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CONTABILIDADE GERAL

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CONTABILIDADE GERAL 
 
 
SUMÁRIO 
CAPÍTULO 1 – A CONTABILIDADE... 04 
1.1– Definição... 
 04 
1.2 – Usuários da Contabilidade... 04 
1.3 – Manutenção da Contabilidade... 05 
CAPÍTULO 2 - DAS PESSOAS... 05 
2.1. – Das Pessoas Físicas... 
05 
2.2. – Das Pessoas Jurídicas... 06 
2.2.1 Dos tipos de pessoas jurídicas. 
 06 
2.2.2. – sociedade comercial, sociedade empresária, sociedade civil, 
sociedade 
simples, comerciante e empresário... 
07 
2.2.2.1 – Da Sociedade Limitada... 
 08 
2.2.2.2 – Da Sociedade Anônima 08 
2.3. – Sociedades limitadas e sociedades anônimas... 09 
2.4 – Atividades práticas dos Capítulos 1 e 2... 10 
3 – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS NO BRASIL PELA 
CVM (Comissão de Valores Mobiliários) E CPC (Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis)... 12 
3.1 – Postulados... 12 
3.2 – Princípios Contábeis... 
12 
3.3 – Convenções contábeis.. 
12 
3.4 - CVM – comissão de valores mobiliários... 12 
3.5 Harmonização das Normas Contábeis – Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis... 
 15 
3.4 – Atividades Práticas do capítulo 3... 17 
CAPÍTULO 4 – MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS... 19 
 
 2 
4.1 – Conceitos... 19 
4.2 – Balancete de Verificação... 22 
4.3 - Balanços Sucessivos... 
 23 
4.3.1 – Métodos de Múltiplos Balanços... 24 
4.3.2 – Métodos de Múltiplas Colunas... 28 
4.4 – Plano de Contas... 34 
4.4.1 – Conceitos... 34 
4.5 – Atividades Práticas do capítulo 4... 36 
CAPÍTULO 5 – O PATRIMÔNIO... 
 38 
5.1 – Conceito genérico e contábil... 
 38 
5.2 – Ativo -...... 
 38 
5.2.1 – conceito... 38 
5.2.2 – características do ativo... 38 
5.3 – obrigações... 39 
5.4 Representação gráfica do patrimônio... 
 40 
5.5 – Classificação dos Elementos Patrimoniais... 
 41 
5.6 – Atividade Práticas - Capítulo 5... 44 
CAPÍTULO 6 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS... 50 
6.1 – Periodicidade de apresentação das Demonstrações Financeiras... 50 
6.2 – Balanço Patrimonial... 
 50 
6.2.1 – Conteúdo e Estrutura... 51 
6.2.2 – Agrupamento das contas do ativo... 
 51 
6.2.3 – Agrupamento das contas do passivo... 53 
6.2.4 – Agrupamento das contas do patrimônio líquido... 
 54 
6.2.5. – Patrimônio Líquido negativo... 55 
6.3 – Deduções do Ativo e do Patrimônio Líquido... 56 
6.3.1 – Contas redutoras do Ativo... 
 56 
 
 3 
6.3.2 – Contas redutoras do Patrimônio Líquido... 
 58 
6.3.3 – Atividades praticas do Capítulo 6... 
 59 
CAPÍTULO 7 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO... 64 
7.1 – Receitas, Despesas e Custos... 64 
7.2 – Conteúdo e Estrutura... 
 65 
7.2.1 – Detalhamento da estrutura da demonstração... 66 
7.3 – Regime de Competência de exercícios... 69 
7.4 – Atividades Práticas do Capítulo 7... 
 71 
8 – DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA......................................... 80 
8.1 Elaboração do fluxo de caixa pelo modelo direto 81 
8.1.1 – Analise das receitas 
 81 
8.1.2 – Analise das despesas 
 81 
8.1.3 – Análise do Balanço Patrimonial 82 
8.2 – Elaboração do fluxo de caixa pelo modelo indireto 83 
8.2.1 – Análise do Lucro da empresa e seus efeitos 83 
8.2.2 – Análise das Variações do Capital de Giro (Ativo/Passivo): 83 
8.3 – Atividades Práticas do capítulo 8 85 
CAPÍTULO 9 – APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO... 86 
9.1 – procedimentos... 86 
9.3 – Atividades – Capítulo 9... 89 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
1 – A CONTABILIDADE 
 
 
1.1 – DEFINIÇÃO 
 
Segundo Marion (2004,26) “A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo 
de informações úteis para a tomada de decisões.” 
 
Já na opinião da Equipe de Professores da USP (2006,21) temos que: “A 
contabilidade, na qualidade de ciência social aplicada, com metodologia 
especialmente concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar 
os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas 
de qualquer ente, seja este pessoa física, entidade de finalidades não lucrativas, 
empresa, seja mesmo de Direito Público, tais como Estado, Município, União, 
Autarquia etc., tem um campo de atuação muito amplo.” 
 
Assim, temos que a Contabilidade de uma maneira geral está a serviço do 
empreendedor / administrador, cuja arte será a de tomar decisões úteis para o 
crescimento da empresa. 
 
 
1.2 – USUÁRIOS DA CONTABILIDADE 
 
Diversos são os usuários da Contabilidade, dentre os quais pode-se destacar: 
 
- Sócios e Acionistas; 
- Gerentes, Diretoria e Administradores em geral das empresas; 
- Instituições Financeiras; 
- Clientes; 
- Fornecedores; 
- Governo; 
- Empregados; - Sociedade em geral. 
 
Os sócios e acionistas se interessam pela contabilidade para verificar se o 
investimento efetuado está ou não gerando retorno. 
 
A gerência, diretoria e administradores em geral se interessam pela 
contabilidade para verificar se a política/estratégia utilizada está gerando 
resultados positivos. 
 
As instituições financeiras se interessam pelas informações contábeis para 
verificar por intermédio de análises das demonstrações contábeis se pode ou 
não fazer empréstimos para a empresa e de quanto pode ser este empréstimo. 
 
Os clientes se interessam pelas informações contábeis para verificar se a 
empresa fornecedora tem ou não condições de manter o fornecimento dos 
produtos necessários para o desenvolvimento de sua atividade. 
 
 5 
 
Os fornecedores se interessam pelas informações contábeis para saber se 
seu cliente pode ou não se comprometer com compras a prazo e se tem ou não 
condições de quitar sua dívida, visam ainda saber qual valor poderá ser liberado 
de origem para seus clientes. 
O governo se interessa pela informação contábil para diversos motivos: 
 
- Para fins estatísticos, verificando por meio do IBGE crescimentos 
industriais, comerciais e de serviços; 
- Para fins de Tributação, verificando a base de cálculo de diversos 
impostos, dentre eles o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a 
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), dentre outros 
impostos e contribuições. 
 
Os empregados se interessam pela informação contábil para verificar se 
a empresa tem ou não condições de mantê-los. Querem ainda saber qual é 
a situação da empresa após ter sido agregado seu trabalho no produto da 
empresa. 
 
Enfim, a contabilidade interessa à sociedade de maneira geral, já que a 
empresa contribui para a formação da mesma. 
 
 
1.3 – MANUTENÇÃO DA CONTABILIDADE 
 
A contabilidade é feita para fornecer o máximo de informações úteis para as 
pessoas físicas e pessoas jurídicas devendo ser mantida pelas pessoas 
jurídicas independentemente de regras fiscais ou previdenciárias que as 
dispensarem de mantê-la. 
 
2 - DAS PESSOAS 
 
Existem dois tipos de pessoas, sendo PESSOAS FÍSICAS OU NATURAIS e 
PESSOAS JURÍDICAS. 
 
2.1 – DAS PESSOASFÍSICAS 
 
Pessoa física é a pessoa natural, homem ou mulher. 
 
Toda pessoa natural ou física é capaz de direitos e deveres na ordem civil. A 
personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida. 
 
São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
 
I - os menores de dezesseis anos; 
 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos; 
 
 6 
 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
 
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
 
A incapacidade cessará para os menores: 
 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, 
ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
 
II - pelo casamento; 
 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, 
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha 
economia própria. 
 
A existência da pessoa natural termina com a morte; 
 
 
2.2 – DAS PESSOAS JURÍDICAS 
 
Pessoa jurídica é uma entidade jurídica resultante de um agrupamento 
de pessoas naturais ou outras pessoas jurídicas que visa a fins de utilidade 
pública (pessoas jurídicas de direito público) ou privada (pessoas jurídicas de 
direito privado) e é completamente distinta dos indivíduos que a compõem. É 
chamada de jurídica porque nasce através de um contrato social, nos casos de 
sociedades limitadas ou através de um estatuto social, nos casos das 
sociedades anônimas de capital aberto ou fechado. 
 
 
2.2.1. TIPOS DE PESSOAS JURÍDICAS 
 
As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito 
privado. 
 
São pessoas jurídicas de direito público interno: 
 
I - a União; 
 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
 
III - os Municípios; 
 
 7 
 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
 
São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros 
e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. 
 
