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CÁLCULOS DA FOLHA DE PAGAMENTO E APURAÇÃO DOS ENCARGOS TRABALHISTAS DA EMPRESA 2 1. INTRODUÇÃO: Analisaremos as contribuições previdenciárias das pessoas jurídicas, junto ao Instituto Nacional da Seguridade Social – INSS. O texto foi desenvolvido em uma linguagem de fácil compreensão, com tabelas e exemplos práticos de preenchimento de Guias da Previdência Social (GPS), das diversas atividades empresariais. 2. CONCEITO: 2.1 Conceito de empresa: Para fins previdenciários, considera-se empresa, a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional. As contribuições das empresas em geral estão previstas no artigo 22 da Lei nº 8.212/1991. 2.2 Equipara-se a empresa: Equipara-se à empresa, o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, missão diplomática e repartição consular de carreira estrangeira (Lei nº 9.876/1999). Fundamento legal: parágrafo único, inciso I do art. 15, da Lei nº 8.212, de 24.07.1991. Exemplo: � Pessoa física dentista que contrata um protético. 3. CONTRIBUIÇÕES PATRONAIS: As contribuições sociais previdenciárias, a cargo da empresa ou equiparada, observadas as disposições específicas da Instrução Normativa MPS/SRP nº 971/2010, são: � encargos sobre a folha de pagamento dos empregados; � grau de Incidência de Incapacidade Laborativa – Riscos Ambientais do Trabalho (GIIL – RAT); � financiamento da aposentadoria especial; � contribuições destinadas a outras entidades; � contribuição patronal sobre contribuinte individual (autônomos e empresários). � contribuição previdenciária sobre prestação de serviço de cooperativa. Vejamos cada uma delas. 3.1 Encargos sobre a folha de pagamento dos empregados: 3 1) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, durante o mês aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, que lhes prestam serviços; 2) Grau de incidência de incapacidade laborativa – riscos ambientais do trabalho (RAT): O financiamento dos benefícios concedidos, em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestam serviços, observado o disposto no inciso II do artigo 72 da Instrução Normativa MPS/SRP nº 971/2010, corresponde à aplicação dos seguintes percentuais: a) 1%, para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2%, para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado médio; c) 3%, para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado grave. Financiamento das aposentadorias especiais: Exercendo o segurado atividade em condições especiais que possam ensejar aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de trabalho sob exposição a agentes nocivos prejudiciais à sua saúde e integridade física, é devida pela empresa ou equiparado a contribuição adicional destinada ao financiamento das aposentadorias especiais, sendo os percentuais aplicados: Enquadramento nos correspondentes graus de risco é de responsabilidade da empresa, devendo ser feito mensalmente, de acordo com a sua atividade econômica preponderante, conforme a Relação de Atividades Preponderantes e Correspondentes Graus de Risco, elaborada com base na CNAE, prevista no Anexo V do RPS. � Considera-se preponderante, aquela que tenha o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos. 4 FAP: Fator Acidentário de Prevenção: O Fator Acidentário de Prevenção que afere o desempenho da empresa, dentro da respectiva atividade econômica, relativamente aos acidentes de trabalho ocorridos num determinado período. O FAP consiste num multiplicador variável num intervalo contínuo de cinco décimos (0,5000) a dois inteiros (2,0000), aplicado com quatro casas decimais sobre a alíquota RAT. A partir da competência 01/2010, a empresa deverá obter o coeficiente FAP mediante CNPJ + senha no site www.previdencia.gov.br, para informá-lo no campo próprio na GFIP. O FAP foi divulgado em setembro/2009 pelo Ministério da Previdência Social e tem validade para todo o ano de 2010 (GFIP 01/2010 ..... até GFIP 13/2010). Em setembro 2010, será divulgado o FAP do ano 2011, e assim sucessivamente. A senha que a empresa utiliza para verificar as restrições à “Certidão Negativa de Débitos de Contribuições Previdenciárias” serve para consultar o FAP. Caso a empresa não possua senha, poderá cadastrá-la no próprio aplicativo de consulta ao FAP na internet, no botão “Incluir Senha”. Havendo problemas com a senha, o contribuinte deverá dirigir-se a uma unidade de atendimento da RFB. A partir da competência 01/2010, as empresas continuam informando o campo RAT na GFIP e passam a informar também o campo FAP, conforme Manual da GFIP. O FAP será informado no SEFIP com duas casas decimais, sem arredondamento (truncamento), até que nova versão do aplicativo permita informar corretamente. Porém, ao fazer o cálculo da contribuição previdenciária “RAT x FAP” na folha de pagamento, a empresa usará o multiplicador FAP com quatro casas decimais, motivo pelo qual a GPS gerada pelo SEFIP deverá ser desprezada. � Apresentamos exemplos de duas atividades econômicas: banco e condomínio. Nota: Essa contribuição será acrescida de 12%, 9% ou 6%, se a atividade exercida pelo segurado ensejar aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de trabalho sob exposição de agentes nocivos prejudiciais a saúde. 5 Anexo V do Decreto n.º 6.957/2009 - relação de atividades preponderantes e correspondentes graus de risco (conforme a classificação nacional de atividades econômicas) CNAE 2.0 Descrição Alíquota 6422-1/00 Bancos múltiplos, com carteira comercial 3 8112-5/00 Condomínios prediais 2 Exemplo 1: Banco Azul S/A RAT: 3% FAP: 1,3452 RAT FAP Observação SEFIP/GFIP 3% x 1,34 (duas casas decimais) = 4,02 (alíquota calculada internamente pelo SEFIP) - duas casas decimais Folha de Pagamento/GPS 3% x 1,3452 (quatro casas decimais) = 4,0356 (alíquota a ser aplicada no programa de folha de pagamento/GPS, resultado da multiplicação RAT x FAP) – quatro casas decimais Exemplo 2: Condomínio Edifício Palmeiras RAT: 2% FAP: 0,6231 RAT FAP Observação SEFIP/GFIP 2% x 0,62 (duas casas decimais) = 1,24 (alíquota calculada internamente pelo SEFIP) - duas casas decimais Folha de Pagamento/GPS 2% x 0,6231 (quatro casas decimais) = 1,2462 (alíquota a ser aplicada no programa de folha de pagamento/GPS, resultado da multiplicação RAT x FAP ) - quatro casas decimais FAP do contribuinte individual equiparado a empresa, inscrito na matrícula CEI: Para os contribuintes individuais equiparados a empresa (profissionais liberais, produtor rural pessoa física....), identificados pela matrícula CEI, o FAP é, por definição, igual a 1,0000. Em conformidade com o ADE Codac nº 3/2010, O FAP será informado no SEFIP com duas casas decimais. Então, os contribuintes individuais equiparados à empresa, informarão no SEFIP FAP igual a 1,00. Nota: A consulta ao FAP é exclusiva para CNPJ, não sendo possível consulta ao FAP para matrícula CEI. 6 FAP para as Empresas Optantes pelo Simples e para as Entidades Beneficentes de Assistência Socialisentas das contribuições sociais: O FAP não foi calculado, neste primeiro processamento (FAP 2009), para as Empresas Optantes pelo Simples e para as Entidades Beneficentes de Assistência Social isentas das contribuições sociais. A Previdência Social prossegue com estudos a fim de ajustar e possibilitar a aplicação da metodologia para as empresas que não tiveram seu FAP calculado. Para esses contribuintes o FAP será igual a 1,0000. Em conformidade com o ADE Codac nº 3/2010 , O FAP será informado no SEFIP com duas casas decimais. Então, esses contribuintes informarão no SEFIP FAP igual a 1,00. Contribuições para Terceiros (OUTRAS ENTIDADES): Estas contribuições são obrigatórias e são destinadas a outras entidades, conforme enquadramento do FPAS, quais sejam: 7 Portanto, a contribuição patronal sobre o pagamento de empregados é: Contribuição Patronal sobre folha dos Empregados 20% sobre o salário dos empregados RAT – 1%, 2% ou 3% sobre o salário dos empregados – conforme atividade da empresa + FAP Contribuição de terceiros de acordo com a sua atividade econômica e o seu Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS) 3.2 As empresas também estão obrigadas a efetuar a arrecadação mediante desconto ou retenção nas situações a seguir: - pela arrecadação, mediante desconto na remuneração paga, devida ou creditada, e pelo recolhimento da contribuição do segurado empregado e trabalhador avulso a seu serviço; - pela arrecadação, mediante desconto no respectivo salário de contribuição, e pelo recolhimento da contribuição do segurado contribuinte individual que lhe presta serviços, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2003; - pela arrecadação, mediante desconto no respectivo salário de contribuição e pelo recolhimento da contribuição ao SEST e ao SENAT, devida pelo segurado contribuinte individual transportador autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista) que lhe presta serviços. - pela arrecadação, mediante desconto, e pelo recolhimento da contribuição do produtor rural pessoa física e do segurado especial incidente sobre a comercialização da produção, quando adquirir ou comercializar o produto rural recebido em consignação, independentemente de essas operações terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com o intermediário, pessoa física; - pela retenção de onze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços executados, mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, e pelo recolhimento do valor retido em nome da empresa contratada; - pela arrecadação, mediante desconto, e pelo recolhimento da contribuição incidente sobre a receita bruta, decorrente de qualquer forma de patrocínio, de licenciamento de uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e transmissão de espetáculos desportivos, devida pela associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional; - pela arrecadação, mediante desconto, e pelo recolhimento da contribuição incidente sobre a receita bruta da realização de evento desportivo, devida pela associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional, quando se tratar de entidade promotora de espetáculo desportivo. 