: 
1º Dígito Tipo de Ação 
1, 3, 5 ou 7 Projeto 
2, 4, 6 ou 8 Atividade 
0 Operação Especial 
9 Ação não orçamentária (ação sem dotação nos orçamentos da União, mas que participa dos programas do PPA) 
Repare que os números ímpares são projetos (exceto o nove) e os pares são 
atividades (exceto o zero). 
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) O 
ordenador de despesas de determinado órgão público inclui, no planejamento 
orçamentário, uma ação de governo visando a alcançar os objetivos de um 
programa e que envolve um conjunto de operações limitadas no tempo, das 
quais resultará um produto final que concorrerá para a expansão ou o 
aperfeiçoamento da ação governamental. De acordo com o disposto na 
legislação vigente, essa ação é classificada como: 
(A) projeto. 
 
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(B) função. 
(C) atividade. 
(D) subprograma. 
(E) operações especiais. 
O projeto é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo 
de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, 
das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o 
aperfeiçoamento da ação de Governo. 
Resposta: Letra A 
6. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA DESPESA 
A Lei 4.320/1964 trata da classificação da despesa por categoria econômica e 
elementos nos arts. 12 e 13. Assim como no caso da receita, o art. 8.º 
estabelece que os itens da discriminação da despesa mencionados no art. 13 
serão identificados por números de código decimal, na forma de anexos dessa 
Lei. No entanto, atualmente, devemos seguir o que está consubstanciado no 
Anexo II da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001. 
O conjunto de informações que formam o código é conhecido como 
classificação por natureza de despesa e informa a categoria econômica, o 
grupo a que pertence, a modalidade de aplicação e o elemento. Temos ainda o 
desdobramento facultativo do elemento da despesa. 
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 
Categoria 
Econômica 
Grupo de 
natureza 
Modalidade 
de Aplicação 
Elemento de 
despesa 
Desdobramento 
facultativo do 
elemento 
Atenção: o art. 6.º da referida Portaria dispõe que, na lei orçamentária, a 
discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por 
categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de 
aplicação. 
 
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Caiu na prova: 
(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Acerca da 
padronização dos procedimentos orçamentários e contábeis nos três níveis 
de governo, julgue o item abaixo. 
Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, será 
feita, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e 
modalidade de aplicação. 
O art. 6.º da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001 dispõe que, na lei 
orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, farseá, 
no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e 
modalidade de aplicação. 
Resposta: Certa 
1.º nível - Categoria econômica da despesa 
Assim como a receita, este nível da classificação por natureza obedece ao 
critério econômico. Permite analisar o impacto dos gastos públicos na 
economia do país. A despesa é classificada em duas categorias econômicas, 
com os seguintes códigos: 
3 - Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria todas 
as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição 
de um bem de capital; 
4 - Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa cat-
egoria aquelasdespesas que contribuem, diretamente, para a formação ou 
aquisição de um bem de capital. 
2.º nível - Grupo de Natureza da Despesa (GND) 
É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características 
quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir: 
 
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QUADRO: GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA 
1 – Pessoal e Encargos Sociais 
2 – Juros e Encargos da Dívida 
3 – Outras Despesas Correntes 
4 – Investimentos 
5 – Inversões financeiras 
6 – Amortização da Dívida 
7 – Reserva do RPPS 
9 – Reserva de Contingência 
GND das despesas correntes 
• Pessoal e Encargos Sociais: despesas de natureza remuneratória 
decorrente do efetivo exercício de cargo, emprego ou função de 
confiança no setor público, do pagamento dos proventos de 
aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de 
responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários, 
contribuição a entidades fechadas de previdência, outros benefícios 
assistenciais classificáveis neste grupo de despesa, bem como soldo, 
gratificações, adicionais e outros direitos remuneratórios, pertinentes a 
este grupo de despesa, previstos na estrutura remuneratória dos 
militares, e, ainda, despesas com o ressarcimento de pessoal 
requisitado, despesas com a contratação temporária para atender a 
necessidade de excepcional interesse público e despesas com 
contratos de terceirização de mão de obra que se refiram à substituição 
de servidores e empregados públicos, em atendimento ao disposto no 
art. 18, § 1.º, da LRF. 
• Juros e Encargos da Dívida: despesas com o pagamento de 
juros, 
 