São pessoas jurídicas de direito privado: 
 
I - as associações; 
 
II - as sociedades; 
 
III - as fundações. 
 
IV - as organizações religiosas; 
 
V - os partidos políticos. 
 
Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com 
a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando 
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no 
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
 
Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas 
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da 
publicação de sua inscrição no registro. 
 
O registro da Pessoa Jurídica declarará: 
 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando 
houver; 
 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e 
extrajudicialmente; 
 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações 
sociais; 
 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu 
patrimônio, nesse caso. 
 
 
 8 
Decai em três anos o direito de anular as decisões acima, quando violarem a 
lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude. 
 
 
2.2.2. – SOCIEDADE COMERCIAL, SOCIEDADE EMPRESÁRIA, SOCIEDADE 
CIVIL, SOCIEDADE SIMPLES, COMERCIANTE E 
EMPRESÁRIO 
 
 O que antes do atual Código Civil (Lei 10.406/2002), se conhecia por 
Sociedade Comercial, passou com o advento do NCC 1 se denominar 
Sociedade Empresária que obrigatoriamente deve ter seus atos constitutivos 
registrados e arquivados nas Juntas Comerciais de seus respectivos Estados. 
Também existiam as Sociedades Civis, que com o NCC passou a se denominar 
Sociedade Simples que devem ter seus atos constitutivos registrados e 
arquivados nos Cartórios de Registro de Pessoas Jurídicas. Também o termo 
comerciante no NCC passou a se denominar empresário que é quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços, não se considerando empresário quem 
exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda 
com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da 
profissão constituir elemento de empresa. 
 
Apresenta-se abaixo quadro resumo das Sociedades, extraído de Iudícibus 
(2007:11). 
 
 
 
 QUADRO RESUMO DAS SOCIEDADES 
Sociedades pelo NCC Tipos Detalhes 
Não Personificadas 
(Não inscritos: 
constituída de forma oral 
e documental, porém não 
registrada) 
Sociedade Comum 
(Sociedade de fato, 
sem registro No que for compatível 
em ambos aplicam-se 
as disposições da 
Sociedade Simples 
Os sócios respondem solidária e 
ilimitadamente pelas obrigações. 
Também conhecida como Sociedade 
Irrregular. 
Sociedade em Conta 
de Participação 
Um dos sócios é 
Ostensivo(empreendedor, dirige o negócio 
e assume todas as responsabilidades). 
Outros sócios são Participantes, apenas 
investidores. 
Personificada 
(legalmente constituída e 
registrada no órgão 
competente, passando a 
ser denominada pesso 
jurídica) 
Empresária 
Atividade própria de empresário com 
registro na Junta Comercial. 
- Sociedade em Nome Coletivo 
- Sociedade em Comandita 
Simples 
- Sociedade Limitada 
- Sociedade por Ações (Lei das 
S.A) 
- Sociedade em Comandita por 
Ações ( Lei das S.A ) 
Simples 
Atividade de não empresário com 
registro o Cartório Civil. 
- Sociedade Simples "Pura" ou 
Sociedade em Nome Coletivo 
- Sociedade em Comandita 
Simples 
- Sociedade Limitada 
- Cooperativa 
 
1 NCC – Novo Código Civil 
 
 9 
Cooperativas 
(Legislação Especial e NCC) 
- Respondabilidade dos sócios limitada 
- Responsabilidade dos sócios ilimitada 
 
 
 
2.2.2.1. - DA SOCIEDADE LIMITADA 
 
Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao 
valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização 
do capital social. 
 
 
 
2.2.2.2. - DA SOCIEDADE ANÔNIMA 
 
Na sociedade anônima ou companhia de capital aberto, o capital dividese 
em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de 
emissão das ações que subscrever ou adquirir. Neste tipo de sociedade o 
capital também pode ser fechado, ou seja, não negociado em Bolsa de Valores. 
 
2.3 – SOCIEDADES LIMITADAS E SOCIEDADES ANÔNIMAS 
 
Apesar das diversas formas de sociedades apresentadas no quadro 
acima, os tipos de sociedades mais comuns são as Sociedades Limitadas e as 
Sociedades Anônimas. 
 
As sociedades limitadas são assim chamadas porque os sócios respondem 
pelas obrigações da empresa até o valor do seu capital social (valor que os 
sócios investiram na formação da empresa), exceto pelo fato de ficar constatado 
algum crime como fraudes, por exemplo.A sociedade limitada tem seu capital 
social dividido em quotas de capital que os sócios adquirem. Conforme artigo 
1.052 do Código Civil (lei 10.406/2002), na sociedade limitada, a 
responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos 
respondem solidariamente pela integralização do capital social. 
 
As sociedades anônimas têm seu capital social dividido em ações e são de duas 
espécies, a companhia aberta e a companhia fechada. 
 
A sociedade anônima de capital fechado não tem suas ações negociadas 
em Bolsas de Valores, ou seja, é a companhia que obtém recursos entre os 
próprios acionistas ou terceiros subscritores. 
 
A sociedade anônima de capital aberto tem suas ações negociadas em 
Bolsas de Valores, ou seja, é a companhia que procura captar recursos junto 
ao público através da emissão de ações. 
 
 
 
 
 
 10 
 
 
2.4 – ATIVIDADES - CAPÍTULO 1 e 2 
1) O que se entende por Contabilidade? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) O que são usuários da Contabilidade? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Qual a diferença existente entre pessoas físicas e pessoas jurídicas? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
 
 
 
4) Qual a diferença existente sociedade empresária e sociedade simples? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) Qual a principal característica das sociedades limitadas? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6) Qual a diferença entre sociedade anônima de capital aberto e de capital 
fechado? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7) De que forma é composto o capital social de uma sociedade anônima? 
 
 
 
 
 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS NO BRASIL 
PELA CVM (Comissão de Valores Mobiliários) E CPC (Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis). 
A contabilidade é uma ciência social aplicada de caráter essencialmente prático. 
 
Ao longo dos anos, diversos critérios foram desenvolvidos, diversas opções 
foram efetuadas, numa tentativa de normalizar e de se chegar a uma melhor 
forma de controlar o patrimônio de uma entidade. 
Assim, os princípios são a exteriorização de critérios aceitos pela maioria dos 
contadores. 
Considerando o patrimônio da entidade como objeto da contabilidade eram 
identificados os princípios da contabilidade, segundo a CVM em: postulados, 
princípios propriamente ditos e convenções. 
3.1 - POSTULADOS 
 
Os postulados eram definições que não deixavam margem de dúvidas 
nem tinham necessidade de se provar, eram ainda imutáveis, em qualquer 
situação que viesse a acontecer, nenhuma alteração sofreriam. 
 
3.2. - PRINCÍPIOS CONTÁBEIS 
 
Já os princípios propriamente ditos ditavam regras de contabilização que 
estavam sujeitas a alterações de acordo com as necessidades econômicas, 
embora não fosse comum acontecer. 
 
3.3. - CONVENÇÕES CONTÁBEIS 
 
As Convenções eram restrições aos princípios de contabilidade, que 
estavam sujeitas a alterações de acordo com as necessidades econômicas, 
embora não fosse comum acontecer. 
 
 
 13 
3.4 - CVM – COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS 
 
Os Princípios Contábeis aplicados no Brasil, pela Comissão de Valores 
Mobiliários – CVM (Deliberação CVM nº 29/86) e o Instituto dos Auditores 
Independentes do Brasil – IBRACON são os seguintes: 
 
• Postulado da Entidade 
• Postulado da Continuidade 
• Princípio do Custo Original como Base de Valor 
• Princípio da Realização da Receita 
• Princípio da Confrontação da Despesa 
• Princípio do Denominador Comum Monetário 
• Convenção da Objetividade 
• Convenção do Conservadorismo 
• Convenção da Materialidade Relevância 
• Convenção da Consistência 
 
- POSTULADO DA ENTIDADE - inicia todo o encadeamento do raciocínio 
contábil. Sua característica principal é que para todos os casos, o 
patrimônio de uma entidade não se confunde com o de outra, como 
também os patrimônios dos sócios não se confundem com o da empresa. 
 
- POSTULADO DA CONTINUIDADE - a premissa de que uma entidade 
irá operar por um período de tempo indeterminado e caso essa entidade 
tenha prejuízos persistentes, perda de substância econômica e de 
competitividade de mercado ou mesmo o fim jurídico dessa sociedade, 
ocorrerá a descontinuidade (fim das operações da entidade). 
 
- PRINCÍPIO DO CUSTO ORIGINAL COMO BASE DE VALOR - é o mais 
antigo princípio. Sua característica é que sempre o valor de entrada (de 
custo) deve prevalecer como base de registro para a Contabilidade. 
 
- PRINCÍPIO DA REALIZAÇÃO DA RECEITA - estabelece que a receita 
será realizada no momento em que produtos ou serviços são transferidos 
ao cliente e não o ponto em que o dinheiro é recebido por esta 
transferência. 
 