8 Tabela de contribuição dos Segurados Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso, para Pagamento de Remuneração a Partir de Competência. VIGENTE A PARTIR DE 01.01.2012 Salário-de-contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%) até 1.174,86 8,00 de 1.174,87 até 1.958,10 9,00 de 1.958,11 até 3.916,20 11,00 Portaria Interministerial MPS/MF n.º 2/2012 4. Encargos patronais sobre prestação de serviço de cooperativa: - 15% (quinze por cento), sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, relativamente aos serviços que lhes são prestados por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000. 4.1 Encargos patronais sobre pagamento de prestação de serviços de contribuintes individuais: - 20% (vinte por cento), sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam serviços; 5. Empresas Optantes pelo Simples: As MEs e EPPs optantes pelo Simples Nacional são obrigadas a arrecadar e recolher, mediante desconto ou retenção, as contribuições devidas: a) pelo segurado empregado, podendo deduzir, no ato do recolhimento, os valores pagos a título de salário-família e salário-maternidade; b) pelo contribuinte individual, a partir de abril de 2003, na forma dos arts. 79 a 84; c) pelo segurado, destinadas ao SEST e ao SENAT, no caso de contratação de contribuinte individual transportador rodoviário autônomo; d) pelo produtor rural pessoa física ou pelo segurado especial, incidentes sobre o valor bruto da comercialização de produto rural, na condição de sub-rogadas; 9 e) pela associação desportiva, incidente sobre a receita bruta decorrente de contrato de patrocínio, de licenciamento de uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos, quando forem as patrocinadoras; e f) pela empresa contratada, incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura, ou recibo de prestação de serviço mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, na forma dos arts. 140 e 172. Tributação: As MEs e EPPs optantes pelo Simples Nacional no que se refere às contribuições sociais previstas no art. 22 da Lei nº. 8.212/1991, serão tributadas da seguinte forma: a) as contribuições incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores que exerçam exclusivamente a atividade enquadrada nos Anexos I, II,III e V da LC nº. 123/2006 serão substituídas pelo regime do Simples Nacional, neste caso, a empresa optante elo simples nacional recolherá as contribuições previdenciárias do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições , através do DAS, conforme artigo 13, inciso VI, da Lei complementar n.º 123/06, alterada pela Lei n.º 128/2008, citado abaixo: "Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: (...) VI – Contribuição Patronal Previdenciária – CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dediquem às atividades de prestação de serviços referidas nos §§ 5º-C e 5º-D do art. 18 desta Lei Complementar; (...).” b) as contribuições incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores que exerçam exclusivamente a atividade enquadrada nos Anexo IV da LC nº. 123/2006 serão recolhidas segundo a legislação aplicável aos demais contribuintes e responsáveis, através da GPS conforme abaixo: a) 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços; b) 1%, 2% ou 3% (GIL - RAT) destinada ao financiamento da aposentadoria especial de 1%, 2% ou 3% concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho; c) 20% vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas aos contribuintes individuais; d) 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços de cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. 10 A empresa com atividade enquadrada no anexo I, II, III e V, não recolherá oINSS patronal, uma vez que, este recolhimento foi substituído pela CPP a ser recolhida juntamente do DAS. Todavia, o recolhimento patronal será efetuado pela empresa simples, enquadrada no anexo IV juntamente da retenção dos empregados, contribuintes individuais, etc., conforme descrito acima. 6. Prazo de Recolhimento de INSS Os prazos para recolhimento das contribuições previdenciárias na GPS obedecem ao seguinte critério: � no dia 15 do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subseqüente, quando não houver expediente bancário, para os contribuintes individuais, facultativos e domésticos; � até o dia 20 de dezembro, antecipando-se o vencimento para o dia útil imediatamente anterior, quando não houver expediente bancário, para as contribuições incidentes sobre o 13º salário, para domésticos; � sobre a folha de pagamento recolher até o dia 20 do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem e não havendo expediente bancário antecipar para o dia útil anterior. Fundamento Legal Art. 30, Incisos I, letras “a” e “b”, II, III e IV da lei 8.212/1991. 7. FGTS (Lei n° 8.036/90 e Decreto n° 99.684/90): Criado em 1966 e atualmente regulado pela Lei nº 8.036, é um conjunto de recursos financeiros administrados pelo Estado brasileiro com a finalidade principal de amparar os trabalhadores em algumas hipóteses de encerramento da relação de emprego, sendo também destinado a investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura. 7.1 Histórico: Até 13 de setembro de 1966, data da criação do FGTS, todo empregado que cumprisse 10 anos de trabalho em uma empresa tornava-se estável, tendo o direito a apenas ter seu contrato de trabalho encerrado caso incorresse em justa causa. Nesse sistema anterior, aos empregados com mais de um ano de tempo de serviço e que fossem dispensados antes de completarem o decênio era devida uma indenização, correspondente ao valor de um mês de salário para ano laborado. Ultrapassados os 10 anos de serviço, para dar conteúdo à garantia da estabilidade, essa indenização tinha seu valor dobrado. Como essa indenização acabava representando um valor muito elevado, para o qual os empregadores não se preparavam, na prática, muitos trabalhadores eram demitidos pouco antes de completarem o decênio ou não recebiam a indenização que lhes era devida e eram obrigados a reclamarem seu direito na justiça. Apontada como encargo 11 que onerava as empresas, não agregava valor para a sociedade como um todo, e não favorecia os empregados, uma vez que não se permitia cumprir o decênio necessário, a saída adotada foi a criação do FGTS pela lei nº 5.107, em alternativa à estabilidade, como um fundo de recursos que os empregadores constituíam ao longo da vigência do contrato e pelo qual os empregados poderiam optar ou não. Independentemente da opção do empregado, o empregador tinha obrigação de depositar o valor do FGTS em conta específica, em nome do trabalhador como “não optante”. Os recursos do FGTS eram remunerados com juros baixos e correção monetária e serviriam para financiar investimentos nas áreas de habitação e infraestrutura, sobretudo de saneamento. A partir de outubro de 1988, com a publicação da Constituição Federal, foi extinta a estabilidade no emprego para empregados regidos pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), permanecendo estáveis apenas aqueles que já possuíam 10 anos de trabalho na mesmo empresa. A partir daí, todos os trabalhadores celetistas passaram a ser obrigatoriamente optantes pelo FGTS. 7.2 Funcionamento: Todo trabalhador regido pela Consolidação das Leis do Trabalho deve possuir uma conta de FGTS na Caixa Econômica Federal para cada vínculo empregatício existente, onde o empregador deve depositar o FGTS até o dia 7 de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da remuneração paga ou devida, no mês anterior a cada trabalhador. Nos contratos de aprendizagem a alíquota será de 2%. O cadastramento do empregador/contribuinte e do trabalhador, no sistema do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ocorre por ocasião do seu primeiro recolhimento para o Fundo. Para promover o recolhimento do FGTS o empregador deve utilizar o Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informação à Previdência Social – SEFIP, para recolhimentos regulares e a Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS – GRRF, para os recolhimentos rescisórios, inclusive a multa rescisória. As guias de recolhimento somente são geradas após a transmissão dos arquivos pelo Conectividade Social, canal de relacionamento entre o empregador e a Caixa, viabilizado pela certificação eletrônica. Os arquivos SEFIP e GRRF apresentam informações da empresa e dos trabalhadores, bem como possibilitam ajustes cadastrais dos mesmos. 