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comissões e outros encargos de operações de crédito internas e 
externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. 
• Outras Despesas Correntes: despesas com aquisição de material de 
consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílioali-
mentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria 
econômica “Despesas Correntes” não classificáveis nos demais grupos 
de natureza de despesa. 
GND das despesas de capital 
• Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o 
planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de 
imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a 
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. 
• Inversões Financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de 
imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos 
representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer 
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do 
capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além 
de outras despesas classificáveis neste grupo. 
• Amortização da Dívida: despesas com o pagamento e/ou 
refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da 
dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. 
Reservas 
Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor: consoante o 
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público da STN/SOF, os 
ingressos previstos que ultrapassarem as despesas orçamentárias fixadas 
num determinado exercício constituem o superávit orçamentário inicial, 
destinado a garantir desembolsos futuros do Regime Próprio de Previdência 
Social – RPPS, do ente respectivo. Assim sendo, esse superávit orçamentário 
representará a fração de ingressos que serão recebidos sem a expectativa de 
execução de despesa orçamentária no exercício e constituirá a reserva 
orçamentária para suportar déficits futuros, em que as receitas orçamentárias 
 
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previstas serão menores que as despesas orçamentárias. 
Dessa forma, o orçamento do fundo próprio de previdência deve ser 
constituído, do lado da receita orçamentária, pela previsão das contribuições 
dos segurados e demais receitas, e, do lado da despesa, a dotação das 
despesas a serem realizadas durante o exercício, evidenciando a reserva 
correspondente dos recursos que não serão desembolsados por se tratar de 
poupança para fazer face aos compromissos futuros. 
Por ocasião da elaboração do orçamento de um exercício, deve ser apurada a 
diferença entre receita orçamentária prevista e despesa orçamentária fixada, 
a ser realizada neste exercício, no intuito de evidenciar a Reserva 
correspondente ao superávit, utilizando a mesma metodologia da Reserva de 
Contingência. Ressalte-se que este procedimento é efetuado apenas para fins 
de elaboração e transferência do orçamento, pois a execução correspondente 
refletirá o superávit orçamentário fixado pela reserva que será utilizada para 
pagamentos previdenciários futuros. Destaque-se que a reserva do RPPS 
também poderá ser utilizada durante o exercício, caso necessário, para a 
abertura de créditos adicionais com o objetivo de atender a compromissos 
desse Regime. 
Reserva de Contingência: é definida na LDO com base na Receita Corrente 
Líquida. Compreende o volume de recursos destinados ao atendimento de 
passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos. 
Essa reserva poderá ser utilizada para abertura de créditos adicionais, desde 
que definida na LDO. 
Os Passivos Contingentes são representados por demandas judiciais, dívidas 
em processo de reconhecimento e operações de aval e garantias dadas pelo 
Poder Público. Os outros riscos a que se refere o § 3.º do art. 4.º da LRF são 
classificados em duas categorias: Riscos Fiscais Orçamentários e Riscos 
Fiscais de Dívida. 
 
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Riscos Fiscais Orçamentários: estão relacionados à possibilidade de as 
receitas e despesas projetadas na elaboração do projeto de lei orçamentária 
anual não se confirmarem durante o exercício financeiro. 
Com relação à receita orçamentária, algumas variáveis macroeconômicas 
podem influenciar no montante de recursos arrecadados, dentre as quais 
podem-se destacar: o nível de atividade da economia e as taxas de inflação, 
câmbio e juros. A redução do Produto Interno Bruto – PIB, por exemplo, 
provoca queda na arrecadação de tributos por todos os entes da federação. 
No que diz respeito à despesa orçamentária, a criação ou ampliação de 
obrigações decorrentes de modificações na legislação, por exemplo, requer 
alteração na programação original constante da Lei Orçamentária. 
Riscos Fiscais da Dívida: estão diretamente relacionados às flutuações de 
variáveis macroeconômicas, tais como taxa básica de juros, variação cambial 
e inflação. Para a dívida indexada ao Sistema Especial de Liquidação e 
Custódia – SELIC, por exemplo, um aumento sobre a taxa de juros 
estabelecido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil 
elevaria o nível de endividamento do governo. 
Atenção: diferenças entre investimentos e inversões financeiras nas 
aplicações em imóveis relacionadas ao PIB: o Produto Interno Bruto (PIB) 
se refere ao valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos 
dentro do território econômico do país, independentemente da nacionalidade 
dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços. 
Podemos concluir dos conceitos de investimentos e inversões financeiras queas despesas do grupo investimento contribuem para a formação do Produto 
Interno Bruto. A inversão financeira é a despesa de capital que, ao contrário de 
investimentos, não gera serviços e incremento ao PIB. Por exemplo, a 
aquisição de um prédio já pronto para a instalação de um serviço público é 
inversão financeira, pois se mudou a estrutura de propriedade do bem, mas 
não a composição do PIB. Já investimentos são as despesas de capital que 
geram serviços e, em consequência, acréscimos ao PIB. Por exemplo, a 
construção de um novo edifício é um investimento, pois além de gerar serviços 
 