- PRINCÍPIO DA CONFRONTAÇÃO DA DESPESA - Tem como 
característica o fato de que as despesas deverão ser reconhecidas e 
atribuídas aos períodos contábeis de acordo com a ocorrência de fatos 
geradores específicos e não pela entrada ou saída de caixa. 
 
- PRINCÍPIO DO DENOMINADOR COMUM MONETÁRIO - estabelece 
que todos os elementos do Balanço Patrimonial devem estar com uma 
mesma avaliação em moeda corrente do país. 
 
- CONVENÇÃO DA OBJETIVIDADE - o contador escolhe um 
procedimento mais objetivo para descrever as informações contábeis. 
 
 14 
Ele deve sempre ser objetivo, imparcial e impessoal (neutro) nos 
informes contábeis. 
 
- CONVENÇÃO DO CONSERVADORISMO - o contador deve ter 
precaução (ser conservador) no sentido de antecipar prejuízo e nunca 
antecipar lucro. Não dar imagem otimista é o objetivo do 
conservadorismo. 
 
- CONVENÇÃO MATERIALIDADE - define o que é material (relevante) 
que o Contador deve informar em seus relatórios. Na Materialidade, é 
importante considerar o binômio Custo versus benefício. 
 
- CONVENÇÃO DA CONSISTÊNCIA - um informe contábil deve ser 
consistente, ou seja, não mudar constantemente para possibilitar a 
comparação dos relatórios com o passar dos anos e das tendências. 
Também devem ser padronizados (uniformidade). 
 
 
 
Estrutura dos Princípios Fundamentais de Contabilidade 
 
 
 
 
 
 Objetividade 
 Postulados 
 
 Princípios 
Propriamente Ditos 
 Convenções 
Entidade Custo como base de valor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípios Fundamentais de 
Contabilidade 
 
 15 
 
 
 
Conservadorismo 
 
 
 Materialidade 
 
 
 
 Consistência 
 
 
 
3.5 Harmonização das Normas Contábeis – Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis. 
 
No final do ano calendário de 2007 foi editada a Lei 11.638, cujo objetivo 
principal é a convergência das Normas Contábeis locais para as Normas 
Internacionais de Contabilidade - (IFRS - International Financial Reporting 
Standard). 
Mesmo antes dessa norma, o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) 
publicou a Resolução CFC nº 1.106/07 a qual dispõe que as Normas 
Brasileiras de Contabilidade (NBCs), editadas por esse órgão, deverão seguir 
os mesmos padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas 
internacionais. 
Visando eliminar as várias fontes de normas contábeis editadas no Brasil, 
por meio da Resolução nº 1.055/05 do CFC, criou-se o CPC (Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis) formado pela Abrasca, Apimec, Bovespa, 
Conselho Federal de Contabilidade, Fipecafi e Ibracon. 
O CPC tem como responsabilidade emitir pareceres técnicos sobre 
questões contábeis, os quais devem ser homologados pelos demais órgãos 
reguladores(CVM, CFC, Susep, Bacen, etc) para serem aplicados no âmbito 
de cada um desses órgãos. 
Até o momento,(fevereiro de 2009) o CPC editou quatorze 
pronunciamentos técnicos, além do Pronunciamento Conceitual Básico e duas 
orientações técnicas. O Pronunciamento Conceitual Básico, tem o objetivo de 
servir como fonte dos conceitos básicos e fundamentais a serem utilizados na 
elaboração e na interpretação dos Pronunciamentos Técnicos, bem como na 
preparação e utilização das Demonstrações Contábeis das entidades. 
A edição do Pronunciamento Conceitual Básico fez-se necessário para 
dar respaldo técnico a todos os demais pronunciamentos, vez que, ao pretender 
alcançar a harmonização com as normas internacionais, não seria possível 
continuar utilizando os princípios contábeis anteriormente em vigor no Brasil. 
Apresentamos a seguir comentários extremamente resumidos a respeito 
do conteúdo do Pronunciamento Conceitual Básico, que podemos dividir em 
pressuposto básico da contabilidade e características qualitativas das 
Demonstrações Contábeis. 
 
Realização da Receita Continuidade 
Confrontação da 
Despesa 
Denominador Comum 
Monetário 
 
 16 
Pressuposto básico da contabilidade 
 
Regime de Competência: dispõe que os efeitos das transações bem como de 
outros eventos devem ser reconhecidos no momento em que ocorrem e não 
quando do pagamento ou recebimento dos recursos financeiros. Essas 
transações deverão ser lançadas nos registros contábeis e reportadas nas 
Demonstrações Contábeis nos períodos a que se referem. 
 
Continuidade: as demonstrações contábeis são normalmente preparadas no 
pressuposto de que a entidade continuará em operação no futuro previsível. 
Dessa forma, presume-se que a entidade não tem a intenção nem a 
necessidade de entrar em liquidação, tampouco reduzir materialmente a escala 
das suas operações. Se tal intenção ou necessidade existir, as demonstrações 
contábeis terão que ser preparadas numa base diferente e terão também de ser 
divulgadas. 
 
Características qualitativas das Demonstrações Contábeis 
 
Compreensibilidade: fundamenta-se no objetivo do pronto entendimento por 
parte do usuário que utiliza as demonstrações contábeis para as tomadas de 
decisões econômicas, porém essa característica qualitativa não deverá levar a 
entidade à não registrar adequadamente suas transações sob o argumento de 
eventual dificuldade de entendimento por parte dos usuários dessas 
informações. 
 
Relevância: diz respeito à influência de uma informação contábil na tomada de 
decisões. As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões 
econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos 
passados, presentes ou futuros, confirmando ou corrigindo as suas avaliações 
anteriores. 
 
Confiabilidade: exige que a informação seja apresentada da forma mais 
apropriada possível, retratando adequadamente o que se pretende evidenciar. 
Para que essa característica seja constatada nas demonstrações contábeis é 
necessário que se respeite o conceito da “Primazia da Essência Sobre a 
Forma”, ou seja, que, a realidade econômica dos fatos prevaleça sob sua forma. 
Como exemplo, temos a contabilização das operações de leasing financeiro. 
Tendo em vista que as condições de contratação dessas operações as 
aproximam na essência de uma compra a prazo e não a uma locação, aplica-
se o conceito da “Primazia da Essência Sobre a Forma” e, portanto, essas 
operações devem ser contabilizadas como aquisição a prazo de ativo. 
Para que as informações sejam confiáveis, é necessário ainda que se observem 
a neutralidade, ou seja, as demonstrações contábeis não devem induzir a 
tomada de decisões; a prudência, cuidados com julgamento em condições de 
incertezas no sentido de que ativos ou receitas não sejam superestimados e 
que passivos ou despesas não sejam subestimados; e a integridade, 
objetivando que as informações das demonstrações contábeis estejam 
completas. 
 
Comparabilidade: trata-se de característica que permite aos usuários 
comparar as demonstrações contábeis de uma entidade ao longo do tempo, a 
fim de identificar tendências na sua posição patrimonial, financeira e no seu 
 
 17 
desempenho, ou seja, a evolução da entidade medida sob os mesmos critérios 
e princípios ao longo do tempo, mas sem que isso interfira na evolução das 
práticas contábeis. 
 
É importante destacar que a principal mudança conceitual diz respeito à 
utilização da primazia da essência sobre a forma, ou seja, a contabilidade deve 
procurar encontrar a essência dos fatos contábeis e assim registrá-los, ao invés 
de prender-se a forma. 
 
Outro exemplo desse conceito é o tratamento dos adiantamentos para futuro 
aumento de capital, cuja essência significa um verdadeiro acréscimo ao 
Patrimônio Líquido da empresa, vez que não resta dúvida sobre sua futura 
integralização. Nesse caso, em respeito à essência do fato, devemos registrar 
o adiantamento diretamente no Patrimônio Líquido. Manter o valor do 
adiantamento em conta do passivo significa respeitar a forma do ato, ao invés 
de sua essência. 
Os profissionais de contabilidade devem enfrentar os desafios naturais 
decorrentes de mudanças representativas como as que estamos vivendo, no 
entanto, é inegável que se trata de um momento de crescimento da importância 
e de valorização da profissão contábil no Brasil. 
 
 
3.4 – ATIVIDADES PRÁTICAS DO CAPITULO 3 
 
 
1 – O que se pode entender por meio do pressuposto básico da do 
regime de competência? 
 
 
 
 
 
2 – Empresa que tenha vendido R$ 10.000,00, tendo recebido do valor 
da venda R$ 4.000,00; teve despesa de R$ 5.000,00, sendo que foi 
pago R$ 2.000,00. Informe qual o resultado apurado pelo regime de 
competência e pelo regime de caixa respectivamente. 
 
 
 
 
 
3 – Cite um exemplo relacionado com o postulado da continuidade. 
 
 
 
 
 
 18 
 
4 - Cite um exemplo de descontinuidade de uma empresa. 
 