7.3 Quem tem direito ao FGTS? • Trabalhadores urbanos e rurais, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT; • diretor não empregado, ou seja, que não pertence ao quadro de pessoal da empresa, mas que tenha sido equiparado a empregado; 12 • trabalhadores avulsos, como estivadores, conferentes, vigias portuários, etc; • empregados domésticos cujos empregadores optaram pelo recolhimento do FGTS. 7.3.1 Quem não tem direito ao FGTS? • Trabalhadores autônomos, que prestam serviços provisórios, não estando sujeitos a ordem e a horário, e que não exerçam tarefas ligadas à atividade principal do tomador de serviços; • Servidores públicos civis e militares, sujeitos ao regime trabalhista próprio; A conta vinculada FGTS do trabalhador recebe no dia 10 de cada mês rendimentos e correção monetária similar àquela aplicada às contas de poupança com aniversário no mesmo dia e taxa de juros de 3% ao ano. 7.4 Multa Rescisória: Quando o trabalhador é demitido sem justa causa, o empregador é obrigado a fazer o depósito a título de multa rescisória na conta do trabalhador. Essa multa corresponde a 50% do valor do somatório dos depósitos efetuados na conta do trabalhador, devidamente corrigidos, dos quais 40% são creditados na conta vinculada do trabalhador e 10% refere-se a contribuição social a ser recolhida na rede bancária e transferida à Caixa Econômica Federal. Estão isentas da contribuição social de 10% os empregadores domésticos que optaram por recolher o FGTS do empregado doméstico. 7.5 Contribuição Social (0,5%. 10 %): Em decorrência da Lei Complementar nº 110/2001, regulamentada pelo Decreto nº 3.913/2001, a partir de 01/10/01, foi instituída contribuição social devida pelos empregadores, à alíquota de cinco décimos por cento sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas as parcelas de que trata o art. 15 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. – Isenção Contribuição social (10%): Estão isentos da contribuição social de 10% incidente sobre o montante atualizado da conta vinculada do empregado demitido acrescido do FGTS, gerado na rescisão contratual, os empregadores domésticos. 13 – Isenção Contribuição Social (0,5%): I - as empresas inscritas no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES, desde que o faturamento anual não ultrapasse o limite de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais); II - as pessoas físicas, em relação à remuneração de empregados domésticos; e III - as pessoas físicas, em relação à remuneração de empregados rurais, desde que sua receita bruta anual não ultrapasse o limite de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais). OBS.: O art. 2º, § 2º da Lei Complementar nº 110/2001 estabeleceque a contribuição social de 0,5% será devida pelo prazo de 60 meses, a contar de sua exigibilidade. Inicialmente a exigibilidade da referida contribuição ocorreria a partir do primeiro dia do mês seguinte ao 90º dia da data de início da sua vigência. Assim a contribuição seria devida a partir da competência outubro de 2001 (Data ratificada pelo art. 3º do Decreto nº 3.914/2001). Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal no julgamento das liminares das ADin 2.556-2 e 2.568-6 (DJ 08.08.2003) suspendeu a expressão "produzindo efeitos" do artigo 14 da LC nº 110/2001, fazendo com que a contribuição social fosse exigida a partir de janeiro de 2002, observando-se o princípio da anterioridade. Muito embora o Decreto nº 3.914/2201 estabeleça que a contribuição é devida até a competência setembro de 2006, tendo em vista a medida liminar, bem como o disposto no art. 2º, § 2º da LC 110/2001, entendemos que contribuição será devida pelo prazo de 60 meses contados da efetiva exigência da contribuição, ou seja, janeiro de 2002. Portanto, a contribuição em questão foi exigida até dezembro de 2006. Posterior à medida limitar não houve qualquer manifestação por parte da CAIXA a respeito da questão, assim, orientamos que seja consultado o referido órgão. Em vigor restou apenas a contribuição social de 10% sobre o montante de todos os depósitos de FGTS efetuados durante a vigência do contrato de trabalho, por ocasião da Diretores não empregados: O depósito também é devido para os diretores não empregados, caso a empresa tenha optado por estender a estes o regime do FGTS. 14 rescisão sem justa causa do empregado, a ser depositada juntamente com a multa rescisória de 40%. Esta contribuição social não tem prazo de vigência, logo será exigida por tempo indeterminado, salvo se for editada outra lei para extingui-la. 7.6 Solicitação do Saque: Quando há rescisão sem justa causa de contrato de trabalho, cabe ao empregador comunicar o ocorrido à Caixa Econômica Federal, por meio da Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS – GRRF e do canal eletrônico Conectividade Social. Em até 5 dias úteis, munido da documentação exigida, o trabalhador poderá sacar seu benefício. Nos demais casos, a solicitação de saque é feita pelo trabalhador que comparece a uma agência da Caixa, portando os documentos devidos. O saque também é liberado em até 5 dias úteis. 7.6.1 Regras para Saque: Em caso de demissão sem justa causa: • Apresentar Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho devidamente homologado pelo sindicato da categoria profissional ou pelo Ministério do Trabalho no caso de contrato de trabalho que ultrapasse um ano de duração. Em caso de demissão com justa causa: • O trabalhador somente terá direto de saque passados 3 anos da demissão e se o mesmo não contrair nenhum vínculo trabalhista celetista. Ou seja, deverá passar por um período de três anos fora do regime do FGTS. Além disso, após completar os três anos, o trabalhador deverá procurar a Caixa Econômica Federal somente a partir do mês de seu próximo aniversário. Para aquisição da casa própria: • Caso o trabalhador tenha mais de trinta e seis meses, consecutivos ou não, de contribuição, pode usar o saldo como complemento para compra/ de casa própria, caso o mesmo ainda não possua casa própria. • É permitido, ainda, o uso do FGTS para amortização, liquidação ou abatimento de parte de prestação de financiamento habitacional contraído no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação ou com recursos do Fundo de Garantia. Por motivo de doença: • Trabalhadores que portem as doenças SIDA (AIDS, no Brasil) e neoplasia maligna (câncer) podem efetuar saque do saldo de sua conta vinculada. Deverá o trabalhador comparecer à Caixa com o laudo histopatológico e atestado médico no qual conste descrição e CID da doença, carimbo, assinatura e CRM do médico responsável, além da CTPS. Também é admitido o saque do FGTS quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal de vida. Em caso de desastre natural que resulte 15 em decretação de calamidade pública ou situação de emergência devidamente reconhecida pelo Governo Federal, também é permitido o saque do FGTS, desde que autorizado por lei. Por outros motivos: • O FGTS pode ser liberado, ainda, nos casos de aposentadoria, falecimento e para trabalhadores com mais de 70 anos. 8. Folha de Pagamento – Desenvolvimento do cálculo da folha de pagamento: De acordo com o Decreto n.º 3.048/99, artigo 225 inciso I, a empresa é também obrigada a: - preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos; Dados da Empresa: Atividade Comércio Optante pelo simples nacional Sim Cota Patronal Previdenciária Não Outros Dados Não Dados dos Sócios e colaboradores: Nome Salário Mensal Pró-Labore Dependentes Vale transporte Sócio 1 xxxx 3.000,00 01 xxxx Sócio 2 xxxx 1.500,00 - xxxx Colaborador 1 750,00 xxxx 02 xxxx Colaborador 2 630,00 xxxx - Sim Colaborador 3 700,00 xxxx - Não optante *Filhos Menores de 14 anos de idade Cálculos Preliminares: 1 – INSS: a) Sócios: Pró – Labore R$ 3.000,00 Alíquota de INSS 11% INSS a reter R$ 330,00 16 Pró – Labore R$ 1.500,00 Alíquota de INSS 11% INSS a reter R$ 165,00 b) Colaboradores: Salário R$ 950,00 Alíquota de INSS 8% INSS a reter R$ 60,00 Salário R$ 1200,00 Alíquota de INSS 9% INSS a reter R$ 108,00 Salário R$ 1.000,00 Alíquota de INSS 8% INSS a reter R$ 80,00 2- IRRF: a) Sócio 1: Pró-Labore R$ 3.000,00 Retenção de INSS R$ 330,00 Dependentes – 01 R$ 171,97 Base de cálculo para o IR R$ 2.498,03 Alíquota de Imposto de Renda 15% Retenção de IRRF R$ 54,10 b) Sócio 2: Pró-Labore R$ 1.500,00 Retenção de INSS R$ 165,00 Dependentes xxxx Base de cálculo para o IR R$ 1.335,00 Retenção de IRRF Isento Os rendimentos dos colaboradores 1,2,3 e do Sócio 2 estão dentro do limite de isenção da tabela de Imposto de Renda. 