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provoca incremento no PIB. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Segundo a natureza da 
despesa, amortização, juros e encargos da dívida deverão ser classificados 
na categoria econômica de despesas de capital. 
Cuidado: assunto muito cobrado em provas! Consoante a natureza da 
despesa, o grupo “amortização da dívida” deverá ser classificado na categoria 
econômica de despesas de capital. No entanto, o grupo “juros e encargos da 
dívida” deverá ser classificado na categoria econômica de despesas 
correntes. 
Resposta: Errada 
3.º nível - Modalidade de aplicação 
A modalidade de aplicação destina-se a indicar se os recursos serão aplicados 
mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização 
orçamentária para outras esferas de Governo, seus órgãos ou entidades, ou 
diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; 
ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por 
outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. Também 
indica se tais recursos são aplicados mediante transferência para entidades 
privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou ao exterior. 
A modalidade de aplicação é uma informação gerencial que objetiva, 
principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou 
descentralizados. 
Observa-se que o termo “transferências”, utilizado nos arts. 16 e 21 da Lei 
4.320/1964, compreende as subvenções, auxílios e contribuições que 
atualmente são identificados em nível de elementos na classificação da 
natureza da despesa. Não se confundem com as transferências de recursos 
financeiros, representadas pelas modalidades de aplicação, e que são 
 
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registradas na modalidade de aplicação constante da seguinte codificação 
atual: 
 
Modalidades de Aplicação 
20 transferências à união 
30 transferências a estados e ao Distrito Federal 
40 transferências a municípios 
50 transferências a instituições privadas sem fins lucrativos 
60 transferências a instituições privadas com fins lucrativos 
70 transferências a instituições multigovernamentais 
71 transferências a consórcios públicos 
80 transferências ao exterior 
90 aplicações diretas 
91 aplicação direta decorrente de operação entre órgãos, fundos e entidades 
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social 
99 a definir 
Caiu na prova: 
(ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) O 
administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas modalidades de 
aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade que: 
a) a estratégia na aplicação dos recursos prioriza a região onde se localiza a 
entidade, embora mediante transferência. 
b) a estratégia será entregar os recursos a outra entidade pública da mesma 
esfera de governo e que a aplicação ocorrerá sob sua supervisão. 
c) a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a estados, 
municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte destes. 
d) a entidade possui projetos e atividades tanto da área fim quanto da área 
meio. 
e) os bens e serviços a serem adquiridos serão utilizados pela própria entidade 
no desempenho de suas atividades. 
 
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Modalidades de Aplicação 
30 transferências a estados e ao Distrito Federal 
40 transferências a municípios 
50 transferências a instituições privadas sem fins lucrativos 
90 aplicações diretas 
Logo, o administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas 
modalidades de aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade 
que a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a 
estados, municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte 
destes (aplicação direta). 
Resposta: Letra C 
4.º nível - Elemento de despesa 
Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e 
vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros 
prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, 
equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a 
administração pública utiliza para a consecução de seus fins. Os códigos dos 
elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria Interministerial 
163, de 2001. 
É vedada a utilização em projetos e atividades dos elementos de despesa 
41-Contribuições, 42-Auxílios e 43-Subvenções Sociais, o que pode ocor-
rer apenas em operações especiais. 
É também vedada a utilização de elementos de despesa denominados típicos 
de gastos (ex.: 30, 35, 36, 39, 51, 52, etc.) em operações especiais. 
Isso ocorre porque os projetos e as atividades devem resultar em um produto 
ou em contraprestação de bens ou serviços, como acontece com os elementos 
típicos de gastos; já as operações especiais não podem gerar produto, por isso 
 