 
 
 
 
5 – Dê um exemplo relacionado com a característica qualitativa da 
compreensibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
6 – Empresa que adquire determinado bem por meio de um leasing deve 
atender qual característica qualitativa? 
 
 
 
 
 
7 – O contador de determinada empresa exige que diariamente no final 
do dia se faça a requisição do que é usado de folhas de sulfite para 
que se registre como despesa o que fora consumido. O que você acha 
da atitude do contador? Qual característica qualitativa poderia justificar 
a eliminação deste controle? Explique. 
 
 
 
 
 
 
8 – Um ex-funcionário da Cia. Automotiva S.A. ajuizou uma ação 
trabalhista contra a empresa. O que deve ser feito na contabilidade, 
apesar de a empresa não ter certeza de que vá ganhar ou perder a 
ação? Qual característica qualitativa justifica o procedimento? 
 
 
 
 
 
 
 19 
 
 
9 – A empresa Industrial S.A. sediada no Brasil usa como componente 
de seu produto um material importado da Europa e que deve ser pago 
em Euros. Em qual moeda O valor deve ser registrado na 
contabilidade? Qual a relação com os princípios de contabilidade? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 – A empresa Comercial Ltda. costuma para fins de avaliação de seu 
estoque intercalar métodos, ou seja, em um ano utiliza o PEPS, no ano 
seguinte o UEPS e no terceiro ano utiliza o Custo Médio, reiniciando 
no quarto ano. Qual informação você pode passar para a empresa? 
 
 
 
 
 
 
4 – MÉTODOS DAS PARTIDAS DOBRADAS 
 
4.1 – CONCEITOS 
 
A essência deste método, é que o registro de qualquer operaçãoimplica 
que uma aplicação em uma ou mais contas deve corresponder a uma origem 
equivalente, em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores 
aplicados seja sempre igual a soma dos valores originados, ou simplificando: 
NÃO HÁ APLICAÇÃO SEM ORIGEM CORRESPONDENTE. 
 
O método das partidas dobradas é a metodologia utilizada 
universalmente para o registro dos fatos contábeis. Seu fundamento está 
no conceito de que não existe aplicação de recursos sem que se tenha 
uma origem correspondente. 
 
 
 20 
Dentro da estrutura patrimonial e de resultados da empresa, 
convencionou-se que as contas do Ativo são de natureza de aplicação de 
recursos, as contas do Passivo são de natureza de origem de recursos, as 
contas de Receitas são de natureza de origem de recursos e as contas de 
Custos e Despesas são de natureza de aplicação de recursos. 
 
Se imaginarmos que cada uma das contas patrimoniais e de resultados 
são personagens (pessoas) fica fácil entendermos por que quando se tem saldo 
positivo na conta corrente bancária, contabilmente o saldo é aplicação de 
recursos, por que quando se deve um valor a algum fornecedor o saldo é origem 
de recursos. A leitura dos saldos das contas deve ser feita com relação àquele 
personagem (conta), o que aquele personagem tem para com a empresa e não 
o contrário. Assim se a empresa tem um saldo positivo no valor de R$ 15.000,00 
em sua conta corrente no Banco Endinheirado S.A., e deve para o fornecedor 
R$ 10.000,00, deve-se ler a informação da seguinte maneira: 
 
 O Banco Endinheirado S.A. é devedor da empresa no valor de 
R$ 
15.000,00; 
 
 O fornecedor é credor da empresa no valor de R$ 10.000,00. 
 
Muitas vezes se pergunta porque quando se obtêm um extrato da conta 
corrente com saldo positivo o saldo é credor e na contabilidade da empresa o 
saldo se apresenta devedor? A contabilidade da empresa é feita de forma 
contrária à contabilidade do Banco? 
Qualquer contabilidade, seja ela industrial, comercial, bancária etc... é 
feita absolutamente da mesma forma. O que acontece é que o extrato nada 
mais é do que o razão 2 da conta daquele cliente no banco, então na 
contabilidade vai aparecer que o banco é devedor da empresa e na 
contabilidade do banco vai aparecer que o cliente é credor do banco no valor 
depositado. A empresa tem um direito para com o banco, direito esse 
classificado no Ativo da empresa e o banco tem uma obrigação para com o 
cliente, obrigação essa que é classificada no Passivo do banco. 
 
Assim considerando que: 
 
Ativo tem natureza de aplicações de recursos; 
Passivo e Patrimônio Líquido tem natureza de origem de 
recursos; Receitas têm natureza de origem de recursos, Custos e 
Despesas têm de aplicações de recursos. 
 
Conclui-se que: 
 
 
 
2 Livro empregado na escrituração contábil analítica, para acompanhar as posições de cada uma das contas 
que formam o sistema escritural de um patrimônio. 
 
 
 21 
ATIVOS 
AUMENTAM POR APLICAÇÕES 
E DIMINUEM POR ORIGENS. 
PASSIVOS E PATRIMÔNIO 
LÍQUID O 
AUMENTAM POR ORIGENS E 
DIMINUEM POR APLICAÇÕES. 
RECEITAS 
AUMENTAM POR ORIGENS E 
DIMINUEM POR APLICAÇÕES. 
DESPESAS 
AUMENTAM POR APLICAÇÕES 
E DIMINUEM POR ORIGENS. 
Ou: 
 
 
ATIVOS, CUSTOS E DESPESAS 
AUMENTAM POR APLICAÇÕES 
E DIMINUEM POR ORIGENS.. 
PASSIVO E RECEITAS 
AUMENTAM POR ORIGENS E 
DIMINUEM POR APLICAÇÕES. 
 
Didaticamente, quando da elaboração dos exercícios a metodologia a ser 
aplicada, será a de Balanços Sucessivos. A fim de explanação sobre os 
procedimentos contábeis, principalmente para o estudante de Ciências 
Contábeis, utiliza-se o razonete, que é uma forma simplificada de obter o livro 
razão de uma empresa: 
 
 
 
 
 Razonete 
 
 
Para cada conta envolvida no fato contábil, deve-se abrir um razonete para controle 
analítico da movimentação e saldo daquela conta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO ORIGEM 
CONTA 
 
 
 22 
Assim, se nos depararmos com um fato contábil, onde sócios resolvem 
integralizar capital social no valor de R$ 100.000,00, totalmente em dinheiro, a 
contabilização por meio de razonetes se daria da seguinte forma: 
 
 
CAIXA CAPITAL SOCIAL 
APLICAÇÃO 
 
ORIGEM 
 
APLICAÇÃO
 
 
 
 
ORIGEM 
 
100.000,00 
 
 
 
 
 
 
100.000,00 
 
 Dando continuidade nos seus negócios, se em seguida a empresa resolva 
comprar uma máquina no valor de R$ 50.000,00 a vista a situação seria: 
 
CAIXA CAPITAL SOCIAL 
APLICAÇÃO 
 
ORIGEM 
 
 
APLICAÇÃO 
 
ORIGEM 
 
100.000,00 50.000,00 
 
 
 
 
 
 
100.000,00 
 
 
 
 
MÁQ. E EQUIPTOS. 
APLICAÇÃO 
 
ORIGEM 
 
 50.000,00 
 
 23 
 
 
 No final do período determinado para se levantar o Balancete3, se apuram os 
saldos das contas nos seus respectivos razonetes e relaciona-os conta a conta, 
saldo a saldo para se verificar a situação de todas elas. 
 
 O Balancete das contas acima seria o seguinte: 
 
 
 
4.2 – O BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
O balancete de verificação é uma demonstração parecida com balanço 
no inicio, ou seja, apresenta o saldo todas das contas patrimoniais, e ainda 
apresenta o saldo das contas de resultado, num único demonstrativo. 
 No passado a contabilidade era feita manualmente, não tínhamos sistemas 
informatizados como os de hoje, então estávamos sujeitos a muito mais erros 
(troca de valores, erros de valores e etc.) que ocasionavam de a soma das 
aplicações não serem iguais a soma das origens de recursos, 
conseqüentemente o balanço não fechava. 
 
 Então o que contador fazia, pegava todos os saldos finais das contas no livro 
razão (razonetes não existe na pratica só para fins de aprendizagem), e para 
cada conta colocava o seu respectivo saldo e ainda indicava se era credor ou 
devedor, assim na conta caixa, ele indicava o seu saldo final de R$ 1.000,00 
DV (por exemplo) e assim com todas as demais contas. 
 
 Quando acabasse esse procedimento, bastava somar todos os saldos finais de 
APLICAÇÃO e depois todos os saldos finais de ORIGEM, se um fosse igual ao 
outro, caso ele efetuasse o zeramento das contas de resultado naquela hora o 
balanço teria que fechar, a não ser que ele errasse em algum lançamento na 
hora de encerrar as contas. 
 
 
 
 
 
4.3. – Balanços Sucessivos 
 
3 Relação das contas extraídas do livro auxiliar “Razão”, pelos seus saldos de aplicação e de origem. 
 
 24 
 
 A metodologia proposta para os alunos do Curso de Administração é a dos 
Balanços Sucessivos que significa a elaboração de um balanço patrimonial 
após o outro, sempre que uma nova transação ocorra, para que se verifique 
após cada operação qual a mutação sofrida no patrimônio da empresa. 
 