3- Cálculo de Salário-Família: a) Colaborador 1: Valor da Cota conforme Tabela R$ 22,00 Filhos menores de 14 anos 02 Valor de Salário – Família R$ 44,00 17 Nota: Para os demais colaboradores não são calculados os valores das cotas de salário- família devido ao fato dos mesmos não terem filhos menores de 14 anos. 4- Cálculo do Vale-Transporte: a) Colaborador 1: Salário R$ 950,00 Alíquota para Desconto 6% Vale-Transporte a descontar R$ 57,00 b) Colaborador 2: Salário R$ 1.200,00 Alíquota para Desconto 6% Vale-Transporte a descontar R$ 72,00 Nota: Não calculado para colaborador 3, pois conforme informação (vide dados) o mesmo não utiliza vale-transporte. 5- Cálculo do FGTS: a) Colaborador 1: Salário R$ 950,00 Alíquota 8% FGTS a pagar R$ 76,00 b) Colaborador 2: Salário R$ 1.200,00 Alíquota 8% FGTS a pagar R$ 96,00 c) Colaborador 3: Salário R$ 1.000,00 Alíquota 8% FGTS a pagar R$ 80,00 Folha de Pagamento Sócio 1: Pró-Labore R$3.000,00 18 INSS retido IRRF retido R$ 330,00 R$ 82,23 Pró-Labore Líquido R$2.587,77 Sócio : Pró-Labore R$ 1.500,00 INSS retido R$ 165,00 Pró-Labore Líquido R$ 1.335,00 Colaborador 1: Salário R$ 950,00 Salário-Família R$ 44,00 Total de Proventos R$ 994,00 Vale-Transporte R$ 57,00 INSSR$ 76,00 Total de Descontos R$ 133,00 Salário Líquido (994,00– 133,00) R$ 861,00 Colaborador 2: Salário R$ 1.200,00 Total de Proventos R$ 1.200,00 Vale-Transporte R$ 72,00 INSS R$ 108,00 Total de Descontos R$ 180,00 Salário Líquido (1200.00 – 180,00 ) R$ 1.020,00 Colaborador 3: Salário R$ 1.000,00 Total de Proventos R$ 1.000,00 INSS (item 1, letra e) R$ 80,00 Total de Descontos R$ 80,00 Salário Líquido (1.000,00 – 80,00) R$ 920,00 Guia de INSS (GPS) a Recolher: INSS retido sócio 1 R$ 330,00 INSS retido sócio 2 R$ 165,00 INSS retido Colaborador 1 R$ 76,00 INSS retido Colaborador 2 R$ 108,00 19 INSS retido Colaborador 3 R$ 80,00 Soma R$ 759,00 Salário-Família (colaborador 1) R$ 44,00 INSS a Recolher R$ 715,00 Nota: Não calculado os percentuais do empregador, pois a empresa é optante pelo simples nacional e isenta da cota patronal previdenciária. FGTS a Pagar: FGTS - Colaborador 1 R$ 76,00 FGTS - Colaborador 2 R$ 96,00 FGTS - Colaborador 3 R$ 80,00 FGTS a Pagar (soma) R$ 252,00 Exemplo de folha de pagamento: Valores a pagos mensalmente de encargos sociais (INSS E FGTS) para uma empresa optante pelo Simples Nacional e em uma empresa não optante pelo Simples Nacional -Quantidade de Empregados: 01 -Remuneração Empregado:1.200,00, -Empregado não optante pelo Vale-Transporte, -Empregado não tem dependentes, -Empresa quando Optante: sem incidência de INSS Patronal (enquadrada exclusivamente no anexo I, II ,III ou V da Lei Complementar 123/06), -Empresa quando NÃO Optante: INSS Empresa: 20%, RAT: 2%, Terceiros: 5,8%. I) Empresa OPTANTE pelo Simples Nacional: INSS...................................................................0,00 * (1) FGTS (R$ 1.200,00 X 8%).................................R$ 96,00 TOTAL...............................................................R$ 96,00 II) Empresa NÃO optante pelo Simples Nacional: a) Cálculo do INSS INSS Patronal (1200,00 x 20%)..................R$ 240,00 Terceiros (1.200,00 x 5,8%)........................R$ 69,60 RAT/SAT (1.200,00 x 2%).........................R$ 24,00 CUSTO TOTAL INSS................................R$ 333,60 *(2) b) FGTS (1.200,00 X 8%)..............................R$ 96,00 TOTAL (a+b)...............................................R$ 429,60 9- Salário e Remuneração: 20 Salário fixo: É a contraprestação devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador em decorrência da prestação de serviços. Remuneração: Compreende-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber (art. 457 da CLT). Salário variável: Integram o salário, não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagem e abonos pagos pelo empregador. Adicionais: São aqueles que objetivam remunerar o trabalho prestado em condições consideradas excepcionais. Os principais são: a) horas extras: remuneração acrescida de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da hora normal (art.59, § 1º, da CLT); b) horário noturno: remuneração acrescida de, no mínimo, 20% (vinte por cento), sobre o valor da hora diurna para o trabalhador urbano (art. 73 da CLT) e de 25% (vinte e cinco), para o trabalhador rural (art. 7º, parágrafo único, da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973); c) insalubridade: pode ser de 10% (dez por cento), 20% (vinte por cento) e 40% (quarenta por cento) sobre o salário-mínimo, conforme os graus de classificação de mínimo, médio e máximo (art. 192 da CLT); Diárias de viagem e de ajuda de custo São as importâncias pagas ao trabalhador para cobrir despesas de viagem e manutenção, quando se desloca para outra localidade a serviço da empresa. Passam a integrar o salário para os demais efeitos trabalhistas, no caso de ultrapassarem 50% (cinqüenta por cento) do salário pago ao empregado (art. 457, § 2º, da CLT). Grau máximo: 40% - R$ 678,00 x 40% = R$ 271,20 Grau médio: 20% - R$ 678,00 x 20% = R$ 135,60 Grau mínimo: 10% - R$ 678,00 x 10% = R$ 67,80 21 As atividades insalubres são aquelas que expõem os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos. Artigo 192 da CLT. Exemplo: Salário mensal: R$ 930,00 Jornada mensal: 220 Adicional de insalubridade grau médio: 20% Valor do adicional de insalubridade: R$ 135,60 Adicional de hora extra: 50% Quantidade de horas extras: 48 Salário-hora acrescido do adicional de insalubridade: R$ 930,00 + R$ 135,60 = R$ 1.065,60 R$ 1.065,60 : 220 = R$ 4,84 Salário-hora extra acrescido do adicional de insalubridade: R$ 4,84 x 50% = R$ 2,42 R$ 4,84 + R$ 2,42 = R$ 7,26 Valor total de Horas Extras: R$ 7,26 x 48 = R$ 348,48 DSR sobre hora extra insalubre: Mês 30 dias Quantidade de dias úteis: 25 Quantidade de DSR no mês: 5 (verificar a quantidade de dias úteis e DSR de cada mês) R$ 348,48 : 25 = R$ 13,93 R$ 13,93 x 5 = R$ 69,69 d) periculosidade: remuneração acrescida de um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário do empregado (art. 193, §1º, da CLT); São consideradas perigosas as atividades que impliquem no contato permanente com inflamáveis, explosivos ou energia elétrica. Artigo 193 da CLT Exercício:Empregado de um posto de combustível que tem direito ao adicional de periculosidade. Salário: R$ 980,00 22 Cargo: Frentista Exposição a Periculosidade: Permanente Jornada de Trabalho Mensal:220 Horas Salário Família:Não Vale Transporte:Não Horas Extras 50%: 6 horas Outros Adicionais: Não Dias Úteis: 25 Dias Não Úteis: 5 1) Cálculo da Periculosidade: R$ 980,00 x 30% = R$ 294,00 (=) Salário..........................................................................980,00 (x ) % Periculosidade.........................................................30% (=) Adicional de Periculosidade....................................... R$ 294,00 2) Cálculo da Hora Extra e do DSR (Descanso Semanal Remunerado) Base de Cálculo da Hora Extra (=) Salário;R$ 980,00 (=) Adicional de Periculosidade:R$ 294,00 (=) Base de Cálculo:R$ 1.274,00 Valor da Hora Acrescida de 50% (=) Base de Cálculo:R$ 1.274,00 (/ ) Jornada de Trabalho: 220 (=) Valor hora Periculosa: R$ 1.274,00 : 220 = R$ 5,79 (x ) Adicional de Horas Extras: 50% R$ 5,79 x 50% = R$ 2,89 (=) Valor da Hora com 50%: R$ 5,79 + R$ 2,89 = R$ 8,68 (=) Valor da Hora Extra Periculosa com 50%: R$ 8,68 (x) Horas Extras (dados): 6 (=) Valor Total de Horas Extras Periculosa: R$ 8,68 x 6 = R$ 52,08 Valor do DSR (=) Horas Extras Periculosa:R$ 52,08 (/ ) Dias Úteis (dados) 25 (X) DSR:04 R$ 52,08 :25 = R$ 2,08 R$ 2,08 x 4 = R$ 8,32 23 3) Folha de Pagamento Salário: R$ 980,00 Adic. Periculosidade – 30%: R$ 294,00 Horas Extras 50%:R$ 52,08 DSR s/ Horas Extras Periculosa:R$ 8,32 Sub-Total:R$ 1.334,40 INSS: 9% Desconto de INSS: R$ 120,09 Líquido a Pagar:R$ 1.214,31 12- Jornada de Trabalho A jornada máxima diária de trabalho é de 8 horas diárias, não podendo exceder a 44 horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva, conforme art. 58 da CLT e art. 7º, XIII da CF. Em qualquer atividade privada a duração da jornada de trabalho não poderá exceder 8 horas diáriasou 44 horas semanais, totalizando 220 horas mensais. Lembre-se de que 7.33 não significa 7 horas e trinta e três minutos, pois este valor esta em centésimas e teremos que transformá-lo em horas, se não vejamos: 0.33 x 60 = 20 minutos - Para legislação trabalhista sábado é considerado dia útil. Agora voltamos e atualizamos à interpretação do artigo 64: Jornada diária em decimais 7,3333 30 vezes 30 Jornada Mensal 220 a) Cálculo da Jornada Semanal Jornada de Segunda à Sexta 8 horas x 5 40 Horas Jornada Sábado 4 Horas 4 Horas Total Semanal 44 Horas b) Cálculo da Média diária (em decimais) Total de Horas Semanais 44 horas Dias de Segunda à Sábado 6 Média de Horas Diárias 7,3333 Para reforçar, Imaginamos agora um trabalhador com 6 horas diárias de segunda à sexta e 4 horas no sábado: a) Cálculo da Jornada Semanal 24 Jornada de Segunda à Sexta 6 horas x 5 30 Horas Jornada Sábado 4 Horas 4 Horas Total Semanal >>>>>>>>>>>>>>>>>> 34 Horas Que é igual a: Jornada Semanal 34 horas Multiplicador 5 Jornada Mensal 170 Intervalos para repouso e alimentação (art. 71 da CLT) O intervalo destinado ao repouso ou alimentação é considerado período de suspensão da jornada de trabalho, portanto, não são nela computados. Tais intervalos são os seguintes: Jornada de trabalho Intervalo Jornada de até 4 horas Não há intervalo Jornada de 4 a 6 horas Intervalo obrigatório de 15 minutos Jornada superior a 6 horas Intervalo mínimo de 1 hora e máximo de 2 horas Intervalo – Descanso entre Jornadas: A CLT determina que entre duas jornadas de trabalho deverá haver um descanso mínimo de 11 horas consecutivas. 