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são usados os elementos correspondentes a contribuições, auxílios e 
subvenções sociais. 
5.º nível - Desdobramento facultativo do elemento da despesa 
Conforme as necessidades de escrituração contábil e controle da execução 
orçamentária, fica facultado por parte de cada ente o desdobramento dos 
elementos de despesa. 
7. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO 
Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos 
recursos e destina-se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional 
de empréstimos, doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei 
orçamentária e de seus créditos adicionais. 
Identificador de Uso – IDUSO 
0 Recursos não destinados à contrapartida 
1 Contrapartida – Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento – BIRD 
2 Contrapartida – Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID 
3 Contrapartida de empréstimos com enfoque setorial amplo 
4 Contrapartida de outros empréstimos 
5 Contrapartida de doações 
8. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES 
É uma classificação tanto da receita como da despesa. Vimos que a 
classificação por natureza da receita busca a melhor identificação da origem do 
recurso segundo seu fato gerador. No entanto, existe a necessidade de 
classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos arrecadados. 
As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de 
naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação 
 
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legal, e servempara indicar como são financiadas as despesas orçamentárias. 
É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo 
a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e 
da despesa. 
A classificação por fontes de recursos consiste em um código de três dígitos: 
1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS 
1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente 
2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente 
3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores 
6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores 
9 – Recursos Condicionados 
Definições: 
• Recursos do Tesouro: são aqueles geridos de forma centralizada pelo 
Poder Executivo, que detém a responsabilidade e controle sobre as 
disponibilidades financeiras. Essa gestão centralizada se dá, 
normalmente, por meio do Órgão Central de Programação Financeira, a 
STN, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberações aos órgãos e 
entidades, de acordo com a programação financeira e com base nas 
disponibilidades e nos objetivos estratégicos do governo. 
• Recursos de Outras Fontes: são aqueles arrecadados e controlados 
de forma descentralizada e cuja disponibilidade está sob a 
responsabilidade desses órgãos e entidades, mesmo nos casos em que 
dependam de autorização do Órgão Central de Programação Financeira 
para dispor desses valores. De forma geral esses recursos têm origem 
no esforço próprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, 
prestação de serviços ou exploração econômica do patrimônio próprio. 
• Exercício Corrente e Exercícios Anteriores: corresponde à 
 
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segregação entre recursos arrecadados no exercício corrente daqueles 
arrecadados em exercícios anteriores, informação importante já que os 
recursos vinculados deverão ser aplicados no objeto para o qual foram 
reservados, ainda que em exercício subsequente ao ingresso (art. 8.º da 
LRF). Ressalta-se que os códigos 3 e 6 deverão ser utilizados para 
registro do superávit financeiro do exercício anterior, que servirá de base 
para a abertura de créditos adicionais, respeitando as especificações 
das destinações de recursos. 
• Recursos Condicionados: são aqueles incluídos na previsão da receita 
orçamentária, mas que dependem da aprovação de alterações na 
legislação para a integralização dos recursos. Quando confirmadas tais 
proposições, os recursos são remanejados para as destinações 
adequadas e definitivas. 
Os dígitos seguintes são bastante variados. O estudante deve saber que a 
fonte de recursos é composta por 3 dígitos e quais são os grupos do 1.° dígito. 
Exemplos de fontes: 
• Fonte 100: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos 
Ordinários (00); 
• Fonte 152: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Resultado do 
Banco Central (52); 
• Fonte 150: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos 
Próprios Não Financeiros (50); 
• Fonte 250: Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente (2); 
Recursos Próprios Não Financeiros (50); 
• Fonte 300: Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores (3); e Recursos 
Ordinários (00). 
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público traz algumas 
observações importantes: 
• Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de 
destinação/fonte de recursos exerce um duplo papel na execução 
orçamentária. Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade 
 
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de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas 
despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a 
origem dos recursos que estão sendo utilizados. Assim, o mesmo código 
utilizado para controle das destinações da receita orçamentária também 
é utilizado na despesa, para controle das fontes financiadoras da 
despesa orçamentária. 
• A destinação de recursos é o processo pelo qual os recursos públicos 
são correlacionados a uma aplicação, desde a previsão da receita até a 
efetiva utilização dos recursos. A destinação pode ser classificada em 
destinação vinculada e destinação ordinária. A destinação vinculada é o 
processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em 
atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. Já a 
destinação ordinária é o processo de alocação livre entre a origem e a 
aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades. 
• O argumento utilizado na criação de vinculações para as receitas é o de 
garantir a despesa correspondente, seja para funções essenciais, seja 
para entes, órgãos, entidades e fundos. Deve ser pautada em 
mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos. Outro 
tipo de vinculação é aquela derivada de convênios e contratos de 
empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com 
finalidade específica. 
• Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica 
a vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos 
valores. Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada 
qual sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a 
interligação entre a receita e a despesa. 
• Assim, no momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita 
classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo 
possível determinar a disponibilidade para alocação discricionária pelo 
gestor público, e aquela reservada para finalidades específicas, 
conforme vinculações estabelecidas. 
• Portanto, o controle das disponibilidades financeiras por fonte de 
recursos deve ser feito desde a elaboração do orçamento até a sua 
 