À título ilustrativo segue abaixo quadro 4 demonstrando o 
desenvolvimento da equação do Balanço Patrimonial em cada uma das 
transações, evidenciando a dinâmica das operações contábeis que culminam 
com a Demonstração Contábil. 
 
Tipo de 
Transação 
 Ativo = Passivo + Patr.Líq
. 
 
Caix
a 
Banco
s 
Contas 
a 
Recebe
r 
Estoqu
e 
Mercad
. 
Móveis e 
Utensílio
s 
Equipamento
s 
= 
Empréstimo
s 
Fornecedore
s 
 Capital 
Social 
1) 
Investimento 
Inicial 
 
800,0
0 
 
 
800,00 
1 a) Depósito 
em Banco 
- 
700,00 
 
700,00 
 
2)Empréstimo 
Bancário 
 
 
200,00 
 
 200,00 
 
3) Aquisição 
de Estoque 
 - 
290,00 
 
290,00 
 
4) Aquisição 
de Móveis 
Utensílios 
- 
6,00 
 
 6 
,00 
 
5) Aquisição 
de Estoque a 
Prazo 
 
 
110,00 
 
 110,00 
 
6) Aquisição 
de 
Equipamento
s 
 
- 
20,00 
 
 30 ,00 
 
 10,00 
 
7) Venda de 
Computadore
s a Prazo 
 
 
10,00 
 
- 10 ,00 
 
8) Devolução 
de 
Estoque 
 
- 
10,00 
 
- 10,00 
 
9) 
Pagamento a 
Fornecedore
s 
 
- 
60,00 
 
- 60,00 
 
10) Cobrança 
de Contas a 
Receber 
 
 
10,00 
- 10 , 
00 
 
 
Saldo das 
Contas 
 
94,00 
 
540,00 
 - 
390,00 
 6 
,00 
 20 ,00 200,00 50,00 
800,00 
 
Total 1.050,00 Total 
1.050,00 
 
4 Extraído de SALAZAR, José Nicolas Albuja, DE BENEDICTO, Gideon Carvalho. Contabilidade 
Financeira. São Paulo : Pioneira Thomson Learning, 2004. 
 
 
 25 
 
 
 
4.3.1 – MÉTODO MÚLTIPLO BALANÇOS 
 
Nesta metodologia a cada nova operação você deve elaborar um novo balanço, daí o 
nome Balanço Sucessivo. 
 
Estruturar as transações da Empresa Sol Ltda., que preparou uma 
demonstração financeira em 30 de abril de 2003. Durante o mês de maio, 
ocorreram os eventos econômicos listados abaixo: 
 
Balanço Patrimonial da Empresa Sol Ltda., em 30 de abril de 2003 
 
Ativo Passivo 
 
 Caixa e Bancos 500.000 
 
 Fornecedores 
 
 20.000 
 Estoque de Mercadoria 25.000 Empréstimos 215.000 
 Móveis e Utensílios 
 
 10.000 
 
 
 Patrimônio Líquido 
 
 
 Equipamentos 800.000 Capital Social 1.150.000 
 Terreno 
 
 50.000 
 
 
 
 
 
 TOTAL DO ATIVO 1.385.000 TOTAL DO PASSIVO E PL 1.385.000 
 
a) Em 2 de maio, a empresa pagou uma parcela do empréstimo, no valor de 
R$ 75.000, 
b) Em 3 de maio, a Sol Ltda. decidiu comprar à vista R$ 200.000 em estoque 
para continuar seu processo de produção. 
c) Em 4 de maio, a empresa pagou ao fornecedor o valor correspondente a 
R$ 20.000. 
d) Em 16 de maio, a empresa resolveu comprar um terreno para construir 
um armazém, operação que teve as seguintes características: entrada de 
R$ 50.000 e o saldo de R$ 100.000 financiado (desconsideremos, para 
este exemplo, os juros decorrentes do financiamento). 
e) Em 20 de maio, um dos sócios integralizou o seu aporte de capital com 
equipamento novo, no valor de $ 1.115.000. 
 
 
 26 
 
 
 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DE BENS TOTAL DE OBRIGAÇÕES 
DIREITOS PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DE DIREITOS TOTAL DE PATR. LIQUIDO 
 
 27 
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DE BENS TOTAL DE OBRIGAÇÕES 
DIREITOS PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DE DIREITOS TOTAL DE PATR. LIQUIDO 
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 
 
 
 
 
 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 28 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DE BENS TOTAL DE OBRIGAÇÕES 
DIREITOS PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DE DIREITOS TOTAL DE PATR. LIQUIDO 
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 
 
 
 
 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DE BENS TOTAL DE OBRIGAÇÕES 
DIREITOS PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 
 
 
 
 
 
 29 
 
 
 
TOTAL DE DIREITOS TOTAL DE PATR. LIQUIDO 
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 
 
 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DE BENS TOTAL DE OBRIGAÇÕES 
DIREITOS PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DE DIREITOS TOTAL DE PATR. LIQUIDO 
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 
ATIVO PASSIVO 
BENS OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
 
TOTAL DE BENS TOTAL DE OBRIGAÇÕES 
DIREITOS PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DE DIREITOS TOTAL DE PATR. LIQUIDO 
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 
 
 
 
4.3.2 – MÉTODO MULTIPLAS COLUNAS 
 
Nesta metodologia o conceito do balancete de verificação é bastante 
evidente, abre-se os saldos iniciais, quando houver, em seguida cada operação 
será alocada em uma coluna, tanto a aplicação quanto a origem do recurso, 
trate aplicações com o sinal positivo, e as origens com o sinal negativo, assim, 
o saldo final de cada coluna será sempre igual a 0 (zero), o objetivo é apenas 
registrar as operações e no final elaborar o Balanço Patrimonial e a 
Demonstração do Resultado do Exercício. 
 
 
 
 
 
 
 31 
 
Ao final dos lançamentos teremos um balancete de verificação do razão. 
A partir então para demonstrar o Balanço Patrimonial e a Demonstração 
do Resulta do exercício. 
 
 
 
 
 
contas Saldo 
inicial 
 total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
 
 
 
contas Saldo 
inicial 
 total34 
 
 
 
 
 
contas Saldo 
inicial 
 total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
 
 
 
 
 
 
 
contas Saldo 
inicial 
 total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.4 – PLANO DE CONTAS 
 
 
 
4.4.1 CONCEITOS 
 
Segundo Marion (2004:116) “Plano de contas é o agrupamento 
ordenado de todas as contas que são utilizadas pela contabilidade dentro de 
determinada empresa. Portanto, o elenco de contas considerado é 
indispensável para os registros de todos os fatos contábeis.” 
 
 Assim o plano de contas engloba todas as operações a serem utilizadas no 
registro do fato contábil as quais são divididas em contas patrimoniais e contas 
de resultado. As contas patrimoniais são aquelas que compõem o Balanço 
Patrimonial, elementos do ativo, passivo e patrimônio líquido e as contas de 
resultados são aquelas que compõem a Demonstração do Resultado do 
Exercício, elementos que geram Receitas e de Despesas. 
As contas são todas codificadas, podendo se seguir a seguinte estrutura: 
 
Código 1 para contas do ativo; 
Código 2 para contas do passivo; 
Código 3 para contas de receitas; 
Código 4 para contas de despesas 
 Código 5 para a apuração do resultado 
 
Normalmente as contas são divididas em cinco graus conforme a seguir: 
 
GRAU DA CONTA 
 
GRAU 1 – Natureza das Contas (Ativas, Passivas ou de Resultado) 
GRAU 2 – Grupo de Contas (Circulantes, Realizáveis, Permanentes, Exigíveis...) 
GRAU 3 – Subgrupo de Contas (Disponibilidades, Despesas Operacionais, 
Custos) GRAU 4 – Contas Sintéticas (Contas simplesmente) (ex. Clientes) GRAU 
5 – Contas Analíticas (ou subcontas) ex: Banco Itaú S.A. 
 
 Assim o primeiro grupo de contas de um plano seria o seguinte: 
 
 1 - ATIVO (CONTA DE GRAU 1) 
 1.1 - ATIVO CIRCULANTE (CONTA DE GRAU 2) 
 1.1.1 - DISPONIBILIDADES (CONTA DE GRAU 3) 
 1.1.1.01 - CAIXA (CONTA DE GRAU 4) 
1.1.1.01.0001 - CAIXA MATRIZ (CONTA DE GRAU 5) 
1.1.1.01.0002 - CAIXA FILIAL 1 (CONTA DE GRAU 6) 
 
 As contas de grau 1, 2, 3 e 4, não recebem lançamentos contábeis, são as 
chamadas contas sintéticas, aquelas que acumulam as contas analíticas. 
 
 
 38 
 Apenas as contas de grau 5 é que recebem lançamentos contábeis, contas 
essas que são acumuladas nas contas sintéticas. 
 