1) Um colaborador trabalha 08 horas por dia, perfazendo o horário das 10:00 às 13:00 e das 15:00 às 20:00. Sua jornada foi estendida e devidamente remunerada extraordinariamente até às 22:00. No dia seguinte iniciou a jornada às 07:00, sendo assim, a jornada das 07:00 às 11:00 e das 13:00 às 17:00. Exemplo: -Encerrou a jornada às 22:00. Contamos: 22:00 às 23:00 = 1 hora 23:00 às 00:00 = 1 hora 00:00 às 01:00 = 1 hora 01:00 às 02:00 = 1 hora 02:00 às 03:00 = 1 hora 03:00 às 04:00 = 1 hora 04:00 às 05:00 = 1 hora 05:00 às 06:00 = 1 hora 06:00 às 07:00 = 1 hora Sub-Total = 9 horas 25 07:00-08:00 = 1 hora 08:00-09:00 = 1 hora Total = 11 horas Neste caso, como ele retornou às 07:00, e a empresa estará passível a multa administrativa aplicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. – Atraso e Saída Antecipada-Tolerância - (art.58, § 1º da CLT): Em face da impossibilidade material de todos os empregados marcarem o ponto num só momento, para estabelecer que devem ser desprezados para a apuração de horas extras ou atrasos, os 5 minutos que antecedem e excedem a jornada de trabalho, observado o limite diário de 10 minutos, constantes dos cartões de ponto. Os minutos que antecedem ou ultrapassam a jornada, bem como os atrasos e as saídas antecipadas, desde que, limitadas a 5 minutos, observado limite máximo diário de 10 minutos, não serão computados para efeito de descontos ou remuneração de horas extraordinárias, entretanto, ultrapassado este limite, serão computados como jornada extraordinária ou como atraso. Exemplo- Cartão de ponto atraso: Quando o trabalhador chega atrasado 3 minutos a empresa poderá proceder o desconto em seu salário? Caso o empregado prorrogar a jornada em 3 minutos, deverá ocorrer o da hora-extra ? 1- Exemplo - Horário de Trabalho das 08:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00: Registro no cartão ponto: Entrada...................................... 08:04(dentro dos 5 minutos de tolerância) Saída para Intervalo................. 12:04 (dentro dos 5 minutos de tolerância) Retorno do Intervalo................ 14:05 (dentro dos 5 minutos de tolerância) Saída......................................... 18:03 (dentro dos 5 minutos de tolerância) Total de Atraso.......................... 00:09* Total de Horas Excedentes....... 00:07* *Dentro dos 10 minutos de tolerância diária. 2- Exemplo - Horário de Trabalho das 08:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00: Registro no cartão ponto: Entrada...................................08:04** Saída para Intervalo..............12:03*** Retorno do Intervalo.............14:07 (00:06 minutos de atraso)** Saída......................................18:09 (00:09 minutos de hora extra)*** 26 **Em um primeiro momento, essas horas de atraso estariam dentro da tolerância comentada no exemplo 1; porém no Retorno do Intervalo o limite máximo diário foi ultrapassado e elas devem ser computadas no atraso (Entrada: 00:04 + Retorno do Intervalo: 00:07 = 00:11). ***A exemplo do atraso essas horas também estariam dentro da tolerância, porém na Saída o limite máximo diário também foi ultrapassado e elas devem ser computadas como horas extras (Saída para Intervalo: 00:03 + Saída: 00:09 = 00:12). Total de Atraso.......................... 00:11 Total de Horas Extras................ 00:12 Acordo de Prorrogação de Horas: Os empregados maiores poderão ter a duração normal do trabalho acrescida de horas suplementares (horas extras), em número não excedente de 2, mediante acordo escrito entre empregador e empregado ou mediante contrato coletivo de trabalho, do qual deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração dessas horas complementares, que será, no mínimo, 50% superior à da hora normal. Colaborador com remuneração mensal de R$ 1.200,00, com jornada de trabalho de 220 horas e que todas as horas foram trabalhadas a 50%): (=) Salário.................................................1.200,00 ( :) Jornada Mensal.................................. 220 (=) Salário Hora........................................ 5,45 (=) Salário Hora......................................5,45 (x ) Adicional...........................................50% (=) Salário Hora c/ Adicional.................. 8,17 (=) Salário Hora c/ Adicional.................. 8,17 (x ) Horas Extras.....................................20 (=) Valor Horas Extras 50%....................163,40 Além deste valor devemos pagar também o RSR - Repouso Semanal Remunerado que é calculado da seguinte forma: (=) Valor das Horas Extras..................... R$ 163,40 ( :) Dias úteis no mês ..............................25 R$ 164,40 : 25 = R$ 6,53 (x ) DSR no mês.......................................5 R$ 6,53 x 5 = R$ 32,68 (= ) Valor RSR..........................................32,68 Resumo: (+) Valor Horas Extras 50%.................... 163,40 (+) Valor RSR........................................... 32,68 (=) TOTAL................................................ 196,08* 27 **Para contagem dos dias úteis e não úteis devem ser considerados os feriados estaduais e municipais. Acordo de compensação de horas A compensação de horas é o acordo escrito, individual ou coletivo, entre o empregador e seus empregados, que autoriza a prorrogação da jornada de trabalho durante determinado período, mediante a correspondente diminuição de jornada em outro período, de forma que o número total de horas efetivamente trabalhadas no período vigência do acordo não ultrapasse o número total de horas estabelecido em contrato de trabalho ou o limite legal para o mesmo período. Neste caso, por se tratar de compensação de horas, é dispensado o acréscimo de 50% sobre o valor da hora extraordinária. Por outro lado jornada de trabalho acrescida da prorrogação de horas não poderá exceder o limite diário de 10 horas por dia. Caso a jornada de trabalho diária seja inferior a 8 horas, o limite a ser observado é de 2 horas de prorrogação.Exemplo: Qual procedimento deve ser adotado quando uma empresa tem acordo de compensação de horas (para não trabalhar aos sábados) e o referido dia for feriado? Jornada de Trabalho: INTERVALO Dia Entrada 1 Saída 1 Entrada 2 Saída 2 Total Segunda 07:42 12:00 13:30 18:00 08:48 Terça 07:42 12:00 13:30 18:00 08:48 Quarta 07:42 12:00 13:30 18:00 08:48 Quinta 07:42 12:00 13:30 18:00 08:48 Sexta 07:42 12:00 13:30 18:00 08:48 Sábado - - - - - TOTAL 44:00 Neste caso o trabalhador labora mais do que oito horas durante a semana para não trabalhar ao sábado. Sendo assim, se sábado é feriado, não deverá haver compensação nesta semana: INTERVALO Dia Entrada 1 Saída 1 Entrada 2 Saída 2 Total Segunda 08:00 12:00 14:00 18:00 08:00 Terça 08:00 12:00 14:00 18:00 08:00 Quarta 08:00 12:00 14:00 18:00 08:00 Quinta 08:00 12:00 14:00 18:00 08:00 Sexta 08:00 12:00 14:00 18:00 08:00 Sábado FERIADO TOTAL 40:00 28 E se houver as mesmas deverão ser pagas como hora-extra. Compensação de Horas x Horas-Extras: Se for preciso prorrogar a jornada de trabalho (horas-extras) a empresa deve observar que a legislação não permite que seja acrescida mais do que 2 horas por dia na jornada do trabalhador. No nosso caso, já está sendo prorrogado 00:48 minutos restando apenas 01:12 a ser prorrogada. Compensação de Horas x Feriado em dia de compensação: INTERVALO Dia Entrada 1 Saída 1 Entrada 2 Saída 2 Total Segunda 07:42 12:00 13:30 18:00 08:48 Terça FERIADO Quarta 07:42 12:00 13:30 18:00 08:48 Quinta 07:42 12:00 13:30 18:00 08:48 Sexta 07:42 12:00 13:30 18:00 08:48 Sábado - - - - - TOTAL 35:12 A solução será acrescer os 00:48 minutos da terça-feira que não serão compensados nos demais dias da semana, exemplo: INTERVALO Dia Entrada 1 Saída 1 Entrada 2 Saída 2 Total Segunda 07:42 12:00 13:18 18:00 09:00 Terça FERIADO Quarta 07:42 12:00 13:18 18:00 09:00 Quinta 07:42 12:00 13:18 18:00 09:00 Sexta 07:42 12:00 13:18 18:00 09:00 Sábado - - - - - TOTAL 36:00 Trabalho Noturno: De acordo com a CLT, art. 73 , combinado com a CF/1988 , art. 7º , IX, todo o trabalho