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execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a saída dos 
recursos orçamentários. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) O controle das 
disponibilidades financeiras por destinação/fonte de recursos deve ser feito 
apenas durante a execução orçamentária. 
O controle das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito 
desde a elaboração do orçamento até a sua execução, incluindo o 
ingresso, o comprometimento e a saída dos recursos orçamentários. 
Resposta: Errada 
9. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPER-
AÇÃO DE CRÉDITO – IDOC 
O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de 
crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem 
contrapartida de recursos da União. Os gastos referentes à contrapartida de 
empréstimos serão programados com o Identificador de Uso – IDUSO – igual a 
1, 2, 3 ou 4 e o IDOC com o número da respectiva operação de crédito, 
enquanto que para as contrapartidas de doações serão utilizados o IDUSO 5 e 
o respectivo IDOC. 
O número do IDOC também pode ser usado nas ações de pagamento de 
amortização, juros e encargos para identificar a operação de crédito a que se 
referem os pagamentos. 
Quando os recursos não se destinarem à contrapartida nem se referirem a 
doações internacionais ou operações de crédito, o IDOC será 9999. Neste 
sentido, para as doações de pessoas, de entidades privadas nacionais e as 
destinas ao combate à fome, deverá ser utilizado o IDOC 9999. 
 
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10. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADORDE RESULTADO PRIMÁRIO 
O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade 
auxiliar a apuração do resultado primário previsto na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias, devendo constar no Projeto de Lei Orçamentária Anual – PLOA 
e na respectiva Lei em todos os grupos de natureza da despesa, identificando, 
de acordo com a metodologia de cálculo das necessidades de financiamento, 
cujo demonstrativo constará em anexo à Lei Orçamentária. 
Conforme estabelecido no § 5.º do art. 7.º do PLDO-2011, nenhuma ação 
poderá conter, simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e 
primárias, ressalvada a reserva de contingência. 
Identificador de Resultado Primário 
0 Financeira 
1 Primária obrigatória, ou seja, aquelas que constituem obrigações constitucionais ou 
legais da União e constem da Seção I do Anexo IV do PLDO – 2011. 
2 Primária discricionária, assim consideradas aquelas não incluídas no anexo específico 
citado no item anterior. 
3 Primária discricionária relativa ao PAC. 
4 Despesas constantes do orçamento de investimento das empresas estatais que não 
impactam o resultado primário. 
11. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES 
Segundo a doutrina, a despesa pública pode ainda ser classificada nos 
seguintes aspectos: quanto a sua forma de ingresso ou natureza, competência 
institucional, entidades executoras do orçamento, afetação patrimonial e 
regularidade: 
Forma de ingresso ou natureza: 
• Orçamentária: são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas 
de créditos adicionais, instituídas em bases legais. Obedecem aos 
 
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estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento. 
Exemplos: construção de prédios públicos, manutenção de rodovias, 
pagamento de servidores, etc. 
• Extraorçamentária: são as despesas não consignadas no orçamento 
ou nas leis de créditos adicionais. Correspondem à devolução de 
recursos transitórios que foram obtidos como receitas 
extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos 
públicos, como as restituições de cauções, pagamentos de restos a 
pagar, resgate de operações por antecipação de receita orçamentária, 
etc. 
Vários autores utilizam o termo “natureza” nesta classificação. Atente para não 
confundir com a classificação por natureza da despesa. Entendo que o termo 
“forma de ingresso” é o mais apropriado neste caso. 
Competência institucional: classifica as despesas de acordo com o ente 
político competente a sua instituição ou realização, quais sejam: Governo 
Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal. 
Entidades executoras do orçamento: 
• Despesa Orçamentária Pública: aquela executada por entidade 
pública e que depende de autorização legislativa para sua realização, 
por meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos Adicionais, 
pertencendo ao exercício financeiro da emissão do respectivo empenho. 
• Despesa Orçamentária Privada: aquela executada por entidade 
privada e que depende de autorização orçamentária aprovada por ato de 
conselho superior ou outros procedimentos internos para sua 
consecução. 
Afetação patrimonial: 
• Despesa Orçamentária Efetiva: aquela que, no momento da sua 
realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Exemplos: 
despesas correntes, exceto aquisição de materiais para estoque e a 
 