 Assim se em determinada empresa apenas a conta caixa matriz e a conta 
capital social tivessem saldos de R$ 100.000,00, cada, uma listagem de 
balancete teria a seguinte estrutura: 
 
 
 1 - ATIVO.................................................100.000,00 
 1.1 - ATIVO CIRCULANTE.........................100.000,00 
 1.1.1 - DISPONIBILIDADES..........................100.000,00 
 1.1.1.01 - CAIXA.................................................100.000,00 
 
 
1.1.1.01.0001 - CAIXA MATRIZ..................................100.000,00 
 2 - PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO.100.000,00 
 2.4 - PATRIMONIO LIQUIDO.....................100.000,00 
 2.4.1 - CAPITAL.............................................100.000,00 
 2.4.1.01 - CAPITAL SOCIAL INTEGRALIZADO.100.000,00 
2.4.1.01.0001 - CAPITAL SOCIAL...............................100.000,00 
 
 
 Em outro exemplo, caso a empresa tivesse os seguintes saldos: 
 
caixa matriz.......................................R$ 100.000,00 
capital social......................................R$ 100.000,00 
estoque de Matéria Prima.................R$ 20.000,00 
estoque de Produtos Acabados........R$ 30.000,00 
fornecedor Cia de Tecidos S.A.........R$ 50.000,00 
 
uma listagem de balancete teria a seguinte estrutura: 
 
1 - ATIVO.................................................150.000,00 
1.1 - ATIVO CIRCULANTE.........................100.000,00 
1.1.1 - DISPONIBILIDADES..........................100.000,00 
1.1.1.01 - CAIXA.................................................100.000,00 
1.1.1.01.0001 - CAIXA MATRIZ..................................100.000,00 
 
1.1.2 - ATIVO REALIZ. A CURTO PRAZO... 50.000,00 
 1.1.2.08 - ESTOQUES....................................... 50.000,00 
 1.1.2.08.0002 - ESTOQUE DE MATERIA PRIMA...... 20.000,00 
 1.1.2.08.0005 - ESTOQUE PRODUTOS ACABADOS 30.000,00 
 
2 - PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO.150.000,00 
2.1 - PASSIVO CIRCULANTE.................. 50.000,00 
2.1.1 - FORNECEDORES............................ 50.000,00 
2.1.1.01 - FORNECEDORES NACIONAIS....... 50.000,00 
 2.1.1.01.0003 - CIA. DE TECIDOS S.A...................... 50.000,00 
2.4 - PATRIMONIO LIQUIDO.....................100.000,00 
2.4.1 - CAPITAL.............................................100.000,00 
 2.4.1.01 - CAPITAL SOCIAL INTEGRALIZADO.100.000,00 
 
 39 
2.4.1.01.0001 - CAPITAL SOCIAL...............................100.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.5 ATIVIDADES PRÁTICAS DO CAPITULO 4 
 
OBS. Exercícios 1 a 6 foram adaptados da apostila Contabilidade Geral 
para Universitários de autoria do Prof. Dr. Antonio Marcos Favarim 
 
 
01 – A partir dos dados abaixo realize os balanços sucessivos das 
operações. 
 
f) Em 02.12.2006 a empresa MAC TREF COMERCIAL LTDA constituiu-se pela 
subscrição de capital no valor de R$ 8.000,00 em partes iguais entre dois 
sócios, R$ 4.000,00 cada um. 
 
g) Em 10.12.2006 o sócio A integralizou a sua parcela subscrita, da seguinte 
forma: 20% em moeda corrente; 30% pela entrega de 250 quilos de 
mercadorias sem IPI e ICMS; e 50% em máquinas industriais. 
 
h) Em 15.12.2006 o sócio B integralizou 100% da sua parcela de subscrição em 
moeda corrente. 
 
i) Em 20.12.2006 a empresa adquiriu, a prazo 1.000 quilos de mercadorias no 
valor total da nota R$ 2.632,00. 
 
j) Em 26.12.2006 a empresa depositou no banco o valor de R$ 2.000,00. 
 
 
02 – No ano de 2007, a mesma empresa MAC TREF COMERCIAL LTDA, 
realizou mais algumas operações, contabilize-as. 
 
 
a) Em 03.01.2007 A empresa adquiriu um veículo,para uso da sociedade 
pagando pelo mesmo a importância de R$ 700,00 a vista em moeda 
corrente do país. 
 
b) Em 05.01.2007 a empresa comprou a prazo 820 quilos de mercadorias 
no valor total de R$ 550,00. 
 
 
 40 
c) Em 08.01.2007 a empresa comprou a vista em moeda corrente 137 
quilos de mercadorias no valor total de R$ 220,00. 
 
d) Em 09.01.2007 comprou a vista e moeda corrente, uma máquina no 
valor de R$ 400,00. 
 
e) Em 10.01.2007 pagou através de emissão de cheque, R$ 1.632,00 ao 
primeiro fornecedor de mercadorias. 
 
Em 12.01.07 a empresa transferiu a importância de R$ 1.000,00 de moeda 
corrente para a sua conta bancária 
 
Pede-se: 
Efetue o exercício em forma de Balanços Sucessivos. 
 
 
 
03 – A partir dos dados abaixo realize os balanços sucessivos das 
operações. 
 
a) Em 02/01, Mauro e André, resolveram organizar uma sociedade a 
Jatiúca S/A, com um capital subscrito no valor de R$ 35.000,00 em 
partes iguais entre os dois sócios no valor de R$ 17.500,00 cada um. 
 
b) 12/01 – os sócios integralizaram 100% do capital subscrito em moeda 
corrente do País. 
 
c) 18/01 – Compra de um imóvel por R$ 30.000,00 pago da seguinte forma: 
R$ 3.000 em dinheiro e o restante mediante a uma nota promissória com 
vencimento para 20/03. 
 
d) 22/01 - Compra a vista de móveis para a empresa no valor de R$ 
3.000,00 
 
e) 28/01 - Compra a prazo do fornecedor A, equipamentos no valor de R$ 
8.500,00 
 
f) 02/02 - A empresa contraiu um empréstimo junto ao banco Gama, no 
valor de R$ 15.000,00 
 
g) 07/02 - Pagamento parcial ao fornecedor A, o valor de R$ 5.000,00 
 
h) 15/02 - Novo aumento de capital social por parte dos sócios, totalmente 
integralizado no ato em dinheiro, a importância de R$ 
10.000,00 
 
i) 22/02 - Compra a vista do Fornecedor B de material para estoque no 
valor de R$ 17.000,00 
 
 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 - O PATRIMÔNIO 
 
5.1 – CONCEITO GENÉRICO E CONTÁBIL 
 
Do ponto de vista amplo, Patrimônio é tido como os Bens que uma 
pessoa possui, sendo também incluídos nesta relação, os direitos que 
eventualmente a também esta possua. 
 
No entanto, não se pode ignorar o “outro lado” do Patrimônio, ou seja, 
de nada adianta uma pessoa ter um apartamento triplex de cobertura em bairro 
nobre que tenha um valor de mercado de R$ 1 milhão se aquele bem tiver sido 
financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), estando o 
“proprietário” (mutuário) com um saldo devedor da Caixa Econômica Federal, 
por exemplo, de R$ 1,1 milhão, situação na prática possível. 
 
Assim, contabilmente, deve-se dizer que patrimônio liquido é o conjunto 
de bens e direitos deduzidos das obrigações. 
 
No exemplo acima o Patrimônio “líquido” do mutuário é de R$ 100 mil, 
negativos, ou seja, sua situação líquida é desfavorável (negativa). 
 
Assim são três as situações que o Patrimônio pode se apresentar: 
 
• Situação Líquida positiva – quando o total de bens + direitos 
forem maiores que o total das obrigações; 
 
• Situação Líquida negativa – quando o total de bens + direitos 
forem menores que o total das obrigações; e 
 
 42 
 
• Situação Líquida nula – quando o total de bens + direitos forem 
iguais ao total das obrigações. 
 
5.2– ATIVO 
 
5.2.1 Conceito 
 
 Este elemento figura do lado esquerdo do Balanço Patrimonial representa o 
patrimônio com os quais o administrador irá fazer acontecer a organização, ou 
seja, o administrador terá como sua responsabilidade fazer girar o maior 
número de vezes possíveis bens e direitos que o compõem. 
 
5.2.2 Características do Ativo 
 
5.2.2.1- Devem ser BENS ou DIREITOS; 
 5.2.2.1.1 – BENS 
 
De forma geral, segundo Favarin (2003:11), pode-se dizer que os bens 
são coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e avaliados 
economicamente. 
 
Os bens podem ser imóveis ou móveis, tangíveis ou intangíveis. 
 
São bens imóveis o solo com a sua superfície, os seus acessórios e 
adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço 
aéreo e o subsolo, tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, 
como a semente lançada a terra, os edifícios e construções, de modo que se 
não possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano. 
 
São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção 
por força alheia. 
 
 São bens tangíveis aqueles que são suscetíveis ao toque (podem ser tocados), 
como por exemplo: mesas, cadeiras, máquinas, prédios, etc... 
 