realizado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte é considerado como noturno, sendo sua remuneração superior à do diurno em, pelo menos, 20%. A hora do trabalho é computada como de 52 minutos e 30 segundos. Exemplo: 29 Uma jornada de 8 horas diurnas ou normais corresponde a 7 horas de efetivo trabalho noturno: 8 horas normais = 7 horas noturnas 1,1428571 Para facilitar os cálculos relativos ao horário noturno, elaboramos adiante a tabela de equivalência de horas entre o trabalho diurno e noturno. Tabela Trabalho Noturno/Diurno (Normal) - Equivalências - Horas Horas Normais Efetivamente Trabalhadas no Período Noturno (Horário de Relógio das 22 às 5h) Jornada de Trabalho Equivalente (Horário Normal Acrescido de 14,28571%) Quantidade de Horas Noturnas a Pagar - Nº. Multiplicador (*) 1 hora ( 60 minutos) 01h08min34s 1,1428571 2 horas (120 minutos) 02h17min08s 2,2857142 3 horas (180 minutos) 03h25min42s 3,4285713 4 horas (240 minutos) 04h34min17s 4,5714284 5 horas (300 minutos) 05h42min51s 5,7142855 6 horas (360 minutos) 06h51min25s 6,8571426 7 horas (420 minutos) 08h00min00s 8,0000000 Exemplo do cálculo de jornada: Jornada: 7:20 horas por dia de segunda a sábado (44 semanais e 220 mensais) Remuneração: R$ 3.300,00 mensais ou R$ 15,00 por hora (R$ 3.300,00 : 220 horas) Entrada: 22:00 horas Intervalo: das 2:00 às 3:00 horas (60 minutos = 1 hora) Saída: 5h29m. Valor do adicional noturno: R$ 20,57 * Determinação do horário de saída: 22:00 às 23:00 23:00 às 24:00 24:00 às 1:00 1:00 às 2:00 30 2:00 às 3:00 – intervalo para alimentação 3:00 às 4:00 4:00 às 5:00 Total = 6 horas trabalhadas de 60 minutos 60 : 52:5 = 1,1428571 6 x 1,1428571 = 6.8571426 = 6 horas trabalhadas 8571426 x 60 minutos = 51 minutos 428556 x 60 minutos = 25 segundos Total = 6:51:25 Às 5:00 horas da manhã o empregado trabalhou 6:51:25, para completar 07:20 de trabalho o empregado terá de trabalhar mais 29 minutos, portanto, o horário de saída do mesmo será: 5h:29m Assim, temos: Das 22:00 às 5:00 ( horário noturno) = 7 horas no relógio, menos 1:00 de intervalo, totalizam 6 horas no relógio, equivalendo a 6h51m25s noturnas, portanto para completar a jornada de 7:20 horas deverá encerrar o expediente às 5h28m35s. Quantidade e valor das horas noturnas a pagar: 6h x R$ 15,00 (valor/hora normal) = R$ 102,86 Cálculo do adicional noturno: R$ 102,86 x 20% = R$ 20,57 Valor total das horas noturnas a pagar: R$ 102,86 + R$ 20,57 = R$ 123,43, Reflexo das horas noturnas no DSR: R$ 20,57 : 25 dias úteis X 5 DSR = R$ 4,18 Exemplo - cálculo do adicional a ser pago Horas Noturnas laboradas no mês.................. 192 Salário Fixo.......................................................R$ 700,00 Jornada de Trabalho......................................... 220 Dias Úteis em 06/210........................................ 25 Dias Não Úteis em 09/2008.............................. 05 1) Adicional Noturno a) 20% sobre Valor da Hora (=) Salário Fixo........................................R$ 700,00 (/ ) Jornada de Trabalho..........................220 (=) Valor da Hora ...................................R$ 3,18 (x ) 20% do Valor da Hora......................R$ 0,63 31 b) Valor do Adicional Noturno (=) 20% do Valor da Hora (letra a)......... R$ 0,63 (x ) Horas Noturnas (dados).................... 192 (= ) Adicional Noturno..............................R$ 120,96 2) RSR – Repouso Semanal Remunerado sobre as horas noturnas (=) Adicional Noturno (letra b).................R$ 120,96 (/ ) Dias Úteis........................................... 25 (x) DRS no mês....................................... 05 (=) RSR s/ Adic. Noturno.........................R$ 24,19 3) Folha de Pagamento – 06/2010 Salário.............................................................................R$ 700,00 Adicional Noturno .........................................................R$ 120,96 RSR – Repouso Semanal Remunerado..........................R$ 24,19 Sub-Total........................................................................R$ 845,15 (-) INSS – 8%.................................................................R$ 67,61 Líquido a Pagar..............................................................R$ 777,54 FGTS a depositar...........................................................R$ 67,61 13- Repouso Semanal Remunerado: O empregado terá direito a um descanso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa de serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte (art. 67 da CLT). Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização. Essa escala deverá garantir que o descanso semanal do empregado coincidirá com o domingo pelo menos uma vez em cada 7 (sete) semanas. Trabalho do homem Trabalho da mulher O modelo da escala de revezamento é de livre escolha do empregador e deve ser organizada de forma que num período máximo de 3 semanas de trabalho, cada empregado usufrua pelo menos um domingo de folga. Artigos 6º, 6º-A e 6º-B, naredação dada pela Lei nº. 11.603/2007. Para o trabalho da mulher, a escala de revezamento deve ser organizada de forma que seja concedido um repouso semanal no domingo a cada 15 dias. Artigo 386 da CLT 32 DSR- Diarista – Semanalista – Quinzenalista – Mensalista: Tipo de remuneração Valor Valor do DSR Diarista Salário-dia 25,00 25,00 Semanalista Salário semanal 130,00 ÷ 06 21,66 Quinzenalista Salário quinzenal 500,00 ÷ 15 33,33 Mensalista Salário mensal 1.600,00 ÷ 30 53,33 Horista Comissionista Corresponde a sua jornada normal de trabalho. Exemplo: Salário-hora:R$ 5,00 Jornada normal de trabalho: 06:00 horas por dia Repouso semanal remunerado: R$5,00 x 06:00 = R$ 30,00 Corresponde ao valor das comissões auferidas na semana, dividido pelo número dias úteis da mesma semana. Valor total das comissões auferidas na semana: R$ 820,00 Número de dias úteis da semana: 06 Repouso semanal remunerado:R$ 820,00 : 6 = R$ 136,67 Lembra-se que o valor do repouso semanal remunerado dos empregados contratados por mês, já está inserido no salário contratual, não havendo necessidade de calcular separadamente seu valor, ficando assim vedado sua discriminação em folha e recibo de pagamento. Pagamento em dobro: O trabalho realizado em dia feriado, desde que não determinado outro dia de folga, deverá ser pago em dobro. A expressão em dobro, conforme entendimento da Justiça do Trabalho significa o valor das horas efetivamente trabalhadas no feriado pagas em dobro, independentemente do valor do repouso semanal remunerado já assegurado pelo cumprimento da jornada semanal integral. Salário mensal: R$ 1.200,00 Salário-hora:R$ 1.200,00÷ 220 = R$ 5,45 Jornada de trabalho diária não uniforme: Na hipótese de jornada diária não uniforme, o repouso semanal remunerado corresponderá a 1/6 do total de horas da semana. 33 Valor das horas do feriado:R$ 5,45 x 7,3333 = R$ 39,95 Valor da dobra das horas do feriado: R$ 39,96 x 2 = R$ 79,38 Total a receber no mês:R$ 1.200,00 + R$ 79,38 = R$ 1.279,38 As decisões da Justiça do Trabalho são no sentido de que a dobra se refere às horas efetivamente trabalhadas no dia destinado ao descanso, independentemente do valor do repouso semanal remunerado legalmente já assegurado no salário do empregado. Sendo assim, serão pagas em dobro as horas trabalhadas no dia de repouso sem prejuízo do valor relativo ao repouso semanal remunerado a ser pago juntamente com o salário do empregado. Desconto do repouso semanal remunerado: Para que o empregado tenha direito ao repouso semanal remunerado é necessário que o seu horário de trabalho seja integralmente cumprido, sem faltas, atrasos, ausências por suspensões disciplinares ou saídas durante o expediente. � 2- Exemplos: = Salário 900,00 = Desconto de 1 dia 21/01/2013 Falta injustificada = Salário 1.200,00 : Dias de Trabalho 30 = Desconto da falta injustificada 40,00 = Desconto do DSR 25/01/2013 40,00 = Desconto do DSR 27/01/2013 = TOTAL (40,00+40,00+40,00) 120,00** 2- Exemplo: = Salário 1.200,00 Súmula 146 do TST: “O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.” 