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despesa com adiantamento, que representam fatos permutativos e, 
assim, são não efetivas. 
• Despesa Orçamentária Não Efetiva: aquela que, no momento da sua 
realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e 
constitui fato contábil permutativo. Exemplo: despesas de capital, exceto 
as transferências de capital que causam decréscimo patrimonial e, 
assim, são efetivas. 
Regularidade: 
• Ordinárias: compostas por despesas perenes e que possuem 
característica de continuidade, pois se repetem em todos os exercícios, 
como as despesas com pessoal, encargos, serviços de terceiros, etc. 
• Extraordinárias: não integram sempre o orçamento, pois são despesas 
de caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as 
despesas decorrentes de calamidade pública, guerras, comoção interna, 
etc. 
12. ESTRUTURA COMPLETA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA 
Esta é a estrutura completa da programação orçamentária: 
 Fonte: MTO/2010 
 
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Exemplo: 
 Fonte: MTO/2010 
Caiu na prova: 
(ESAF – AFC/CGU - 2008) A classificação funcional e a estrutura programática 
visam ao fornecimento de informações das realizações do governo e é 
considerada a mais moderna das classificações orçamentárias da despesa. A 
junção das duas, quando da execução da despesa no SIAFI , forma o 
Programa de Trabalho com a seguinte estrutura: 
Programa de Trabalho: AA.BBB.CCCC.DDDD.EEEE 
Com relação ao assunto, indique a opção correta. 
a) Na estrutura do Programa de Trabalho, a codificação CCCC representa o 
Programa e a codificação EEEE a ação governamental. 
b) A ação, reconhecida na estrutura pelo código DDDD, determina a escolha da 
subfunção, reconhecida pela codificação BBB, estabelecendo uma relação 
única. 
c) A subfunção, código BBB, poderá ser combinada com qualquer função, 
código AA, em razão da competência do órgão responsável pelo programa. 
d) Quando o primeiro dígito da codificação DDDD for um número ímpar 
significa que a ação é uma atividade. 
e) As operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção 
das ações de governo, das quais não resultam um produto, e não geram 
 
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contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços e são identificadas pelo 
primeiro dígito da codificação EEEE. 
A parte da estrutura programática extraída pela questão é a seguinte: 
A A B B B C C C C D D D D E E E E 
Função Subfunção Programa Ação Subtítulo 
a) Errada. Na estrutura do Programa de Trabalho, a codificação CCCC 
representa o Programa e a codificação EEEE é o Subtítulo. 
b) Correta. A ação, reconhecida na estrutura pelo código DDDD, determina a 
escolha da subfunção, reconhecida pela codificação BBB, estabelecendo uma 
relação única. As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que 
representam sua área específica. 
c) Errada. A subfunção, código BBB, poderá ser combinada com qualquer 
função, código AA, mesmo que diferentes daquelas às quais estão 
relacionadas na Portaria 42/99. No entanto, trata-se de uma classificação 
independente dos programas. Cuidado ainda com a exceção à 
matricialidade, a função 28 – Encargos Especiais e suas subfunções típicas 
que só podem ser utilizadas conjugadas. 
d) Quando o primeiro dígito da codificação DDDD for um número ímpar 
significa que a ação é um projeto, com exceção do dígito 9, o qual 
corresponde às ações não-orçamentárias. 
e) As operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção 
das ações de governo, das quais não resultam um produto, e não geram 
contraprestação diretasob a forma de bens ou serviços e são identificadas pelo 
primeiro dígito (zero) da codificação DDDD. 
Resposta: Letra B 
13. ARTIGO 12 DA LEI 4320/64 
Vamos dar uma atenção especial a este artigo da Lei 4320/64 por ser um dos 
mais cobrados em concursos. Repare que há diferenças entre os conceitos 
 