 São bens intangíveis aqueles não suscetíveis ao toque (não podem ser 
tocados), como por exemplo: as marcas, patentes, goodwill, etc... 
 
 5.2.2.1.2 - DIREITOS 
 
 Diz respeito a todos os valores que a pessoa tem a receber, assim se a 
empresa vende a prazo, ela tem direito de receber de seu cliente, o valor 
correspondente. Se o funcionário trabalhou durante todo o mês, ele tem direito 
de receber seu salário. Se uma pessoa alugou seu imóvel, ela tem direito de 
receber o valor do aluguel. Quando deposito algum valor em uma conta 
corrente bancária, se tem direito de sacar aquele valor. Enfim, valores que 
foram colocados à disposição de alguém geram direitos a quem os colocou, de 
recebê-los. 
 
 43 
 
5.2.2.2 - Ser MENSURÁVEL MONETARIAMENTE; 
 Significa este item, que só devemos registrar no ativo aqueles bens e direitos 
cujos valores estão expressos em documentos idôneos. De outra forma já o 
tratamos antes como bens e direitos INTANGÍVEIS, que não é possível 
determinar o valor objetivamente, exemplo calcular o valor de uma marca. Uma 
marca só terá valor objetivo quando decidida em uma rodada de negociações 
para compra e venda desta. Então que a comprar terá o direito de registrar o 
valor definido na operação como seu ativo tangível. 
 
5.2.2.3 - E deve trazer BENEFÍCIOS PRESENTES OU NO 
FUTURO. 
 Se a empresa por ventura tiver duplicatas a receber de uma empresa que faliu, 
tal documento não trará mais benefícios no presente tampouco no futuro, assim 
deverá ser baixada contabilmente do seu ativo (direitos). 
 Quando se compra um veículo, o registro desta operação é no ativo como um 
bem, mas se o veículo sofrer um sinistro (roubo ou colisão que de perda total) 
tal veículo deverá ser baixado do ativo. Desta forma só podem ser 
considerados os bens e direitos que promovam no presente ou futuro um 
benefício para a organização. 
 
 
5.3 - OBRIGAÇÕES 
 
 De forma contrária dos direitos, obrigações são valores que são devidos a 
terceiros, assim se a empresa compra a prazo, ela tem obrigação de pagar pelo 
fornecimento, o valor correspondente. Se o funcionário trabalhou durante todo 
o mês, a empresa tem obrigação de pagar seu salário. Se uma empresa tomou 
um imóvel alugado, ela tem obrigação de pagar o valor do aluguel. Se o banco 
recebe um depósito em conta corrente, o banco tem obrigação de pagar aquele 
valor quando do saque. Enfim, valores que ficaram à disposição de alguém, 
deve por ele ser restituído. 
 
Assim não existe direito sem que se tenha uma obrigação 
correspondente e vice e versa. 
 
 
5.4. – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO 
 
O patrimônio pode ser representado graficamente das seguintes formas: 
 
Situação Líquida Positiva: 
 
 
 
 
 
 
 44 
 
 
Situação Líquida 
negativa: 
 
 
 
 
 
BENS 
+ 
DIREITOS 
 
OBRIGAÇÕES 
 
 
Situação Líquida Negativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBRIGAÇÕESBENS 
+ 
DIREITOS 
 
 
 
Situação Líquida nula: 
 
 
 
 
BENS 
 
 
 
 
 
 
+ 
DIREITOS 
 
 
 
OBRIGAÇÕES 
 
Assim se o patrimônio de uma pessoa for constituído da seguinte forma: 
 
- dinheiro R$ 2.000,00; 
- tenha adquirido um veículo por R$ 25.000,00; 
- tenha adquirido um imóvel por R$ 120.000,00; 
- tenha um empréstimo a receber no valor de R$ 5.000,00, e - tenha 
dívidas no valor de R$ 45.000,00. 
 
 
 45 
Sua situação líquida será positiva em R$ 107.000,00 (R$ 2.000,00 + R$ 
25.000,00 + R$ 120.000,00 + R$ 5.000,00 (-) R$ 45.000,00), pois o total dos 
bens e direitos é de R$ 152.000,00 (dinheiro, veículo, imóvel, empréstimos a 
receber) e o total das obrigações é de R$ 45.000,00 (dívidas). Caso o total dos 
bens e direitos fossem menores que o total das obrigações a situação líquida 
seria negativa e caso o total dos bens e direitos fosse igual ao total das 
obrigações a situação líquida seria nula. 
 
Contabilmente, nas pessoas jurídicas, a situação líquida é conhecida 
como Patrimônio Líquido, ou seja, o total dos (bens + direitos) – obrigações. 
 
5.5. – CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS 
 
Os elementos Patrimoniais (Bens, Direitos e Obrigações) são alocados 
em um quadro patrimonial chamado de Balanço Patrimonial que é a 
demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, 
numa determinada data, o Patrimônio e o Patrimônio Líquido da Entidade e 
pode ser representado como a seguir: 
 
 
 
 
No Balanço Patrimonial, se tem demonstrado do lado do Passivo e 
Patrimônio Líquido as origens dos recursos que estão aplicados do lado do 
Ativo em bens e direitos, pois é impossível adquirir bens e direitos sem que se 
tenha a origem do valor correspondente. 
 
 
 
 
 
Do ponto de vista de origens e aplicações de recursos, tem-se a seguinte 
representação gráfica: 
 
 
 
ATIVO PASSIVO E P.L. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO PASSIVO e P.L. 
 
 
BENS 
 
E 
 
DIREITOS 
 
 
OBRIGAÇÕES 
 
SITUAÇÃO LÍQUIDA 
( PATRIMÔNIO LÍQUIDO ) 
 
 46 
 
 
APLICAÇÕES 
 
DE 
 
RECURSOS 
 
 
ORIGENS 
 
DE 
 
RECURSOS 
 
 
Assim do lado do Passivo e do Patrimônio Líquido são classificadas as 
origens de recursos captados pela empresa, ou seja, para que a empresa 
pudesse aplicar recursos em caixa, estoques, máquinas, etc., ela teve que 
obter os recursos (financiamentos) com outras pessoas, pessoas essas que 
podem ser os sócios, bancos, fornecedores, etc... 
 
Os recursos que são captados dos sócios, e que é representado no lado 
das origens de recursos é o chamado CAPITAL PRÓPRIO, ou seja, são valores 
que não são exigíveis por terceiros, representa o valor dos investimentos dos 
sócios ou acionistas na empresa. 
 
Os recursos que são captados de fornecedores, bancos e dívidas em 
geral, que também é representado no lado das origens de recursos é o 
chamado CAPITAL DE TERCEIROS, ou seja, são valores que serão exigidos 
por alguém, valores que na data de vencimento da dívida, deverão ser pagos 
pela empresa. 
 
Do lado do Ativo são classificadas todas as aplicações que a empresa 
fez dos recursos captados, aplicações que pode ser em caixa, estoque, 
máquinas, etc... 
 
As aplicações de recursos podem ser de caráter circulante, ou seja, 
valores que a empresa “gira” no desenvolvimento de suas atividades, valores 
que não ficam fixos em determinado lugar, e podem ter caráter permanente, ou 
seja, valores que são aplicados em itens necessários ou não para o 
desenvolvimento de suas atividades, e que ficarão ali aplicados 
permanentemente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
Assim novamente pode-se elaborar outra representação gráfica do 
patrimônio: 
 
Fica óbvia então, a resposta do porque sempre o total do Ativo coincidir 
com o total do Passivo e Patrimônio Líquido, pois para a existência de Ativos 
(aplicações de recursos) é necessário ter existido origem daqueles recursos 
que foram aplicados. (quem está financiando), sendo uma equação contábil 
constituída pela seguinte fórmula: (BENS + DIREITOS) = (OBRIGAÇÕES + 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO). 
 
Imagine um trabalhador assalariado que adquire um apartamento. O 
trabalhador terá que em sua declaração de imposto de renda declarar tal bem 
e mostrar onde ele conseguiu os recursos (dinheiro) para adquiri-lo, assim, terá 
também que declarar a fonte de renda que propiciou a aquisição daquele 
apartamento, ou seja, sem a origem dos recursos, salário fruto de seu trabalho, 
não poderia haver a aplicação de recursos (compra do apartamento). Caso o 
trabalhador declare somente a compra do apartamento, certamente cairá na 
chamada “malha fina”, situação em que teria que comparecer à Delegacia da 
Receita Federal para prestar esclarecimentos. 
 
 Sendo o total das Aplicações de Recursos sempre igual ao total das 
Origens de Recursos, conclui-se que o TOTAL DO ATIVO SEMPRE SERÁ 
IGUAL AO TOTAL DO PASSIVO MAIS O PATRIMÔNIO LÍQUIDO5. 
 
