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======= OBS: ULTIMO DIA DO PRAZO 30/11/2016 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XXXXXX PROCESSO N°: _________ MATEUS, já devidamente qualificado nos autos do processo crime em epígrafe, vem por intermédio de seu advogado que a este subscreve, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 396-A do Código Penal, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO Em razão dos fatos e fundamentos narrados a seguir I – DOS FATOS O acusado foi denunciado pelo Ministério público acusado de suposto crime de estupro de vulnerável praticado contra Maísa, de 19 anos de idade e namorada do autor. Foi incurso nas penas previstas nos artigos 217-A, §1º, c/c 234-A, III, todos do Código Penal. Segundo o Ministério Público o denunciado, em agosto de 2016, aproveitou-se do fato de estar a sós com Maísa em sua residência, para constrangê-la a manter com ele, conjunção carnal. Fato este que resultou na gravidez da suposta vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Mesmo com alegação de manifesto consentimento da própria, e de Mateus não ter se valido de violência real ou grave ameaça para a conjunção carnal, sustenta ainda, o Ministério Público, que a mesma é pessoa possuidora de deficiência mental, sendo, portanto, incapaz de ter o necessário discernimento da prática de seus atos, por esta razão seu consentimento não teria validade. Porém, o acusado, alega desconhecer a deficiência mental da vítima e que o namoro já se perpetuava por um tempo considerável. Sustenta ainda que o referido namoro era do conhecimento da avó materna (Olinda) e da mãe (Alda) de Maísa. Além disso, a denúncia fora oferecida sem o consentimento de Maísa e não há nos autos provas capazes de comprovar a debilidade mental da mesma. Portanto tratar-se-ia de uma ação penal pública condicionada à representação. II – DA PRELIMINAR POR ILEGITIMIDADE DA PARTE Pugna-se pela ilegitimidade da parte, tendo em vista que o acusado desconhecia qualquer debilidade mental de Maísa, bem como, não há provas da referida incapacidade. Diante disso, entende-se que Maísa é pessoa plenamente capaz, portanto, caso o acusado realmente tivesse cometido o crime, tratar-se-ia uma de ação penal pública condicionada à representação. O que infere a aplicação da nulidade prevista no artigo 564, III, a, do Código de Processo Penal, tendo em vista que a denúncia foi oferecida pelo Ministério Público sem o consentimento da vítima. III – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS É certo que o fato narrado não constitui crime, tendo em vista que o acusado não tinha conhecimento de nenhuma debilidade mental de Maísa, fato que corrobora para a comprovação da ausência de dolo. Além disso, não consta nos autos laudo capaz de comprovar a deficiência ou qualquer outra prova que prove do contrário. Diante do exposto, é possível deduzir que a vítima não é pessoa possuidora de incapacidade mental. Portanto, deduz-se que a conjunção carnal, efetivamente, fora consentida e que Maísa era capaz de dar validamente o seu consentimento. Perante tais argumentos, verifica-se a atipicidade da conduta do agente, e uma vez que tal conduta é atípica, não se constitui crime, sedo possível a aplicação do artigo 397, III do Código de Processo Penal. IV – DO PEDIDO Isto posto, requer inicialmente o acolhimento da preliminar arguida por ilegitimidade da parte. Não sendo este o entendimento de Vossa Excelência, requer a absolvição sumária do acusado, com fulcro no artigo 397, III do Código de Processo Penal. Entretanto, caso ainda não seja este o entendimento, vencido o pedido de absolvição sumária, requer a improcedência do pedido com a absolvição final do acusado, conforme restará comprovado após a instrução. Por fim, requer a notificação das testemunhas a seguir arroladas. Nestes termos Pede deferimento Data/ local Assinatura Rol de testemunhas: 1 – Alda (qualificação e endereço completo) 2 – Olinda (qualificação e endereço completo)
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