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estudados na classificação da despesa por natureza. Quando a questão exige 
tais conhecimentos, o enunciado geralmente é claro e cita que se refere à Lei 
4320/64. 
Segundo o art. 12, a despesa será classificada nas seguintes categorias 
econômicas: 
DESPESAS CORRENTES: 
• Despesas de Custeio: as dotações para manutenção de serviços 
anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de 
conservação e adaptação de bens imóveis. 
• Transferências Correntes: as dotações para despesas as quais não 
corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para 
contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de 
outras entidades de direito público ou privado. 
DESPESAS DE CAPITAL: 
• Investimentos: as dotações para o planejamento e a execução de 
obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados 
necessários à realização destas últimas, bem como para os programas 
especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material 
permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não 
sejam de caráter comercial ou financeiro. 
• Inversões Financeiras: as dotações destinadas a aquisição de imóveis, 
ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos 
representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer 
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do 
capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas 
que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações 
bancárias ou de seguros. 
• Transferências de Capital: as dotações para investimentos ou 
inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado 
devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens 
 
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ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, 
segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei 
especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da 
dívida pública. 
Consideram-se subvenções, para os efeitos da Lei 4320/64, as transferências 
destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, 
distinguindo-se como: 
• Subvenções sociais: as que se destinem a instituições públicas ou 
privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa; 
• Subvenções econômicas: as que se destinem a empresas públicas ou 
privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. 
Caiu na prova: 
(FCC – Assessor - MPE/RS – 2008) Com base no artigo 12 da Lei 4.320/64, é 
correto afirmar que: 
(A) classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a 
aquisição de imóveis considerados necessários a execução de obras. 
(B) subvenções sociais são transferências que se destinam a instituições 
privadas de caráter industrial. 
(C) classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas 
as quais corresponda contraprestação indireta em bens ou serviços. 
(D) subvenções econômicas são as que se destinam a empresas públicas ou 
privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. 
(E) classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a 
execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis 
considerados necessários à realização destas últimas. 
Nossa questão deve ser respondida com base no art. 12 da Lei 4.320/64: 
a) Errada. Classificam-se como Investimentos as dotações destinadas 
a aquisição de imóveis considerados necessários a execução de obras. 
 
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b) Errada. Segundo o inciso II do § 3º são subvenções econômicas as que se 
destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, 
agrícola ou pastoril. 
c) Errada. Consoante o § 2º, classificam-se como Transferências Correntes 
as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta 
(ou corresponda contraprestação indireta) em bens ou serviços, inclusive para 
contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras 
entidades de direito público ou privado. 
d) Errada. Segundo o inciso I do § 3º, são subvenções sociais as que se 
destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, 
sem finalidade lucrativa. 
e) Correta. Segundo o § 4º, classificam-se como investimentos as dotações 
para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à 
aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, 
bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, 
equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de 
empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. 
Resposta: Letra E. 
E assim terminamos a aula 5. 
Na próxima aula trataremos da Regra de Ouro e dos Estágios da Receita e da 
Despesa. 
Forte abraço! 
Sérgio Mendes 
 
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MEMENTO V 
CLASSIFICAÇÕES: 
CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA 
10 – Orçamento Fiscal 
20 – Orçamento da Seguridade Social 
30 – Orçamento de Investimentos 
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL 
1.º e 2.º dígitos: Órgão orçamentário 
3.º, 4.º e 5.º dígitos: Unidade orçamentária (UO) 
Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura 
administrativa. 
As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são 
consignadas às UOs, que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela 
realização das ações. 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 
1.º e 2.º dígitos: Função 
3.º, 4.º e 5.º dígitos: Subfunção 
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor 
público. Está relacionada com a missão institucional do órgão. 
A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar 
cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de 
despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As 
subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas. 
As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica. 
ESTRUTURA PROGRAMÁTICA 
Os Programas são classificados em dois tipos: 
Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade, 
 
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cujos resultados sejam passíveis de mensuração; 
Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são programas voltados aos serviços 
típicos de Estado, ao planejamento, à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou 
ao controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado,podendo ser composto inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativas. 
Tipos de ações: 
Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, 
envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais 
resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. 
Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, 
envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que 
concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. 
Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento 
das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a 
forma de bens ou serviços. 
Subtítulo (localizador do gasto): 
As atividades, projetos e operações especiais serão detalhados, ainda, em subtítulos, utilizados 
especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, 
alteração da finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. 
CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR NATUREZA 
Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria 
econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. 
1.º nível: Categoria Econômica 
3 – Despesas Correntes; 
4 – Despesas de Capital. 
2.º nível: Grupo de natureza da despesa – GND 
Despesas Correntes Despesas de Capital 
1 – Pessoal e Encargos Sociais 
2 – Juros e Encargos da Dívida 
3 – Outras Despesas Correntes 
4 – Investimentos 
5 – Inversões financeiras 
6 – Amortização da Dívida 
CCCPPP
FFF:::
111999
000555
777444
777444
444666
888 
 