 
 
 
 
 
 
5 Nos casos em que o valor do patrimônio líquido for positivo (situação líquida positiva). Quando o 
valor do patrimônio líquido for negativo, deverá segundo normas contábeis, ser demonstrado do lado 
do ativo, no final, ficando a equação = (BENS + DIREITOS + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
NEGATIVO) = OBRIGAÇÕES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO PASS IVO E P.L. 
 
 
CAPITAL 
 
CIRCULANTE 
 
 
CAPITAL DE 
 
TERCEIROS 
 
 
CAPITAL 
 
FIXO 
 
 
CAPITAL 
 
PRÓPRIO 
APLICAÇÕES 
DE 
RECURSOS 
ORIGENS 
DE 
RECURSOS 
 
 48 
 
 
5.6 – ATIVIDADES CAPÍTULO 5 
 
1 - Do ponto de vista contábil, o que é Patrimônio? 
 
 
 
 
 
2 - Quais as três situações em que o Patrimônio pode se apresentar? 
 
 
 
 
 
3 - Quais são os elementos Patrimoniais? 
 
 
 
4 - Defina Bens, Direitos e Obrigações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 - Qual a classificação dos Bens? Defina-os. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
 
 
 
 
 
6 - O que se entende por origens de recursos? 
 
 
 
 
 
 
7 - O que se entende por aplicações de recursos? 
 
 
 
 
 
 
8 - Porque o total do Ativo sempre coincide com o total do Passivo e P.L.? 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 - O que se entende por Capital de Terceiros? 
 
 
 
 
 
10 - O que se entende por Capital Próprio? 
 
 
 
 
 
 
 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 - Classifique os elementos do quadro abaixo em Bens, direitos ou 
obrigações. 
 
ELEMENTOS ATIVO PASSIVO 
Terrenos 
Promissórias a Pagar 
Promissórias a Receber 
Ferramentas 
Computador 
Estoques de 
Mercadorias 
 
Mesa 
Equipamentos 
Salários a Pagar 
Empréstimos a Pagar 
Duplicatas a Pagar 
Contas a Receber 
Dinheiro em Caixa 
Prédios 
Marcas e Patentes 
 
 
12 – Com os valores, montar o quadro patrimonial e dizer qual a situação 
líquida. 
 
Alugueis a Receber............. 1.000,00 
Clientes................................ 1.000,00 
Duplicatas a Pagar.............. 7.000,00 
Impostos a Pagar................ 6.000,00Promissórias a Pagar.......... 2.000,00 
Caixa................................... 3.000,00 
Máquinas............................ 500,00 
Mercadorias........................ 700,00 
Instalações......................... 800,00 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS OBRIGAÇÕES 
 
 51 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS SITUAÇÃO LÍQUIDA 
 
 
 
 
 
 
 
13– Com os valores, montar o quadro patrimonial e dizer qual a situação 
líquida. 
 
Edifícios............................... 1.000,00 
Computadores..................... 400,00 
Móveis e Utensílios............. 2.000,00 
Veículos............................... 4.000,00 
Bancos Conta Movimento... 3.000,00 
Estoque de Produtos........... 1.500,00 
Clientes................................ 2.500,00 
Fornecedores....................... 1.800,00 
Aluguéis a Pagar................. 1.200,00 
Empréstimos Bancários....... 1.300,00 
Caixa.................................... 5.200,00 
Duplicatas a Pagar............... 900,00 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS SITUAÇÃO LÍQUIDA 
 
 
 
 
 
 
 52 
 
14 - Com base nos exercícios 12 e 13, informe: 
 
 
INFORMAR 
 
 
EXERCÍCIO 12 
 
EXERCÍCIO 13 
Total das aplicações de 
recursos. 
 
Total das origens de recursos. 
Total do Capital Circulante. 
Total do Capital Fixo. 
Total do capital de terceiros. 
Total do capital próprio 
OBS. Exercícios 11, 12 e 13 foram extraídos da apostila Contabilidade Geral para Universitários de 
autoria do Prof. Dr. Antonio Marcos Favarin. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15) Classifique os elementos do quadro abaixo em Bens, direitos ou 
obrigações. 
 
ELEMENTOS ATIVO PASSIVO 
Depósito bancário 
Fornecedores 
Empréstimos a receber 
Obrigações tributárias 
Equipamentos de Computação 
Estoques de Matéria-Prima 
Duplicatas a Receber 
Caixa 
Terrenos 
Veículos 
Obrigações Sociais 
Dividendos a pagar 
Financiamentos Bancários 
Empréstimos de Empresas 
ligada s 
 
Empréstimos às Empresas 
ligada s 
 
 
 
 53 
16 – Com os valores, montar o quadro patrimonial e dizer qual a situação 
líquida. 
 
Depósitos Bancários.......................... 27.900,00 
Fornecedores..................................... 32.000,00 
Empréstimos a receber...................... 9.000,00 
Obrigações Tributárias....................... 13.900,00 
Equipamentos de Computação.......... 9.800,00 
Estoque de Matéria-Prima.................. 42.580,00 
Duplicatas a Receber......................... 214.500,00 
Caixa.................................................. 3.200,00 
Terrenos............................................. 40.000,00 
Veículos.............................................. 35.000,00 
Obrigações Sociais............................. 3.500,00 
Dividendos a Pagar............................ 10.700,00 
Financiamentos Bancários................. 47.500,00 
Empréstimo de Empresas ligadas...... 80.000,00 
Empréstimo às Empresas ligadas........ 25.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS SITUAÇÃO LÍQUIDA 
 
 
 
 
 
 
 54 
 
 
 
 
 
17 - Com base no exercício 16, informe: 
 
 
 
INFORMAR 
 
 
VALORES 
Total das aplicações de recursos. 
Total das origens de recursos. 
Total do Capital Circulante. 
Total do Capital Fixo. 
 
 
Total do capital de terceiros. 
 
Total do capital próprio 
 
 
 
 
 
 
 
OBS. Exercícios 15 e 16 foram adaptados da apostila Contabilidade Geral para Universitários de 
autoria do Prof. Dr. Antonio Marcos Favarin. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – O BALANÇO PATRIMONIAL 
 
Segundo a Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por ações), as 
demonstrações Financeiras são as seguintes: 
 
I – Balanço Patrimonial; 
II – Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III – Demonstração do resultado do exercício; 
IV - demonstração dos fluxos de caixa; e 
 
 55 
V - se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. 
 
Apesar de na atual legislação constar apenas essas demonstrações, 
existem outras não obrigatórias como a Demonstração de Origens e Aplicações 
de Recursos (DOAR), O Balanço Social e a Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido. 
 
No nosso curso as demonstrações que serão trabalhadas serão o 
Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, sendo que 
neste capítulo veremos o Balanço Patrimonial e no capítulo seguinte a 
Demonstração do Resultado do Exercício. 
 
 
6.1 – PERIODICIDADE DE APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS 
 
As Demonstrações Financeiras, segundo regra societária, deve ser 
elaborada no final do exercício social da empresa, normalmente no dia 31 de 
dezembro de cada ano, no entanto, nada impede que prazos mais curtos sejam 
definidos para apresentação das demonstrações. 
 
Fiscalmente, para apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da 
Contribuição Social Sobre o Lucro, as Demonstrações podem ser levantadas, 
mensalmente, trimestralmente ou anualmente, conforme a opção de tributação 
feita pela empresa. 
 
Gerencialmente, no mínimo, mensalmente as demonstrações contábeis 
devem ser elaboradas, para que se possa verificar o desempenho da empresa 
e corrigir eventuais falhas no futuro que deve ser próximo. 
 
 
6.2 . – BALANÇO PATRIMONIAL 
 
Balanço Patrimonial é um quadro onde se classificam os elementos do 
patrimônio de uma empresa (Bens, Direitos e Obrigações), demonstrando sua 
riqueza líquida (Patrimônio Líquido) 
 
O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, 
qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, o Patrimônio e o 
Patrimônio Líquido da entidade. 
 
 
 
6.2.1. – CONTEÚDO E ESTRUTURA 
 
 
O Balanço Patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo 
Patrimônio Líquido. 
 
 
 56 
a) O Ativo compreende as aplicações de recursos representados por bens 
e direitos; 
 
b) O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas 
obrigações para com terceiros; 
 
c) O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade e 
seu valor é a diferença entre o valor do Ativo e o valor do passivo (Ativo 
menos Passivo). Portanto, o valor do Patrimônio Líquido, pode ser 
positivo, nulo ou negativo. 
 
 
No caso em que o valor do Patrimônio Líquido é negativo, é também 
denominado de "Passivo a Descoberto", ou seja, o total do Ativo (bens e 
direitos) não é suficiente para “cobrir” o total do Passivo (obrigações). 
 
 As contas do ativo são dispostas em ordem crescente dos prazos esperados 
de realização ou em ordem decrescente de liquidez e as contas do passivo são 
dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade, estabelecidos ou 
esperados, observando-se iguais procedimentos para os grupos e subgrupos. 
 
Os direitos e as obrigações são classificados em grupos do Circulante, 
desde que os prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das 
obrigações, estabelecidos ou esperados,

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