34 : Jornada de Trabalho 220 = Valor de 1 Hora de Trabalho 5,45 x Faltas (2 Horas – Atraso) 2 = Valor do Desconto de 1 Hora 10,90 = Desconto do DSR (perda do DSR) 40,00 Total de Descontos = R$ 10,90 + R$ 40,00 = R$ 50,90 = Salário 1.500,00 : Falta injustificada 14/01/2013 50,00 = Desconto do DSR (20/01/2013) 50,00 Total de Desconto = R$ 100,00 14- Férias: O empregado terá direito a férias depois de trabalhar 12 (doze) meses (período aquisitivo) na seguinte proporção (art. 129 e 130 da CLT): Considerando as faltas injustificadas, dentro do período aquisitivo, o empregado tem direito a férias na seguinte proporção: Dias Corridos Faltas injustificadas 30 Até 5 24 De 6 a 14 18 De 15 a 23 12 De 24 a 32 Concessão de férias: O empregador deverá conceder as férias ao empregado nos 12 (doze) meses seguintes período aquisitivo. Concessão de férias fora do prazo Quando as férias forem concedidas fora do prazo de 12 (doze) meses seguintes ao período aquisitivo, o empregador será obrigado a pagar em dobro a sua remuneração (art. 137, § 1º, da CLT). Exemplo: Período aquisitivo: 17/02/2011 à 16/02/2012 Período concessivo:17/02/2012 à 16/02/2013 Data da concessão: 01/04/2012 à 30/04/2012 35 � A época das férias será aquela que melhor consulte os interesses do empregador, desde que respeitado esse prazo (art.136 da CLT). � As férias dos menores de 18 (dezoito) anos e dos maiores de 50 (cinqüenta) anos não podem ser divididas (art. 134, § 2º, da CLT). � O período das férias deve ser comunicado ao empregado com no mínimo 30 (trinta) dias de antecedência (art. 135 da CLT). � As férias devem ser anotadas na CTPS e no Livro ou Fichas de Registro de Empregados (art. 135, §§ 1º e 2º, da CLT). � Os membros de uma família que trabalhem para um mesmo empregador têm direito a gozar férias ao mesmo tempo, se isso não causar prejuízo ao serviço (art. 136, § 1º, da CLT). O pagamento deve ser feito até 2 (dois) dias antes do seu início (art. 145 da CLT), mediante recibo, no valor da remuneração do empregado, acrescida de 1/3 (um terço) (CF, art. 7º, inciso XVI). Remuneração das férias: A remuneração das férias é calculada com base no salário vigente na data de sua concessão, acrescido 1/3 da Constituição Federal de 1988. Mensalista Horista Diarista Remuneração mensal vigente no mês da concessão das férias, acrescida do 1/3 constitucional. Remuneração horária vigente no mês da concessão das férias, multiplicada pelo número de horas de férias a que o empregado fizer jus, acrescida de 1/3. Remuneração diária vigente no mês da concessão das férias, multiplicada pelo número de dias de férias a que o empregado fizer jus, acrescida de 1/3. Salário: R$ 1.800,00 Gozo de férias de 01/06 a 30/02 Salário: R$ 1.800,00 1/3 constitucional: R$ 1.80,00 : 3= R$ 600,00 Salário: R$ 5,45 Jornada de 7h20 ou 7,333...) Gozo de férias: 01/12 a 30/12 Salário/dia: R$ 39,96 (R$ 5,45 x 7,33333) Remuneração de férias: R$ 1.198,80 (R$ 39,96 x 30) 1/3 da CF: R$ 399,60 (R$ 1.198,80 ÷ 3) Salário: R$ 86,00 Gozo de férias de 02/07 a 31/07 Salário/dia: R$ 86,00 Remuneração de férias: R$ 2.580,00 (R$ 86,00 x 30) 1/3 da CF: R$ 860,00 (R$ 2.580,00 ÷ 3) 36 Adicionais: os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso são computados no salário que serve de base de cálculo da remuneração das férias (CLT, art. 142, parágrafo 5°). Também são acrescidos de 1/3 da CF/88 na remuneração total das férias. 1- Exemplo – Hora Extra: Para o cálculo das férias será utilizado sempre o salário vigente, neste caso R$ 800,00. Para iniciar, vamos calcular as médias de horas extras e RSR, os mesmos devem ser feitos somente com as variáveis que estiverem dentro do período aquisitivo. Então: Mês.................................. Hora Extra*................................. RSR* Abril/2011....................... 09:30...........................................03:10 Maio/2011....................... 04:30...........................................01:30 Junho/2011..................... 06:30...........................................02:10 Julho/2011...................... 09:00...........................................03:00 Agosto/2011................... 08:00...........................................02:40 Setembro/2011.............. 09:30........................................... 03:10 Outubro/2011.................09:00............................................03:00 Novembro/2011.............08:00............................................02:40 Dezembro/2011.............07:00........................................... 02:20 Janeiro/2012..................09:00........................................... 03:00 Fevereiro/2012...............09:30...........................................03:10 Março/2012....................07:00...........................................02:20 TOTAL.........................96:30............................................32:10 a) Cálculo das Médias de Horas Extras (=) Soma de 04/2011 à 03/2012............................................. 96:30 (=) Transformação em Decimal [96 + (0,30/60x100)]........... 96,50 ( :) Quantidade de Meses.........................................................12 (=) Média de 04/2011 à 03/2012.............................................08,04 (X) Média de 04/2011 à 03/2012 acrescida do %**............. .50% (=) Valor 1..............................................................................12,06 (=) Salário Vigente...................................................................800,00 ( :) Divisão pela Jornada de Trabalho..................................... 220 (=) Valor 2................................................................................3,64 (=) Valor 2.................................................................................3,64 (x) Valor 1.................................................................................12,06 (=) Média de Horas Extras 50% ............................................. 43,90 37 b) Cálculo da Média RSR (=) Soma de 04/2011 à 03/2012.............................................32:10 (=) Transformação em Decimal [32 + (0,10/60x100)]...........32,17 ( :) Quantidade de Meses........................................................12 (=) Média de 04/2011 à 03/2012.............................................2,68 (X) Média de 04/2011 à 03/2012 acrescida do %**............. 50% (=) Valor 1..............................................................................4,02 (=) Salário Vigente.................................................................800,00 ( :) Divisão pela Jornada de Trabalho.....................................220 (=) Valor 2...............................................................................3,64 (=) Valor 2................................................................................3,64 (x) Valor 1.................................................................................4,02 (=)Média de RSR s/ H.E 50%.................................................. 14,63 1) Cálculo do Recibo: (+) Férias...................................................................................800,00 (+) Média de Horas Extras 50%...............................................43,90 (+) Média de RSR s/ H.E 50%................................................. 14,63 (=) Sub-Total 1..........................................................................858,53 (/ ) 1/3 de Férias.........................................................................286,18 (=) Sub-Total 2..........................................................................1.144,71 (- ) INSS – 8%..........................................................................91,57 (=) Valor Líquido a Pagar......................................................... 1.053,14 2- Exemplo: Adicional de Periculosidade: + Salário Mensal R$ 1.200,00 X % Periculosidade 30% = Adicional Periculosidade R$ 360,00 = Base de Cálculo R$ 1.560,00 Cálculo do Recibo de Férias + Férias (letra b) R$ 1.560,00 + 1/3 de Férias (975,00 : 3) R$ 520,00 + Total R$ 2.080,00 - INSS (R$ 2.080,00 x 11%) R$ 228,80 = Líquido R$ 1.851,20 3- Exemplo – salário mais comissões: a) Soma dos últimos 12 meses 38 MÊS Comissão RSR 06/2011 600,00 120,00 07/2011 750,00 150,00 08/2011 680,00 136,00 09/2011 700,00 140,00 10/2011 700,00 140,00 11/2011 600,00 120,00 12/2011 800,00 160,00 01/2012 730,00 146,00 02/2012 900,00 180,00 03/2012 700,00 140,00 04/2012 900,00 180,00 05/2009 900,00 180,00 TOTAL R$ 8.960,00 R$ 1.792,00 b) Valor da Média de Comissões = Soma de 06/2011 à 05/2012 (letra a) R$ 8.960,00 : Média 12 = Média de Comissões R$ 746,66 c) Valor da Média do RSR s/ Comissões = Soma de 06/2011 à 05/2012 (letra a) R$ 1.792,00 : Média 12 = Média de Comissões R$ 149,33 2) Cálculo do Recibo de Férias + Férias (valor do último Salário) R$ 1.200,00 + Média de Comissões (item 1, letra b) R$ 746,66 + Média de RSR (item 1, letra c) R$ 149,33 = Total R$ 2.095,99 + 1/3 de Férias ( R$ 698,99 = Total + 1/3 constitucional R$ 2.794,98 - INSS – 11% R$ 307,44 - IRRF R$ 45,35 = Líquido a Receber R$ 2.442,19 Abono Pecuniário - (arts.143 e 144 da CLT): O empregado tem direito de converter 1/3 de suas férias em abono pecuniário, sendo o valor igual ao da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. Referido abono deverá ser requerido pelo empregado, por escrito, até 15 dias antes do término do período aquisitivo; após esse prazo, a concessão ficará a critério do empregador. Aos empregados sob regime de tempo parcial não se aplica a conversão das férias em abono pecuniário. Exemplo: 39 Salário..................................................................R$ 1.200,00 Período de Gozo (descanso)............................... 01/09/2012 à 20/09/2012 Período de Abono Pecuniário..............................21/09/2012 à 30/09/2012** a) Cálculo dos Proventos (+) Férias (1.20000/30x20).............................................800,00 (+) 1/3 de Férias............................................................ 