CCCPPP
FFF:::
111999
000555
777444
777444
444666
888 
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Reservas 
7 – Reserva do RPPS 
9 – Reserva de Contingência 
3.º nível: Modalidade de Aplicação 
4.º nível: Elemento da Despesa 
5.º nível: Desdobramento Facultativo do Elemento da Despesa 
CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO 
Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se a indicar 
se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou destinam-se a 
outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais. 
CLASSIFICAÇÃO POR FONTES 
As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, 
atendendo a uma determinada regra de destinação legal, e servem para indicar como são financiadas 
as despesas orçamentárias. 
É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo a determinação legal, 
sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e da despesa. 
1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS 
1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente 
2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente 
3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores 
6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores 
9 – Recursos Condicionados 
 CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO DE 
CRÉDITO – IDOC 
O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais 
alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da União. 
CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO 
 
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O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração 
do resultado primário previsto na LDO e na LOA. 
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES: 
FORMA DE INGRESSO OU NATUREZA 
Orçamentária e Extraorçamentária 
COMPETÊNCIA INSTITUCIONAL 
Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal 
ENTIDADES EXECUTORAS DO ORÇAMENTO 
Despesa Orçamentária Pública e Despesa Orçamentária Privada 
QUANTO À AFETAÇÃO PATRIMONIAL 
Efetivas e por mutação patrimonial (não efetivas) 
QUANTO À REGULARIDADE 
Ordinárias e Extraordinárias 
 
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I) LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
1) (ESAF – APO/MPOG – 2010) A respeito da programação qualitativa do 
orçamento, é correto afirmar: 
a) caracteriza-se pela classificação do orçamento, segundo a natureza 
econômica da despesa (corrente e capital). 
b) decorre do agrupamento dos recursos em unidades orçamentárias. 
c) é representada pela divisão do orçamento em fiscal e de seguridade social. 
d) é caracterizada pela quantificação dos recursos dos programas e das 
naturezas da despesa. 
e) é definida pelo Programa de Trabalho e composta por esfera, classificação 
institucional, classificação funcional e estrutura programática. 
2) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) 
Entre os componentes da programação qualitativa do orçamento está a 
classificação por esfera orçamentária, que pode ser dividida em orçamento 
fiscal, orçamento de investimento, orçamento da seguridade social e orçamento 
monetário. 
3) (ESAF – APO/MPOG – 2010) Segundo definido no Manual Técnico de 
Orçamento para o exercício de 2010 – MTO-2010, o sistema de planejamento 
e orçamento federal é integrado pelos seguintes órgãos: 
a) Todos os órgãos e entidades públicas e privadas que são responsáveis pela 
aplicação de recursos oriundos do orçamento. 
b) Unidades setoriais de orçamento de cada ministério ou órgão. 
c) Aqueles identificados na classificação institucional do orçamento e que 
relacionam os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades 
orçamentárias. 
d) Órgãos de programação orçamentária e financeira dos Poderes da União. 
e) Unidades orçamentárias não relacionadas com estruturas administrativas. 
4) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) As despesas 
referentes ao cumprimento de sentenças judiciais são classificadas na função: 
(A) Essencial à Justiça. 
 
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(B) Segurança Pública. 
(C) Administração. 
(D) Encargos Especiais. 
(E) Judiciária. 
5) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) O 
ordenador de despesas de determinado órgão público inclui, no planejamento 
orçamentário, uma ação de governo visando a alcançar os objetivos de um 
programa e que envolve um conjunto de operações limitadas no tempo, das 
quais resultará um produto final que concorrerá para a expansão ou o 
aperfeiçoamento da ação governamental. De acordo com o disposto na 
legislação vigente, essa ação é classificada como: 
(A) projeto. 
(B) função. 
(C) atividade. 
(D) subprograma. 
(E) operações especiais. 
6) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Acerca da 
padronização dos procedimentos orçamentários e contábeis nos três níveis de 
governo, julgue o item abaixo. 
Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, será 
feita, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e 
modalidade de aplicação. 
7) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Segundo a natureza da despesa, 
amortização, juros e encargos da dívida deverão ser classificados na categoria 
econômica de despesas de capital. 
8) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) O 
administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas modalidades de

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