266,66 (+) Abono Pecuniário (1.200,00/30x10)........................400,00 (+) 1/3 s/ Abono Pecuniário.......................................... 133,33 (=) Sub-Total..................................................................1.599,99 b) Cálculo do desconto de INSS (+) Férias (600/30x20)................................................... 800,00 (+) 1/3 de Férias............................................................ 266,66 (=) Base de Cálculo do INSS***................................... 1.066,66 (X) Alíquota.....................................................................8% (=) Valor a Descontar......................................................85,33 c) Líquido a Receber (+) Férias + 1/3.....................................................1.066,66 (+) Abono Pecuniário + 1/3..................................533,33 (-) INSS (letra b)...................................................85,33 (=) Valor a Receber.............................................. 1.514,66 * Isento de retenção de imposto de renda Afastamento Antes e Durante as Férias: Caso o empregado tenha se incapacitado para o trabalho antes do início das férias, ainda que a empresa já tenha efetuado o pagamento do adiantamento, será suspenso o gozo das férias, pela impossibilidade de concedê-lo durante período de afastamento. Tendo em vista que no período de férias o contrato de trabalho permanece interrompido, portanto, gerando efeitos, mesmo que o empregado adoeça, o respectivo gozo deverá ser cumprido até o final. Não sendo possível retornar ao trabalho, ao término das férias, em virtude da incapacidade, iniciar-se-á a contagem dos 15primeiros dias, a partir da data que deveria ocorrer o retorno. Exemplos: 40 15- Décimo Terceiro Salário: O empregador deverá pagar a primeira parcela do décimo terceiro salário (metade da remuneração) aos seus empregados, entre fevereiro e 30 de novembro de cada ano, e a segunda parcela até o dia 20 de dezembro, tomando-se por base a remuneração devida nesse mês. Não há obrigação de pagamento da primeira parcela para todos os empregados ao mesmo tempo (art. 2º da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965). Caso 1 (dados) Data da Admissão................................................. 01/09/2010 Período Aquisitivo de Férias 1............................. 01/09/2010 à 31/08/2011 Período Aquisitivo de Férias 2............................. 01/09/2011 à 31/08/2012 Afastamento (Auxílio Doença)..............................02/08/2011 à 01/02/2012 Caso 1 (Contagem) Período Aquisitivo de Férias 1............................. 01/09/2010 à 31/08/2011 Afastamento dentro do Período Aquisitivo......... 02/08/2010 à 31/08/2010 Afastamento no Período Aquisitivo...................... 1 Mês Período Aquisitivo de Férias 2............................. 01/09/2011 à 31/08/2012 Afastamento dentro do Período Aquisitivo......... 01/09/2011 à 01/02/2012 Afastamento no Período Aquisitivo...................... 5 Meses Nesta simulação o empregado tem direito ao gozo e recebimento da remuneração de férias pois no primeiro período aquisitivo ele se afastou 1 mês e no segundo 5 meses. Caso 2 (dados) Data da Admissão................................................. 01/09/2011 Período Aquisitivo de Férias 1............................. 01/09/2011 à 31/08/2012 Afastamento (Auxílio Doença).............................. 02/10/2012 à 02/05/2012 Caso 2 (Contagem) Período Aquisitivo de Férias 1............................. 01/09/2011 à 31/08/2012 Afastamento dentro do Período Aquisitivo......... 02/10/2011 à 02/05/2012 Afastamento no Período Aquisitivo...................... 7 Meses Nesta simulação o empregado não tem direito ao gozo e recebimento da remuneração de férias pois se afastou mais de 6 meses dentro do mesmo período aquisitivo. Cabe lembrar que o período aquisitivo fica alterado iniciando-se nova apuração na data da cessação do benefício (retorno ao trabalho). 41 Os empregados, desde que solicitem no mês de janeiro do correspondente ano, poderão receber o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário com o pagamento de férias. Valor do décimo terceiro salário: O cálculo do décimo terceiro salário é feito da seguinte maneira: divide-se o salário de dezembro por 12 (doze) e multiplica-se este resultado pelo número de meses que o empregado trabalhou no ano. Nesse cálculo, considera-se também como mês integral parcela igual ou superior a 15 (quinze) dias . Mensalista: Empregado mensalista contratado em 05.05.2012 com salário de R$ 1.006,25, mantido em outubro, faz jus à 1ª parcela no valor de: R$ 1.006,25 ÷ 12 = R$ 83,85 (1/12) R$ 83,85 × 6 (nº de meses trabalhados até outubro) = R$ 503,10 Valor da 1ª parcela: R$ 503,10 ÷ 2 = R$ 251,55 Esse empregado teve seu salário atualizado, passando a receber em dezembro a importância mensal de R$ 1.437,50. Assim, o valor da 2ª parcela da gratificação de Natal corresponde a: Salário de dezembro: ...................................................................R$ 1.437,50 Horista: O empregado horista admitido em 03.03.2012 passou a receber R$ 7,24 por hora e receberá gratificação de Natal no seguinte valor: Quantidade de avos: .................................................... 8/12 (de março a outubro/2012) (R$ 7,24 × 220 horas) ÷ 12 = R$ 132,73 R$ 132,73 × 8 = R$ 1.061,84 Valor da 1ª parcela: R$ 1.061,84 ÷ 2 = R$ 530,92 Quantidade de avos: ............................................... 10/12 (de março a dezembro/2012) (R$ 7,24 × 220 horas) ÷ 12 = R$ 132,73 R$ 132,73 × 10 = R$ 1.327,30 Valor bruto da 2ª parcela: R$ 1.327,30 - R$ R$ 530,92 = R$ 796,38 Seu valor corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço do ano correspondente, considerando-se mês integral a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho no mês civil. 42 Diarista: Empregado diarista contratado em 02.06.2012, com diária mantida em dezembro de R$ 59,80, receberá em 19.12.2012, a título de 13º salário, o seguinte valor: R$ 59,80 × 30 = R$ 1.794,00 (R$ 1.794,00 ÷ 12) × 5 = R$ 747,50 Valor da 1ª parcela: R$ 747,50 ÷ 2 = R$ 373,75 (R$ 1.794,00 ÷ 12) × 7 = R$ 1.046,50 Valor da 2ª parcela: R$ 1.046,50 - R$ 373,75 = R$ 672,75 Valor do 13º salário: ................................. (R$ 1.437,50 ÷ 12) × 8 = R$ 958,33 Valor bruto da 2ª parcela: R$ 958,33 - R$ 251,55 = R$ 706,78 Horas Extras: Dados 1: Jornada de Trabalho Mensal..................220 Horas Salário em 11/2012.................................800,00 Salário em 12/2012.................................1.000,00 Adicional de Horas Extras = 50% Devemos ignorar o salário de 01/2009 à 09/2009, pois o pagamento da 1ª parcela deverá ser a metade do salário vigente em outubro. Pelo mesmo motivo faremos a média das horas extras em horas e não em valores. Vejamos o cálculo: Primeira Parcela: a) Cálculo da parte fixa Salário de Outubro..............................................................800,00 ( :) Divisão (metade).................................................................2 (=) 1ª Parcela 13º Salário......................................................... 400,00 b) Cálculo da Média de Horas Extras (=) Soma de Janeiro à Outubro................................................ 80:00 ( :) Quantidade de Meses......................................................... 10 (=) Média de Janeiro à Outubro............................................... 08:00 R$ 800,00 : 220 = R$ 3,63 R$ 3,63 x 50% = R$ 1,81 43 R$ 3,63 + R$ 1,81 = R$ 5,44 – valor da hora extra R$ 5,44 x 8 (horas) = R$ 43,56 R$ 43,56 : 2 = R$ 21,78 – média de horas extras primeira parcela FGTS primeira parcela: R$ 400,00 x 8%= R$ 32,00 R$ 21,78 x 8%= R$ 1,74 Segunda Parcela: a) Cálculo da parte fixa Salário de Dezembro..............................................................1000,00 ( :) Divisão (metade)...............................................................2 (=) 1ª Parcela 13º Salário........................................................500,00 R$ 1.000,00 – R$ 400,00 (1ª parcela) = R$ 600,00 b) Cálculo da Média de Horas Extras (=) Soma de Janeiro à Dezembro..............................................120:00 ( :) Quantidade de Meses......................................................... 12 (=) Média de Janeiro à Dezembro.............................................10 R$ 1.000,00 : 220 = R$ 4,54 R$ 4,54 x 50% = R$ 2.27 R$ 4,54 + R$ 2,27 = R$ 6,81 – valor da hora extra R$ 6,81 x 10 (horas) = R$ 68,10 R$ 68,10 – R$ 21,78 (média de horas extras primeira parcela) = R$ 46,32 – média de horas extras segunda parcela. FGTS segunda parcela: R$ 600,00 x 8%= R$ 48,00 R$ 46,33 x 8%= R$ 3,70 INSS: R$ 1.000,00 + R$ 68,10 = R$ 1.068,10 x 8%= R$ 85,44 Valor da segunda parcela: R$ 646,32 Valor líquido a receber da segunda parcela: R$ 646,32 – R$ 85,44 (INSS) = R$ 560,88 Comissionista: Empregado comissionista recebe comissões de janeiro a junho no valor de R$ 996,00. O salário fixo na época era R$ 600,00. Recebe a 1ª parcela do 13º
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